Sim! Alasca foi nosso destino de férias em 2022.
E vamos te contar aqui todos os detalhes dessa aventura incrível.
Qual a imagem que vem à sua mente quando você lê ou escuta o nome desse lugar? Provavelmente a mesma que tínhamos: um lugar distante e muito frio. Acertamos?
Se alguns anos atrás alguém nos falasse que iria passar férias no Alasca, a primeira coisa que perguntaríamos seria: “Por que férias em um lugar tão frio?”. Anos mais tarde, foi exatamente o que ouvíamos de todo mundo quando falávamos que estávamos indo para lá. “Fazer o quê no Alasca? Lá só tem frio e neve!”.
Bem, essa nossa vontade de conhecer o Alasca foi surgindo aos poucos. Começou ao assistirmos alguns filmes que se passavam por lá. Neles vimos as paisagens maravilhosas que esse estado oferece. Quem nunca assistiu ou ouviu falar do famoso Na Natureza Selvagem (Into the Wild) que retrata muito bem as belezas do lugar? Além disso, pelas redes sociais começamos a acompanhar pessoas que moram lá e mostram o dia a dia nos lugares e cidades, o que começou a despertar nossa vontade de conhecer esse destino tão diferente.
Aos poucos fomos juntando informações que nos davam uma ideia do que iríamos encontrar. Mas, como as informações eram de aspectos bem gerais, nós não tínhamos a real certeza de como seria. Mas, aí está a graça de uma viagem: as descobertas. Concorda?
Mas, afinal onde fica o Alasca? O Alasca é maior estado dos Estados Unidos e possui características muito diferentes dos demais 48 estados americanos. Uma terra fria onde o sol quase nunca se põe ou aparece, dependendo da estação. É claro que esse estado americano diferente é muito mais que isso. É o que queremos te mostrar.
Por ser um estado americano, imaginávamos que haveriam estradas ligando todo o estado e que a estrutura com uma “pegada americanizada” estaria presente em todos os lugares como a oferta de lojas e restaurantes, por exemplo. Mas, não é bem assim. É tudo muito diferente.
As nossas maiores dúvidas eram em relação ao clima e à natureza. Já sabíamos que o clima era bastante instável. Poderia amanhecer com muita chuva e, sem mais nem menos, fazer um sol escaldante. Tudo seria uma questão de sorte. Por isso, a gente se preparou para encontrar dias lindos de sol, dias de chuva, dias de névoa e até lugares fechados por conta do mau tempo.
Outro receio, e confesso que até medo por conta do que lemos sobre, foi em relação a encontrar alguns animais nas trilhas, principalmente ursos. Fomos com a impressão de que a cada esquina encontraríamos um urso a procura de comida. Enfim, ao ler relatos começamos a imaginar tais situações.
O Alasca é grande e cheio de aventuras diferentes. E por isso, é importante planejar direitinho o que se pretende conhecer e por onde começar pra tirar o maior proveito possível da sua viagem.
Pra você ter uma ideia da dimensão do Alasca, ele é maior do que os estados americanos do Texas, Califórnia e Montana juntos, que são respectivamente o segundo, o terceiro e o quarto mais extensos do país. Se fosse um país, estaria entre os 20 maiores do mundo em extensão, porém ele é um dos estados menos populosos.
Pois apesar de todo esse tamanho, a maior parte do seu território é inabitada. Apenas 20% do seu território é acessível por estradas. Cerca de 65% das terras do Alasca é de propriedade do governo federal (parques nacionais e florestas). O restante, de responsabilidade compartilhada entre o governo estadual, população nativa e particulares.
A cidade mais populosa é Anchorage, com 290 mil habitantes, e a capital é Juneau, a terceira maior cidade do Alasca.
O Alasca fica tão ao norte que está pertinho da Rússia, apenas separados pelo estreito de Bering. É também o mais oriental dos estados americanos. Por isso é conhecido como “The Last Frontier” (A última fronteira).
Seu nome significa “grande terra” ou “grande península” no idioma esquimo-aleutiano falado em partes do seu território.
Esse gigante do norte foi comprado do Império Russo em 1867 e custou aos Estados Unidos 7,2 milhões de dólares. Na época alguns políticos e a maioria da população americana acharam a compra um absurdo. Um dinheiro jogado fora. Já que eles acreditavam que o Alasca não passava de uma terra coberta de gelo, sem serventia e apenas morada de ursos.
Porém, mais tarde descobriram que essa terra remota tinha importantes reservas de recursos naturais como petróleo e em 3 de Janeiro de 1959, finalmente o território do Alasca tornou-se o 49º estado americano.
Apesar de possuir um dos rios mais longos da América do Norte e milhares de lagos, quando se pensa em Alasca, logo vem em mente suas imensas geleiras/glaciares, já que ocupam quase todo o território. São tão antigas quanto a Era do Gelo. É também no Alasca que se encontra o maior parque nacional americano, o Wrangell-St Elias National Park.
A economia tem como base mais importante a extração do petróleo, gás natural e a pesca. Alguns impostos não são cobrados de seus habitantes graças aos fundos provenientes dos royalties do petróleo.
Planejamos a viagem esperando encontrar um tempo imprevisível, ter sempre muita atenção nas estradas, fazer muitas trilhas, encontrar lugares muito bonitos e diferentes de tudo o que já havíamos visto na vida.
As culturas nativas do Alasca possuem tradições ricas e milenares e muitos costumes são praticados até hoje. E para que os visitantes conheçam mais sobre elas, existem muitos museus e centros culturais em diversos locais.
Tantos contrastes fazem desse estado americano um destino de incontáveis aventuras e descobertas. Desde a observação de animais, caminhadas, trekking nas geleiras, fiordes, rios, lagos, cachoeiras, florestas, vulcões ativos, auroras boreais, o sol da meia-noite, cruzeiros particulares, culinária com base nos frutos do mar, cervejas artesanais, história e cultura locais.
Apesar de ser um destino muito escolhido por amantes da vida e esportes ao ar livre, é um lugar de cidades culturalmente interessantes para aqueles apaixonados por arte, gastronomia e história.
CURIOSIDADES
- Para os nativos do Alasca, há uma forte conexão entre o alimento e o local onde vivem. A caça de subsistência é fundamental em todo o estado para a continuação dos costumes e tradições dos nativos, especialmente em locais mais remotos e rurais. A caça é considerada um marco cultural que une as pessoas à terra, e os animais caçados incluem alces, caribus, ursos, ovelhas, salmão, focas, leões marinhos e baleias. Quando um animal é capturado, é para ser usado ou comido. Muitos acreditam que o desperdício é ofensivo e desrespeitoso tanto para o animal quanto para as pessoas que dependem dele.
- O Alasca abriga mais de 40% da água de superfície dos Estados Unidos e cerca de 100 vulcões, alguns ativos. Além disso, 12 das 20 montanhas mais altas do país estão localizadas no Alasca, incluindo o Mount McKinley, o pico mais alto da América do Norte. A região também é lar das duas maiores florestas dos Estados Unidos: a Tongass National Forest, situada no sudeste, e o Chugach State Park, na região central-sul.
- O Alasca tem a temperatura mais baixa já registrada nos Estados Unidos, que ocorreu em Prospect Creek Camp em 1971, quando os termômetros marcaram incríveis -62,1 graus Celsius.
- Embora o inglês seja o idioma oficial do Alasca desde 1988, existem 20 línguas indígenas diferentes e muitos dialetos ainda em uso. Essas 20 línguas descendem de quatro famílias linguísticas oficiais: o Inuit-Yupik-Unangan, o Na-Dené (que inclui Athabascan, Eyak e Tlingit), o Haida e o Tsimshian. A manutenção dessas línguas é considerada uma parte importante da preservação da cultura e história dos povos indígenas do Alasca. E muitos esforços estão sendo feitos para revitalizar e ensinar essas línguas às gerações mais jovens.
- Com mais de 100.000 geleiras em todo o estado, o Alasca abriga o maior número de geleiras dos Estados Unidos. Infelizmente, muitas delas estão em processo de recuo.
- O Alasca é o único estado dos EUA que não cobra imposto estadual sobre vendas e também não cobra imposto de renda individual. No entanto, o estado cobra impostos sobre certas atividades, como a exploração de petróleo.
- As ilhas Diomedes, localizadas no Estreito de Bering, são duas ilhas únicas no mundo: a ocidental é conhecida como Diomedes Maior, e pertence à Rússia, enquanto a oriental, conhecida como Diomedes Menor, pertence aos Estados Unidos. Com apenas 4 km de distância entre elas, as ilhas servem como limite entre a Federação Russa e os Estados Unidos da América, e são consideradas pontos estratégicos em termos de defesa e segurança nacional. Além disso, é exatamente no meio das duas ilhas que passa a Linha Internacional de Data, que define a mudança de dia entre as zonas horárias do Pacífico e do Ártico. Essa peculiaridade geográfica torna a região ainda mais fascinante, já que mesmo que a distância entre as duas ilhas seja tão curta, qualquer percurso entre elas gera uma diferença de 21 horas.
- A bandeira do Alasca foi criada em 1927 por Benny Benson, um jovem de 13 anos. Ela apresenta um fundo azul e oito estrelas douradas: sete formando a constelação da Ursa Maior e a oitava é a estrela do norte, representando o estado mais ao norte. As estrelas simbolizam a direção, esperança e futuro do Alasca como parte dos Estados Unidos, mas há outras interpretações, como as tribos nativas e a diversidade cultural da população do estado.
- O Alasca tem uma área geográfica muito extensa. Devido a essa grande extensão, o estado é dividido em dois fusos horários diferentes. A maior parte do estado, incluindo a capital Juneau, está no fuso horário UTC-9, conhecido como Alaska Standard Time (AST). Já as Aleutian Islands, que ficam a oeste de 169° 30′ O, estão no fuso horário UTC-10, conhecido como Hawaii-Aleutian Standard Time (HST).
- Existem duas capitais dos Estados Unidos que só podem ser acessadas por meio de barco ou avião: Juneau, no Alasca, e Honolulu, no Havaí. Ambas as cidades estão localizadas em regiões isoladas geograficamente, e só podem ser acessadas por avião ou barco.
- O sol da meia-noite é um fenômeno natural fascinante em que o sol não se põe durante o verão, ocorrendo aproximadamente de maio a agosto. Imagine estar em um lugar sem a escuridão da noite! Para vivenciar essa experiência, é necessário estar acima do Círculo Ártico, que constitui cerca de um terço do Alasca. Quanto mais ao norte, maior será o tempo de sol do dia. É importante destacar que mesmo o ponto mais ao sul do Alasca, abaixo do Círculo Polar Ártico, tem muitas horas de sol durante os dias de verão. É uma experiência única e impressionante para quem tem a oportunidade de presenciá-la.
- Utqiaġvik (Barrow) é a cidade mais ao norte dos Estados Unidos, o que a torna a localidade com a maior variação de luz solar no Alasca. Durante o solstício de verão, em meados de maio, o sol permanece acima do horizonte por quase três meses, resultando em luz solar constante. Já durante o solstício de inverno, em meados de novembro, o sol se põe e a cidade fica imersa na escuridão total por quase dois meses.
- A Aurora Boreal é um fenômeno natural espetacular que pode ser admirado no Alasca. As luzes são criadas pela interação entre partículas solares carregadas e a atmosfera terrestre, e podem ser vistas do final de agosto até abril. No entanto, para poder apreciar esse espetáculo, é necessário que o céu esteja escuro e limpo.
- O esporte oficial do Alasca é o dog mushing, que consiste em um trenó puxado por cães. Antigamente, era utilizado como meio de transporte, mas atualmente é praticado como esporte. O evento mais importante desse esporte no estado é a Iditarod Trail Sled Dog Race, que ocorre anualmente em março.
- A Forget-Me-Not é a flor oficial do Alasca desde 1917. Essa delicada flor possui pétalas em tons azulados e um pequeno ponto amarelo no centro. Ela foi escolhida como símbolo de constância e perseverança. Além de ser a flor oficial do Alasca, ela também é um símbolo de apoio e conscientização ao mal de Alzheimer. Durante o verão, a flor pode ser vista por todo o estado, adornando paisagens naturais e jardins.
- Os valores culturais dos nativos do Alasca são uma parte importante da herança local. Eles habitam a região há mais de 10.000 anos e têm valores que são passados de geração em geração, sendo considerados a base de suas vidas. Esses valores ainda são seguidos atualmente e são essenciais para manter um bom relacionamento com seus visitantes. Embora alguns valores tenham sido registrados por escrito, muitos grupos indígenas transmitem esses valores por meio de suas ações e histórias orais.
- O Alasca tem uma rica história de vida que inclui o Malamute, um cão de trenó que foi domesticado pelos indígenas Inupiaq há milênios. Essa raça é considerada uma das mais antigas raças de cães domesticados do mundo, e devido à sua habilidade em tracionar trenós, o Malamute desempenhou um papel fundamental nos deslocamentos e na sobrevivência durante o rigoroso inverno no Alasca.
- Embora o Alasca seja uma região rica em recursos naturais, os preços dos alimentos podem ser mais elevados do que em outras partes dos Estados Unidos devido à logística complexa necessária para importar e transportar produtos alimentícios para a região, além das condições climáticas adversas.
- Algumas histórias dos nativos do Alasca relatam que, há muitos anos, humanos e animais falavam a mesma língua. Segundo essas histórias, os animais, que eram mais experientes na vida selvagem, sentiram pena dos humanos e os ensinaram a sobreviver de maneira mais eficiente na natureza. Embora essa seja uma crença antiga, muitos nativos ainda acreditam nisso, e escolhem viver com humildade e respeito por todos os elementos da natureza.
- Os dias extremamente longos no verão do Alasca são responsáveis pelo crescimento de vegetais gigantes. A Alaska State Fair é uma feira anual que acontece em Palmer, no final de agosto, onde esses vegetais são exibidos e batem recordes mundiais.
- O petróleo é o principal recurso natural do Alasca, e o estado abriga o maior campo de petróleo dos Estados Unidos, localizado em Prudhoe Bay, no extremo norte do estado. Para transportar o petróleo até o mercado, foi construído o Trans-Alaska Pipeline System (TAPS), um dos maiores sistemas de dutos do mundo, que conecta os campos de petróleo de Prudhoe Bay ao porto de Valdez, no centro-sul do estado.
DOCUMENTAÇÃO
A documentação é a mesma exigida para entrar em solo americano: passaporte e visto americano válido.
Caso for fazer um cruzeiro para o Alasca, a documentação necessária pode mudar dependendo da rota a ser feita. Por exemplo: se for passar pelo Canada é necessário tirar o visto canadense.
Quando fomos em agosto/2022, os passageiros totalmente vacinados deviam apresentar um certificado de vacinação de COVID-19 que atendesse os requisitos americanos para serem considerados totalmente vacinados. Pesquise as normas americanas vigentes ao planejar a sua viagem.
Uma dica é nunca viajar sem seguro de viagem. O seguro cobrirá quaisquer incidentes inesperados. Nós sempre utilizamos e indicamos 3 sites para pesquisar o melhor valor: Seguros Promo, Real Seguros e Comparar Seguros.
QUANDO IR PARA O ALASCA
O Alasca é um estado enorme (maior do que muitos países!), então, com certeza, o clima pode variar drasticamente dependendo da região onde você esteja.
A melhor época para visitar o Alasca depende dos seus interesses e das atividades que você gostaria de fazer. Aqui estão algumas informações úteis sobre as diferentes estações do ano no Alasca:
- Dezembro a fevereiro: no inverno, o Alasca é conhecido por ser extremamente frio, com dias curtos e, consequentemente, é a temporada menos popular para visitação. No entanto, há algumas coisas para se fazer, como a oportunidade de experimentar a aurora boreal e de participar de diversas atividades de inverno, como esqui, snowboard e trenós puxados por cães. É importante ressaltar que dirigir no Alasca durante o inverno requer muito cuidado devido à neve e ao gelo, além de planejamento prévio, já que muitas estradas e atrações ficam fechadas de outubro a maio.
- Março a maio: a primavera no Alasca é um período de transição, com o derretimento da neve e temperaturas mais amenas, e é também a época em que as plantas começam a florescer. Algumas atividades de inverno ainda podem estar disponíveis em algumas áreas, e há ainda a chance de visualizar a aurora boreal até o dia 20 de abril. A temporada de cruzeiros começa a partir de meados de maio, além de muitas atrações voltarem a funcionar, sendo meados de maio uma ótima época para visitar.
- Junho a agosto: o verão é a melhor época para visitar o Alasca, já que muitas atividades ao ar livre estão disponíveis, como caminhadas, pesca, observação de vida selvagem e cruzeiros turísticos. As temperaturas são mais quentes do que em outras épocas do ano, e é possível experimentar o sol da meia-noite, proporcionando muitas horas de luz do dia para atividades. Além disso, a partir do final de agosto, já é possível buscar a aurora boreal. No entanto, esta é a estação mais movimentada do Alasca, então é importante se preparar para a grande quantidade de turistas e preços mais elevados. Portanto, é sempre bom reservar tudo com bastante antecedência.
- Setembro a novembro: o outono é uma época muito bonita no Alasca, com paisagens de árvores mudando de cor e montanhas cobertas de neve. Setembro é uma excelente época para visitar, já que o clima ainda está agradável, os preços são mais acessíveis e há menos turistas. Em meados de outubro, os dias começam a ficar mais frios e curtos, e as primeiras nevascas começam a aparecer, além de muitas atrações e locais começarem a fechar nessa época. Já novembro é um mês mais complicado, com temperaturas mais frias, mas as vezes sem neve suficiente para praticar os esportes de inverno.
Em resumo, o melhor momento para visitar o Alasca depende do que você deseja fazer lá. Se você quer desfrutar do sol da meia-noite e muitas atividades ao ar livre, como passeios de barco, o verão é a melhor época para ir. Se a sua intenção é ver a Aurora Boreal, vá entre setembro e abril. Se você quer praticar atividades de inverno, vá de dezembro a março.
Nós visitamos o Alasca no meio de agosto, quando os dias ainda eram relativamente longos, escurecendo por volta das 22h30. Infelizmente, pegamos bastante nevoeiro e tempo ruim, o que foi meio frustrante, pois nesses momentos não pudemos aproveitar as incríveis paisagens.
