Se você está buscando inspiração para criar um roteiro incrível para o Alasca, você veio ao lugar certo! É ótimo saber que você está interessado em explorar mais sobre esse lugar fascinante, que muitas pessoas conhecem apenas através de documentários e filmes.
O Alasca é muito mais do que apenas ursos polares e gelo. Embora esses elementos icônicos estejam presentes, há muito mais a ser visto e vivenciado neste lugar. Por exemplo, você sabia que o Alasca é o estado mais ao norte dos Estados Unidos e quase tão grande quanto o Brasil? Isso significa que há muitas oportunidades para explorar e descobrir.
O Alasca é repleto de beleza natural deslumbrante e paisagens contrastantes. Você encontrará parques nacionais cheios de vida selvagem, além de ter a chance de observar as famosas auroras boreais. E isso é apenas o começo. O Alasca também tem uma cultura rica e uma culinária deliciosa.
Estamos animados para mostrar a você como planejamos nosso próprio roteiro no Alasca e ajudá-lo a criar o seu próprio itinerário incrível. Prepare-se para uma aventura inesquecível em um lugar verdadeiramente surpreendente!
Não vá para o Alasca sem um roteiro
Organizar um roteiro é fundamental para quem quer explorar o Alasca, já que é um estado muito grande e com diversas opções de atividades e lugares para visitar. Sem um planejamento prévio, é fácil se perder no meio de tantas opções e acabar deixando de conhecer lugares incríveis.
Além disso, o Alasca é um lugar com clima e condições climáticas extremas, o que pode afetar o planejamento da viagem. Por exemplo, algumas estradas e atividades podem estar fechadas devido à neve ou ao gelo, ou a visibilidade pode estar ruim em dias de nevasca. Com um roteiro organizado, é mais fácil adaptar a programação de acordo com o clima.
Decidindo as datas, já é possível escolher o que fazer e quais atividades estarão disponíveis na estação do ano e período escolhidos.
Outro ponto importante é a disponibilidade de hospedagem e atividades. O Alasca é um destino muito procurado por turistas do mundo inteiro e as opções de hospedagem e atividades podem ser limitadas, principalmente em alta temporada. Por isso, é importante reservar com antecedência atividades e acomodações para garantir que você consiga fazer tudo o que deseja durante a sua viagem.
Além disso, um roteiro organizado também ajuda a evitar gastos desnecessário e otimizar o tempo da viagem, permitindo que você aproveite ao máximo tudo o que o Alasca tem a oferecer.
CLIQUE AQUI para conferir o nosso post completo sobre o Alasca e obter dicas valiosas para montar o seu roteiro!
Nosso roteiro no Alasca
Tínhamos apenas 16 dias para explorar o Alasca, um estado imenso e repleto de paisagens deslumbrantes. Pesquisamos bastante, e como resultado, chegamos a um roteiro priorizando os locais que mais desejávamos conhecer.
Queríamos fazer uma road trip, nossa vontade era sentir o Alasca pegando a estrada, fazendo paradas e aproveitando os trajetos ao nosso tempo. Por isso, na maior parte do tempo, viajamos de carro alugado. Alugamos uma Rave Toyota na Álamo pela Rentcars.
Nossa viagem aconteceu na segunda quinzena de agosto de 2022, durante o verão e alta temporada.
DIA 01: Anchorage para Homer (Centro sul)
Roteiro programado
- Potter Marsh
- McHugh Creek & Falls
- Beluga Point View
- Bird Creek
- Alaska Wildlife Conservation Center
- Tern Lake
- Cooper Landing (fazer alguma das trilhas menores)
- Soldotna
- Ninilchik
- Chegada em Homer (Homer Overlook Point e Homer Spit)
- Pernoite Land’s End Resort
Roteiro feito
Chegamos em Anchorage 10:30 da manhã e pegamos o carro que alugamos na Alamo. O tempo estava bem ruim e chuvoso.
Como era perto do almoço e estávamos com fome, resolvemos parar num mini shopping em Anchorage chamado Diamond Center e comemos no Olive Garden.
Após o almoço, começamos nossa viagem em direção a Homer pela Seward Highway. A ideia inicial era seguir para lá fazendo paradas pelo caminho e ir conhecendo os lugares. Mas, o tempo estava tão ruim e com névoa que acabamos tendo que pular algumas atrações planejadas.
A Seward Highway é uma estrada incrível que atravessa o sul do Alasca, estendendo-se por cerca de 200 km desde a maior cidade do estado, Anchorage, até a deslumbrante costa do Pacífico na cidade de Seward. É considerada uma das rotas mais espetaculares dos Estados Unidos, com atrativos e paisagens de tirar o fôlego, incluindo montanhas majestosas, lagos cristalinos, geleiras e uma rica vida selvagem. É beleza em todos os cantos! A estrada atravessa áreas selvagens e preservadas, como a Chugach National Forest, oferecendo aos visitantes muitas oportunidades de aventura e exploração. Infelizmente, durante a nossa visita, o tempo estava tão ruim que não conseguimos apreciar toda a beleza da região que tanto tínhamos ouvido falar.
Parada no Potter Marsh, uma área pantanosa localizada a 19km ao sul de Anchorage na Seward Highway e fica na baía de Turnagain Arm. A área é famosa por ser um local de alimentação e descanso para diversas aves migratórias. Durante o verão, você pode ver uma grande variedade de flores silvestres e plantas que crescem no entorno, criando um cenário ainda mais lindo.
Em Potter Marsh, pode caminhar ao longo de uma trilha elevada (um calçadão de madeira suspenso) que percorre a área, oferecendo vistas panorâmicas incríveis da região. A trilha tem cerca de 1,6km e é acessível para todas as pessoas. Infelizmente, por causa do tempo ruim, não conseguimos aproveitar mais como gostaríamos.
A próxima parada foi no The Ice Cream Shop, na entrada de Girdwood, para tomar um sorvete que era incrivelmente gostoso. Experimentamos o sorvete de fireweed & honey e o birthday cake. Uma delícia!
Não entramos em Girdwood porque estaríamos de volta para passar duas noites nos próximos dias. Então, depois do sorvete, voltamos para a estrada.
Passamos na frente do McHugh Creek & Falls (área de recreação para caminhadas, piqueniques e pesca), Beluga Point View (área de observação de baleias, orcas, leões marinhos, entre outros animais), Alaska Wildlife Conservation Center (Centro de estudos e preservação da vida selvagem) e resolvemos não parar porque o tempo estava muito ruim.
O Alaska Wildlife Conservation Center vale muito a pena explorar. Assim, estava em nossos planos voltarmos para visitá-lo outro dia.
A próxima parada foi em Tern Lake, um lago de águas cristalinas na Península de Kenai. Ele é cercado por montanhas impressionantes. É também um local popular para observação de aves entre outros animais selvagens. Ele tem fácil acesso e a estrada possui sinalização indicando sua entrada. O local tem estacionamento público e é ótimo para observar pássaros e tirar belas fotos.
Vale falar que o Tern Lake está localizado no cruzamento entre a Seward Hwy e a Sterling Hwy, a cerca de 130 km ao sul de Anchorage e a cerca de 60 km a oeste de Seward. A partir dali, é possível seguir pela Seward Highway em direção ao sul até a cidade de Seward ou pela Sterling Highway em direção ao oeste em direção a Homer, então seguimos pela Sterling.
Queríamos muito ter explorado Cooper Landing, uma pequena comunidade cercada por natureza onde é possível fazer trilhas incríveis. Ela fica às margens do rio Kenai, famoso pela pesca, canoagem e rafting.
Aqui viveram os primeiros habitantes da Península de Kenai e suas casa semi-subterrâneas ainda podem ser vistas. Hoje o turismo de verão movimenta o local com muitas opções de recreação.
Mas, infelizmente, o tempo não ajudou e fazer trilhas naquele dia estava fora de cogitação para nós por causa do tempo. Com isso resolvemos fazer uma parada na Cooper Landing Brewing, parada obrigatória para os amantes de cerveja boa! Eles têm uma deliciosa cerveja artesanal e mesas ao ar livre e cobertas. Local bem gostoso. Adoramos a cerveja e o lugar.
Algumas trilhas legais na região: Slaughter Ridge Trail, Skilak Lookout Trail, Bear Mountain Trail, Resurrection Pass Trailhead South, Juneau Creek Falls, Skyline Trail e Hidden Creek Trail.
Para comer na estrada, o Kenai Princess Wilderness Lodge e o Two Brother´s Roadhouse são ótimas escolhas.
No caminho passamos pela pequena comunidade de Stearling, onde vimos um posto de gasolina, pousadas e locais para comer.
Depois chegamos em Soldotna, uma cidade que é conhecida por suas belas paisagens naturais, atividades ao ar livre e pesca. Uma das principais atrações é o rio Kenai que oferece excelentes oportunidades para a pesca, atraindo milhares de turistas e pescadores no verão em busca do famoso salmão King.
Além das atividades ligadas à água, a cidade oferece muitas outras atrações, como o Kenai National Wildlife Refuge, um lugar incrível para ver a vida selvagem, fazer trilhas, caminhadas e atividades ao ar livre.
Pegamos um café na cafeteria True Blue Drive Thru. Como o tempo continuava muito ruim, seguimos viagem. Mas, você pode parar no centro de visitantes e caminhar pelo Soldotna Creek Park! Outra opção interessante é parar no Kenai River Brewing Company e experimentar uma ótima cerveja artesanal.
Paramos em Ninilchik, uma pequena vila de pescadores considerada uma das mais antigas da Península de Kenai. A arquitetura e configuração das ruas refletem a herança da colonização russa e nativa da cidade, bem como as condições geográficas da região.
O marco cultural dessa pequena cidade é a igreja ortodoxa russa chamada Transfiguration of Our Lord Church, de 1901. Um exemplo da arquitetura religiosa com influência russa, adaptada ao sistema construtivo da região.