Por exemplo, na região sul, como Homer, Seward e Girdwood pegamos o pior tempo. No entanto, o tempo foi melhorando à medida que nos movíamos para o norte, em Denali e Fairbanks, por exemplo, tivemos dias lindos.
É importante lembrar que, se você gosta de fazer trilhas e passeios aéreos, preste atenção à previsão do tempo. Muitas vezes, os passeios são cancelados e remarcados por segurança se o tempo estiver ruim.
Antes de nossa viagem, sempre líamos que a melhor época para visitar o Alasca era entre junho e setembro. No entanto, conversando com os locais, eles disseram que a melhor época para pegar menos chuvas é entre maio e junho, já que agosto é o mês mais chuvoso. Infelizmente, não tínhamos essa informação durante nosso planejamento.
Nós escolhemos ir em agosto por ser verão e na esperança de ver a Aurora Boreal, pois vimos que após 21 de agosto havia chances de vê-la. Infelizmente, não tivemos essa sorte. Uma semana após nossa partida, ficamos sabendo que ela ocorreu bastante. Portanto, se seu objetivo principal é ver a Aurora Boreal, evite viajar entre maio e agosto. E se quiser fugir de dias chuvosos, recomendamos a visita no início do verão, em junho ou julho.
O QUE LEVAR NA MALA
Uma viagem para o Alasca pode exigir um pouco de planejamento, pois o clima pode variar bastante dependendo da época do ano e da região que visitará. Aqui estão algumas sugestões sobre o que levar em sua mala:
- Equipamentos para atividades ao ar livre: se você planeja participar de atividades ao ar livre, como caminhadas, pesca, esqui, snowboarding, traga ou alugue equipamento adequado para essas atividades.
- Roupas quentes: independentemente da época do ano em que você estiver visitando é importante levar roupas quentes, incluindo jaquetas, suéteres, calças térmicas, luvas, gorros e cachecóis. Roupas impermeáveis são a melhor pedida.
- Calçados adequados: para caminhar na neve ou em terrenos irregulares é importante trazer botas impermeáveis com sola antiderrapante. Tênis comum não são recomendados para caminhadas.
- Protetor solar e óculos de sol: mesmo no inverno, o sol pode ser forte no Alasca. Por isso, é importante trazer protetor solar e óculos de sol.
- O Alasca é famoso por suas vistas deslumbrantes e vida selvagem. Então é altamente recomendável trazer uma câmera para capturar esses momentos únicos. As paisagens são tão incríveis que um celular sozinho não consegue capturar toda a beleza do lugar. Na verdade, ficamos tão maravilhados com a vista que acabamos comprando uma câmera lá.
- Kit farmácia: é sempre bom levar um kit de primeiros socorros em qualquer viagem, e especialmente em um lugar remoto como o Alasca. Certifique-se de incluir medicamentos básicos como analgésicos, curativos e outros itens que você possa precisar em caso de emergência.
- Repelente de insetos: nós não imaginávamos, mas lá no Alasca tem muitos bichinhos. Quando fazíamos trilhas, era uma loucura! Achávamos que por ser um local frio, não iria ter, mas não subestime a natureza.
- Deixe seus saltos e roupas arrumadas em casa você não precisará deles no Alasca. Lá é muito casual. Pra você ter uma ideia, saíamos à noite com a roupa que passamos o dia. Ou seja, roupas impermeáveis e tênis de caminhada.
Essas são apenas algumas sugestões do que levar em sua mala em uma viagem para o Alasca. Lembre-se sempre de verificar o clima local e as atividades que você planeja fazer para ter uma ideia melhor do que levar.
COMO CHEGAR NO ALASCA
Os aeroportos de Anchorage, Fairbanks e Juneau são os principais pontos de entrada e saída do Alasca.
Anchorage é a maior cidade e o Aeroporto Internacional Ted Stevens Anchorage é o maior e mais movimentado aeroporto do estado, localizado na região centro-sul. Fairbanks é a segunda maior cidade do Alasca e o principal centro de transporte na região do Interior. Juneau é a capital do Alasca, e o principal centro de transporte na região Sudeste.
A companhia que mais roda por lá é a Alaska Airlines e grande parte dos voos fazem escala em Seattle. Por isso, recomendamos ficar uns dias nessa cidade incrível antes ou depois de visitar o Alasca, foi o que fizemos. Aproveitar e conhecer Seattle vale muito a pena. CLIQUE AQUI para ver o nosso post completo sobre essa cidade incrivel.
Várias companhias oferecem percursos para o Alasca: Alaska Airlines, Delta, American Airlines, United Airlines, entre outras.
Para voos domésticos no Alasca, conforme já mencionamos, quem predomina é a Alaska Airlines. Infelizmente, apesar de sempre termos tido vontade de viajar com essa companhia, não gostamos do serviço. Quem leu o nosso post sobre Utqiaġvik consegue entender o porquê – CLIQUE AQUI para ler.
Os voos de maior duração de ida e volta compramos pela Decolar onde achamos o melhor preço. A vantagem da Decolar é que você consegue colocar múltiplos destinos. Para se ter uma noção, ida e volta de GRU (São Paulo) para Seattle dava MUITO mais caro do que se fôssemos por Vancouver e voltássemos por Seattle. Depois, conseguimos o voo de Vancouver para Seattle usando milhas do programa Smiles, o voo de Seattle para Anchorage com milhas da Delta e compramos a passagem de Anchorage para Seattle pelo site da Delta.
Inicialmente, pensamos em alugar um carro para ir de Vancouver para Seattle, já que é muito perto. Porém, isso exigiria que tivéssemos um visto canadense, então decidimos ir de avião. Como já tínhamos visto americano, pudemos solicitar o ETA, um documento eletrônico que substitui o visto de entrada e é válido apenas para quem entra no país por via aérea.
Além disso, uma maneira muito popular de visitar o Alasca é através de cruzeiros que partem de Vancouver e Seattle. Falamos mais sobre isso abaixo.
COMO SE LOCOMOVER NO ALASCA
Ao visitar o Alasca, você será presenteado com paisagens de tirar o fôlego, e independente do meio de transporte escolhido – seja avião, cruzeiro, balsa, ônibus, trem, carro ou motorhome. Cada um desses meios de transporte possui seus próprios benefícios, permitindo que você escolha a opção mais adequada para sua viagem. Se você prefere explorar a região com mais independência, pode optar por alugar um carro ou motorhome.
Aluguel de carro
O sistema rodoviário cobre uma área relativamente pequena do estado e conecta apenas os principais centros. Nenhuma das rodovias conecta diretamente o Alasca com outros estados americanos. A Alaska Highway é a principal rodovia do estado e conecta o Alasca ao Canadá.
Para quem planeja explorar o centro-sul e o interior do Alasca, visitando lugares como Anchorage, Seward, Homer, Girdwood, Palmer, Talkeetna, Wrangell National Park, Fairbanks e Denali National Park, alugar um carro é uma ótima opção, já que as estradas são muito boas e permitem desvios e paradas para apreciar as paisagens incríveis.
Nossa experiência: alugamos um SUV Toyota RAV4 através da Rentcars, pela locadora Álamo. Pegamos o carro no aeroporto de Anchorage no dia 11 de agosto e devolvemos no dia 25 de agosto de 2022. Quando fizemos nossa pesquisa percebemos que era melhor pegar um carro alto pois oferecia maior segurança em situações como encontros com animais na estrada, e valeu a pena pela segurança que um carro mais alto proporciona, com isso recomendamos alugar um carro alto, mas não necessariamente 4×4.
No Alasca operam algumas das principais empresas de locação de veículos conhecidas como Álamo, Avis, Hertz, entre outras. Se precisar alugar um carro, recomendamos através da Rentcars, porque com eles você consegue incluir todos os seguros, e ainda pagar em reais sem IOF, em até 12x.
Uma observação: seria ideal e mais prático alugar um carro em uma cidade e devolver em outra. Teria sido muito conveniente, por exemplo, nós pegarmos o carro em Anchorage e devolvê-lo em Fairbanks. Mas, isso não foi possível por lá. Não existia essa opção de devolução, pode ser até possível encontrar uma empresa local que permita isso, mas nós não conseguimos encontrar. Sendo assim, recomendamos que você faça seu cronograma de modo que pegue e devolva o carro na mesma cidade.
Motorhome (RV – Recreational Vehicles)
Embora os motorhomes sejam mais caros para alugar do que um carro, leve em consideração que com eles não temos as despesas de hospedagem em hotéis, o que dá à viagem uma maior flexibilidade. Além disso, é possível fazer algumas refeições no veículo.
Boondocking (acampamento gratuito) é permitido no Alasca. Porém, é recomendado pesquisar previamente quais são as regras do local onde queira passar a noite.
Há também muitos parques estaduais do Alasca com instalações para trailers e RVs. Certifique-se de pesquisar onde parar, valor da diária e disponibilidade de estacionamento.
Existem bons aplicativos como o RV Parky que mostra no mapa todos os estacionamentos de RVs americanos, serviços disponíveis, valores e avaliações de usuários para facilitar a escolha e reserva.
Nós vimos muitos motorhomes pelo Alasca. É bem comum o aluguel desse tipo de transporte/hospedagem por lá. As companhias que mais vimos foram: ABC Motorhomes, Great Alaskan Holidays, Clippership Motorhome Rentals, Alaska Motorhome Rentals e Go North Alaska.
Inclusive, muitas pessoas que conhecemos na viagem estavam viajando de motorhome desde o Canadá. Conversando com elas pareceu ser uma opção de viagem incrível, repleta de vistas panorâmicas e experiências culturais. A viagem requer algum planejamento prévio e não se pode esquecer que por ser uma viagem terrestre, para chegar ao Alasca através do Canadá é preciso ter visto canadense pra isso.
Trem
O Alasca possui duas ferrovias lendárias: a Alaska Railroad, que é uma ferrovia de propriedade estatal que percorre o estado do Alasca, oferecendo viagens panorâmicas e serviços de transporte de carga. E a White Pass & Yukon Railroad, que é uma ferrovia histórica que conecta Skagway, no Alasca, a Carcross, no Canadá. Ambas as ferrovias são conhecidas por suas paisagens espetaculares e experiências únicas de viagem. Uma das vantagens de viajar de trem é poder apreciar a vista sem dirigir, sendo que a White Pass & Yukon Railroad é mais uma
Alaska Railroad: é uma ferrovia cênica que atravessa a paisagem espetacular do Alasca, passando por montanhas, florestas e rios. A linha principal da ferrovia tem mais de 760 km de extensão e vai de Seward, na região centro sul até Fairbanks, no interior do estado. O percurso inclui paradas em lugares como Girdwood, Talkeetna e Denali. É uma importante atração turística por passar por lindas paisagens.
Normalmente, existem duas classes de assentos disponíveis, dependendo da sua rota: Classe Adventure e Classe Gold Star. Se seu orçamento permitir, escolha viajar na classe Goldstar que é a classe de serviço premium oferecida nas linhas Coastal Classic Train e Denali Star Train. Nessa classe, os vagões possuem teto de cúpula de vidro com vistas panorâmicas e uma plataforma de observação no nível superior ao ar livre – um excelente ponto de observação da paisagem e para fotos. Essa classe também oferece restaurante e serviço de bordo.
DICA: A Alaska Railroad tem opções incríveis como o Glacier Discovery Train. Este trem vai de Anchorage a Whitter e faz paradas onde você pode sair e dar um passeio até uma geleira ou simplesmente passear e apreciar a paisagem. Nós fizemos o Glacier Discovery de Whitter até Grandview e amamos a viagem com vistas épicas, valeu muito a pena a experiência.
Vale falar que Alaska Railroad efetua reservas prévias nos meses de verão. Então, procure planejar sua rota com antecedência. Todas as informações que você precisa estão disponíveis no site da Alaska Railroad. Lá estão disponíveis horários, tarifas, mapas de rotas entre outros dados para planejar sua viagem.
Outra opção de trem, porém no sudeste é a White Pass & Yukon Railroad, conhecida como uma das ferrovias mais cênicas do mundo, ela foi construída em 1898 durante a Corrida do Ouro do Klondike, sendo um marco histórico internacional da engenharia civil. Os vagões antigos oferecem conforto e a oportunidade de desfrutar de panoramas de tirar o fôlego, como montanhas, geleiras, pontes e túneis. Hoje em dia, é mais uma atração turística popular do que um meio de locomoção, para as pessoas que estão na região sudeste (Inside Passage), oferecendo viagens cênicas por paisagens naturais, sendo um destino imperdível para muitos viajantes da região.
Ônibus
Se você não quer alugar um carro e quer evitar o custo do trem, o ônibus pode ser a opção. Porém, saiba que o transporte público rodoviário no Alasca é limitado. Não existem conexões de ônibus entre as cidades, apenas ônibus dentro dos municípios. Em Anchorage, por exemplo, o sistema de ônibus é o People Mover, em Fairbanks tem o Metropolitan Area Commuter System (MACS) e em Juneau, o sistema de ônibus é o Capital Transit.
Porém, no Alasca você encontrará várias pequenas empresas de ônibus que podem levá-lo à maioria dos importantes pontos. Como por exemplo, o Park Connection Motorcoach, um serviço de ônibus que funciona no verão que opera entre Denali National Park, Talkeetna, Anchorage, Whittier e Seward. Essa linha faz várias viagens diariamente para a maioria dos destinos e também oferecem passeios no mesmo dia entre algumas cidades. Além de pacotes combinados de ônibus e trem.
A Alaska Bus Company é outra opção legal que oferece um serviço acessível de ônibus entre Anchorage e Homer, fazendo paradas em Girdwood, Cooper Landing e Soldotna.
Avião
Como muitas comunidades não são acessíveis por estradas, os aviões são considerados um principal transporte público por lá. O serviço aéreo regular conecta grandes cidades e comunidades menores e o seu uso pode ser uma excelente forma de poupar tempo e fazer sua viagem render mais.
Muitas cidades só são acessíveis pelo ar o que faz da aviação geral e regional do Alasca ser bem desenvolvida. Anchorage é o principal centro aeroportuário do Alasca e a maior linha aérea operando na região é a Alaska Airlines com voos comerciais para muitas cidades. Outras companhias como a Ravn Alaska, oferecem aviões menores que atendem comunidades menores, vilas e áreas remotas em todo o estado.
Você não precisará viajar em um avião menor a menos que seu destino seja algum lugar muito além da rota turística, como parques nacionais remotos, sudoeste, ártico ou queira fazer um passeio cênico como sobrevoar o parque Denali. Vale falar que o Alasca tem a base de hidroaviões mais extensa do mundo e mais tráfego aéreo com pequenos aviões monomotores do que em qualquer outro lugar.
Realizamos a maior parte de nossa viagem pelo Alasca de carro. No entanto, para visitar Barrow, no Ártico, tivemos que ir de avião com a Alaska Airlines. Infelizmente, com os muitos problemas para conseguir sair de lá, tivemos que voar em um avião monomotor da companhia Wright Air para Prudhoe Bay. Além disso, também fizemos um passeio cênico sobrevoando o Parque Denali com a Fly Denali.
Alaska Marine Highway – Balsa
Como a maior parte do Alasca não é acessível por estradas, o estado também possui um sistema bem desenvolvido de ferries conhecido como a Alaska Marine Highway. As balsas constituem uma grande parte do sistema de transporte do Alasca, cobrindo 5.600 km de costa, prestando serviço a 35 comunidades que se estendem de Bellingham no estado de Washington até Dutch Harbor na Aleutian Islands. A Marine Highway também oferece balsas para viagens curtas de um dia, como por exemplo de Juneau para Gustavus, Haines ou Skagway e Valdez para Whittier, para que você possa criar uma base e fazer viagens curtas para conhecer os arredores.
Vale falar que dependendo do itinerário, leva-se muito tempo para ir de um canto a outro. Por exemplo, ir de ferry de Ketchikan a Juneau leva em torno de 20 horas. Então, tem que se programar bem ao escolher viajar de balsa.
No site da Alaska Marine Highway você encontra todas as informações que você precisa para reservar, incluindo horários e mapas.
Cruzeiro
Fazer um cruzeiro é uma ótima maneira de explorar o sudeste do Alasca que não é acessível por estradas. Esta região também é chamada de Inside Passage e é composta por uma grande rede de canais e muitas ilhas. Via marítima é o meio ideal para conferir essa região e suas paisagens. Existem três categorias principais de navios de cruzeiro: mega-navios (mais de 2.500 passageiros), navios de médio porte e pequenos navios (com capacidade de menos de 150 passageiros).
Os cruzeiros para o Alasca partem de vários portos. No entanto, as principais companhias marítimas de navios de grande e médio porte, costumam partir das seguintes cidades: Seattle e Vancouver (Canadá), terminando a viagem em Seward e Whittier. Tais cruzeiros costumam durar em torno de 7 dias.
A vantagem de um cruzeiro é que permite as pessoas acessarem lugares de difícil acesso de forma mais fácil. Além disso, permite uma viagem com conforto e comodidade, itinerário definido e todas as comodidades e entretenimento de um bom hotel sobre as águas. Existem opções para todos os gostos e estilo de aventura. Porém, os menores cruzeiros podem te levar a pequenas aldeias nativas e santuários de vida selvagem.
Em um resumo, a melhor maneira de se locomover pelo Alasca é aquela que se encaixa na sua programação, no seu estilo de viagem e no seu orçamento. Você pode, inclusive, fazer combinações como por exemplo combinar trechos de trem com o aluguel de um carro, um cruzeiro/balsa com carro, e assim por diante. Assim, você pode economizar dinheiro alugando um carro apenas por alguns dias e andando de trem/balsa/navio pelo resto do caminho.
QUANTO TEMPO FICAR
O estado é gigante e tem muita coisa legal para ver, mas infelizmente não dá para conhecer tudo de uma vez. Então, é importante escolher as prioridades e se organizar de acordo com o tempo que se tem disponível.
Após escolher os lugares que mais te interessam, é necessário pensar em como chegar lá. Caso a viagem seja para a região sudeste, pode ser uma boa ideia optar por um cruzeiro ou ir de avião até Juneau e utilizar as balsas como meio de transporte. Já para viagens pelo centro sul e interior, uma opção que pode render muitas aventuras é alugar um carro ou um motorhome e fazer uma road trip.