O Ninilchik Traditional Council Museum é outro lugar legal, que conta a história da vila e da região, com destaque para a influência dos russos que chegaram em 1847 para estabelecer uma missão ortodoxa.
Depois de 40 minutos na estrada chegamos na nossa primeira base: a pequena cidade de Homer.
Homer é uma cidade famosa pela pesca de verão. Tem uma população aproximada de 6.000 moradores que chega a triplicar nos meses de verão. É uma das cidades mais charmosas do Alasca com jeito de cartão postal. Por isso e pelo lindo caminho até ela (que não aproveitamos como planejamos por causa do tempo ruim), decidimos incluí-la em nosso roteiro.
Por causa de suas características, Homer é conhecida por diversas formas. “A cidade do porto de pesca” pois é um ótimo lugar para excursões de pesca, “A capital do halibut” já que é conhecida por ser um local tradicional para a pesca deste peixe, e de “O fim da estrada” pois está localizada no final da Sterling Highway, a estrada pela qual chegamos.
Homer tem os mais belos trechos do litoral do Alasca. Além disso, ainda tem uma rica vida cultural. Tem uma impressionante concentração de galerias de arte e centros culturais.
Estava em nossos planos ir direto ao Homer Overlook Point, um mirante de onde se tem uma vista linda das montanhas Kenai e da Kachemak Bay. No entanto, o tempo não ajudou, então optamos por seguir direto para o hotel e fazer o check-in. O hotel que reservamos foi o Land’s End Resort, muito bem localizado. Como já era tarde para os padrões do Alasca (oito horas da noite!), deixamos nossas coisas e saímos para jantar. Porém, a maioria dos restaurantes já havia fechado.
Por sorte, encontramos o The Kannery, um restaurante que costuma fechar mais tarde e é famoso por seus frutos do mar e pratos inspirados na culinária asiática. Experimentamos o hambúrguer de carne de bisão e o bao bun, e gostamos bastante.
Após o jantar, fomos dar uma volta pelo Homer Spit, um dos pontos turísticos mais populares da cidade e resolvemos parar para tomar uma cerveja no The Salty Dawg Saloon, um marco histórico de Homer e um ponto de encontro popular. O ambiente é incrível, com as paredes cobertas de notas de dinheiro de todo o mundo assinadas pelos clientes. Infelizmente, não pudemos ficar muito tempo porque acabei esquecendo meu documento de identidade no hotel.
Com a esperança de que o tempo melhorasse no dia seguinte, fomos para o hotel descansar e recuperar as energias para os próximos dias.
Há muitas coisas legais para fazer em Homer, mas como ficamos pouco tempo, não conseguimos ver tudo. No entanto, fizemos um post completo sobre a cidadezinha, CLIQUE AQUI para ler.
DIA 02: Homer para Seward (Centro sul)
Roteiro programado
- Bear Mountain Trail ou Skilak Lookout Trail
- Moose Pass
- Kenai Lake
- Exit Glacier Nature Center
- Lowell Point
- Centrinho de Seward
- Pernoite Hotel Seward
Roteiro feito
Como o dia amanheceu bonito, resolvemos passear por Homer. Começamos pelo Homer Spit que ficava bem pertinho do nosso hotel. Nele vimos o Seafarer’s Memorial, um memorial em homenagem aos pescadores e marinheiros que morreram no mar e vários outros lugarzinhos legais.
O plano era tomar café da manhã no Wild Honey Bistro, um local muito bem recomendado com famosos crepes. Consultamos o site do local e fomos às dez da manhã e estava fechado, apesar de constar no site que naquele horário estaria aberto.
Então, fomos ao Captain Coffee’s Roasting Co. Um lugar bem gostoso no centrinho de Homer. Eles entendem muito de café! É um lugar tipicamente americano de café da manhã. Adoramos!
Em seguida, havíamos planejado fazer uma trilha na região e aproveitar o dia bonito. Porém resolvemos partir direto para Seward.
Ficamos pouco tempo em Homer. Mas, a cidade é bem charmosa e com várias boas opções. Mesmo se você não tiver muito tempo, vale a pena conhecê-la por algumas horas. Como é pequena, fica fácil conferir as principais atrações e atividades em pouco tempo.
Pegamos a estrada em direção a Seward com a intenção de fazer rápidas paradas no caminho. Porém, se você tiver tempo, indicamos fazer uma das trilhas de caminhada na região. Existem trilhas incríveis por lá. Em nossas pesquisas de viagem, as que pareceram mais interessantes foram: Bear Mountain Trail, Skilak Lookout Trail e Slaughter Gulch Trail.
Fizemos mais uma vez uma paradinha no Tern Lake. E dessa vez as fotos ficaram ainda mais incríveis por causa do dia bonito.
Parada em Moose Pass, uma pequena cidade de montanha às margens do Lago Upper Trail, localizada a 45km de Seward e cercada pela Chugach National Forest. A cidade é uma parada popular para quem viaja pela Seward Highway, oferecendo algumas pousadas.
Com seus lagos cristalinos, rios selvagens e florestas exuberantes, Moose Pass é um paraíso para os caminhantes e mochileiros que buscam aventuras ao ar livre. A área tem várias trilhas para caminhadas incríveis, incluindo a Johnson Pass Trail, Lost Lake Trail, Carter Lake Trail e a Victor Creek Trail.
A cidade de Moose Pass tem uma história interessante. Durante a corrida do ouro de Hope-Sunrise em 1909, Oscar Christensen e Mickey Natt fundaram uma casa de toras em Moose Pass para os mineiros que iam em direção ao norte. A cidade se destacou ainda mais quando a Iditarod National Historic Trail foi cortada ao redor do lago em 1910-11. Em 1927, a Alaska Railroad Company construiu um pequeno galpão de carga e plataforma de recebimento para maquinário pesado na cidade. E a primeira agência dos correios foi estabelecida lá em 1928 e, de acordo com a história local, a cidade recebeu seu nome porque um carteiro e sua equipe de cães encontraram um alce (moose) no caminho e tiveram problemas para obter o direito de passagem.
Nessa região, a Seward Highway vai beirando o lago e a vista é maravilhosa. Há um espaço de parada na estrada e à beira do lago chamado Upper Trail Lake Rest Area ótimo para tirar fotos e admirar a paisagem.
Um lugar que paramos para admirar a vista e tirar fotos foi no Trail Lake Lodge, uma pousada na beira da estrada e do lago. Vale a pena parar nesse local e registrar a beleza do lugar. O Lodge tem restaurante com vista para o lago e oferece outras atividades na alta temporada.
E se você estiver em busca de mais aventuras, a região é cheia de opções de lazer como trilhas a partir de Crescent Lake e indo até Primrose. Você também pode alugar caiaques ou agendar passeios aéreos na área.
Outra parada legal é no Moose Drop-In Trading Post, uma loja de lembrancinhas e para lanches rápidos. A especialidade da casa é o fudge caseiro (doce cremoso tipicamente americano).
Em seguida, seguimos a viagem observando a paisagem do Kenai Lake. É um grande lago situado no lado direito da estrada em direção à Seward. O lago Kenai tem água cristalina e diferentes tons de azul. Ele é alimentado por água de degelo das montanhas próximas. Os picos cobertos de neve refletem na água tornando a paisagem mágica.
Ao longo da Seward Highway existem vários pontos de observação e áreas de descanso onde é possível parar e admirar a vista do lago. Tenha cuidado ao escolher onde parar. Em alguns locais a estrada fica bem estreita.
Depois fomos direto para o Exit Glacier Nature Center no Kenai Fjords National Park, a única parte do parque que é acessível por estrada.
A Exit Glacier é uma das atrações mais populares do parque, oferecendo vistas espetaculares e muitas opções de caminhadas para os visitantes. Alimentada pelo campo de gelo Harding (Harding Icefield), uma das maiores reservas de gelo dos Estados Unidos, essa maravilha natural é conhecida por sua beleza e importância científica. Ela tem um papel importante na história do parque e da região, já que durante a última Era do Gelo, a geleira se estendia até o Golfo do Alasca, e desde então tem recuado progressivamente. Esse fenômeno tem sido monitorado de perto pelos cientistas e tem sido um importante ponto de referência para medir os efeitos das mudanças climáticas na região.
Para explorar a Exit Glacier, há muitas trilhas curtas que partem do Exit Glacier Nature Center e do estacionamento. Os visitantes podem caminhar até a base da geleira, onde poderão ver de perto as impressionantes paredes de gelo e observar como a geleira está derretendo e se movendo lentamente. Além disso, há várias trilhas que percorrem as florestas próximas e oferecem vistas incríveis da geleira e do vale ao redor. Com certeza, uma aventura ao ar livre imperdível.
Ao escolher a trilha que deseja fazer, o visitante encontrará placas informativas ao longo do caminho que detalham a extensão, história, geografia e dados sobre a geleira. Além disso, existem marcações no trajeto que indicam o recuo da geleira, que vem ocorrendo de forma crescente há anos. Algumas marcações foram feitas há 200 anos e mostram que a geleira vem recuando cerca de 38 metros a cada ano. Nos últimos 5 anos, esse recuo tem se acelerado, reforçando a importância de monitorar os efeitos das mudanças climáticas na região.
A Exit Glacier tem várias trilhas para os visitantes explorarem. A menor delas é a Exit Glacier View Loop Hike, que tem apenas 1,6km de extensão e leva até o Glacier View, uma vista panorâmica da geleira. É uma trilha muito fácil e plana, acessível até para cadeirantes.
Você pode voltar para o estacionamento ou continuar caminhando por mais 1 km até o Glacier Overlook pela trilha Exit Glacier Overlook Trail Hike, que é um pouco mais íngreme, mas ainda tranquila. Essa trilha circular passa por florestas, riachos, pontes de madeira e fauna local, oferecendo vistas incríveis da geleira em seu próprio vale glacial.
Já a trilha Harding Icefield Trail é a maior e mais desafiadora, com cerca de 13 km de extensão de ida e volta. Ela é íngreme e cansativa, levando aproximadamente de 6 a 8 horas para ser concluída. A trilha passa por vales e florestas até chegar acima das copas das árvores, com uma vista espetacular da geleira. É um mar de gelo até onde a vista alcança e é imperdível para quem tem um dia livre para fazer a caminhada, queríamos fazer, mas como o tempo era curto, optamos pela outra.
Resumindo, as trilhas nos levam a explorar a mesma geleira, mas com diferentes níveis de dificuldade. A trilha Harding Icefield leva ao topo da geleira, enquanto as outras trilhas levam até a base dela.
Após finalizarmos a trilha e vermos de perto a Geleira Exit, seguimos viagem e chegamos ao destino do dia: a pequena cidade de Seward. Localizada na Resurrection Bay, essa cidade portuária histórica é cercada por montanhas e glaciares, e tem aproximadamente 2600 habitantes.
Sua história remonta ao final do século XIX, quando foi fundada em 1903 como o ponto final da ferrovia do Alasca, construída para transportar passageiros e suprimentos durante a corrida do ouro do Alasca. A cidade recebeu o nome em homenagem a William H. Seward, Secretário de Estado dos EUA na época da compra do Alasca em 1867.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Seward foi um importante centro logístico para o esforço de guerra dos EUA no Pacífico, com um grande número de tropas e suprimentos sendo embarcados a partir de seu porto. Infelizmente, a cidade foi gravemente afetada pelo terremoto de 1964 no Alasca, um dos mais poderosos já registrados na história, que causou danos significativos à cidade e um tsunami subsequente.
Apesar disso, Seward se recuperou e hoje é um importante centro turístico no Alasca, oferecendo muitas atividades ao ar livre, como caminhadas, passeios de barco, pesca e observação da vida selvagem.
A cidade também é conhecida por sediar anualmente a Mount Marathon, considerada uma das corridas de montanha de curta distância mais difíceis do mundo, realizada pela primeira vez em 1915, tornando-se uma das mais antigas corridas a pé do país.
Seward é um ponto de partida para muitos cruzeiros e passeios de barco, além de ser uma importante base para quem quer visitar o Parque Nacional Kenai Fjords. O Alaska SeaLife Center é outra atração importante na cidade, um aquário público e centro de reabilitação de mamíferos marinhos. Além disso, no Seward Community Library & Museum, você encontra um museu que conta a história de Seward.
A cidade tem o charme de pequena cidade turística com hotéis, pousadas, empresas de receptivos turísticos, lojinhas, cafés e restaurantes. Nós adoramos essa pequena cidade, que foi uma das nossas preferidas durante nossa viagem ao Alasca.
Ao chegarmos em Seward, fizemos o check-in no Hotel Seward, nosso primeiro hotel na cidade. Fomos recebidos muito bem e ainda recebemos um upgrade de quarto. O hotel é uma graça e tem uma localização privilegiada, bem no centro da cidade.
Depois, fomos passear no Seward Waterfront Park, que fica à beira-mar e se estende do centro da cidade até o porto. A trilha pavimentada de aproximadamente 4,5 km ao longo da orla proporciona uma paisagem linda entre o mar e as montanhas ao fundo. Durante o passeio, é possível encontrar vários monumentos e pontos de referência, como o Founders Monument, um monumento de pedra que comemora a fundação da cidade e da Alaska Central Railway. Também há a milha 0 da trilha Iditarod National Historic Trail, a única trilha histórica nacional do Alasca, além da Lowell Creek Waterfall, uma cachoeira.
O tempo estava muito bonito. Então, aproveitamos para caminhar e aproveitar as paisagens. O local é lindo, a visão da praia, da baía, das montanhas, do porto e vida selvagem é bem bonita!
Depois, fomos explorar o centrinho de Seward. Foi um entra e sai de ruas, lojinhas, restaurantes, cafés e bares, fomos caminhando e descobrindo tudo. Tentamos tomar uma cerveja na Seward Brewery, mas como estava fechada, fomos no Seward Alehouse, um pub local.
A quantidade de lugarzinhos bonitinhos e interessantes que existem em Seward não é brincadeira. São muitos! Sinceramente, se soubéssemos que essa pequena cidade tinha tantas opções, teríamos planejado mais tempo lá.
Depois de uma parada no Seward Alehouse, fomos conhecer o Lowell Point State Recreation Site, uma área de lazer onde fizemos uma pequena trilha e no final da tarde ficamos na praia apreciando a vista da Resurrection Bay. Adoramos! É possível avistar leões marinhos e lontras da praia. Existem diversas trilhas na região, sendo importante observar o movimento das marés antes de explorá-las. Algumas trilhas só são acessíveis durante a maré baixa, como o trajeto entre Tonsina Point e North Beach.
À noite fomos jantar no The Cookery, um dos melhores restaurantes de Seward com o conceito farm-to-table, onde utilizam ingredientes locais frescos. Como sabíamos que o local era bem concorrido, fizemos reserva com antecedência. A comida estava incrível e o Ro escolheu um prato de Halibut que estava delicioso!
Além disso, na área do centrinho existem outros restaurantes recomendados como Woody’s Thai Kitchen, com comida tailandesa, e o Gold Rush Bistro, com opções variadas. Para as sobremesas, a indicação é o Sweet Darlings.
DIA 03: Seward – Passeio de barco pelo Kenai Fjords National Park
Hoje programamos um passeio de barco para explorar mais o Kenai Fjords National Park.
Infelizmente, o dia amanheceu muito feio, com muita chuva e vento, e chegamos a pensar que o passeio seria cancelado. No entanto, mesmo com o mau tempo, o passeio foi confirmado. Felizmente, porque valeu muito a pena! Vimos coisas incríveis nesta aventura, como geleiras e muitos animais.
Como queríamos muito nos hospedar no Harbor 360 Hotel e só conseguimos disponibilidade para essa noite, dividimos a nossa estadia em Seward entre os dois hotéis. No final, gostamos muito porque o Hotel Seward foi uma ótima surpresa e conseguimos explorar os dois lados da cidade: o centro e a área do píer.
O check-in para o passeio de barco foi hotel, então deixamos nossas malas na recepção, pois era muito cedo ainda para entramos no quarto e fomos tomar café da manhã em um local em frente ao hotel, comemos panquecas americanas enormes.
O passeio de barco escolhido foi o 7.5-hour Glacier Cruise com a empresa Major Marine Tours, o barco partiu às 9h30 e retornou às 17h.
Apesar do tempo muito ruim, conseguimos avistar muita vida selvagem, como baleias, focas e leões marinhos, além de aves marinhas como papagaios-do-mar. Destaque para as duas geleiras de maré ativas que vimos, a Holgate e a Aialik – que são incríveis. O espetáculo de ver o gelo se desprendendo e caindo no mar é uma das coisas mais impressionantes que já vimos.
No passeio era incluso um lanche gostoso, com opções de peru, rosbife ou vegetariano, mas a sobremesa foi o grande destaque: o melhor brownie que já comemos na vida.
É importante mencionar que o barco balança bastante e eles vendem remédios para enjoo a bordo. Durante o passeio, um dos guias passou com um pedaço do gelo para que pudéssemos tocá-lo e ver de perto como era. Foi muito legal e recomendamos muito esse passeio.
Vale a pena levar uma boa câmera com zoom, já que muitos animais aparecem a uma distância considerável. Ficamos imaginando como seria esse passeio em um dia ensolarado. Certamente seria ainda mais lindo!
Após desembarcar no porto fizemos check in no hotel, e demos uma volta pela marina de Seward. Amamos as lojinhas. Em especial Forest Tides & Treasures, Seward Outdoor Store e AK Starfish Co. Muito bacanas!
A arquitetura da cidade é muito especial. As casinhas coloridas de madeira fazem a cidade ser muito charmosa. Tanto a região do píer como o centrinho são bem agradáveis e tem muito a explorar, isso nos surpreendeu.
Jantamos no Firebrand BBQ que tem como especialidade carnes defumadas. Um lugar super legal com carnes incríveis e chopp trincando. O serviço foi muito bom, fizemos amizade com o dono, que nos deu muita coisa para experimentar. Uma ótima experiência.
Ficamos muito com vontade de comer no Red’s Burgers. Mas, não havia espaço para mais nada!
Quer dizer, somente para uma sobremesa, rs! Fechamos a noite tomando um sorvete no Harbor Street Creamery. Uma delícia!
DIA 04: Seward para Girdwood (Centro sul)
Mais um dia que amanheceu bem feio! Como podem ver, não tivemos muita sorte com o tempo em agosto. Por isso, ao planejar sua viagem ao Alasca, sugerimos ir em junho ou julho para encontrar dias mais bonitos.
A ideia inicial era acordarmos super cedo e fazer 2 trilhas nesse dia. Porém, com o tempo tão ruim não foi possível seguir o planejado.
Roteiro programado
- Virgin Creek Waterfalls
- Portage Pass Trail
- Whittier
- Boggs Visitor Center – Portage Lake
- Byron Glacier Trail
- Alyeska Aerial Tram
- Pernoite Alyeska Resort
Roteiro feito
Tomamos café da manhã no Harbor 360 Hotel em Seward. Aliás, que hotel bom! Lá conhecemos uma máquina incrível de panquecas! Queremos uma!
Após o café, seguimos para Girdwood. Fomos direto para o hotel reservado, o Alyeska Resort, onde ficaríamos as próximas duas noites. Ele é considerado o melhor hotel da região. Muitos dizem que é o resort de esqui com vistas mais bonitas de todos os EUA. Ele é bem confortável, cercado por picos de montanhas, geleiras e vista para o mar.
No terreno do resort, os hóspedes podem acessar de forma bem fácil as pistas de esqui consideradas as melhores do Alasca. Na região é possível praticar esqui, andar de raquetes de neve e andar de trenós de cães, no inverno.
A estrutura do hotel ainda conta com piscina, hidromassagem, fitness center, spa, uma loja ótima que vende diversas marcas como The North Face, Columbia, Patagônia, etc, além de cinco restaurantes.