Acreditamos que duas semanas seja um tempo legal para explorar os pontos principais do centro sul e interior. Inclusive, é possível pegar um avião e conhecer a capital Juneau durante esse período.
Nós ficamos 15 dias e achamos que foi um tempo bom para conhecer as áreas que escolhemos, mas ficou faltando MUITAS outras coisas incríveis para se conhecer por lá. Para quem tem mais tempo disponível, acreditamos que a melhor opção seja fazer um cruzeiro para conhecer os locais mais inacessíveis da região sudeste, e depois continuar a viagem de carro pelo centro sul e interior. Essa combinação nos parece uma opção incrível, pois permite explorar belíssimos lugares que não seriam possíveis de se chegar apenas por terra.
QUAL REGIÃO DO ALASCA VISITAR
Ao planejar uma viagem pelo Alasca, é importante priorizar as atividades que mais se gosta e deseja fazer. O que tem mais a ver com você? O que gostaria de experenciar? Seria pescar, fazer trilhas, ver animais, visitar parques nacionais, admirar geleiras, andar de hidroavião, barco ou fazer um passeio de caiaque?
O primeiro passo é resolver essa questão e em seguida, verificar quais são os locais mais apropriados para cada tipo de atividade na época da sua viagem.
Certamente, seria ideal conhecer todas as regiões do Alasca, já que cada uma tem seus atrativos. Entretanto, como o tempo costuma ser limitado, para uma primeira visita, achamos que o roteiro básico de Seward – Anchorage – Denali, é uma ótima pedida.
Decidir o itinerário da nossa viagem de 15 dias pelo Alasca em agosto de 2022 não foi uma tarefa nada fácil. Optamos por começar em Anchorage, descer para Homer e, em seguida ir subindo em direção ao norte. Nossas cidades base foram Homer, Seward, Girdwood, Anchorage, Denali e Fairbanks. Também reservamos um passeio aéreo para Barrow, no Ártico, saindo de Anchorage, mas o que era para ser apenas uma noite acabou se transformando em QUATRO noites, e era para termos passado também uma noite em Talkeetna, mas com esse problema, não deu.
Inicialmente, tentamos incluir um cruzeiro no início ou final da viagem, já que queríamos muito conhecer a região sudeste. No entanto, isso nos consumiria muito tempo e não sobraria o suficiente para visitar os outros locais que queríamos conhecer, além de as datas dos cruzeiros não bater com as que tínhamos disponível. Além disso, queríamos muito incluir pelo menos Juneau no percurso, e a ideia era alugar um carro em Anchorage, ir até Fairbanks e devolver o carro lá, para depois pegar um voo de Fairbanks para Juneau. Infelizmente, não encontramos nenhuma locadora que aceitasse esse tipo de devolução, e por isso, acabamos tirando Juneau do nosso roteiro.
Gostamos de ter liberdade em nossas viagens para parar onde quisermos e fazer o percurso no nosso tempo. Por isso, alugar um carro para explorar as regiões centro sul e interior foi uma ótima opção. A Seward Highway é uma estrada cênica incrível e que vale a pena conhecer. As estradas são muito boas e nos sentimos seguros ao dirigir, embora seja importante estar atento à possibilidade de encontrar animais na pista. Para aqueles que não querem dirigir, é possível fazer o mesmo percurso de ônibus ou de trem pela Alaska Railroad, que oferece paisagens maravilhosas.
Resumindo, uma única visita ao Alasca não será suficiente para conhecer tudo o que esse lugar incrível tem para oferecer. No entanto, independentemente do que você escolher fazer, terá uma experiência inesquecível, pois o Alasca é um lugar diverso e cheio de atrações.
O Alasca é dividido geograficamente em cinco regiões distintas: Southeast (Sudeste), Southwest (Sudoeste), Southcentral (Centro-Sul), Interior e Far North (Ártico) e para te ajudar a decidir as melhores regiões para você conhecer, separamos os atrativos de cada uma delas:
Southeast / Inside Passage (Sudeste)
A região sudeste do Alasca é um lugar incrível que oferece uma mistura única de natureza, cultura e história. É uma área composta por várias ilhas e penínsulas que se estende ao longo da costa. É também conhecido como Inside Passage, devido a rota marítima cênica e histórica que se estende por mais de 800km ao longo do oceano pacífico e do golfo do Alasca. O trajeto oferece vistas espetaculares de montanhas cobertas de gelo, geleiras, ilhas isoladas, fiordes, vida selvagem e pequenas comunidades costeiras com uma rica história cultural.
É uma das áreas mais antigas e ricas em cultura do Alasca, tendo sido colonizada pelos Estados Unidos após a compra da Rússia em 1867. Grande parte da região faz parte da Tongass National Forest, a maior floresta nacional dos Estados Unidos e alguns destaques da região incluem a Mendenhall Glacier e o Glacier National Park, com geleiras espetaculares, além de muitas cidades pitorescas, como Juneau, Sitka, Petersburg, Skagway e Ketchikan, que oferecem uma rica herança cultural e histórica.
Os visitantes podem desfrutar de uma ampla variedade de atividades ao ar livre, incluindo visitas a museus, cavernas de gelo, observação de baleias, pesca, caminhadas e passeios de barco e caiaque.
A região é composta por vários distritos, incluindo Haines, Juneau, Ketchikan Gateway, Petersburg, Sitka, Skagway e Wrangell, juntamente com áreas de censo, como Hoonah-Angoon, Prince of Gales-Hyder e uma porção do município de Yakutat.
Se você está procurando uma maneira única de explorar o Alasca, o Inside Passage é definitivamente uma opção a ser considerada, repleto de belezas naturais, história e cultura.
Como chegar
- a região sudeste é composta por várias ilhas, e as rodovias são limitadas. Algumas cidades como Haines, Skagway e Hyder, podem ser acessadas por estrada, pois são conectadas ao sistema rodoviário do Canadá. No entanto, a maior parte das comunidades, como Sitka e Juneau, só pode ser alcançada por via aérea ou marítima. A Alaska Airlines oferece voos comerciais para várias cidades da região, como Yukutat, Juneau, Sitka, Wrangell, Petersburg e Ketchikan. Além disso, a Alaska Marine Highway conecta o sudeste do Alasca com outras áreas do estado e dos Estados Unidos continentais, além de fornecer transporte entre as cidades da região. Os ferries, cruzeiros e voos são as opções mais comuns de locomoção na região sudeste.
O que visitar
- Glacier Bay National Park & Preserve: parque nacional famoso por sua impressionante paisagem de geleiras, montanhas e florestas, onde você pode observar as geleiras em sua extensão, além de avistar animais como baleias e ursos. A sua principal porta de entrada é Gustavus, uma pequena cidade que só pode ser acessada por via aérea ou marítima.
- Juneau: a capital do Alasca possui uma rica história e muitas atrações aos arredores, como o Mt. Roberts Tramway, que oferece vistas panorâmicas deslumbrantes da região, a majestosa Mendenhall Glacier, a bela trilha Nugget Falls, a Eagle Beach State Recreation Area e passeios emocionantes para o Tracy Arm Fjord e Admiralty Island National Monument.
- Sitka: é uma charmosa cidade costeira com muitos edifícios históricos notáveis, incluindo a majestosa St. Michael’s Cathedral. A cidade oferece diversas atividades e atrações para os visitantes, como o Sitka National Historical Park, o Alaska Raptor Center e o Sheldon Jackson Museum. Além disso, a região oferece diversas trilhas, incluindo a popular Mount Riley Trail.
- Ketchikan: é uma charmosa cidade costeira com uma rica história de pesca e cultura nativa americana, destacando-se por seus totens. A região oferece diversas atrações como o Totem Heritage Center, o Totem Bight State Historical Park, o Misty Fjords National Monument e trilhas como a Deer Mountain Trail.
- Skagway: é uma cidade histórica que foi um importante centro de mineração durante a corrida do ouro de Klondike, no final do século XIX. O Klondike Gold Rush National Historical Park, é um local fascinante que permite aos visitantes conhecerem a história da corrida do ouro de Klondike, e os passeios de trem pela White Pass & Yukon Route Railway levam os turistas a uma jornada com paisagens impressionantes. Skagway também é o ponto de partida para a The Chilkoot Trail, que é uma trilha histórica popular que começa no sudeste do Alasca e termina no noroeste do Canadá.
- Haines: é uma pequena cidade costeira no Alasca, com belas paisagens naturais, trilhas para caminhadas e uma rica história da corrida do ouro. Alguns destaques da região incluem o Chilkat Bald Eagle Preserve, um santuário que abriga uma das maiores populações de águias americanas do mundo, o marco histórico Fort William H. Seward e o Hammer Museum, com martelos do mundo inteiro. Para os amantes da natureza, um passeio para o Davidson Glacier é imperdível.
- Yakutat: localizada no extremo norte da Inside Passage, Yakutat ganhou fama nos anos 90 como a primeira cidade do Alasca com uma loja de surfe e um dos melhores lugares para surfar na região. No entanto, a cidade oferece muito mais para os visitantes, como a pesca, passeios de caiaque e passeios a fascinante Geleira Hubbard, a maior geleira de maré do mundo.
- Petersburg: é conhecida por ser o centro da cultura norueguesa no Alasca, com forte influência na culinária, arquitetura e tradições locais. A cidade tem uma rica história de pesca e é rodeada por belas paisagens naturais, como fiordes e montanhas. Algumas das atrações turísticas incluem o Clausen Memorial Museum e passeios para a LeConte Glacier e a Mitkof Island.
- Wrangell: é uma cidade que preserva sua herança cultural Tlingit e valoriza sua história de mineração e pesca do início do século XX. É possível apreciar a cultura indígena em diversos monumentos e festivais pela cidade, além de visitar o Petroglyph Beach State Historic Park e o Wrangell Museum para conhecer a história do local. Há também passeios para o LeConte Glacier partindo da região.
- Prince of Wales Island: é uma das maiores ilha dos Estados Unidos, é cercada por águas cristalinas e exuberante floresta tropical, com uma rica diversidade de fauna e flora, e oferece muitas atividades ao ar livre, como caminhadas, observação de baleias, pesca, caça e camping. Alguns destaques incluem fazer trilhas no Tongass National Forest, e visitar as pequenas comunidades como Port Protection – que ficou famosa pela serie da National Geographic.
Southwest (Sudoeste)
A região sudoeste do Alasca é caracterizada por vastas áreas selvagens, com altas montanhas, vulcões, lagos, florestas exuberantes e uma vida selvagem abundante.
Um dos destinos mais populares da região é a ilha Kodiak, a segunda maior ilha dos Estados Unidos, conhecida por suas belas paisagens costeiras e pela cidade de Kodiak, o principal centro urbano da ilha, com uma rica história russa e americana.
A pesca, a fotografia e a observação da vida selvagem são atividades turísticas comuns na região, que é uma das áreas de salmão mais ricas do mundo, com a maior pesca comercial de salmão do mundo na Bristol Bay. Além disso, a região abriga o Katmai National Park e o Lake Clark National Park, dois parques incrivelmente belos.
A região também é lar de várias comunidades nativas, incluindo a tribo Yup’ik e Cup’ik, que praticam um estilo de vida tradicional baseado na caça, pesca e coleta de alimentos.
Embora seja uma região mais remota, muitos turistas optam por passeios de um dia saindo da região centro-sul para explorar o sudoeste, com muitas agências oferecendo passeios para o Katmai National Park e o Lake Clark National Park, o que é uma maneira incrível de conhecer esse lado do Alasca.
A região sudoeste do Alasca consiste nos distritos de Aleutians East, Bristol Bay, Kodiak Island, Lake e Peninsula, além de uma porção do Kenai Peninsula Borough e as áreas de censo Aleutians West, Bethel, Dillingham e Kusilvak.
Em resumo, a região sudoeste é popular para viajantes que buscam experiências na natureza selvagem e a cultura única do estado. Com seus parques nacionais, vida selvagem, paisagens costeiras e comunidades nativas, é um lugar fascinante para explorar.
Como chegar
- A região pode ser alcançada somente por via aérea ou marítima. A Alaska Airlines, oferece voos para várias cidades da região, como Bethel, Dillingham, King Salmon, Kodiak e Adak Island. A Alaska Marine Highway também oferece um serviço no verão para algumas comunidades costeiras como Kodiak e Unalaska (Dutch Harbor). Para se locomover na região, a melhor opção é o uso de taxi aéreo ou balsa. Algumas cidades maiores como Kodiak e Bethel oferecem serviços de táxi e aluguel de carros.
O que visitar
- Katmai National Park & Preserve: um destino icônico para os amantes da natureza e da vida selvagem. O parque é o lar de uma das maiores populações de ursos pardos do mundo e oferece a oportunidade de observá-los em seu habitat natural em Brooks Falls. Pode ser conhecido em passeios de um dia saindo de algumas cidades do centro sul como Anchorage.
- Lake Clark National Park & Preserve: um parque remoto que oferece uma incrível variedade de paisagens, com uma rica diversidade de vida selvagem, incluindo ursos-pardos, alces e caribus. Pode ser conhecido em passeios de um dia saindo de algumas cidades do centro sul como Anchorage.
- Kodiak: é conhecida por sua bela paisagem natural e atividades ao ar livre. Algumas das melhores atrações incluem a Fort Abercrombie State Historical Park, o Kodiak National Wildlife Refuge e o Kodiak Brown Bear Center. A cidade também oferece museus, como o Alutiiq Museum, Baranov Museum, e o Kodiak Military History Museum, além de trilhas como a Anton Larsen Pass Loop.
- Unalaska: é uma cidade conhecida por sua rica história pesqueira e militar, a cidade oferece belas paisagens, e muitas atividades como pesca esportiva, observação de pássaros e visitas a museus e locais históricos, como o Aleutian World War II National Historic Area e o Museum of the Aleutians.
- Wood-Tikchik State Park: O maior e mais remoto parque estadual do Alasca. É famoso por suas paisagens intocadas e sua abundante vida selvagem, com terrenos irregulares montanhas a lagos profundos e esculpidos. A cidade base é Dillingham de onde saem os hidroavião ou barco para o parque.
- Aniakchak National Preserve: é uma área protegida, conhecida por seu vulcão em forma de caldeira. A área preservada inclui uma variedade de paisagens naturais, como rios, lagos, vales e montanhas, que oferecem oportunidades para caminhadas, acampamentos, observação da vida selvagem e pesca. A cidade mais próxima é King Salmon.
- Alagnak Wild River: é um rio selvagem protegido que oferece uma das melhores experiências de pesca, bem como incríveis oportunidades de observação da vida selvagem e de camping. A melhor forma de acessá-lo é por via aérea ou fluvial a partir de King Salmon.
- Izembek National Wildlife Refuge: A principal forma de acesso é via aérea, com voos regulares partindo de cidades próximas como King Salmon e Cold Bay. O refúgio abrange uma área de pântanos costeiros, lagos e montanhas, e é um importante habitat para uma variedade de espécies de aves migratórias, bem como para mamíferos como ursos, alces e lobos.
- Pribilof Island: são um grupo de ilhas localizadas no Mar de Bering, e são conhecidas por sua rica vida selvagem e cultura nativa. As ilhas de Saint Paul e Saint George são as únicas habitadas. As ilhas são conhecidas por suas colônias de aves marinhas, incluindo papagaios-do-mar, leões-marinhos e focas. As Pribilof Islands são acessíveis apenas por via aérea ou marítima.
Southcentral (Centro-Sul)
O Centro-Sul do Alasca é uma região abrangente que cobre grande parte do estado, cercada ao norte e oeste pela Cordilheira do Alasca e ao leste pelas montanhas Chugach, Wrangell e Prince William Sound. Esta área é conhecida por suas paisagens dramáticas, geleiras, abundante vida selvagem e muita história e culturas.
É a região mais visitada e acessível do estado, e mais da metade da população do estado está concentrada nessa região. Anchorage, é a maior cidade do Alasca, e o centro cultural e econômico da região.
A região oferece muitas atividades em terra e no mar, incluindo trilhas no Chugach State Park, um dos maiores parques estaduais dos Estados Unidos, observação de animais e geleiras no Kenai Fjords National Park, pesca de salmão, passeios de caiaque e observação da vida selvagem em cidades como Kenai, Homer e Seward, além do maior parque nacional dos Estados Unidos, o Wrangell-St. Elias National Park.
A vida selvagem é uma parte importante da região centro-sul, com espécies como ursos, alces, caribus e águias encontradas em toda a região. Há muitos lugares para observação de vida selvagem, incluindo no Alaska Wildlife Conservation Center.
O Centro-Sul do Alasca é composto pelos distritos de Anchorage, Kenai Peninsula e Matanuska-Susitna, juntamente com a área de censo Valdez-Cordova.
Em resumo, a região oferece uma emocionante mistura de atividades ao ar livre, história e cultura, tornando-se um destino popular para viajantes que buscam explorar o Alasca e experimentar uma combinação de aventura ao ar livre, vida urbana e a cultura única da região.
Como chegar
- Essa é a região mais acessível do Alasca, podendo ser acessada via aérea, marítima e terrestre. Na região você encontra voos comerciais pela Alaska Airlines para Anchorage e Cordova, e voos menores de outras companhias, como a Ravn para menores comunidades da região saindo de Anchorage. A Alaska Railroad oferece serviço de trem que conecta Anchorage a vários destinos em Southcentral e no interior, como Whittier, Girdwood, Talkeetna, Denali e Fairbanks. Além disso, a Alaska Marine Highway também opera na região. No entanto, uma das melhores maneiras de explorar a região é de carro, usando o sistema rodoviário. A região possui diversas rodovias cênicas, como a Seward Highway, que liga Anchorage a Seward, a Glenn Highway, que liga Anchorage a Glennallen e a Sterling Highway, levando até Homer, que oferecem uma experiência única para os viajantes.
O que visitar
- Anchorage: é a maior cidade do Alasca, oferecendo diversas opções de atividades ao ar livre, atrações culturais e uma gastronomia única. Os destaques da região incluem o Alaska Native Heritage Center, o Anchorage Museum, a Tony Knowles Coastal Trail e a Flattop Mountain Trail. A cidade também é um ponto de partida conveniente para passeios de um dia para locais como o Eagle River Nature Center, o Eklutna Lake, a Matanuska Glacier, o Hatcher Pass e a Knik Glacier.