O hotel possui um teleférico chamado Alyeska Aerial Tram e foi nele nossa primeira experiência na cidade. Pegamos o teleférico para subir a montanha.
O teleférico leva os passageiros de uma estação que sai do hotel até uma plataforma de observação no topo, a uma altitude aproximada de 701 metros.
Ele percorre uma distância de 2,4km em cerca de sete minutos e o trajeto tem uma vista belíssima das montanhas ao redor, geleiras e florestas. Lá em cima a vista é ainda mais espetacular, permitindo que visitantes vejam até sete geleiras ao mesmo tempo.
O teleférico opera durante todo o ano. No inverno o movimento é em sua maioria de esquiadores. E nas demais estações a atração é a beleza natural e a vida selvagem. O ingresso do teleférico é de $38. Porém, hóspedes do hotel têm desconto.
A experiência de andar em um teleférico no Alasca é interessante. Mas, poderia ter sido muito melhor se o dia estivesse bonito e com o tempo aberto. Infelizmente, não tivemos as vistas espetaculares que tanto ouvimos falar.
No topo da montanha existem várias trilhas com diferentes níveis de dificuldade – todas com vistas excepcionais. A mais desafiadora e que exige experiência é a trilha North Face Trail. Essa trilha é íngreme e sobe a encosta norte da montanha com vistas lindas. Ela tem cerca de 3,5km.
Outra trilha conhecida é a Lower Winner Creek Trail. Ela tem grau de dificuldade moderado e 8,4km. A trilha percorre uma floresta e tem uma ponte suspensa que atravessa o desfiladeiro. Você pode descer (ou subir) a montanha por essas trilhas. Mas, com o tempo ruim elas estavam fechadas no dia da nossa visita.
Lá no topo da montanha Alyeska está o Roundhouse Museum, que apresenta exposições sobre a história da montanha, da prática do esqui no Alasca e da construção do teleférico original.
Após explorar o local, resolvemos descer a montanha de teleférico, já que não era possível fazer trilhas como havíamos planejado. Mas, em um dia bonito é possível passar um dia inteiro explorando o lugar.
Em seguida, fomos para a Virgin Creek Waterfalls, uma cachoeira imperdível! A trilha fica a apenas alguns minutos de carro de Girdwood e, definitivamente, ela vale muito a pena! Em cinco minutos você se depara com um visual bem diferente. A trilha até a cachoeira possui raízes de árvores pelo caminho em uma floresta mágica! A trilha estava bem lamacenta devido à chuva, mas nada que impedia a caminhada. A pequena trilha termina em uma linda cachoeira.
Após fazer a trilha, fomos para o Begich Boggs Visitor Center em Portage Valley. É um Centro de visitantes e ponto de partida de muitas trilhas. Ele tem arquitetura moderna e um grande espaço interno com várias exposições e informações sobre as geleiras da região. Ele fica localizado às margens do Lago Portage. E como a maioria dos centros de visitantes americanos, é super bacana!
O Portage Lake é um lago lindo cercado por montanhas. Ele é formado pelo derretimento das geleiras da área. Você notará que a água dos lagos nessa parte do Alasca tem uma cor azul-claro leitoso. É lindo! E Portage Lake mostra essa cor azul perfeitamente. Se o dia estivesse ensolarado teríamos tido vistas ainda mais incríveis.
Infelizmente, a geleira Portage está recuando e não é mais visível pelos telescópios localizados no centro de visitantes. Para quem quiser chegar perto da geleira o ideal é fazer um passeio de barco ou visualizar através de alguma das trilhas disponíveis na região.
O passeio de barco disponível é o Portage Glacier Tour, e o valor era U$ 45,00 por pessoa. Nem precisamos dizer que não rolou para nós fazermos com esse tempo, né?
Estava em nossos planos fazer a Byron Glacier Trail, que é uma caminhada mais fácil para vermos a Byron Glacier. Depois, pegaríamos o túnel para Whitter e faríamos a trilha Portage Pass Trail, para conseguirmos visualizar a geleira Portage. Mas, infelizmente não foi possível.
Se você incluir essa região no seu roteiro ao Alasca, recomendamos fazer essas duas trilhas. Em nossas pesquisas vimos que realmente valem a pena. A Byron Glacier Trail está localizada logo após o Visitor Center na Byron Glacier Road. E a Portage Pass Trail fica logo após o túnel de Whittier. Ainda há a Trail of Blue Ice que parte do Centro de Visitantes e é paralela à Portage Glacier Road.
Em seguida, fomos para a pequena cidade de Whittier. Para chegar até ela é preciso passar pelo Anton Anderson Memorial Tunnel, pois a cidade era uma instalação militar secreta durante a Segunda Guerra Mundial. E para que a cidade tivesse acesso à Seward Highway, um túnel foi construído em granito sólido ligado a um túnel para o abastecimento de trens. Em 2000, o túnel foi adaptado para incluir o tráfego de automóveis.
Todos que chegam à cidade de Whittier passarão por esse túnel compartilhado por trem e veículos. É considerado o túnel compartilhado mais longo da América do Norte. Ele possui um horário especial de tráfego que permite mão única em certos horários.
Uma taxa de ida e volta é cobrada quando os veículos vão para Whittier. o Anton Anderson Memorial Tunnel está aberto a cada hora por 15 minutos até as 23:00h. Clique aqui para ver os horários.
Whittier é aparentemente uma cidade típica do Alasca entre o mar e montanhas. Mas, é conhecida por ser uma das cidades mais diferentes dos Estados Unidos e vamos te contar o porquê.
No auge da atividade militar, Whittier era uma cidade movimentada com mais de 1.000 habitantes. A cidade hoje tem cerca de 300 moradores. E quase todos residem no único prédio da cidade, o Begich Towers, com 14 andares e é composto por três módulos interligados, oferecendo aos moradores tudo o que precisam, incluindo mercado, correio, cartório, igreja e um consultório médico. Os moradores se referem ao edifício como sua própria “cidade dentro de um prédio”.
Embora Whittier pareça um cenário industrial, com um pátio ferroviário e edifícios militares arruinados, a cidade tem muito a oferecer. Ela tem um lindo porto com montanhas ao fundo. E é um ótimo ponto de partida para os entusiastas do ar livre que procuram explorar as geleiras do Prince William Sound ou as trilhas do Chugach National Forest.
Demos uma volta pela cidade e conhecemos o entorno: o porto, lojinhas, restaurantes e poucos hoteis, infelizmente estava muita chuva, e nublado, com isso não conseguimos ficar muito. Dizem que o mais bonito e o que faz a visita valer a pena é o cenário natural: a cidade fica às margens do Prince William Sound e é cercada por fiordes, montanhas e geleiras. Não é à toa que essa região atrai muitos visitantes todos os anos.
Paramos no Sound Ideas Whittier Fudge, para conhecer o seu famoso fudge. E é mesmo uma delícia! Outros lugares que valem a pena conhecer: o Prince William Sound Salt, lojinha de sal marinho e a Log Cabin Gifts uma lojinha de lembranças.
Caso se interesse pela pequena Whittier, fizemos um pequeno resumo para você:
Passeios imperdíveis
- Phillips Cruises & Tours – 26 Glacier Cruise: esse é um dos melhores passeios de barco no Prince William Sound, para observar geleiras.
- Blackstone Bay Jetski Tour: um tour de jet-ski com a empresa Glacier JetSki Adventures, para observar geleiras no Prince William Sound.
Onde se hospedar em Whittier
- Anchor Inn: Localizado em uma parte mais industrial da cidade, é um hotel antigo, rústico, familiar e econômico.
- The Inn at Whittier: Esse fica na orla. Oferece várias opções de quartos e muitos têm excelentes vistas para o mar.
Onde comer em Whittier
- Restaurante Anchor Inn: Localizado no hotel Anchor Inn. Um restaurante sem frescuras, com comida boa e caseira.
- Inn at Whittier: O hotel The Inn at Whittier tem um restaurante e uma taverna para uma refeição casual com vista para o mar.
- Swiftwater Seafood Cafe: outra boa opção para comer frutos do mar deliciosos e frescos e batatas fritas.
- Wild Catch Café: para uma refeição rápida como sanduíches e hambúrgueres, além de um excelente café do Alasca, cerveja e vinho.
- Whittier Ice Cream & Pizza: para pizzas e sorvetes
- Oceanfront Café: tem ótimos cafés, ensopado de mariscos caseiro, sobremesas entre outras opções.
Apesar do pouco tempo que passamos na cidade, achamos Whittier bem interessante pelas paisagens, localização e história, gostaríamos de ter pego um tempo melhor.
Hora de seguir para Girdwood. No caminho fomos conhecer o Alaska Wildlife Conservation Center (AWCC) mesmo com o tempo ruim, já que chegamos à conclusão de que ele não iria mesmo melhorar. Esse é um lugar que queríamos muito conhecer.
O Alaska Wildlife Conservation Center é uma organização sem fins lucrativos dedicada à conservação e preservação da fauna selvagem do Alasca. É um centro de reabilitação e conservação de vida selvagem, que abriga animais nativos do Alasca que foram resgatados e precisam de cuidados especiais.
O Centro também é um destino de turismo e educação para ensinar ao público sobre a importância da preservação das espécies selvagens. Oferece uma variedade de programas educacionais, tours guiados, trilhas, exposições e até mesmo oportunidades para acampar, além de eventos especiais. Ele tem mais de 200 acres que abrigam diversos animais. Os visitantes têm a oportunidade de ver de perto alguns dos animais nativos da região, como aves, alces, ursos, raposas e outros mamíferos. Os ingressos podem ser adquiridos no local, e na época que fomos custava $20 por pessoa.
Nós adoramos esse lugar. Pudemos ver vários animais e entender a história deles. É ideal para quem vai ao Alasca e fica com medo de não ver os animais nativos. Ficamos um bom tempo vendo os animais e conhecendo as curiosidades sobre eles. Vimos de tudo: urso, rena, caribu, bisão, lobo etc. Um passeio imperdível.