- Girdwood: é uma pequena cidade situada no município de Anchorage, cercada por montanhas e florestas exuberantes. A região oferece atrações como o Alyeska Aerial Tram, o Alaska Wildlife Conservation Center, o Portage Glacier, Virgin Creek Waterfalls e a Crow Creek Mine. Além de passeios para o Spencer Glacier e pelo Prince William Sound saindo da cidadezinha de Whitter, uma cidadezinha bem pitoresca.
- Seward: é uma charmosa cidade costeira repleta de lojas, restaurantes, museus e galerias de arte. Destaque para as trilhas na Exit Glacier Area, os passeios de barco pelo Kenai Fjords National Park, o Lowell Point State Recreation Site e o Alaska Sealife Center. Próximos a Seward, encontram-se as pequenas comunidades de Moose Pass e Cooper Landing, que oferecem trilhas deslumbrantes para os amantes da natureza.
- Homer: é uma cidade costeira pitoresca, conhecida por ser a capital mundial de pesca do Halibut. Uma das principais atrações da cidade é o Homer Spit, a Bishop’s Beach e o Museum Pratt. Além disso, passeios pelo Kachemak Bay State Park, Seldovia e Halibut Cove são experiências imperdíveis para quem visita à região.
- Valdez: é uma cidade portuária rodeada por majestosas montanhas e paisagens naturais. Ideal para os amantes da natureza, que podem desfrutar de atividades ao ar livre, como caminhadas, pesca e passeios de barco, além de passeios incríveis como fazer Caiaque no Valdez Glacier Lake, visitar as geleiras Worthington Glacier e Columbia Glacier, ver as belezas por Thompson Pass e o Keystone Canyon, repleto de lindas cachoeiras.
- Wrangell – St Elias National Park & Preserve: é o maior parque nacional dos Estados Unidos, com paisagens impressionantes de geleiras, montanhas e rios, além de uma rica fauna selvagem. A região também abriga a histórica cidade mineradora de Kennecott, com ruínas preservadas da época do ouro.
- Talkeetna: uma cidadezinha conhecida por ser ponto de partida para escaladas ao Monte Denali e oferece diversas atividades ao ar livre, como trilhas e passeios de avião. É uma cidade charmosa cercada por belas paisagens naturais, destaques para o seu centrinho, com muitos lugares históricos como a Nagley’s Store, o Fairview Inn e o Talkeetna Roadhouse. Outros lugares legais são o Talkeetna Riverfront Park e o Talkeetna Historical Society Museum.
- Hope: é uma pitoresca cidadezinha com vários locais históricos que podem ser explorados pelos visitantes, incluindo o museu Hope and Sunrise Historical and Mining Museum. Além disso, é possível desfrutar de um delicioso café no Seaview Cafe & Bar e explorar as trilhas Resurrection Pass Trail e Palmer Lakes/Twin Lakes para apreciar a bela natureza local.
Interior
O Interior do Alasca é um tesouro natural e um verdadeiro paraíso para os amantes da natureza. Esta vasta região está localizada no coração do Alasca, rodeada pela majestosa Cordilheira do Alasca ao sul e pela incrível Cordilheira Brooks ao norte. A região é composta principalmente por áreas selvagens, oferecendo algumas das paisagens mais impressionantes e desafiadoras da América do Norte.
É conhecida por suas montanhas imponentes, algumas das quais são as mais altas do continente, como o Monte McKinley, também conhecido como Denali, que é a montanha mais alta da América do Norte, localizada no incrível Denali National Park, o terceiro maior parque nacional americano. A região é habitada por uma grande variedade de animais selvagens, como ursos pardos, lobos, alces, renas e caribus, tornando-se um paraíso para os amantes da natureza e observadores de pássaros.
Na região você também encontra o Magic Bus, que se tornou uma atração para os fãs do livro e do filme Na Natureza Selvagem (Into the Wild). Embora as autoridades do Alasca tenham removido o ônibus original do local por razões de segurança, é possível ver e até mesmo entrar no ônibus do filme na 49th State Brewing Company em Healy.
A região também é lar da cidade de Fairbanks, a segunda maior cidade do estado e famosa por sua história relacionada à Corrida do Ouro. Na região, também se encontra a cidadezinha Polo Norte, que recebe milhares de cartas para o Papai Noel anualmente, além do resort de águas termais Chena Hot Springs.
Composta pelos distritos de Denali e Fairbanks North Star, e com as áreas de censo Southeast Fairbanks e Yukon-Koyukuk, a região oferece diversas opções de atividades ao ar livre, como passeios de UTV e voos cênicos, rafting e passeios panorâmicos de rio, pesca e passeios de trenós puxados por cães, tornando-se um lugar incrível para se conhecer e explorar.
Como chegar
- O interior do Alasca pode ser acessado por diferentes meios de transporte. Uma das opções é por via aérea, através do segundo maior aeroporto do Alasca, localizado em Fairbanks, que oferece voos comerciais pela Alaska Airlines. Para aqueles que preferem uma viagem de trem, a Alaska Railroad é uma ótima opção. A ferrovia percorre parte do interior do estado, com paradas em Denali e Fairbanks, oferecendo vistas incríveis e uma experiência única. E para quem aprecia uma road trip, o interior do Alasca oferece diversas opções de rodovias com paisagens e atrações únicas. A Parks Highway é uma das rotas mais populares, conectando Anchorage a Fairbanks, passando por Wasilla e Denali. A Richardson Highway, por sua vez, liga Valdez a Fairbanks, percorrendo Glennallen e Delta Junction. Além disso, a Alaska Highway é uma importante rota que conecta o Alasca ao Canadá, passando por Delta Junction, Tok e Beaver Creek. Outras opções incluem a Steese Highway, Elliot Highway e Dalton Highway, que seguem para o norte de Fairbanks. Vale ressaltar que a Dalton Highway não é pavimentada, assim como a Denali Highway, que liga Paxson a Cantwell, passando pelo Parque Denali e oferecendo vistas incríveis. E é importante observar que algumas agências de aluguel de carros não permitem que seus veículos transitem nessas estradas não pavimentadas.
O que visitar
- Denali National Park & Preserve: é um incrível parque, que abriga a montanha mais alta da América do Norte, bem como muitas outras montanhas e geleiras. Além disso, o parque é o lar de uma grande variedade de vida selvagem, como ursos, alces e caribus, e possui muitas trilhas para caminhadas e atividades ao ar livre disponíveis. É um dos parques mais visitados e acessíveis do estado, um lugar imperdível.
- Fairbanks: a segunda maior cidade do Alasca, é um destino turístico popular que oferece muitas atrações, como o Museum of the North, o Morris Thompson Cultural Center, o Creamer’s Field Migratory Waterfowl Refuge e o Pioneer Park, um parque temático com muitas atividades para toda a família.
- North Pole: é uma pequena cidade perto de Fairbanks que é famosa por sua decoração natalina o ano todo e sua lojinha de presentes, tornando-a um destino ideal para quem quer sentir o espírito natalino fora de época.
- Chena Hot Springs: é um resort termal localizado a cerca de 100km de Fairbanks. Além das piscinas de águas termais, o resort oferece atividades como passeios de trenó puxados por cães e o Aurora Ice Museum, um museu inteiramente feito de gelo.
- Angel Rocks Trail: é uma trilha popular localizada no Chena River State Recreation Area, que é conhecida por suas formações rochosas impressionantes, vistas panorâmicas e pela chance de avistar a vida selvagem local.
- Alaska Railroad Museum & Nenana Depot: está localizado em Nenana, uma pequena cidade conhecida por sua rica história e cultura nativa. A cidade abriga o Alaska Railroad Museum, onde os visitantes podem aprender sobre a construção e importância da ferrovia na história do Alasca.
- Trans-Alaska Oil Pipeline Viewpoint: é um local de observação facilmente acessível pela Steese Highway, que oferece aos visitantes uma visão panorâmica do Trans-Alaska Pipeline System, um sistema de oleodutos que se estende por cerca de 1300 km de Prudhoe Bay, no norte do Alasca, até Valdez, no sul do estado.
- Big Delta State Historical Park: é um parque histórico que abriga o local da antiga cidade de Big Delta, um importante centro de comércio durante a corrida do ouro no final do século XIX. O parque conta com várias atrações, e é um ótimo local para atividades ao ar livre, como caminhadas, pesca e observação da vida selvagem.
- Yukon-Charley Rivers National Preserve: é uma área de conservação que protege muitos km ao longo do Rio Yukon e seus afluentes, incluindo o Rio Charley. É o lar de muitas espécies de animais. Os visitantes podem explorar as muitas trilhas para caminhadas e áreas de observação, além de praticar canoagem, rafting e acampar dentro do parque.
Far North (Ártico)
O extremo norte do Alasca é uma região selvagem e remota que se situa acima do Círculo Polar Ártico. É considerada uma das áreas mais isoladas do mundo, contudo possui uma paisagem incrivelmente bela e diversa. Originalmente habitada por vários grupos nativos do Alasca, que viviam da caça, caça à baleia ou pesca de salmão, o assentamento moderno na região foi impulsionado pela descoberta de ouro e posteriormente pela extração de petróleo.
O clima polar da região é caracterizado por temperaturas extremamente frias no inverno. O sol da meia-noite é uma característica única da região, onde o sol fica acima do horizonte 24 horas por dia durante o verão e abaixo do horizonte 24 horas por dia durante o inverno. Aqui é muito fácil ver as luzes da aurora boreal.
A região é o habitat de diversos animais selvagens, incluindo ursos polares, lobos, alces, renas e corujas da neve, é uma importante rota para aves migratórias. A tundra ártica domina a paisagem, com vastas extensões de musgos, líquenes e plantas de baixo crescimento.
A cultura indígena é uma parte significativa do extremo norte do Alasca, com muitas tribos vivendo na região há milhares de anos. Essas culturas têm tradições e práticas únicas que refletem a vida nas condições extremas do Ártico.
Alguns dos melhores parques selvagens estão nessa região, como o Gates of the Arctic National Park e o Kobuk Valley National Park, bem como as cidades de Nome e Kotzebue, porta de entrada para o Noatak National Preserve.
Para aqueles com tempo limitado, passeios de um dia saindo de Fairbanks para Coldfoot oferecem a oportunidade de explorar um pouco da região. Para os passeios aéreos de bate e volta eu reservaria com muita cautela e estudo. Pois, conforme já mencionado neste post, passamos um perrengue gigante em Barrow, já que por ser uma região remota e sujeita ao mau tempo é comum voos serem cancelados por segurança.
O Ártico do Alasca é composto pelos distritos de North Slope e Northwest Arctic, e com a área de censo Nome e partes da área de Yukon-Koyukuk.
Em resumo, é uma região remota e inóspita, que na maior parte só pode ser explorada por via aérea. É um destino popular para quem busca aventuras em um ambiente natural espetacular e preservado.
Como chegar
- As comunidades do Ártico do Alasca são acessíveis principalmente por avião. A Alaska Airlines oferece voos comerciais de Anchorage para Nome, Utqiagvik (Barrow), Prudhoe Bay/Deadhorse e Kotzebue. Já as comunidades e vilas menores podem ser acessadas por meio de táxis aéreos. É importante destacar que a Dalton Highway é a única rodovia que liga a região ao resto do Alasca, no entanto, ela não é completamente pavimentada e a maioria das locadoras de veículos proíbem o tráfego de seus carros nessa estrada. A melhor maneira de viajar por ela é através de um passeio pago saindo de Fairbanks. É válido ressaltar que, embora exista apenas uma estrada que conecte o Ártico a outras regiões do Alasca, há outras estradas dentro da região.
O que visitar
- Gates of the Arctic National Park and Preserve: é um parque nacional vasto e remoto, com paisagens espetaculares e muita vida selvagem. É o segundo maior parque nacional dos EUA e não tem estradas ou trilhas marcadas. Os visitantes podem desfrutar de atividades ao ar livre como caminhadas, campings e canoagem.
- Nome: é conhecida por sua mineração de ouro e por sediar eventos como a Iditarod Trail Sled Dog Race. Além disso, a cidade é a sede do Bering Land Bridge National Preserve, que é o primeiro local de migração humana entre a Ásia e a América do Norte. Outro lugar interessante para aprender sobre a corrida do ouro é o Carrie M. McLain Memorial Museum.
- Kobuk Valley National Park: é um parque nacional famoso por suas dunas de areia e pela importante migração de caribus. Os visitantes podem explorar a paisagem selvagem do deserto do Ártico e ver a migração de caribus duas vezes por ano. O rio Kobuk é um importante habitat para a vida selvagem e a Onion Portage é uma área de sítio arqueológico que oferece uma visão da cultura dos povos indígenas da região. Embora o parque não tenha instalações desenvolvidas, oferece muitas oportunidades para aventuras ao ar livre, incluindo caminhadas, passeios de barco, voos panorâmicos e pesca.
- Coldfoot: é uma pequena cidade ao longo da Dalton Highway, originalmente um acampamento para trabalhadores da estrada, mas agora uma parada popular para turistas que buscam aventuras na região do Ártico. É um ótimo ponto de partida para explorar a natureza selvagem da região.
- Noatak National Preserve: é uma vasta área protegida com um ecossistema preservado e o lar de muitas variedades de plantas e animais do Ártico. O parque não possui estradas ou centro visitantes, mas oferece diversas atividades ao ar livre, incluindo caminhadas, passeios cênicos, canoagem e pesca. É uma ótima opção para quem busca experiências na vida selvagem.
- Utqiaġvik: também conhecida como Barrow, é uma comunidade localizada no ponto mais setentrional dos Estados Unidos. Além de ser conhecida por sua rica cultura Iñupiat, a cidade oferece várias atrações, como a Whale Arch, uma impressionante estrutura feita de mandíbulas de baleia, o monumento Will Rogers and Wiley Post, que homenageia a vida e as realizações desses dois pioneiros da aviação, e o Iñupiat Heritage Center, ideal para aprender mais sobre a cultura nativa.
- Kotzebue: é uma cidade cercada por paisagens naturais deslumbrantes e rica cultura indígena, além de oferecer várias opções de passeios ao ar livre. É um bom local de saída para explorar parques remotos como o Cape Krusenstern National Monument, Kobuk Valley National Park e o Noatak National Preserve.
- Cape Krusenstern National Monument: é uma área costeira com muitos km de praias e formações rochosas únicas. Os visitantes podem caminhar, observar a vida marinha e aprender sobre a cultura dos povos nativos.
ONDE SE HOSPEDAR
O Alasca é um estado vasto e diverso, cheio de opções de hospedagem em várias cidades e regiões. Independentemente do seu orçamento e necessidades, há muitas opções para aproveitar o melhor que este estado incrível e único tem a oferecer.
No entanto, é importante destacar que no Alasca não existem hotéis super luxuosos. Em vez disso, é um lugar mais despojado, onde você pode se concentrar nas atividades ao ar livre e nas belezas naturais em vez de passar o tempo em um hotel.
As opções de hospedagem incluem hotéis, pousadas, cabanas e casas para alugar em cidades ou locais remotos acessíveis por avião ou barco.
Para aqueles que viajam de motorhome, o estado oferece muitos acampamentos e parques de trailers convenientemente localizados ao longo do caminho.
Nossa experiência: pesquisamos bastante os lugares onde ficaríamos no Alasca. Sabíamos que chegaríamos cansados dos passeios e que haveria trocas de cidades e, consequentemente, de hospedagem. Por isso, selecionamos hotéis que nos atendessem bem em cada uma dessas regiões.
Segue abaixo os hotéis em que nos hospedamos:
- Homer: Land’s End Resort
O hotel está localizado na ponta do Homer Spit, a área mais procurada de Homer e oferece diversas opções de acomodação e conta com uma piscina, banheiras de hidromassagem, sauna, cafeteria e um restaurante. Apesar de ser chamado de resort, o local se assemelha mais a um motel americano situado próximo à estrada. Durante nossa estadia, tivemos um pequeno contratempo devido ao fato de que o estacionamento do hotel é aberto, e o vidro do nosso carro alugado amanheceu trincado. Acreditamos que tenha sido causado por um pássaro, já que o local é frequentado por muitos deles devido à proximidade com o píer e o mar. Apesar disso, a localização do hotel é muito boa e apesar de ser simples, o hotel é confortável e bem localizado.
- Seward: Hotel Seward / Harbor 360 Hotel Seward
Inicialmente, a ideia era nos hospedar somente no Harbor 360 Hotel, mas como não conseguimos reservar mais que uma noite lá, acabamos pegando uma noite no Hotel Seward, e pra nossa surpresa, gostamos bastante. Apesar de ser pequeno, o hotel tem uma recepção linda e decorada, e sua localização é perfeita, no centro de Seward, próximo a restaurantes e ao mar, com uma vista deslumbrante. Tivemos sorte ao chegar lá em um dia ensolarado, com uma vista linda ao redor do hotel, e fomos recompensados com um upgrade para um quarto espaçoso no segundo andar, com vista para as montanhas. Adoramos a estadia e achamos que o custo-benefício foi excelente.
Depois, ficamos uma noite no Harbor 360 Hotel Seward, que é a escolha perfeita para quem vai fazer passeios de barco em Seward, pois está localizado bem em frente ao píer onde os barcos partem. Além disso, gostamos bastante do quarto, que era espaçoso e confortável. O café da manhã estava incluso e, embora simples, contava com uma máquina de panquecas americanas que adoramos. É importante notar que este hotel está sempre cheio devido ao ponto de troca de ingressos dos barcos, e embora esteja um pouco afastado do centro, a região do píer oferece muitas lojinhas e restaurantes. No final das contas, dividir nossa hospedagem entre os dois hotéis nos permitiu explorar bem ambos os lados de Seward e valeu a pena demais.
- Girdwood: Alyeska Resort
Este é o único hotel em Girdwood e foi o que mais tinha estilo de resort entre todos que nos hospedamos durante a viagem. Com uma estrutura gigantesca, ele é um dos mais concorridos para esquiar nos Estados Unidos durante o inverno. Dentro dele, há diversas lojas, restaurantes, spa e um ambiente muito bem cuidado e luxuoso. Há ainda um teleférico (Alyeska Aerial Tram) dentro do hotel que leva para um mirante a 700 metros com vista para geleiras e picos, proporcionando uma vista sensacional (se não estiver nublado). Além disso, na área externa, o jardim do hotel é lindo e costuma ter vários eventos, quando estivemos lá, ocorreu um festival de berries. O atendimento que recebemos foi muito bom, e o quarto era grande e espaçoso.
- Anchorage: Historic Anchorage Hotel / Four Points by Sheraton Anchorage Downtown / Hotel Captain Cook
Em Anchorage, queríamos ficar no Hotel Capitain Cook, considerado um dos melhores da cidade, mas infelizmente não havia mais vagas disponíveis (somente conseguimos uma diária no final da viagem). Então, tivemos que procurar outras opções e como nenhum outro hotel bem localizado tinha quatro diárias seguidas disponíveis, tivemos que dividir nossa estadia em dois hotéis. O primeiro hotel foi o The Historic Anchorage Hotel, fundado em 1916 e listado no Registro Nacional de Lugares Históricos. Embora haja rumores de que seja mal-assombrado devido à morte prematura do primeiro chefe de polícia de Anchorage, Jack Sturgus, a poucos passos do hotel em 1921. O hotel é tão assombrado que a recepção mantém um “registro de fantasmas” para cada avistamento relatado pelos funcionários ou hóspedes. Apesar disso, achamos o hotel charmoso, com uma aparência similar àqueles prédios dos filmes clássicos antigos. O café da manhã estava incluso e também tinha uma máquina de panquecas americanas. A localização era perfeita, bem no centro da cidade, ao lado de lojas, praça e diversos restaurantes. O único ponto negativo era a falta de estacionamento próprio, mas eles têm um convênio com um estacionamento próximo. Em resumo, gostamos muito da nossa estadia de duas diárias no The Historic Anchorage Hotel e consideramos que valeu a pena, e no final não vimos nenhum fantasma (risos).
O segundo hotel foi o Four Points by Sheraton Anchorage Downtown, e na verdade, não podemos falar muito sobre nossa experiência no hotel, pois não conseguimos dormir lá nenhuma noite. Reservamos duas diárias, com a intenção de deixar nossas coisas no quarto no primeiro dia e dormir somente na segunda noite, mas acabamos ficando presos em Barrow por três dias :(. Escolhemos o hotel por ser bem localizado, com um bom custo-benefício e estacionamento disponível. A estrutura do hotel nos pareceu muito boa, e o quarto era espaçoso, com uma sala na entrada, cama grande e um ambiente limpo e confortável. Apesar de não termos dormido lá, podemos afirmar que as pessoas do hotel foram extremamente atenciosas e prestativas quando precisamos entrar em contato com eles. Eles nos ajudaram com as malas e fizeram o possível para nos deixar mais tranquilos durante o imprevisto em Barrow.
Nossa última parada em Anchorage foi no incrível Hotel Captain Cook, onde conseguimos reservar a última noite da nossa viagem para terminar com chave de ouro. O hotel fica bem no centrinho da cidade, é bem grande e tem um clima de luxo. O hall de entrada é gigante, com alguns restaurantes e algumas lojas. À noite, fomos ao Fletcher’s, um restaurante estilo pub, e no dia seguinte tomamos café da manhã em outro restaurante, ambos com muitas opções deliciosas. O quarto era muito espaçoso e tinha uma vista de 180 graus da cidade. O serviço do hotel foi incrível do começo ao fim, foi uma pena que não pudemos ficar mais tempo, porque o lugar é fantástico e definitivamente vale a pena conhecer.
- Denali (Healy): Denali Park Hotel
Este hotel superou nossas expectativas mesmo não sendo nossa primeira escolha na região do Denali. A recepção é personalizada em forma dos vagões de trens do Alasca e fica no meio da estrada, lembrando aqueles motéis de beira de estrada de filmes. A localização é excelente, bem próxima ao Denali National Park, e os proprietários, um casal mais velho, foram extremamente simpáticos e prestativos durante toda a estadia. O hotel é bem cuidado, com vistas ao redor muito bonitas e o quarto em que ficamos era simples, mas espaçoso e com uma cama muito confortável. Foi uma hospedagem agradável e com um ótimo custo-benefício.
- Região de Fairbanks: Borealis Basecamp
Esse era o hotel que mais estávamos na expectativa. Ele possui vários “iglus” com teto de vidro e é o lugar ideal para ver a aurora boreal. Os iglus são pequenos, mas as camas são muito confortáveis. O mais diferente é a privada, que é biodigestora e usa uma espécie de papel alumínio como descarga. Uma coisa que achamos legal é que algumas atividades estão inclusas no pacote de hospedagem de duas noites, como passeio de UTV e trenó de cachorros. Além disso, várias outras atividades estão disponíveis mediante pagamento. É um tipo de hospedagem muito diferente de tudo o que já experimentamos, e ficamos extremamente satisfeitos com o atendimento que recebemos. O gerente nos tratou muito bem e, quando descobriu que éramos brasileiros, veio conversar conosco e compartilhar algumas histórias. O restaurante tem pratos incríveis e uma vista deslumbrante. O café da manhã é simples, mas muito gostoso. Infelizmente, não conseguimos ver a aurora boreal, mas tivemos uma experiência única que nunca vamos esquecer. Definitivamente vale a pena se hospedar neste hotel para ter uma experiência única e inesquecível.
- Barrow: Top of The World Hotel
Localizado literalmente no fim do mundo, este hotel é construído inteiramente a partir de contêineres. É bem grande e oferece muitos quartos disponíveis. O quarto em que ficamos era espaçoso, estava bem limpo e organizado, e o restaurante do hotel é muito bom, com opções de comida bem variadas. No entanto, como todo lugar isolado, a dificuldade de acesso e a limitação do local nos trouxeram alguns pequenos problemas. Primeiro, não havia cartão-chave para entrar no quarto, o que significava que precisávamos pedir ajuda toda vez que queríamos entrar no quarto. Além disso, o nosso quarto demorou uma eternidade para ficar pronto quando chegamos, e os funcionários pareciam meio perdidos na hora de fazer o nosso cadastro e fornecer informações. Essas coisas nos incomodaram um pouco, principalmente porque o valor do hotel era bem alto. No entanto, se você está indo para Barrow, este hotel é a melhor opção disponível, já que a cidade não tem muitas opções de hospedagem. Porém, não é o tipo de hotel que recomendaríamos se estivesse em uma cidade comum.
- Prudhoe Bay: The Aurora Hotel
Este hotel não foi programado, tivemos que nos hospedar nele quando conseguimos sair de Barrow. Assim como a maioria das instalações do Ártico, ele é todo feito de contêineres. Ficamos surpresos com o tamanho do hotel, com muitos quartos, e fomos bem recebidos e atendidos. O quarto era pequeno e simples, com apenas uma janela “de frente para o mar” e tundra, mas serviu muito bem para nos acomodar durante a noite que passamos lá antes de finalmente embarcarmos para Anchorage – onde deveríamos ter chegado três dias antes. O que mais nos surpreendeu foi o sistema de buffet do hotel, que nunca tínhamos visto antes! O refeitório era gigante, com mesas coletivas e um buffet cheio de todas as opções de comida imagináveis! E o melhor de tudo: estava incluso na diária com um preço justo. A maioria das pessoas hospedadas no hotel eram trabalhadores locais.
Também tínhamos reservado um quarto no Talkeetena Inn em Talkeetna e no Westmark Fairbanks Hotel em Fairbanks. Porém, como ficamos presos no Ártico, não conseguimos nos hospedar nesses hotéis.
Para escolher a hospedagem, pesquisamos bastante, levando em consideração as avaliações e verificando diferentes sites de reservas.
Em resumo, ficamos em hotéis que consideramos bons e que atenderam ao que mais queríamos, que era descansar após um dia cansativo. Você pode encontrar mais informações e outras dicas de hospedagem nos nossos outros posts sobre o Alasca.
Recomendamos sempre pesquisar e verificar as avaliações de diferentes sites de reservas antes de escolher um hotel. Alguns hotéis que gostaríamos de ter ficado como Talkeetna Alaskan Lodge, Grande Denali Lodge e McKinley Chalet Resort, não conseguimos vagas, pois estavam lotados.
E como já falamos, em Seward e Anchorage ficamos em mais de um hotel porque a época que fomos era muito concorrida. Dividimos a hospedagem para adequar à disponibilidade.
Por isso, nossa sugestão é reservar com bastante antecedência, especialmente na alta temporada. As pessoas começam a reservar com mais de um ano de antecedência, portanto, planejamento é fundamental! Também é importante verificar se há cobrança de taxas de resort, de limpeza e de estacionamento, além dos impostos, que nem sempre estão inclusos no preço na hora de reservar, para evitar surpresas no orçamento.
Para ver todos os hotéis disponiveis no Alasca, pesquise abaixo:
Booking.comO QUE EXPERIMENTAR/COMER NO ALASCA
As culturas nativas do Alasca dependem de práticas tradicionais como coleta de plantas, pesca e caça selvagem. Não é só pra comer, é um estilo de vida que conecta as pessoas à terra, à comunidade e à história. A paisagem e o clima do Alasca têm muitos alimentos naturais, usados na culinária nativa há milhares de anos. Peixes, caranguejos e ostras são muito populares e são colhidos seguindo regras bem rigorosas pra manter a sustentabilidade, o que os torna alguns dos mais frescos do mundo. E tem também muitas carnes e pratos de caça que os primeiros nativos do Alasca comiam pra sobreviver, criando uma culinária bem diversificada.
A comida do Alasca é famosa por ser criativa e única. Os chefs, agricultores e artesãos estão transformando os pratos clássicos, combinando ideias modernas com a comida típica da região. Com isso você acaba encontrando muitos pratos e cardápios com muitos ingredientes cultivados e produzidos localmente.
Aqui estão algumas comidas e bebidas que você deve experimentar na sua viagem:
Halibut: é um tipo de peixe comum no Alasca e muito apreciado na culinária local. Ele tem uma carne branca, firme e suculenta e é versátil o suficiente para ser preparado de várias maneiras diferentes, como grelhado, assado, frito ou cozido.
- Em quase todos os restaurantes encontramos Halibut. Mas, onde mais gostamos e achamos divino foi no restaurante The Cookery em Seward. Também comemos um muito gostoso no Jack Sprat em Girdwood.
King Crab: o caranguejo real é outra iguaria local popular. É servido em pratos como patas de caranguejo cozidas ou ensopadas. Embora seja o mais famoso e popular caranguejo do alasca, não é o único. Existem dez espécies diferentes de caranguejo do Alasca e sete delas são capturadas e colhidas comercialmente.
Salmão: o salmão é um dos alimentos mais emblemáticos do Alasca e pode ser encontrado em vários pratos, desde grelhados até defumados e curados. Existem cinco espécies de salmão selvagem no Alasca: Sockeye, Chum, Coho/Silver, Chinook/King e Pink.
- Rodrigo experimentou e aprovou, inclusive ele vive falando do sanduíche de salmão no Long Rifle Lodge ao lado da Manatakuska Glacier.
Ostras: o Alasca é conhecido por sua rica variedade de frutos do mar e as ostras estão entre os produtos locais. As ostras do Alasca são cultivadas em fazendas marinhas e também são colhidas na natureza, especialmente na região de Kachemak Bay, perto de Homer. Você pode encontrar em muitos restaurantes especializados em frutos do mar.
Moose, Caribou e Bison: são carnes essenciais para muitas dietas dos nativos do Alasca e muitas vezes são transformadas em hambúrgueres, salsichas e ensopados. Vimos em muitos cardápios, inclusive experimentamos um hamburguer com carne de bisão em Homer, estava bem gostoso.
Cervejas locais: o Alasca tem uma cena cervejeira crescente e diversas cervejarias locais que usam ingredientes da região como frutas silvestres e água pura das geleiras. Em Anchorage tem um tour o Big Swig Tours que é ideal para conhecer as muitas cervejarias artesanais incríveis da região.
- Algumas cervejarias que visitamos e gostamos muito: 49th State Brewing em Anchorage e Healy, a Denali Brewing Company em Talkeetna, a Cooper Landing Brewing Company em Cooper Landing e a Glacier Brewhouse em Anchorage.
- Outras que não conhecemos na própria cervejaria, mas experimentamos em bares e restaurantes: Midnight Sun Brewing, Anchorage Brewing Company, Alaskan Brewing Company, Seward Brewing Company, Stoney Creek Brewhouse e a Homer Brewing Company.
- Algumas outras que recebemos recomendações: Cynosure Brewing, Onsite Brewing Company e Turnagain Brewing de Anchorage, a Girdwood Brewery de Girdwood, a Grace Ridge Brewing de Homer, a HooDoo Brewing Company, Latitude 65 Brewing Company e a Black Spruce Brewing Company de Fairbanks, a Kenai River Brewing Co de Soldotna e a Matanuska Brewing de Palmer.
Black Code/Sablefish: Outro peixe muito popular é o bacalhau, um peixe branco mais macio, amanteigado e saboroso, considerado quase exótico, com preços que rivalizam com os do Halibut. Você encontra em restaurantes especializados em frutos do mar.
Birch Syrup: esse é um xarope produzido a partir da seiva das árvores de bétula, comumente encontradas nas regiões frias do planeta. O Birch Syrup é mais raro que o xarope de bordo e também mais difícil de fazer. O que o torna mais caro e menos conhecido. Por isso, é considerado um alimento “gourmet”. Ele é usado como acompanhamento de panquecas, em sorvetes, para marinar a carne, em coquetéis e bebidas. Você encontra em lojinhas, farmers market, e lojas especializadas.
- Nós visitamos a Alaska Birch Syrup and Wild Harvest Products em Talkeetna. É um lugar muito legal e que vale muito a pena de conhecer. Nós experimentamos o sorvete, os caramelos e a Birch Water, tudo bem gostoso. O local também oferece tours para conhecer mais sobre esse alimento típico.
Chocolate Bread: é um delicioso pão de chocolate com um toque de baunilha e sabor único. É feito à mão com ingredientes de alta qualidade, é um ótimo acompanhamento para o café da manhã, lanches ou até mesmo sobremesas. Você encontra essa delícia na padaria Two Sisters em Homer.
Reindeer Sausage (salsicha de rena): a salsicha é feita de carne de rena, o animal mais abundante da região, e muitas vezes servidas em pratos tradicionais. A carne é marinada temperos. Ela é servida em muitos restaurantes locais e é um dos pratos favoritos dos turistas. Além disso, é muitas vezes servida como aperitivo em festas e outras ocasiões especiais. Ela tem um sabor forte, mas muito gostoso.
- Nós amamos o cachorro quente de rena da Tia’s em Anchorage, uma barraquinha que fica em frente ao Peratrovich Park/Old City Hall Park. Gostamos tanto que fomos mais de uma vez. Dica: peça a salsicha apimentada. Você não vai se arrepender!
Café: o café é uma parte importante da cultura local. É amplamente consumido em todas as partes do estado e há muitas variedades diferentes disponíveis. Embora você não encontre muitas fazendas de café prosperando nos climas árticos, existem muitas torrefadoras e marcas no Alasca. O café do Alasca é geralmente feito a partir de grãos torrados ao ar livre.
- Nós fomos em muitas cafeterias e experimentamos muitos cafés no Alasca. Mas, gostamos especialmente do Kaladi Brothers Coffee, um dos mais conhecidos por lá e que está presente em vários locais. Tomamos em Anchorage e em Girdwood. Também conhecemos os cafés do Alaska Coffee Roasting Company em Fairbanks e o Captain’s Coffee Roasting em Homer. Todos aprovados!
Fry Bread: é um prato originário dos povos indígenas do Alasca. É um pão frito feito de fermento, farinha, leite em pó, água, sal e geralmente algum tipo de adoçante. Muitas pessoas apreciam o fry bread pelo seu sabor e valor cultural. O traditional Fry Bread costuma ser servido com mel ou com geléia de frutas.
Sourdough Bread: é um tipo de pão de fermentação natural produzido no Alasca. O processo de fermentação dura de 8 a 24 horas, permitindo que o pão receba um sabor ácido e levemente adocicado. A The Bake Shop em Girdwood é famosa por servir panquecas e pães de fermentação natural. Nós tentamos conhecer, mas, infelizmente, estava fechada.
Pratos, sobremesas e bebidas com Fireweed: é uma planta e símbolo importante da cultura do Alasca, especialmente para os nativos, e é usada como alimento e medicamento. Tem também função medicinal e seu óleo essencial é usado na aromaterapia. É matéria-prima para geleias, mel, licores e sorvetes. Nossa experiência com Fireweed foi em forma de sorvete.
- Tomamos um incrível na Wild Scoops em Anchorage. Estava delicioso! Compramos também o mel, e achamos muito gostoso!
Pratos, sobremesas e bebidas com Spruce Tips: são as pontas de uma árvore chamada spruce, uma das árvores mais comuns do Alasca. As pontas são geralmente colhidas manualmente no começo da primavera, e elas são usadas como ingrediente de cervejas artesanais, sopas, temperos, chás e geleias.
- A Alaskan Brewing Company tem uma cerveja com Spruce tips, a Amalga Distillery de Juneau oferece um gin de spruce tips e a Wild Scoops em Anchorage faz um sorvete de Spruce tips.
Hidromel (Mead): o hidromel é um tipo de bebida fermentada à base de mel que é bastante produzida no Alasca. São usadas também frutas e especiarias. O processo de fermentação transforma o mel em álcool, embora, em geral, seja uma bebida suave com teor alcoólico de 4 a 6%. É uma bebida tradicional da região e popular entre os locais e turistas.
- Algumas opções de locais para experimentar incluem a Sweetgale Meadworks and Cider House e a Odin Mead em Homer, a Alaska Meadery (Denali Brewing Co.) em Talkeetna, e a Hive Mind Meadery e a Two Seasons Meadery em Anchorage, todos com salas de degustação disponíveis.
Vinho (Wine): no Alasca, o clima frio não favorece a produção de uvas para vinho, mas existem vinícolas que criaram receitas com frutas locais como mirtilos, framboesas e groselhas. A maior parte do vinho do Alasca é feita à base de frutas e a região tem poucas vinícolas, que geralmente produzem mais hidromel.
- Alguns vinhos para experimentar são os da Bear Creek Winery em Homer, que oferece passeios e degustação de vinhos e os da Alaska Berries em Soldotna, que cultiva as frutas e bagas utilizadas na produção dos vinhos e compotas artesanais.