Chegamos de volta à Girdwood. Só então conseguimos observar melhor a cidade. Muito bonitinha! Girdwood não é uma cidade turística muito procurada. Embora atraia um bom número de visitantes, principalmente por causa do Hotel Alyeska, o hotel onde ficamos hospedados.
Girdwood está localizada na extensão mais setentrional da floresta tropical da Terra e serve como o ponto de acesso mais próximo à Chugach National Forest a partir de Anchorage.
Originalmente, Girdwood era chamada de Glacier City por causa da sua localização próxima ao Glacier Portage, um dos glaciares mais visitados do Alasca. Glacier City surgiu como local de passagem e hospedagem de mineiros na época da corrida do outro. James Girdwood, um irlandês, ao chegar no local começou a fazer reinvindicações de melhorias na mina Crow Creek e na estrutura do lugar, ficando popular entre os mineiros que passaram a chamar a cidade de Girdwood em sua homenagem.
Com o declínio da mineração, Girdwood passou a se desenvolver por causa do transporte. Tornou-se ponto de parada da histórica trilha Iditarod de trenós de cães, e várias serrarias se instalaram ali para fornecer dormentes para as estradas de ferro.
Em 1959 foi instalado um teleférico que intensificou as atividades relacionadas ao esqui, atraindo visitantes. Em seguinda, o Alyeska Resort tornou o local uma estação de esqui internacional. Em 1964 aconteceu um terremoto que afundou Girdwood em 2,5 metros. As águas inundaram a cidade e seus moradores foram obrigados a se mudar para terras mais altas onde hoje está a cidade.
Hoje Girdwood faz parte da região metropolitana de Anchorage, mas continua preservando o charme de uma pequena cidade. As atividades de inverno (como esqui e snowboard) e o Alyeska Resort são base importante da economia local. Inclusive, já foi berço de campeões olímpicos de inverno. Porém, as atividades de verão, como caminhadas, pesca e rafting também movimentam a cidade.
Existem outras boas opções de hospedagem em Girdwood além do Alyeska Resort, como: Alyeska Hostel, Ski Inn, Alyeska Hideaway Log Cabins e Asian Motif Lodge.
Outras atrações de Girdwood, que não tivemos tempo de conhecer foi a Crow Creek Gold Mine, considerada uma das mais antigas minas de ouro do Alasca. A mina foi descoberta em 1896 durante a corrida do ouro do estado. Hoje ela é uma atração turística. Ela oferece tour guiado, a oportunidade de você garimpar seu próprio ouro.
Tambem tem muitas outras trilhas na região como a Crow Pass, uma das trilhas de caminhada mais famosas e desafiadoras do Alasca. A trilha tem 33 km e passa pelo Parque Estadual Chugach e pelo Chugach National Forest. Ela começa perto do Alyeska Resort e segue até o Eagle River. Ela passa por trechos da trilha original de Iditarod com paisagens incríveis.
E além dela tem também a Upper Iditarod Trail, Lower Iditarod Trail, Upper Winner Creek Trail, entre outras.
Você também pode fazer um passeio de voo panorâmico com a Alpine Air até a geleira Punch Bow. Lá existe a opção de fazer um passeio de trenó de cachorros em meio a um cenário incrível de geleiras e montanhas.
Para finalizar o dia, resolvemos Jantar no Double Musky Inn. É um restaurante sofisticado que serve culinária no estilo de Nova Orleans. Muito gostoso, com uma decoração super legal. Mas, as porções são enormes! Pedimos um frango. Imaginávamos que viria uma porção e veio um frango inteiro. O Ro ficou assustado, haha!
Outros lugares para comer em Girdwood bem recomendados:
- Seven Glaciers: esse restaurante fica no Resort Alyeska. Possui vistas incríveis das Montanhas Chugach e Turnagain Arm. Queríamos muito ter jantado lá. Mas, não fizemos reservas e estava lotado.
- Jack Sprat: lugar muito gostoso. Jantamos lá em nosso último dia na cidade. O menu tem ótimas opções de comida e coquetéis.
- Chair 5: Esse é o pub local. Servem principalmente comida típica americana, como pizza e nachos.
- Girdwood Brewery: Muito boas cervejas. Essa cervejaria tem um food truck 7 dias por semana durante todo o ano.
- Spoonline Bistro: Serve produtos sem glúten. Eles também são especializados em pratos paleo, ou seja, naturais e frescos.
DIA 05: Girdwood – Glacier Blue Kayak & Grandview Tour
Hoje acordamos bem cedo e tomamos café da manhã na cafeteria Kaladi Brothers Coffee do Alyeska Resort, que tinha lanches e bebidas bem gostosos.
Hoje era o dia de um dos passeios programados, chamado Glacier Blue Kayak & Grandview Tour com a agência Chugach Adventures.
A Spencer Glacier é um dos pontos turísticos mais impressionantes do Alasca. Localizada na Chugach National Forest, ela se eleva a 3.500 pés em uma rampa natural que se forma a partir de um lago de icebergs azul. O cenário é deslumbrante, mas o que torna a geleira Spencer ainda mais interessante é o fato de que não há estradas para chegar lá. A maneira mais comum de chegar até a geleira Spencer é por meio de um trem exclusivo da Alaska Railroad.
O guia foi nos buscar no hotel às 07h30 e fomos direto para a estação de trem pegar o Coastal Classic Train da Alaska Railroad até a parada Spencer Glacier Whistle Stop.
Infelizmente, o tempo ainda estava horrível. Mas, estávamos animados! O guia nos falou que geralmente os melhores passeios eram quando o tempo estava ruim porque assim as geleiras ficavam ainda mais azuis.
Chegando no ponto o guia organizou os caiaques, deu todas as instruções e seguimos para o passeio. O guia foi nos contando histórias e mesmo com o tempo ruim, o lugar era lindo, uma beleza incomparável. Foi mais ou menos umas 3h30 de caiaque no lago Spencer, remamos ao redor dos icebergs e pertinho da geleira Spencer e depois fizemos uma caminhada pertinho da geleira. Foi muito incrível!
Depois voltando para a parada tivemos um almoço fornecido pela agência com sanduíche, frutas, cookies e bebidas quentes.
Em seguida, fizemos um passeio panorâmico no trem Glacier Discovery viajando pelos trechos lindos de Grandview & Tunnels através do Upper Placer River Gorge Canyon. Essa, com certeza é a parte mais bonita da Alaska Railroad. Descemos do trem, fizemos uma pequena caminhada, foi bem gostoso.
Essa ferrovia é uma das principais atrações turísticas do Alasca, oferecendo passeios de trem panorâmicos que passam por algumas das paisagens mais espetaculares do estado. Ela conecta Seward a Fairbanks com várias estações pelo caminho. O passeio foi incrível! Paisagens surreais com muita natureza, geleiras. Impressionante!
No final da tarde o trem chegou em Portage e pegamos a van da Chugach Adventures de volta a Girdwood.
Chegamos ao hotel e lá estava acontecendo o Alyeska Blueberry Festival. Um festival com música ao vivo, colheita de frutas, estandes de artes e artesanato locais, comidinhas, cervejas artesanais e concurso de comer tortas. Claro que aproveitamos e foi muito divertido!
Depois fomos jantar no Jack Sprat, sem dúvida um dos melhores restaurantes que conhecemos no Alasca. Quando chegamos encontramos uma fila de espera. Mas, enquanto aguardávamos a mesa, tomamos uma cerveja. O menu tem muitas opções gostosas e coquetéis incríveis, comemos um halibut com arroz negro e um noodles com cogumelos, valeu muito a pena.
O dia foi maravilhoso. Ficamos muito felizes em ter aproveitado tanto e visto paisagens lindas e inesquecíveis, apesar do mau tempo.
DIA 06: Girdwood para Anchorage (Centro Sul)
Roteiro programado
- Hope
- Trilha Palmer Lakes / Twin Lakes
- Explorar o centrinho de Anchorage
- Anchorage Museum
- Anchorage Trolley Tour
- Pernoite Historic Anchorage Hotel
Roteiro feito
Acordamos bem cedo e o dia amanheceu horrível mais uma vez. Estávamos querendo muito conhecer o The Bake Shop, e provar as famosas panquecas de massa azeda que, de acordo com a tradição do lugar, usa o mesmo fermento de 80 anos atrás de um mineiro de ouro da região. E para lá fomos. Mas, estava fechado apesar de no site informar que estaria aberto.
Como estava chovendo, fizemos check out no Alyeska Resort e resolvemos não parar em Hope e ir direto para Anchorage. Uma pena porque era um lugar que queríamos muito ter conhecido. Então, se você for para essa região inclua Hope no seu roteiro.
Hope é uma pequena cidade que tem a mistura de charme rústico e aconchegante. As casinhas são uma graça no estilo cabanas de madeira. Algumas são coloridas e cheias de detalhes. Outras são mais simples, mas todas com aquele ar de “lar doce lar”. Ótima pra quem quer ter uma ideia de como é a vida no Alasca.
No auge da febre do ouro ela tinha cerca de 3.000 habitantes. Garimpeiros encontraram ouro nos riachos da área. E seu nome lembra o otimismo de todos os garimpeiros que buscavam uma vida melhor. No terremoto de 1964, parte da cidade foi perdida. Mas, alguns prédios históricos como o Hope Social Hall (de 100 anos) ainda estão de pé. Atualmente, a cidade tem menos de 200 habitantes. Você pode estacionar no centro e explorar a cidade com calma. A melhor maneira de conhecê-la é caminhando ou de bicicleta. Você pode, também, fazer uma das trilhas da região.
Hope tem lojinhas e cafés interessantes, com um mix de artesanato local e souvenirs turísticos. A rua principal de Hope é uma fofura, com vários prédios antigos, como o Hope and Sunrise Historical and Mining Museum, o Seaview Bar & Café e o Hope Community Library, que dão um ar de cidadezinha histórica.
Existem muitas boas trilhas na região. Uma que estava em nosso roteiro era a Palmer Lakes / Twin Lakes, uma trilha considerada de nível fácil que passa por uma estrada antiga, uma cachoeira, vestígios de uma antiga área de mineração e chega até dois lagos azuis. Uma pena que não conseguimos conhecer.
Achamos interessante que à medida que seguíamos na Seward Highway em direção à Anchorage o tempo ia melhorando (que bom!!). Chegamos à conclusão depois que o tempo abaixo de Anchorage tende a ser pior do que no resto do Alasca. E com o tempo melhor, a estrada estava completamente diferente que do primeiro dia. Até aproveitamos para fazer algumas paradas que estavam no nosso roteiro no primeiro dia e não havíamos feito por causa do mau tempo.
Uma delas foi o Bird Creek. Um mirante ao longo da estrada para admirar a paisagem e tirar ótimas fotos. Você verá placas do lado direito da estrada sinalizando. Há um estacionamento no local. No local existem painéis que dão informações sobre a área. Existem vários outros pontos de vista ao longo da rodovia, assim como também é possível fazer muitas trilhas de caminhada por aqui, como a Bird Ridge Trail e ciclismo ao longo deste trecho da Seward Highway. Do Bird Point Scenic Overlook você tem uma vista linda do Turnagain Arm.
O Turnagain Arm é uma via navegável no Golfo do Alasca, que se estende por cerca de 60 km da cidade de Anchorage até a Península de Kenai. O nome foi dado pelo explorador James Cook em 1778, quando ele não conseguiu encontrar uma passagem pelo mar de Bering e teve que “virar” de volta. É uma atração popular no Alasca devido às suas paisagens naturais deslumbrantes, cercadas por montanhas íngremes e cobertas de neve o ano todo. As águas são alimentadas pelo Oceano Pacífico, resultando em marés muito fortes.
Nós também fizemos uma parada no Beluga Point View, que é um excelente local para observar baleias beluga e focas no porto. Do ponto de observação, é possível ter uma vista de 180 graus do Turnagain Arm.
Em seguida, visitamos o McHugh Creek & Falls, que é um mirante e área de lazer com mesas de piquenique. Se você sair para caminhar do estacionamento, encontrará uma bela cachoeira de 6 metros de altura e outras pequenas trilhas que levam a diferentes pontos de observação. O McHugh Creek é uma das poucas áreas ao longo dessa estrada com banheiro.
Paramos novamente no Potter Marsh, onde já tínhamos parado no primeiro dia da viagem. Desta vez, o tempo estava melhor e com isso, a visibilidade também. É uma trilha elevada em um calçadão de madeira suspenso, oferecendo vistas panorâmicas da região e muitas oportunidades para observação de pássaros.
Chegamos em Anchorage, a maior cidade do Alasca localizada na costa sul do estado. É uma cidade moderna e movimentada com cerca de 300 mil habitantes. Cerca de 40% da população total do estado se concentra em Anchorage. Devido à sua localização quase que equidistante de cidades como de Nova York, Frankfurt e Tóquio, Anchorage fica a menos de 10 horas aéreas desses grandes centros. Por esse motivo, seu Aeroporto Internacional é uma parada comum para reabastecimento de voos de carga internacional e FedEx.
Esta cidade é cercada por montanhas com lindas vistas para a Cordilheira do Alasca e para a baía de Cook. A cidade é um destino popular para atividades ao ar livre como caminhadas, pesca, esqui e observação de animais selvagens. A cidade também possui uma rica cultura nativa sendo considerada o centro cultural do Alasca com muitos museus, centros culturas e galerias de arte.
Fizemos check in no hotel reservado, o Historic Anchorage Hotel. Ele é bem antigo e considerado um dos mais assustadores hotéis assombrados de Anchorage. Na verdade, as coisas são tão assustadoras que a recepção mantém um “registro de fantasmas” para cada avistamento de fantasmas que os funcionários ou hóspedes encontram no hotel. E tem até uma nota sobre “atividades” comuns no hotel diretamente em seu site. Nós não vimos nada disso. E eu, Fernanda, nem contei essa história de hotel assombrado pra o Ro antes de irmos. Senão, ele iria me matar, hahaha.
Hora de explorar o centrinho de Anchorage, um destino popular para turistas e moradores, pois oferece muitas opções de compras, restaurantes, entretenimento e atividades ao ar livre.
Uma das áreas mais históricas e icônicas do centro é a Historic 4th Avenue, que é conhecida por seus edifícios históricos e sua arquitetura única. Essa rua tem sido uma parte importante da vida da cidade desde o início dos anos 1900, quando foi construída para abrigar muitos dos primeiros negócios da cidade.
Na Historic 4th Avenue estão localizados muitos edifícios históricos, como o hotel que estamos hospedados. Outro prédio histórico é o 4th Avenue Theatre, atualmente fechado, construído no pós-guerra. Infelizmente, havia uma obra em frente a ele quando fomos visitá-lo. Nessa avenida há uma cabana de madeira onde funciona o Centro de Informações ao Visitante de Anchorage e várias boas lojas de souvenirs.
E por falar em souvenirs e presentes, no centro há uma loja muito legal chamada Grizzly’s Gifts. Ela é bem conhecida por ter presentes temáticos exclusivos do Alasca. É uma loja que tem de tudo. Nós adoramos!
Lá no centrinho estava tendo a ANC Market Social, um mercado semanal ao ar livre e feira de rua, com uma variedade de produtos, bebidas, roupas, artesanato, e etc, demos uma volta e vimos algumas barraquinhas
Hora de almoçar. Fomos ao Glacier Brewhouse, mas estava lotada e com uma grande fila de espera. Então, fomos na 49th State Brewing. O espaço é lindo. Tente pegar uma mesa no pátio ou perto da janela. A vista é bem bonita. O lugar estava bem cheio e com espera, mas resolvemos esperar um pouco. E valeu a pena, a comida e as cervejas estavam maravilhosas. Para não esperar muito, sentamos em uma mesa compartilhada e conhecemos várias pessoas. Foi uma ótima experiência!
Em seguida, continuamos nosso passeio pelo centrinho de Anchorage vendo as lojinhas, etc. Então, fomos no Anchorage 5th Avenue Mall, uma enorme estrutura com cinco níveis e que abriga muitas lojas que você não encontra em outro lugar do Alasca, como Apple, American Eagle Outfitters, Alaska Wild Berry Products, Bath & Body Works, Foot Locker, lululemon, Sephora, Vans e Victoria’s Secret.
Depois das compras, comemos um hot dog com salsicha de rena no Tia´s Gourmet Reindeer Sausage. Um food truck localizado no Peratrovich Park/Old City Hall Park, durante todo o verão. Não deixe de provar a salsicha de rena picante. Achamos incrível! gostamos tanto que voltamos lá no outro dia. Nunca imaginei que iriamos gostar de salsicha de rena.
Depois fomos tomar sorvete na famosa Wild Scoops, a melhor sorveteria de Anchorage. Geralmente tem fila na porta o ano inteiro. Eles usam ingredientes do Alasca e produtos locais fazendo sorvetes de sabores extremamente deliciosos. Nós experimentamos um sorvete de Fireweed que estava incrível.
Em seguida, fizemos o passeio de trolley: o Anchorage Trolley Tour. Achamos uma boa ideia fazer o passeio de bondinho para a gente se orientar e conhecer a história da cidade. O passeio panorâmico dura 1 hora e percorre 24 km pelas ruas do centro da cidade. Ele sai do Anchorage Visitor Information Center.
No passeio o guia conta sobre a história e curiosidades do Alasca e Anchorage, sobre o terremoto de 1964 e do modo de vida local. Ele passa por vários pontos importantes como o Alaska Railroad Depot, o Anchorage Museum, o Earthquake Park e o Lage Hood (a base de hidroaviões mais movimentada do mundo).Foi um passeio bem legal e informativo. E ainda vimos um alce no caminho.
Depois fomos conhecer o Resolution Park, esse parque tem vista para a Cook Inlet e tem uma estátua do Capitão James Cook, que deu o nome à enseada. Já o parque tem o nome do seu navio. Ele tem ótimas vistas.
Depois, jantamos em um restaurante perto do hotel chamado Bear Paw Bar & Grill Downtown. Um lugar bem local com cervejas e comidas bem gostosas.
DIA 07: Anchorage – Matanuska Glacier Walk
Hoje acordamos bem cedo e tomamos café da manhã no hotel. Em seguida, fomos até a agência Salmon Berry Tours, que ficava ao lado do hotel, para encontrar os guias. Nosso objetivo era conhecer a Matanuska Glacier, que fica a 160 km de Anchorage. Fizemos um passeio de van que durou o dia inteiro.
A nossa primeira parada foi em Palmer, conhecemos a pequena cidade cidadezinha e paramos em um café chamado Vagabond Blues. Tomamos chocolate quente com um cookie bem gostoso. Em seguida, paramos em um mirante saindo da cidade.
Logo depois, fomos conhecer o Alpine Historical Park, localizado na pequena comunidade de Sutton.
O parque é uma espécie de cidadezinha histórica ao ar livre, com construções que remontam aos tempos da corrida do ouro no final do século XIX. Tem um saloon, uma escola, uma igreja e até correios, tudo feito de madeira e preservado para que você possa se sentir transportado para outra época.
A estrutura principal era originalmente um barracão chickaloon construído em 1917 pela marinha americana como apoio à extração de carvão da área. Em seu interior, há uma exposição permanente com objetos e fotos históricos. A história da extração de carvão também está presente em outros locais do parque por meio de objetos expostos ao livre. As exposições incluem:
- Coal Wash Foundation: Uma máquina de 1922 que lavava 25 toneladas de carvão por hora. Formada por elevadores, lavadora, transportadoras e secadora, que facilitava a produção de carvão.
- Lucas House: uma casa que serviu de residência para mineiros de carvão na Mina de Carvão Chickaloon.
- Mary Geist House: abriga um acervo em homenagem aos moradores de Sutton que trabalharam na mineração de carvão e no desenvolvimento de Sutton.