Destilados (Spirits): A produção de destilados no Alasca é relativamente recente e utiliza água glacial e ingredientes locais como bagas de zimbro, cranberries e Spruce Tips para produzir bebidas únicas. As garrafas de destilados são vendidas com embalagem apropriada para viagem, muitas vezes com rótulos que revelam a identidade da região onde são produzidas.
- Algumas destilarias para visitar e degustar incluem a Alaskan Spirits Distillery, Anchorage Distillery, Cook Inlet Distillery, Fairbanks Distilling Company, Ursa Major Distilling, Hoarfrost Distilling, Amalga Distillery, Arctic Harvest, Port Chilkoot Distillery, Uncharted Alaska Distillery e a Skagway Spirits Distillery.
Wild Berries: são uma combinação de frutas silvestres que incluem mirtilos, amoras, groselhas, framboesas, salmonberries, cloudberries, crowberries, entre outras. Algumas dessas frutas também são usadas para fazer bebidas, xaropes, doces e sorvetes. Você encontra em todo lugar.
- Nós vimos muitos produtos de frutas vermelhas na Alaska Birch Syrup and Wild Harvest Products. Inclusive, em nossa estada em Girdwood estava acontecendo um festival de berries, o “Blueberry Festival” no hotel em que estávamos hospedados, com muitas barracas vendendo diferentes produtos, e experimentamos uma torta que estava incrível.
Kelp Pickles: são aperitivos feitos a partir de alga marinha, também conhecida como kelp. Esta alga é cultivada localmente na costa do Alasca. Os pickles são preparados com uma mistura de ervas e especiarias.
Akutaq: sobremesa feita principalmente com uma mistura de frutas silvestres, óleo animal, neve e gordura de rena, caribu ou alce, porém hoje em dia tem receitas adaptadas por exemplo, com açúcar e gordura vegetal. O Akutaq é comum entre os nativos do Alasca e é comumente servida em festas e feriados.
Muktuk/Maktak: prato tradicional entre os povos do ártico, feito com pele e gordura de baleia, geralmente servido cru.
Stinkhead: também conhecido como tepas, é um prato feito de cabeça de peixe branco fermentada, preparado de acordo com a receita tradicional de cada tribo. O nome é devido ao odor forte que o peixe fermentado tem.
Yak meat: iaque é uma espécie de gado de pelagem longa. É uma carne de qualidade superior, muito nutritiva e com sabor similar à carne de boi, é uma carne mais ecológica, pois os animais são criados na natureza, o que significa que não há uso de pesticidas e fertilizantes. Embora eles não sejam nativos do estado, vieram do Himalaia e se adequaram muito bem ao local.
- Você encontra alguns pratos com a carne na 49th State Brewing Company em Anchorage e Healy.
Sorvete: tomar sorvete no Alasca é um hábito bastante comum mesmo com o clima frio. É conhecido por ser o estado americano campeão de consumo de sorvete por habitante. A partir do final da primavera até o início do outono, as pessoas fazem fila para comprar sorvete em muitas das melhores sorveterias do estado. Adoramos sorvete e na nossa viagem ao Alasca não importamos com a temperatura que fazia lá fora. Tomamos MUITO sorvete! Era uma sorveteria melhor que a outra.
- Destaque para a The Ice Cream Shop em Girdwood, a Wild Scoops em Anchorage, a Shirley’s Homemade Ice Cream em Talkeetna, a Harbor Street Creamery em Seward, a Denali Glacier Scoops em Denali, o Millers Market em Houston e a Hot Licks Ice Cream em Fairbanks.
Como podem ver, ao visitar o Alaska, muitos turistas são surpreendidos pela riqueza da culinária local, que oferece uma grande variedade de pratos à base de frutos do mar frescos. A gastronomia do estado é famosa por seus sabores únicos e deliciosos, e há muitas opções de restaurantes gostosos e estilizados por todo o estado.
Durante nossa viagem, tivemos a sorte de conhecer diversos desses restaurantes, e adoramos a decoração autêntica de varios deles inspirados na cultura local, que incluía temas de pesca, animais e um estilo rústico. Peças de arte indígena complementavam o ar histórico e charmoso dos ambientes.
Em resumo, se você está planejando uma viagem para o Alaska, não deixe de experimentar a culinária local. Aprecie a gastronomia única enquanto se encanta com a decoração autêntica e histórica desses restaurantes.
O QUE FAZER NO ALASCA
O Alasca é um estado incrivelmente belo e repleto de diversas atividades pra fazer. Desde aventuras ao ar livre como trilhas, escaladas, canoagem e pesca, até atividades mais relaxantes como visitar parques nacionais e monumentos históricos.
O Alasca tem a aventura que combina com você:
- Fazer um passeio de barco para ver os glaciares e observar a vida selvagem;
- Desfrutar de um voo panorâmico para ver as montanhas, lagos, glaciares e vida selvagem;
- Apreciar a vista do Monte Denali, a montanha mais alta da América do Norte;
- Visitar a cidadezinhas do Alasca para experimentar a cultura local;
- Fazer um passeio de trenó puxado por cães;
- Conhecer os parques nacionais;
- Fazer rafting em rios selvagens;
- Presenciar a aurora boreal;
- Descer as montanhas de ski e snowboard;
- Passeio para observação de ursos;
- Fazer um cruzeiro de pesca para capturar salmão e outros peixes;
- Aprender sobre a cultura nativa do Alasca em museus e centros culturais;
- Experimentar os frutos do mar, produtos e cervejas locais;
- Fazer trilhas de caminhada e ciclismo nas montanhas e florestas.
Quando falamos sobre o Alasca e de nossa experiência por lá muita gente nos pergunta o que fazer no meio da neve e do frio. Acho que a maioria tem a impressão de que lá é tão isolado que não há nada. Nenhuma beleza ou atrativo! Que é uma imensidão de neve, frio, iglus e só.
Mas o que vimos foi surpreendente! Fizemos muitos passeios em paisagens encantadoras. Conhecemos lugares de beleza única e cenas que pareciam ter saído de um filme ou um livro.
Por conta das paisagens de tirar o fôlego, todos os passeios valem à pena. O que pode atrapalhar é o tempo. As condições climáticas são instáveis. Leve em consideração a possibilidade de o tempo fechar e não ter a visibilidade ideal. Ou, de estar tão ruim que por segurança passeios sejam cancelados ou adiados. Por isso, vá tendo em mente que isso faz parte da aventura. E tenha um plano B quando isso ocorrer. Há sempre uma atração alternativa caso o tempo não ajude.
Quer saber quais foram os passeios por lá que mais gostamos?
- Passeio de caiaque no meio dos icebergs! Foi algo surreal mesmo com chuva e tempo ruim;
- Passeio de barco no Kenai Fjords National Park, vimos muitas geleiras e vida animal;
- Passeio de trem Glacier Discovery até Grandview. Amamos o percurso com vistas incríveis;
- Passeio cênico de voo sobrevoando o parque Denali com pouso na geleira Ruth. É algo que nunca iremos esquecer na vida. As vistas mais incríveis que já vimos;
- As cidadezinhas incríveis de Seward e Talkeetna;
- Caminhada na Matanuska Glacier, uma das coisas mais fantásticas que já fizemos;
- Trilhas incríveis como Exit Glacier e Horseshoe Lake Trail;
- Conhecemos alguns cães do Alasca e fizemos um passeio de treno puxado por cães, foi demais ver como são esses animais;
- Passeio de ônibus dentro do parque Denali, que é um lugar fantástico!
Se você nos perguntar qual passeio não colocar no roteiro, com certeza, é visitar Utqiaġvik (Barrow). Principalmente se seu tempo e seu orçamento estiverem apertados. Não vá! Já contamos o perrengue que uma noite lá se transformou em 4 por causa do mau tempo e ausência de alternativas de acesso.
Acreditamos que existem outros lugares no Ártico mais legais. Se tivéssemos mais tempo, teríamos programado um passeio por algum dos parques nacionais como Gates of the Arctic National Park and Preserve.
DESTAQUES DO ALASCA
Ver uma geleira
Ver uma geleira no Alasca é uma experiência única. Você fica maravilhado com a beleza deslumbrante das geleiras formadas a partir de milhões de anos de erosão e movimento glaciário. O Alasca tem a maior concentração de geleiras do país, oficialmente são 616 geleiras. Mas, existem estimativas que existem mais de 100.000 geleiras por lá, por isso o estado é famoso por seus glaciares e geleiras que podem ser encontrados em todas as partes.
É comum encontrar geleiras de tamanhos variados, desde pequenas geleiras que se formam em lagos e rios até os enormes glaciares que se estendem por quilômetros. Você pode chegar a elas por trilhas, barco, caiaque, rafting, canoagem, jet ski ou por voo de observação. Caminhar sobre um glaciar e ver os detalhes do gelo é uma experiência incrível e inesquecível.
Existem diferentes tipos de geleiras, cada uma com suas características distintas. Alguns exemplos são:
- Tidewater Glacier: geleira de maré que deságua no oceano, com face vertical de mais de 300 m de altura e que se desprende em grandes pedaços de gelo.
- Piedmont Glacier: uma geleira de vale amplo que termina em uma encosta ou planície além das montanhas. Quando recuam, formam planícies secas ou lagos de água doce em seus terminais.
- Hanging Glacier: uma geleira que flui dos vales das montanhas, com tamanho maior na cabeça e menor na base. O término da geleira fica acima do nível do mar.
Em nossa viagem nós vimos MUITAS geleiras. Mas os grandes destaques foram o passeio de barco no Kenai Fjords National Park em que vimos várias delas como a Holgate Glacier e a Aialik Glacier, a trilha para ver a Exit Glacier mais de perto, o passeio de caiaque na geleira Spencer Glacier, a caminhada na Matanuska Glacier e o voo de avião sobrevoando o parque Denali com pouso na Ruth Glacier. Podemos dizer que essas foram uma das coisas mais incríveis que já fizemos na vida.
Há centenas de geleiras no Alasca! Segue uma lista de algumas outras geleiras para pesquisar e conhecer:
Veja o Alasca de cima (em um passeio de avião ou helicóptero)
O avião é extremamente importante para o Alasca, pois é o principal meio de transporte para se mover entre as cidades localizadas no estado. Uma das melhores maneiras de sentir a imensidão do Alasca é ver de outro ângulo suas belas paisagens, comtemplando a beleza paisagística e sua imensidão de geleiras, fiordes, florestas, lagos e rios.
Muitos turistas que vão para o Alasca optam por fazer um sobrevoo, pois é uma excelente maneira de conhecer essa região linda, já que permite que o passageiro admire a grandiosidade e beleza dos locais que estão embaixo. Essa experiência também é uma ótima maneira de se conectar com a natureza e se sentir livre.
Nós fizemos um passeio e foi absurdamente lindo! A princípio, iríamos fazer o nosso passeio com a K2 Aviation saindo de Talkeetna, sobrevoando o Denali e pousando na Ruth Glacier. Porém, com todo o problema ocorrido em Barrow por causa do mau tempo, perdemos nosso passeio. Quando chegamos na cidade de Talkeetna, reagendamos, mas, foi cancelado por causa do mau tempo. Nossa sorte foi que em nosso último dia de viagem conseguimos fazer o passeio saindo de Denali com a Fly Denali. Nós fizemos o passeio Denali Glacier Landing Tour que sobrevoou o parque e pousou na geleira Ruth. Foi um passeio surreal. Ficamos muito felizes por conseguir, enfim, realizar esse sonho.
Existem vários operadores turísticos de voos panorâmicos disponíveis com lugares incríveis para se ver do alto. Você só precisa escolher o seu!
Fazer um passeio de barco para observação da vida animal e geleiras
Os cruzeiros e passeios de barco de geleiras pela costa do Alasca oferecem aos visitantes a oportunidade de ver de perto a beleza e a grandiosidade das geleiras e vida animal enquanto viajam pelo litoral, essa é uma excursão diurna popular com várias opções disponíveis, e passam por fiordes e icebergs e seguem pelo litoral para ver a incrível vida selvagem marinha do Alasca. Da água se tem uma perspectiva do entorno diferente e muitas geleiras só podem ser vistas de barco, e é a melhor maneira de ver toda essa paisagem costeira e os animais da região, como baleias jubarte, focas, leões-marinhos, pássaros e muito mais.
Existem diferentes tipos de passeios de barco e minicruzeiros disponíveis que variam em tempo, paradas e comodidades. Os passeios partem da maioria das cidades costeiras. Se você estiver na costa sudeste do Alasca, reserve um passeio de um dia enquanto estiver em Juneau ou Ketchikan. Se você estiver na costa central sul, os passeios geralmente partem de Seward, Whittier, Portage, Valdez e Homer.
Nós fizemos um passeio de barco pelo Kenai Fjords National Park com a agência Major Marine Tours e podemos dizer que foi incrivelmente bonito. Vimos muitas geleiras e vida animal incríveis mesmo com o tempo ruim.
Um que gostaríamos muito de ter feito, porém não tivemos tempo, foi um passeio pelo Prince William Sound. O 26 Glacier Cruise saindo de Whittier é um dos melhores passeios para ver geleiras. Pode-se avistar enseadas com icebergs e belas paisagens montanhosas. Prince William Sound tem a maior concentração de geleiras de maré do mundo.
Fazer um Tour de Observação de Ursos
Os ursos são as celebridades do Alasca e existem três tipos de ursos por lá: ursos marrons (ou pardos), ursos negros e os ursos polares (que se encontram apenas no norte). Os visitantes têm a chance de ver de perto os ursos-pardos do Alasca e presenciar seu comportamento natural em uma das mais lindas paisagens do país. Essa é uma das mais aclamadas experiências de férias na natureza da América do Norte.
O tour é feito por guias experientes que garantem um passeio com segurança para visitantes e os animais.Os lugares mais procurados para a observação de ursos em seu habitat natural são o Lake Clark National Park and Preserve e no Katmai National Park and Preserve, que tem uma das maiores concentrações de ursos do mundo.
Ambos são parques pouco visitados e acessíveis somente por hidroavião. Além dos ursos, os visitantes podem ver outros animais, como caribus, lobos, alces e muitas espécies de pássaros, e também muitas paisagens incríveis para explorar, incluindo geleiras, montanhas e vulcões.
A maior parte dos passeios saem de: Anchorage, Soldotna, Seward, Homer e Kodiak.
Fazer um passeio de caiaque
Fazer um passeio de caiaque no Alasca é uma forma diferente de ter acesso a um dos ambientes naturais mais espetaculares do mundo, com vistas deslumbrantes de glaciares, montanhas, cascatas e geleiras. Passear de caiaque oferece a oportunidade única de se aproximar da fauna selvagem do Alasca.
É um dos meios mais seguros e relaxantes de explorar as águas por lá. É uma forma divertida e não agressiva de navegação que não afeta a natureza.
Nós fizemos o Glacier Blue Kayak & Grandview Tour com a Chugach Adventures em Girdwood, que incluiu um passeio de caiaque pelo Spencer Glacier e um passeio de trem com a Alaska Railroad. Foi um passeio imperdível. Localizada na Chugach National Forest, a Spencer Glacier só é acessível por meio de um passeio de trem e depois de caiaque até as fendas e cavernas de gelo da geleira.
Quase todas as cidades costeiras oferecem opções de caiaque. Seward e Homer são cidades boas para a prática de caiaque no mar.
Aprender sobre a cultura nativa do Alasca
As culturas nativas do Alasca são riquíssimas e representam um exemplo de superação, cooperação e convívio harmônico com a natureza, além de valorizarem profundamente a sua história. Essas culturas estão presentes em cada canto do estado, desde as majestosas montanhas até as comunidades em terras tradicionais, passando pela arte, dança, culinária e arquitetura das cidades. Aprender mais sobre essas culturas é uma forma de tornar a sua experiência no Alasca ainda mais especial.
Alguns lugares históricos, museus e centros para se conhecer melhor a história do Alasca:
- Sudeste (Inside Passage): Totem Heritage Center, Saxman Totem Park e Totem Bight State Historical Park (Ketchikan), Sitka National Historical Park, Sitka Historical Society & Museum E Sheldon Jackson Museum (Sitka), Alaska State Museum, Sealaska Heritage Institute e Last Chance Mining Museum (Juneau), Klondike Gold Rush National Historical Park e Skagway Museum (Skagway), Jilkat Kwaan Heritage Center, Haines Sheldon Museum e Hammer Museum (Haines);
- Sudoeste: Alutiiq Museum, Fort Abercrombie State Historic Park, Kodiak History Museum, Kodiak Maritime Museum e The Russian-American Magazin (Kodiak), Museum of the Aleutians (Unalaska), Attu Battlefield & U.S. Army & Navy Airfields National Historic Landmark (Attu Island) e Yupiit Piciryarait Cultural Center (Bethel);
- Central Sul: Alaska Native Heritage Center, Anchorage Museum e Alaska Aviation Museum (Anchorage), Talkeetna Historical Society Museum (Talkeetna), Independence Mine State Historic Park (Hatcher Pass), Kennecott Mines National Historic Landmark (McCarthy), Crow Creek Gold Mine (Girdwood), Transfiguration of Our Lord Church (Ninilchik), Eklutna Historical Park (Eklutna), Pratt Museum (Homer) e The Alpine Historical Park (Sutton);
- Interior: Morris Thompson Cultural & Visitors Center, Museum of the North, Pioneer Park, Tanana Valley Railroad Museum e Gold Dredge 8 (Fairbanks), Sullivan Roadhouse e Rika’s Roadhouse (Delta Junction) e Alaska Railroad Museum & Nenana Depot (Nenana);
- Ártico: Iñupiat Heritage Centre (Barrow), Northwest Arctic Heritage Center (Kotzebue), Cape Nome Mining District Discovery Sites, Katirvik Cultural Center, Carrie M. McLain Memorial Museum e Bering Land Bridge National Preserve Visitor Center (Nome).
Fazer passeio com cães de trenó (Dog Mushing)
O Mushing é um esporte popular no Alasca desde os tempos pré-históricos. Consiste em um trenó puxado por uma matilha de cães, que transporta pessoas e cargas. Os trenós também são usados em corridas de longa distância e eventos recreativos.
Essa atividade tem sido praticada por gerações de povos do Ártico, incluindo os esquimós, os índios e os colonizadores europeus. A prática começou a se tornar popular entre os colonos no século XIX. Os criadores de cães de trenó do Alasca começaram a desenvolver linhagens especializadas para essa atividade.
Esses cães são criados para serem fortes, resistentes e ágeis e são treinados para trabalharem em grupos. São treinados para obedecer a comandos simples como a direção para qual o trenó deve ir.
O Mushing do Alasca se tornou uma atividade popular de lazer nos Estados Unidos no século XX, alcançando um pico de popularidade nos anos 80 e 90, quando as corridas de trenó passaram a ser transmitidas na televisão. Atualmente, o Mushing do Alasca está crescendo rapidamente em popularidade e existem muitos eventos e competições em todo o país. O Alasca é hoje o lar de alguns dos melhores criadores de cães de trenó e competidores do mundo. No estado ocorrem várias corridas famosas, incluindo o Iditarod Sled Dog Race, que é uma das mais longas e famosas corrida de Mushing de trenó do mundo.
No verão o passeio é feito por um carrinho com rodas. Realizamos essa atividade durante nossa estadia no Borealis Basecamp, que incluiu o passeio em um pacote de duas noites. Visitamos um canil, conhecemos os cães (que eram muito fofos e amigáveis) e aprendemos sobre como funciona o esporte. Foi uma experiência divertida e informativa, que não teríamos considerado fazer se não estivesse incluso no pacote do hotel. Inicialmente, pensamos que a atividade poderia ser cruel com os cães, mas achamos que todos estavam bem cuidados. Embora esse seja um tema controverso, para formar sua própria opinião, é válido pesquisar e visitar um canil para aprender sobre os processos, nutrição e cuidados com os cães.
Existem muitos filmes verídicos sobre o assunto, como Togo, que retrata a corrida do soro de 1925 para Nome, onde o cachorro Togo, criado pelo musher Leonhard Seppala, percorreu 450 km. Além disso, o desenho animado Balto mostra a equipe liderada pelo husky Balto, que percorreu os 50 km finais da mesma corrida.
Você pode fazer esse passeio em vários lugares do Alasca, como Anchorage, Denali, Fairbanks, Girdwood e Seward. O passeio geralmente inclui visitar o canil, ver como os cães são treinados e brincar com os filhotes.
Ver a Aurora Boreal
A aurora boreal é um fenômeno natural de luz que ocorre no hemisfério norte, e é um espetáculo deslumbrante de cores brilhantes no céu noturno, que pode ser visto em muitas áreas do Alasca durante os meses de inverno. As luzes são causadas pela interação de partículas carregadas do sol com a atmosfera da terra, criando um show de luzes coloridas, que incluem tons de verde, rosa, amarelo e roxo. Muitos visitantes vêm ao Alasca para testemunhar a aurora boreal, e há várias excursões e atividades que são oferecidas para ajudar os visitantes a aproveitarem esse fenômeno natural único.
A melhor forma de ver uma aurora boreal no Alasca é com um guia. Um guia especializado pode ajudar a encontrar as melhores áreas de visualização, conhecer as melhores horas de ocorrência e ajudar a encontrar os melhores pontos de observação.
Nós ficamos duas noites no Borealis Basecamp, um lugar ao norte de Fairbanks, ideal para ver esse fenômeno em seus iglus com teto de vidro. Porém, infelizmente, nos dias em que estivemos lá não ocorreram a aurora, pois não estava escurecendo o suficiente. Porém, soubemos que uma semana depois elas apareceram de forma frequente.
Nós também tínhamos reservado um passeio com a Northern Alaska Tour Company para tentar ver a aurora, mas depois do fracasso de Barrow, cancelamos. Não quisemos mais nada com essa agência!
Fazer um passeio de trem com vistas cênicas
A Alaska Railroad é conhecida por sua linda paisagem e é considerada uma das melhores ferrovias turísticas do mundo. A ferrovia foi construída no início do século XX para transportar materiais e suprimentos para as minas de ouro, e posteriormente foi transformada em um meio de transporte para turistas que desejam explorar as paisagens deslumbrantes do Alasca.
Sua linha principal se estende desde Seward, no sul, até Fairbanks no norte. E possui ramificações para várias partes do estado. Durante o percurso, os passageiros têm vistas incríveis das montanhas rochosas, glaciares, lagos e rios cristalinos, além da oportunidade de avistar a vida selvagem local, como ursos, alces e águias. Além de poderem relaxar em vagões panorâmicos aconchegantes e experimentar a cozinha local.
Outra oportunidade de passeio é pela White Pass & Yukon Route Railway que é uma das ferrovias mais cênicas do mundo, localizada no noroeste do Canadá e no sudeste do Alasca. O percurso oferece aos viajantes a oportunidade de ver algumas das paisagens mais impressionantes da América do Norte, incluindo montanhas, florestas exuberantes, rios cristalinos e geleiras imponentes. a White Pass & Yukon Route Railway foi construída em 1898 durante a Corrida do Ouro do Klondike, sendo um marco histórico internacional da engenharia civil.
Ver os BIG FIVE do Alasca
O Big Five do Alasca é um grupo de cinco espécies de animais nativos do estado, que são considerados os principais atrativos da fauna selvagem para os visitantes. O grupo é formado pelo Grizzly Bear (urso pardo ou marrom), Alaskan Moose (alce), Caribou (veado), Dall Sheep (ovelha dall) e Gray Wolf (lobo), que podem ser facilmente observados em determinadas épocas do ano em diversos locais, especialmente no Parque Nacional Denali.
Durante uma viagem ao parque, é comum avistar de dois a quatro desses animais, tem que ter muita sorte para ver os cinco. No nosso passeio no Parque Denali tivemos a oportunidade de ver quatro deles. Só ficou faltando o lobo, que conseguimos ver no Alaska Wildlife Conservation Center. Durante a viagem vimos muitos Moose e Caribou, principalmente nas estradas.
Além dos Big Five da terra, há também os Big Five do mar e os Big Five voadores, com espécies impressionantes como a Orca, Steller Sea Lion, Humpback Whale, Willow Ptarmigan, Bald Eagle e o Raven. Explorar a natureza do Alasca pode oferecer a oportunidade única de observar essas criaturas incríveis em seu habitat natural.
Fazer um passeio para pesca
O Alasca é um destino de pesca de renome mundial, com uma incrível diversidade de peixes, incluindo mais de 600 espécies diferentes. Com mais de 3 milhões de lagos e 12.000 rios, o estado oferece uma ampla gama de opções para todos os tipos de pescadores, desde iniciantes até os mais experientes. A pesca no Alasca é uma das atividades turísticas mais populares, e é fácil ver o porquê.
Entre os muitos peixes encontrados nas águas do Alasca, estão vários tipos de salmão (King, Sockeye, Coho, Humpy e Chum), Halibut, Rockfish e Rainbow Trout, entre outros. Muitos moradores do estado pescam para o consumo próprio, e a qualidade dos frutos do mar é simplesmente incrível. Além disso, muitos restaurantes locais oferecem pratos deliciosos feitos com peixes frescos e de alta qualidade.
Durante a temporada de pesca de verão, existem muitas excursões disponíveis para levar os visitantes aos melhores locais de pesca. Os passeios de pesca são projetados para atender a todos os níveis de habilidade.
Um dos melhores lugares para pescar Halibut é em Homer, conhecida como a capital mundial da pesca de Halibut. Esta cidade na Península de Kenai é um destino popular para a pesca em alto mar, e muitos passeios de pesca partem de lá.
Se você é um amante da pesca, não há lugar melhor para visitar do que o Alasca. Com suas incríveis opções de pesca em lagos, rios e no mar, a pesca é uma aventura única e emocionante que pode ser aproveitada em todo o estado.
Explorar os parques nacionais do Alasca
O Alasca é um destino perfeito para quem gosta de aventuras e paisagens espetaculares, pois possui oito parques nacionais que oferecem atividades e vistas incríveis. São eles: Denali National Park & Preserve, Gates of the Arctic National Park and Preserve, Glacier Bay National Park and Preserve, Katmai National Park and Preserve, Kenai Fjords National Park, Kobuk Valley National Park, Lake Clark National Park e Wrangell-St. Elias National Park and Preserve.
Muitos desses parques são remotos e acessíveis somente por avião ou barco, o que exige planejamento prévio para visitá-los. Porém, três deles podem ser acessados por estrada: Denali, Kenai Fjords e Wrangell St. Elias.
Cada parque nacional do Alasca tem suas características próprias, e alguns dos principais pontos de interesse incluem a observação de ursos em seu habitat, geleiras e vulcões, e elevados picos cobertos de neve.
Felizmente, muitas atividades e experiências, como um passeio de caiaque no Kenai Fjords National Park ou um passeio de ônibus pelo Denali National Park, são fáceis de encontrar e reservar.
Para ver ursos marrons, visite Katmai ou Lake Clark; para ver geleiras, faça um cruzeiro em Glacier Bay ou Kenai Fjords; para conhecer parques de fácil acesso e maravilhosos, vá para Denali ou Wrangell-St. Elias, e para desfrutar da natureza intocada, vá para o Gates of the Arctic.
Além dos parques nacionais, existem vários National Park Units que ajudam a preservar a história e a cultura do Alasca, como o Bering Land Bridge National Park, o Sitka National Historical Park, o Klondine Gold Rush National Historical Park e o Aleutian Islands World War II.
Apesar de só termos conseguido visitar dois parques nacionais na nossa viagem, o Denali National Park & Preserve e o Kenai Fjords National Park, que foram experiências incríveis, na próxima viagem com certeza incluiremos passeios pelo Katmai ou Lake Clark, Glacier Bay e Wrangell-St. Elias National Park.
O Alasca é um destino impressionante que deixou muitas lembranças e a vontade de voltar logo.
Conhecer o Alaska Wildlife Conservation Center
Localizado no sul de Anchorage, na região da cidadezinha de Girdwood, o Alaska Wildlife Conservation Center (AWCC) é uma organização sem fins lucrativos dedicada à conservação e preservação da fauna selvagem do Alasca. Como um centro de reabilitação e conservação da vida selvagem, o AWCC fornece cuidados especiais a animais nativos do Alasca que foram resgatados e que não seriam capazes de sobreviver na natureza por conta própria.
Dentre os animais abrigados no centro, podemos encontrar ursos pardos, ursos negros, alces, renas, lobos, raposas, e muitos outros, todos resgatados e cuidados pelo centro.
O parque oferece opções de passeios a pé ou de carro pelos recintos, onde os visitantes podem observar de perto a vida selvagem do Alasca. Além disso, o centro oferece atividades educativas e interativas, como palestras e programas de alimentação de animais, proporcionando aos visitantes uma experiência única e informativa sobre a fauna selvagem do Alasca.
O Alaska Wildlife Conservation Center é uma excelente opção para aqueles que desejam conhecer a vida selvagem do Alasca de perto e aprender sobre a importância da conservação desses animais. Através de suas atividades de reabilitação e educação, o centro ajuda a preservar a beleza natural do Alasca, garantindo que esses animais possam continuar a viver em seu habitat natural.
Os ingressos podem ser adquiridos no local, e o valor era $20 quando visitamos em agosto de 2022. Recomendamos muito a visita ao AWCC, uma oportunidade única para conhecer e entender a história dos animais nativos do Alasca.
Fazer uma trilha
O Alasca é um destino turístico conhecido por suas paisagens impressionantes e atividades ao ar livre. A região oferece inúmeras opções para quem deseja fazer trilhas, como caminhadas, ciclismo, trekking em geleiras e alpinismo. As trilhas podem ser realizadas de forma independente ou em um passeio guiado.
Entre as trilhas mais famosas está a The Iditarod National Historic Trail, que se estende por mais de 2.400 milhas de trilhas primárias e conexões entre Seward (centro sul) e Nome (ártico), passando por paisagens naturais incríveis e comunidades históricas. A trilha é famosa pela conexão com a Corrida Iditarod de Cães e foi estabelecida como marco histórico nacional em 1978.
Infelizmente, não conseguimos fazer todas as trilhas que tínhamos planejado devido ao mau tempo e o imprevisto no Ártico. No entanto, conseguimos explorar algumas trilhas que se destacaram, como a Horseshoe Lake Trail no Denali e a Exit Glacier em Seward.
Vale falar que durante as caminhadas, é essencial estar preparado para lidar com mosquitos (por incrível que pareça, lá tem muitos!) e ter atenção aos animais da região, como os ursos.
Enfim, fazer trilhas e caminhadas no Alasca é uma experiência singular e inesquecível que não deve ser deixada de lado durante a visita.
Algumas trilhas legais para conhecer:
- Sudeste: Chilkoot Trail e Lower Dewey Lake Trail (Skagway), Nugget Falls Trail, Auke Lake Trail, Ice Cave Trail, Perseverance Trail, Mount Roberts Trail, East Glacier Loop Trail e West Glacier Trail (Juneau), Totem Trail, Mount Verstovia Trail e Indian River Trail (Sitka), Battery Point Trail (Haines), Deer Mountain Trail, Rainbird Trail e Perseverance Lake Trail (Ketchikan);
- Sudoeste: Termination Point, Barometer Mountain, Fort Abercrombie Cliffs Loop, Pyramid Mountain Trail e Shelly Lake (Kodiak), Dumpling Mountain e Brooks Falls Trail (King Salmon), Tanalian Falls e Beaver Pond Loop (Port Alsworth) e Mt Ballyhoo (Unalaska);
- Central Sul: Exit Glacier, Harding Icefield Trail, Tonsina Creek Trail e Lost Lake Trail (Seward), Flattop Mountain e Tony Knowles Coastal Path (Anchorage), Portage Pass Trail (Whittier), Byron Glacier Trail e Trail of Blue Ice (Portage), Crow Pass Trail, Winner Creek Trail e North Face Hiking Trail (Girdwood), Reed Lakes Trail e April Bowl Trail (Hatcher Pass), Resurrection Pass Trail e Palmer Lakes/Twin Lakes Trail (Hope), Kenai River Trail, Skilak Lookout Trail e Slaughter Ridge Trail (Cooper Landing), Root Glacier Trail (McCarthy), Twin Peaks Trail, Eklutna Lakeside Trail e Thunderbird Falls Trail (Eklutna Lake);
- Interior: Horseshoe Lake Trail, Mount Healy Overlook Trail, Savage River Loop Trail e Kesugi Ridge Trail (Denali), Angel Rocks Trail, Granite Tors Loop Trail e Chena River Nature Trail (Fairbanks);
- Ártico: Tom´s Trail (Nome) e trilhas não marcadas do Gates of the Arctic National Park.
Assistir ao pôr do sol depois da meia-noite
Assistir ao pôr do sol é uma experiência mágica e única, e no Alasca, durante o verão, é possível presenciar um fenômeno ainda mais especial: o Sol da Meia-Noite.
Devido à localização geográfica do Alasca próximo ao Círculo Polar Ártico, o sol não se põe completamente durante esse período, permitindo um pôr do sol espetacular depois da meia-noite. As cores intensas que tomam o céu, do laranja ao cinza escuro, tornam essa experiência ainda mais incrível.
A melhor época para contemplar esse espetáculo natural é de junho a julho, quando o Sol da Meia-Noite está em seu auge, e as melhores regiões para apreciar são no interior e no ártico.
Quando visitamos o Alasca em agosto de 2022, não presenciamos o ápice do fenômeno, mas ainda assim os dias eram surpreendentemente longos. Conseguimos pegar a estrada às dez horas da noite com o dia ainda claro, e percebemos que mesmo durante a madrugada, o céu não escurecia completamente. Quando estávamos no Ártico, era ainda mais incrível, já que, por exemplo, à uma da manhã ainda estava super claro.
Com isso, pudemos aproveitar muito mais os dias e as atividades disponíveis, e ficamos encantados com a beleza natural do Alasca. Imaginamos que presenciar o ápice do fenômeno deve ser uma experiência indescritível, e recomendamos fortemente que outras pessoas se permitam vivenciar essa maravilha da natureza.
Explorar as cidadezinhas que são uma graça
O Alasca é um estado americano verdadeiramente deslumbrante, conhecido por sua natureza selvagem e vastas paisagens de neve e gelo. No entanto, além de seus parques nacionais e geleiras, o Alasca também é o lar de várias cidades pequenas e encantadoras, cada uma com sua própria personalidade e cultura únicas, que oferecem uma oportunidade única para experimentar a vida no Alasca de uma maneira mais autêntica e íntima, longe das multidões e do turismo de massa.
Ao visitar o Alasca, algumas cidades que definitivamente merecem destaque incluem Girdwood, Homer, North Pole, Seward e Talkeetna.
Em Girdwood, aproveite para esquiar no inverno ou fazer trilhas no verão. Em Homer, explore as praias, trilhas e parques nacionais próximos. O North Pole celebra o Natal o ano todo. Em Seward, faça passeios de barco e caminhadas pelo Kenai Fjords, enquanto Talkeetna é charmosa e pitoresca, com bons restaurantes e lojas. Além dessas, Hope, Valdez, Cordova, Ketchikan, Sitka, Haines e Skagway também são ótimas opções, com paisagens costeiras, pesca, história indígena e vida animal. As pequenas cidades do Alasca são essenciais para quem busca uma experiência autêntica e única neste estado impressionante.
Aprender sobre a história da corrida do ouro no Alasca
A Corrida do Ouro de Klondike ocorreu entre 1896 e 1899, quando muitos garimpeiros viajaram para a região de Klondike, no noroeste do Canadá, em busca de ouro. Embora a descoberta tenha ocorrido no Canadá, o Alasca desempenhou um papel crucial na corrida do ouro de Klondike, servindo como uma importante rota de acesso para os garimpeiros. Isso tornou o Alasca uma parte fundamental da história da corrida do ouro e existem várias opções de locais turísticos que você pode visitar para aprender mais sobre essa história.
A trilha Chilkoot, que foi crucial para a corrida do ouro de Klondike em 1897-1898, é uma atração turística popular nos dias de hoje. A trilha foi usada por muitos garimpeiros que tentavam alcançar o rio Yukon e chegar à região de Klondike em busca de ouro. Os visitantes podem caminhar pela trilha e explorar a história.
O Alasca é um lugar riquíssimo em história e cultura, com muitos lugares que oferecem uma perspectiva única sobre a Corrida do Ouro de Klondike e seu impacto na região. Para aqueles interessados em explorar essa história fascinante, há muitas outras opções de lugares para visitar.