- Roberts/O’Neill House: um edifício de madeira onde funciona um pequeno Centro de Visitantes e uma residência particular.
- Hitchcock Cabin: este edifício realiza exibições culturais de Athena Dene’ (Athabascan). Seu jardim tem plantas indígenas.
- Chickaloon Bunkhouse: o barracão original da mina Chickaloon, com uma exposição permanente histórica.
- Sutton Post Office: o prédio foi a primeira agência dos correios de Sutton.
- Athabascan Winter Lodge Exhibit: reproduz uma tradicional casa nativa, usada antes do contato russo e euro-americano, com mobiliário e demais elementos nativos.
Tem também trilhas para caminhada e um rio para pescar. No tour guiado eles contam um monte de histórias sobre como era a vida dos pioneiros de Sutton, Chickaloon e do Alasca. Incluindo a cultura Ahtna-Dene (Athabascan), mineração de carvão e a construção da Rodovia Glenn. Sem dúvida, foi um passeio muito informativo e interessante.
Após o parque, fomos para o Matanuska Glacier State Recreation Site fazer a nossa caminhada na geleira. Esse sem dúvida, foi um dos lugares mais incríveis que já estivemos na vida.
A Matanuska Glacier é uma das geleiras mais acessíveis do Alasca porque se encontra quase à beira de uma das estradas mais movimentadas do estado. Ela atrai muitos visitantes também devido ao seu tamanho impressionante e à beleza que a rodeia. É uma das maiores geleiras americanas e uma das mais densas do mundo.
Caminhar em uma geleira é uma experiência inesquecível, ainda mais quando se trata de uma geleira grande como a Matanuska. Por isso, decidimos fazer esse passeio guiado de um dia.
É possível ver de perto as paredes de gelo, os profundos buracos de drenagem, as cavernas iluminadas, os sons e rangidos do gelo, formações irregulares em forma de espirais (os seracs) e os lagos que se formam pelo gelo que desaba.
No nosso passeio ficamos umas duas horas andando na geleira e aprendendo como ela nasceu e como moldou a paisagem circundante. Exploramos as muitas características da geleira, incluindo cavernas de gelo, piscinas de água azul glacial derretida e vistas deslumbrantes deste vale cênico. Foi surreal. As paisagens eram absurdamente lindas.
Achamos a empresa Salmon Berry muito preparada e experiente. Eles forneceram o necessário para fazermos a caminhada com segurança, como capacetes, sticks e microspikes. Aprovamos e recomendamos a agência.
Após a caminhada, fomos almoçar no Long Rifle Lodge. Um lodge local com vista para a geleira. O lugar tem janelas panorâmicas e uma vista incrível que parecia um quadro. O local era todo ambientado ao estilo Alasca. Comemos um lanche bem gostoso e como sobremesa um cookie com sorvete maravilhoso!
Chegamos no final da tarde em Anchorage super cansados. Mas, bem felizes com esse dia incrível.
Havíamos programado para a noite ir à Glacier Brewhouse ou no Moose’s Tooth, que têm pizzas e cervejas deliciosas. Porém, estávamos tão cansados que resolvemos comer novamente um hot dog de rena no Tia’s Gourmet Reindeer Sausage, que era em frente a agencia e voltar ao hotel para descansar.
DIA 08: Anchorage para Barrow (Centro Sul/Ártico)
Acordamos bem cedo e fomos tomar café da manhã no Snow City, considerado o melhor brunch da cidade. Ele atrai uma multidão e tem filas na porta todos os dias do verão. Nós comemos um sanduiche e panquecas, bem gostosos!
Passamos no Anchorage Museum, um museu de História e Arte que tem várias exposições de todo o país e de todo o mundo. Tem também vários exemplos de arte local e exposições sobre a história do Alasca.
Vale falar que Anchorage é um ótimo lugar para ser base de uma viagem porque existem muitas atrações perto da cidade, como caminhadas e passeios bate-volta. Havia um monte de coisas que gostaríamos de ter feito. Mas, não foi possível devido ao tempo que programamos na cidade. Se soubéssemos a enrascada que nos meteríamos em Barrow, teríamos ficado mais dois dias em Anchorage e aproveitando as opções.
Alguns outros locais que gostaríamos de ter conhecido são o Alaska Native Heritage Center, um museu onde estão representadas todas as culturas indígenas do Alasca, a The Tony Knowles Coastal Trail, uma trilha bem legal principalmente para ser percorrida de bicicleta, e a Flattop Mountain, uma outra trilha incrível.
Fizemos check out do Hotel Historic Anchorage Hotel e check in no Four Points by Sheraton Anchorage, porque não conseguimos quatro noites seguidas em um único hotel de Anchorage. Então, tivemos que fracionar a hospedagem.
Deixamos as malas no hotel e seguimos para o aeroporto, para pegar o voo para Barrow (Utqiaġvik) no Ártico. Nós fechamos um tour com a agência Northern Alaska. A ideia era ir em um dia e voltar no outro. Com isso nos pareceu bem razoável deixar as malas no hotel em Anchorage e viajar só com uma mochila.
Como Barrow é bem pequena, um dia parecia ser mais que suficiente para fazer tudo o que a agência havia apresentado. Ao chegarmos em Barrow, pegamos o transfer para o Top of the World Hotel, o hotel que ficamos hospedados.
Depois, demos uma volta no centro e passamos por uma das principais atrações da região, o Whale Bone Arch, com as enormes mandíbulas de baleia formando um arco. Caminhamos um pouco mais pela rua principal e fizemos umas comprinhas no supermercado.
Quando fomos ao restaurante do hotel às 20h15 para jantar estava tudo fechado, apesar do site informar que funcionava até às 21h. Com isso, pedimos uma pizza da East Coast Pizzeria e fomos descansar.
CLIQUE AQUI para ler o nosso post de Barrow com todos os detalhes.
DIA 09: Barrow
Roteiro programado
- Tour em Barrow
- Voo para Anchorage
- Jantar em Anchorage
- Pernoite Four Points by Sheraton Anchorage Downtown
Roteiro feito
O programado hoje era fazermos o tour agendado em Barrow e depois retornar à Anchorage. Mas, as coisas não saíram como planejado.
Acordamos e tomamos café da manhã no hotel. Em seguida, saímos para um passeio que fazia parte do tour agendado com um guia chamado Mike Schutz, morador de Utqiaġvik há mais de 40 anos. Fizemos um passeio bem informativo e passamos em diversos pontos da cidade. Fomos também ao ponto mais ao norte do continente, Point Barrow.
Tour finalizado, o guia nos deixou no hotel às 14h e decidimos ir ao Iñupiat Heritage Center, pois nosso voo era apenas às 17h. Exploramos o local e gostamos.
Quando retornamos ao hotel e estávamos esperando o transfer para o aeroporto, recebemos uma mensagem da Alaska Airlines informando que o voo de volta à Anchorage havia sido cancelado.
Tivemos que ir ao aeroporto (nós e todos os outros hóspedes que iam embora naquele dia) para remarcar a passagem. E, quando finalmente fomos atendidos, descobrimos que só tinha disponibilidade para o voo no sábado, e era quarta-feira. Isso mesmo: teríamos que esperar três dias para voltar para Anchorage.
A Alaska Airlines não prestou nenhum tipo de suporte quando questionamos o cancelamento e insistimos em saber se haveria outras opções. Os funcionários da companhia aérea pareciam zombar de nós e estavam zero dispostos a nos ajudar. Só ouvíamos que a única opção era entrar na fila de espera dos próximos dias.
Voltamos para o hotel e entramos em contato com a agência Northern Alaska que nada fez além de dizer “sorry”. Nós não recomendamos essa agência de jeito nenhum.
Depois de algumas horas, o desespero começou a bater. Nossa preocupação era perder os próximos trechos da viagem que já estavam todos programados: hotéis reservados em Talkeetna, Denali e Fairbanks, passeios comprados etc.
Em resumo, o dia não acabou muito bem, com stress a mil e torcendo para que no dia seguinte ocorressem desistências para entrarmos na fila de espera.
Para finalizar esse dia tenso, jantamos no restaurante do hotel, Niġġivikput.
DIA 10: Barrow
Roteiro programado
- Saida de Anchorage
- Hatcher Pass Cabins
- Independence Mine State Historic Park
- April Bowl Trail
- Talkeetna
- Pernoite Talkeetena Inn
Roteiro feito
Acordamos e após o café da manhã fomos direto para o aeroporto para entrar na fila de espera. Estávamos em 6º lugar na fila. Cheios de esperança quando soubemos que o voo havia sido cancelado novamente pelo mau tempo.
Com isso, informaram que haveria um voo extra à noite, que depois acabou sendo cancelado também. Imagina o caos que virou o aeroporto! Muita gente desesperada, comprando passagem para todos os dias. Uma loucura total.
Foi quando descobrimos que havia uma outra companhia aérea, a Wright Air Services, que opera com pequenos aviões monomotores levando até 10 passageiros e que conseguem voar mesmo com muita neblina.
Em geral, quem utiliza esses aviões são os moradores locais para ir a vilarejos próximos. Conseguimos um voo de Barrow para Deadhorse em Prudhoe Bay, um vilarejo no Ártico com partida na sexta-feira à tarde. De lá teríamos que pegar um voo no dia seguinte (sábado) da Alaska Airlines para Anchorage. Compramos por precaução, torcendo para não ter que utilizar a passagem e conseguirmos voar com a Alaska na sexta de manhã.
Nisso, passamos o dia entrando em contato com os hotéis, agências dos passeios, enfim com o que havíamos reservado, tentando cancelar ou remarcar. E não tínhamos nem animação para aproveitar a cidade. O foco era torcer para que o tempo melhorasse e conseguíssemos sair de Barrow no dia seguinte. Acabamos comendo uma coisinha no hotel mesmo.