Sentir o Alasca dirigindo em uma de suas rodovias
Explorar as belezas do Alasca é uma experiência verdadeiramente inesquecível, e uma das maneiras mais fascinantes de conhecer este estado incrível é percorrendo suas estradas. Com paisagens naturais de tirar o fôlego, o Alasca é um destino imperdível para aqueles que buscam se conectar com a natureza e apreciar vistas panorâmicas deslumbrantes. Dirigir pelas estradas cênicas é uma forma única de se envolver completamente nesse mundo selvagem e cativante.
Passear no seu próprio ritmo por algumas das paisagens mais bonitas do mundo é uma das atividades mais populares no Alasca. Independentemente da região que você escolher, sempre haverá uma beleza entre montanhas, geleiras, rios e lagos. Anchorage é uma base perfeita para viagens panorâmicas de um dia. Aluguel de carros é fácil aqui, e você pode facilmente explorar locais belíssimos e acessíveis.
Entre as estradas mais cênicas do Alasca, destacam-se a Seward Highway, que começa em Anchorage e segue até Seward. A Glenn Highway, que segue de Anchorage até Valdez. A Richardson Highway que começa em Valdez e segue até Fairbanks. A Parks Highway, que leva você de Anchorage a Fairbanks e a Sterling Highway, que leva você até Homer. Cada rota tem suas atrações e desvios únicos, cada um com suas possibilidades e histórias. Então, crie sua rota e aventure-se!
NOSSO ROTEIRO NO ALASCA
Nossa viagem ao Alasca foi uma aventura inesquecível, repleta de paisagens deslumbrantes e atividades emocionantes. Apesar de termos ficado apenas 15 dias, conseguimos explorar muitas regiões incríveis do estado.
Começamos em Homer, onde passamos uma noite antes de seguirmos para Seward. A vista da costa durante a primeira parte da viagem foi espetacular, mesmo com o tempo não ajudando muito. Em Seward, tivemos duas noites cheias de passeios incríveis.
Em seguida, partimos para Girdwood, onde ficamos mais duas noites. Por lá, não faltaram atividades divertidas, como um passeio de caiaque pela Spencer Glacier.
Depois, fomos para Anchorage, onde tivemos outras duas noites muito gostosas e fizemos a caminhada na Matanuska Glacier, que foi incrível.
A próxima parada era para ser de apenas uma noite em Barrow, mas o mau tempo nos prendeu lá por mais três noites, o que nos fez perder uma noite em Anchorage, uma em Talkeetna e outra em Fairbanks.
Para conseguirmos sair de lá, tivemos que pegar um voo para Prudhoe Bay, onde passamos uma noite antes de retornar a Anchorage.
Em Denali, onde ficamos por duas noites, e visitamos lugares como Talkeetna, fizemos um passeio de ônibus e algumas trilhas.
A última parada foi em Fairbanks, onde ficamos por duas noites e visitamos muitas atrações interessantes. Ficamos hospedados no Borealis Basecamp, onde fizemos um passeio de treno com cães e um passeio de UTV.
No último dia da viagem, fizemos um passeio de voo panorâmico sobre o Parque Denali, com direito a aterrissagem na Ruth Glacier, proporcionando vistas incríveis e inesquecíveis. Depois, dormimos em Anchorage e no dia seguinte voamos para Seattle.
Apesar de termos enfrentado alguns imprevistos, a viagem foi maravilhosa e inesquecível. Percorremos mais de 3.000 km de carro e vimos muitos animais, geleiras e paisagens deslumbrantes. Foi uma experiência realmente incrível e inesquecível!
CLIQUE AQUI para ver o nosso roteiro completo no Alasca.
O QUE COMPRAR / LEMBRANÇAS PARA LEVAR DO ALASKA
O Alasca é um lugar verdadeiramente singular e fascinante, e há muitas maneiras de levar consigo lembranças da viagem. Assim como em qualquer outro destino turístico, o Alasca oferece uma grande variedade de lojas de souvenirs que vendem uma ampla gama de itens, desde camisetas, canecas e imãs de geladeira até produtos de banho artesanais. No entanto, uma opção mais autêntica e única é explorar as artes e artesanatos nativos que fazem parte da rica tradição das tribos do Alasca. Essas tribos produzem trabalhos artísticos incríveis, como esculturas, cerâmicas e joias, que retratam animais, paisagens e elementos culturais importantes, como lendas e rituais. Essas peças são altamente valorizadas não apenas por sua beleza, mas também por seu significado cultural e histórico.
Você encontra em lojinhas de lembranças, farmers market, centros culturais e centrinho de visitantes. Gostamos bastante das lojinhas Grizzly’s Gifts e a Polar Bear Gifts.
Algumas opções populares de lembranças incluem:
- Burl Bowls: tigelas feitas de árvores com burls, que criam belos padrões e marcas de madeira únicas.
- Joias de Jade: jade é a pedra oficial do estado do Alasca, tornando as joias com a pedra uma lembrança ideal.
- Bear Claws: servidores de salada de madeira com a forma de garras de urso, um elemento decorativo divertido para adicionar à mesa de jantar.
- Ulu: uma faca com design exclusivo de lâmina crescente afiada com cabo de madeira montado no centro, originalmente usada por mulheres Inuit, Inupiaq, Yupik e Aleut.
- Billiken: símbolo de boa sorte geralmente feito de marfim e vendido como chaveiros ou pingentes de colar.
- Gold: o ouro é um souvenir importante do Alasca, encontrado em diferentes formas, incluindo pequenas experiências turísticas de garimpo de ouro.
- Totem Pole: escultura vertical de madeira pintada que representa a história e cultura dos nativos do Alasca, encontrada em miniaturas de madeira e até imãs de geladeira.
- Mukluk: são botas artesanais tradicionais do Ártico, conhecidas por sua durabilidade e capacidade de aquecer os pés. Originalmente feitas com peles de animais como foca, rena, caribu ou lobo, essas botas eram usadas pelos povos indígenas como proteção contra as condições climáticas severas da região.
- Xtratuf: é outro estilo de bota muito utilizado no Alasca, famoso por seu exterior resistente e impermeável, feito de borracha vulcanizada de alta qualidade, e sua sola antiderrapante que fornece excelente tração em superfícies molhadas e escorregadias.
- Qiviut: uma lã mais macia, mais quente e mais confortável que a tradicional lã de ovelha, feita pelo subpêlo do boi-almiscarado (muskox). A fibra têxtil de qiviut é considerada um tesouro na cultura Inuit e artesãos locais tecem à mão peças como gorros, cachecóis, lenços e chapéus com essa lã para combater o frio.
- Alaskan Salmon: O salmão defumado é uma ótima opção de lembrança para aqueles que amam frutos do mar.
- Produtos de Wild Berry: Os produtos de frutas silvestres são uma ótima lembrança para trazer na mala. Tem uma grande variedade de geleias, compotas, chocolates e muito mais, todos deliciosos.
- Cervejas, destilados e vinhos: Se você gosta de trazer para casa um pouco da cultura de bebidas do lugar, saiba que o Alasca tem seus próprios destilados, vinhos e cervejas locais para experimentar. Com uma variedade de opções diferentes com sabores locais, essa é uma lembrança imperdível.
- Birch Syrup: Assim como o Canadá usa o xarope de bordo, o Alasca utiliza o xarope de bétula! Esse xarope é feito da mesma maneira que o de bordo. Os fabricantes de açúcar exploram as bétulas para coletar e processar a seiva, que é vendida para uso de várias maneiras.
- Produtos de Fireweed: A fireweed é uma flor rosa brilhante que algumas culturas acreditam trazer vida após a morte. Muitas vezes é feita em forma de geleia, mel, xarope e sorvete. Uma lembrança muito legal para levar é o Fireweed Honey, um mel incrivelmente saboroso.
- Fotografias e Livros: o Alasca tem paisagens espetaculares e uma vida selvagem incrível. Então, tirar muitas fotografias é uma maneira maravilhosa de lembrar da viagem e compartilhar as memórias com familiares e amigos, e também há muitos livros e guias sobre a história, cultura, geografia e vida selvagem do Alasca que são ótimos para quem quer aprender mais sobre a região e suas tradições.
- Camiseta: essa é uma lembrança popular e divertida. Você pode encontrar camisetas com estampas de localização, de animais selvagens ou até mesmo das cervejarias locais.
- Produtos de banho artesanais: sabonetes e produtos de banho são ótimas lembranças do Alasca. Há uma grande variedade de formatos, aromas e materiais, muitos dos quais são produzidos artesanalmente por empresas locais. Tem muitos produtos de Glacier Mud, que usa lama glacial retirada das geleiras locais, rica em minerais, para criar máscaras e outros produtos de cuidados com a pele. Vale a pena conferir a Alaska Glacial Essentials, uma das marcas mais populares da região.
NA CULTURA POPULAR
É difícil encontrar um local com tamanha diversidade igual ao Alasca, o que pode ajudar a explicar a quantidade de produções que foram filmadas lá. Há muita beleza na vida selvagem, na natureza e no ambiente frio que tudo isso junto forma um cenário incrível para grandes histórias.
Veja abaixo o nome de algumas produções filmadas ou que retratam o Alasca para já ir conhecendo mais um pouco e entrar no clima desse lugar maravilhoso.
DICAS GERAIS
- Planeje sua viagem com antecedência para economizar e evitar surpresas desagradáveis. Decida previamente as atividades e passeios que deseja fazer, e veja as opções disponíveis para a época do ano em que quer viajar. Vale falar que algumas atividades não estão disponíveis durante o inverno e que tem alguns hotéis, restaurantes, lojas e até mesmo estradas fecham em determinadas temporadas. Verifique sempre as informações atualizadas sobre cada local, antes de ir. Além disso, é importante lembrar que durante a alta temporada, a procura por atividades e hospedagens é alta, então planeje sua viagem com antecedência.
- Para curtir sua viagem ao Alasca sem preocupação, é bom ficar preparado para o clima imprevisível da região. Em lugares remotos, é comum que os voos sejam cancelados por conta de condições climáticas complicadas.
- Uma coisa importante para lembrar quando estiver viajando para o Alasca é que nem sempre as informações na internet são precisas. Nós encontramos vários restaurantes que, embora o site dissesse que estavam abertos, na verdade estavam fechados. Parece que as coisas funcionam de forma um pouco mais flexível por lá, então é bom ficar atento!
- No Alasca existem vários tipos de mosquitos, principalmente durante o verão. É importante se proteger com repelente, pois os mosquitos são fortes e podem ultrapassar até a meia calça, falamos por experiencia própria, rs! Infelizmente, o frio não impede os mosquitos, então vale se proteger.
- Gorjetas: No Alasca, segue-se a cultura de gorjeta padrão dos EUA, que geralmente é de cerca de 15% para uma refeição sentada, US$1-2 por bebida pedida em um bar e US$1-2 para ajuda com sua bagagem.
- Se você quer comer em um restaurante específico durante sua viagem, é legal reservar com antecedência, principalmente em épocas de alta temporada, porque lota rápido. Nós passamos por isso na nossa viagem. O Open Table é um site bacana para reservar, mas em alguns casos é direto com o restaurante. Vale falar também que muitos restaurantes no Alasca fecham cedo, por isso, se você prefere jantar mais tarde, verifique os horários no site oficial.
- Se você planeja explorar áreas remotas, é uma ótima ideia contratar um guia experiente. Isso pode garantir que você ande com segurança em territórios desconhecidos e que aproveite ao máximo sua experiência. Em alguns parques nacionais, a presença de um guia pode ser exigida para proteger o ambiente e garantir a segurança dos visitantes.
- Se você planeja fazer trilhas durante sua viagem, é importante prestar atenção aos avisos e sinalizações locais. Essas informações são fundamentais para garantir a sua segurança e preservação da trilha, há sempre informações atualizadas, por exemplo se houve um avistamento de usos, etc. Além disso, pode ser fácil se perder em lugares remotos, por isso, uma boa opção é utilizar aplicativos como o Alltrails, que permite que você baixe as rotas das trilhas previamente. Nós sempre utilizamos o app e achamos muito útil. Não se esqueça também dos óculos de sol, e bastões de trekking, que podem ser úteis em terrenos acidentados ou cobertos de neve.
- Se for fazer caminhadas, considere comprar spray de urso. Esse spray é um produto não letal para os animais, semelhante a um pequeno extintor de incêndio, que quando acionado produz uma nuvem que impede o urso de ver e cheirar. Isso dá tempo para você se afastar. O Departamento de Pesca e Caça do Alasca recomenda levar o spray de urso em trilhas. Nós compramos o spray e graças a deus não tivemos que usar,rs! Ele pode ser encontrado na maior parte das lojinhas de suvenires e mercados. Além disso, outras recomendações incluem fazer barulho e falar alto durante a caminhada, que ajuda a afastar os animais.
- Para evitar encontros com ursos, também é importante não deixar objetos e comida à vista no carro, já que os ursos e outros animais selvagens têm um olfato apurado e podem ser atraídos pela presença de alimentos.
- O Alasca é o lar de muitas culturas indígenas. Respeite as tradições e práticas culturais locais e esteja aberto a aprender mais sobre elas durante sua viagem.
Dicas de como dirigir com segurança no Alasca:
- Antes de sair com o carro, verifique as condições da estrada e o clima para planejar sua rota e horários. Algumas estradas podem estar fechadas devido à neve, gelo ou ventos fortes, pesquise nos sites oficiais do estado.
- Mantenha uma distância segura de outros veículos na estrada, especialmente em condições de neve e gelo. Os veículos podem escorregar ou perder o controle devido ao gelo, neve ou ventos fortes.
- Use os faróis a qualquer hora do dia, especialmente durante condições de neve, neblina ou ventos fortes.
- Mantenha sempre o tanque de combustível cheio. Os postos de combustível podem estar distantes em algumas áreas do Alasca.
- Fique atento a animais selvagens na estrada, especialmente durante a noite. Animais como ursos e alces podem aparecer na estrada sem aviso prévio.
- Vale a pena mapear os lugares que você quer visitar no Google Maps antes da sua viagem. Dessa forma, você pode ter uma ideia mais clara da localização e da distância entre eles. Além disso, em alguns lugares mais remotos, pode ser difícil acessar a internet. Por isso, vale a pena baixar os mapas offline previamente. Assim, você pode acessá-los mesmo sem conexão com a internet.
- Vale a pena alugar um SUV, principalmente se você pretende viajar por estradas que não são pavimentadas ou têm condições difíceis de direção, como neve. Além disso, o Alasca é um estado com elevações extremas, por isso, ter um veículo que ofereça mais estabilidade pode tornar a viagem mais segura.
- É importante verificar se o seu veículo está em boas condições antes de sair, como o tanque de gasolina cheio e a manutenção mecânica em dia. Também é uma boa ideia ter algumas músicas baixadas, lanches, água, um carregador portátil para o celular e uma capa de chuva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Antes de finalizar este post, precisamos compartilhar que na nossa opinião, o Alasca está no top 5 dos lugares mais incríveis que já visitamos. Existem vários motivos para isso, desde a beleza natural e vida animal diversa até o clima do lugar, paisagens deslumbrantes e a possibilidade de fazer passeios incríveis! Infelizmente, não tivemos a sorte de ver a aurora boreal, mas ainda não desistimos do nosso sonho de vê-la.
Cada cidade que que visitamos tinha sua própria personalidade e atrativos únicos, seja na arquitetura, na maneira do povo se vestir ou das paisagens que transformam o lugar. Foi maravilhoso ter a oportunidade de conhecer cada uma delas.
A viagem foi única e nos proporcionou uma visão ainda mais profunda sobre o Alasca e todas as maravilhas que o lugar tem para oferecer.
Uma das principais dicas para quem planeja uma viagem para lá é se programar muito bem, pois o clima e a temperatura podem mudar rapidamente, então ter mais de um plano por dia é essencial.
A maior parte das pessoas que encontramos e conhecemos foram simpáticas e prestativas, mas infelizmente tivemos uma decepção com a Alaska Airlines, que era uma empresa que estávamos ansiosos para voar. O atendimento dela nos decepcionou muito, conforme citamos no post de Barrow.
Assistir filmes, e ler dicas de pessoas que já foram ou moram no Alasca nos ajudou a escolher os lugares que queríamos visitar, já que existem muitas opções e não tínhamos tempo suficiente para ver tudo.
Se você tem vontade de conhecer o Alasca, não deixe de fazê-lo, é um lugar encantador que com certeza vai te surpreender. A localização e a história única do Alasca, bem como o fato de estar separado do resto dos Estados Unidos continentais, tornam esse lugar um destino muito especial.
É realmente a viagem de uma vida! Sua singularidade e beleza única atraem cada vez mais viajantes a cada ano, então planeje-se e vá!
Se quiser saber mais sobre o Alasca, não deixe de dar uma olhada nos nossos outros posts:
- EXPLORANDO O ALASCA: NOSSO ROTEIRO COMPLETO!
- CONHEÇA HOMER: UMA CIDADE COSTEIRA NO ALASCA!
- TALKEETNA: UMA VILA CHEIA DE CHARME NO CORAÇÃO DO ALASCA
- CONHEÇA UTQIAĠVIK (BARROW): A CIDADE MAIS AO NORTE DOS ESTADOS UNIDOS!
Parabéns pela matéria, muito legal! Estamos indo para o Alasca na próxima semana, partindo de Calgary/Canadá, onde moramos. Vamos de carro com nosso trailer. Eu, minha esposa e nossa filha de 12 anos. Tudo que li foi muito útil, gostei muito! Obrigado pelas dicas, e Boas Viagens!!!
Que legal Luciano! O Alasca é demais, vocês vão adorar! Aproveitem e boa viagem! 🙂
Incrível essa matéria que vcs fizeram sobre o Alasca, estou acostumada a pesquisar roteiros e dicas para minhas viagens e confesso que nunca encontrei algo tão completo. Estou embarcando para um cruzeiro no dia 23 e encontrei informações que serão muito úteis. Muito obrigada por compartilhar.
Um forte abraço.
Olá Thais! Tudo bem?
Ficamos muito felizes em saber que você gostou da nossa matéria sobre o Alasca! Nosso objetivo é sempre trazer o máximo de informações úteis e completas. Esperamos que tenha uma excelente viagem, o Alasca é incrível, você vai amar!
Se precisar de mais alguma dica ou informação, é só falar!
Abraços!