DIA 11: Barrow para Prudhoe Bay (Ártico)
Roteiro programado
- Voo panorâmico sobrevoando o Denali National Park
- Horseshoe Lake Trail
- Savage River Loop Trail
- Jantar no 49th State Brewery
- Pernoite no Denali Park Hotel
Roteiro feito
Acordamos, tomamos café no hotel e fomos para o aeroporto nos informar sobre a lista de espera. E mais uma vez, o voo foi cancelado.
Com isso, já tínhamos passagem comprada pela Wright Air na hora do almoço, pela Alaska Airlines na sexta à noite e sábado à tarde, e o voo de Prudhoe Bay para Anchorage no sábado cedo. Que loucura!
A essa altura, ficamos na dúvida se aguardávamos o voo sexta à noite, pois aí já chegaríamos em Anchorage e evitaria de irmos a Prudhoe Bay, ou se já íamos a tarde com a Wright Air. Com todo o caos, resolvemos pegar o voo da Wright Air e evitar mais dor de cabeça. E lá fomos nós para Prudhoe Bay.
Prudhoe Bay é uma cidade também no Ártico, mas tem acesso por estrada e o índice de cancelamento de voos é menor, já que o tempo costuma ser melhor do que em Barrow. O avião era um Cessna 208. E eu, Fernanda, fiquei com muito medo de voar. Mas, o medo de perder o resto da viagem era maior ainda. Então, fui com medo mesmo!
Desembarcamos na comunidade de Deadhorse no final da tarde. É uma cidade bem pequena e com diversas fábricas e maquinário de petróleo e energia.
Nos hospedamos no The Aurora Hotel. Uma ótima surpresa foi que o buffet era livre, ou seja, podíamos nos servir de tudo à vontade. E quando dizemos que a surpresa foi ótima é porque tinha de TUDO: hot-dog, pizza, hambúrguer, salada, batatas, massa, donuts, sucrilhos, frutas… O que você imaginar.
O quarto era pequeno e simples. Mas, serviu muito bem para algumas horas de descanso antes de embarcarmos para Anchorage, onde já deveríamos estar há três dias.
DIA 12: Voo de Prudhoe Bay para Anchorage e ida para Denali (Ártico/Centro Sul/Interior)
Roteiro programado
- Tundra Wilderness Tour (Tour de ônibus pelo Denali)
- Trilhas na região
- Pernoite no Denali Park Hotel.
Roteiro feito
No dia seguinte (sábado) conseguimos, enfim, chegar em Anchorage. Nem acreditamos no alívio que sentimos em poder chegar na cidade depois de tanto perrengue.
Fomos ao hotel Four Points by Sheraton Anchorage Downtown e a equipe foi muito gentil e compreensiva. Haviam guardado nossa bagagem e gentilmente até deixaram que nós tomássemos banho e trocássemos de roupa sem custo adicional.
Depois, partimos para Denali. Infelizmente, não conseguimos fazer o roteiro programado do dia 10, pois já era tarde. Então, fomos direto para a parada em Talkeetna.
O roteiro inicial incluía algumas paradas imperdíveis. Primeiro, planejamos visitar as pitorescas Hatcher Pass Cabins, cabanas de madeira em um cenário deslumbrante, perfeito para tirar fotos e aproveitar a beleza natural.
Depois conhecer o Independence Mine State Historic Park, onde o ouro foi descoberto no início de 1900. Apesar de ter sido fechado em 1951, o local se transformou em um parque histórico e hoje é possível fazer um tour pelos antigos prédios e estruturas da mina, que abre no verão.
Também tínhamos em mente o Summit Lake State Recreation Site, um parque estadual que oferece uma trilha ao redor do lago, proporcionando vistas incríveis do Willow Creek Valley, do Susitna Valley e da Cordilheira do Alasca. Outra opção de trilha que consideramos fazer era a April Bowl Trail, com vistas de tirar o fôlego, e depois, conhecer Talkeetna.
Infelizmente, como nosso tempo ficou bem reduzido, saímos de Anchorage e fomos direto para Talkeetna. Só paramos no caminho em Houston para comer o famoso sorvete do Millers Market que é muito gostoso! Tanto que na volta paramos lá mais uma vez.
Quase chegando em Talkeetna, fomos conhecer a fábrica da Denali Brewing Company, uma microcervejaria local, que oferece aos visitantes cervejas artesanais premiadas e tour pela cervejaria aos finais de semana. Como não queríamos perder muito tempo, deixamos para experimentar a cerveja e comer algo no pub deles na cidade.
Em seguida, paramos no Alaska Birch Syrup & Wild Harvest Shop, que é um local de fabricação de xarope de árvores de bétula do Alasca, bem como outros doces e delícias. Além da loja, eles oferecem tour pela fábrica. Nós experimentamos diversos produtos como a Birch Water, os Alaska Gold Nugget Birch Cream Caramels e um delicioso sorvete de birch. Achamos tudo muito gostoso. Valeu a pena essa paradinha. Acreditamos que o tour deve ser muito interessante, mas não tínhamos muito tempo.
E assim, chegamos na pequena cidade de Talkeetna. Localizada entre Anchorage e Denali, no distrito de Matanuska-Susitna, a cidade fica no encontro três rios, o Chulitna, o Talkeetna e o Susitna. É uma cidade histórica aos pés da montanha Denali, com um ar hippie, bem bonitinha e com muitas lojas locais divertidas.
Ela foi originalmente habitada pelo povo Dena’ina Ełnena. Mais tarde chegaram os colonos descendentes de europeus e, em seguida, o ouro foi descoberto na região. A mineração continuou sendo a principal indústria durante a década de 1970.
Mas, por que hippie? Na década de 60 a cidade era um refúgio popular de jovens que queriam escapar do caos urbano e da guerra do Vietnã. Muitos vieram morar na cidade e construíram casas com materiais alternativos. Eles viviam de forma simples, cultivando seus alimentos em harmonia com a natureza. Hoje em dia a cidade ainda é conhecida por essa vibração alternativa e sua cultura descontraída. Em consequência disso, a cidade tem iniciativas criativas e uma cena artística vibrante com eventos culturais e festivais de música e arte ao longo do ano.
Outra curiosidade interessante é que Cicely, cidade onde se passa a série de TV americana “Northern Exposure”, foi inspirada na pequena cidade de Talkeetna. Em especial, o centro da cidade.
O centro é pequeno e charmoso com poucos quarteirões. Muitos edifícios são históricos e fazem parte da história do Alasca, como o Talkeetna Historical Society Museum (que conta sobre a corrida do ouro na região), o famoso Talkeetna Roadhouse e a Nagley’s Store que é destaque desde 1921 e que pertence ao Registro Nacional de Lugares Históricos.
A economia do lugar gira em torno dos esportes e turismo pela sua proximidade com o Monte Denali e pela abundância de salmões nas águas dos rios da região. Por causa dessa localização privilegiada é possível praticar diversas atividades na área como escalar, caminhar, esquiar, mountain bike, camping, tirolesa, pescar, entre outras. Enfim, é um lugar perfeito para os amantes da natureza e atividades ao ar livre.
A cidade tem ótimos restaurantes, cervejarias artesanais e uma maravilhosa localização. Você ainda encontra galerias de arte, food trucks, barracas de artesanato e lojas de souvenirs. Muitas construções são em madeira trazendo um aspecto peculiar.
Nós ficamos muito surpresos com a cidade. Achamos ela uma graça, com muitas lojinhas e restaurantes bacanas! Queríamos ter passado uma noite na cidade, igual tínhamos planejado anteriormente, nossa reserva era no Talkeetna Inn. Mas, infelizmente não conseguimos. Numa próxima vez, queremos ficar mais tempo para explorar melhor esse lugar lindo.
Tínhamos esperança de fazer nosso passeio de sobrevoo do Denali com pouso na geleira. Entramos em contato com a agência K2 que nos informou que devido ao mau tempo, não sairiam passeios nesse dia. Ficamos muito decepcionados, pois esse passeio estava planejado e muito desejado. Claro, teríamos feito se não tivéssemos ficado presos em Barrow.
Quando chegamos na cidade, estacionamos o carro e fomos bater perna. Fomos até o Talkeetna Riverfront Park, localizado no final da Main Street. Esse grande parque oferece espaços amplos, além de uma linda vista da Cordilheira do Alasca. No parque observamos o encontro dos três rios glaciais Talkeetna, Susitna e Chulitna. Ao se unirem eles formam o “Grande Rio Susitna”. É um ótimo lugar para caminhar.
Depois, passamos por vários locais legais como: Village Arts & Crafts (uma loja fofa ao lado do Talkeetna River Guides) e o Talkeetna Roadhouse.
Descobrimos que as Roadhouses eram casas historicamente importantes no Alasca, pois serviam de descanso para caçadores, mineiros e viajantes que atravessavam os territórios do norte da América do Norte nos séculos XIX e XX. O Talkeetna Roadhouse foi construído em 1917 como abrigo de viajantes e trabalhadores das ferrovias, sendo muito importante para a história da cidade. Ele é hoje uma pousada e padaria com um ótimo café da manhã. Os destaques são os pãezinhos de canela. A intenção do lugar é que ao espaço seja compartilhado e que se faça novos amigos. O lugar é bem legal e deve ser um ótimo lugar para se hospedar. Quando fomos lá, só estava aberta a padaria para fazer pedidos na parte de fora.
Em seguida, fomos no The Dancing Leaf Gallery, uma pequena galeria de arte dedicada a apresentar trabalhos de artistas do Alasca. Muitos desses artistas vivem em áreas remotas do estado, tornando o Dancing Leaf o único lugar onde você encontrará seus trabalhos. O próprio edifício foi projetado e construído pelos proprietários e seus amigos, o que torna a experiência ainda mais interessante.
Depois passamos pelo Hotel Fairview Inn. Ele foi inaugurado em 1923 para hospedar viajantes da nova estrada de ferro do Alasca. A pousada ficou famosa rapidamente depois que o presidente Warren G. Harding veio almoçar e morreu poucos dias depois. Hoje o hotel é possui seis quartos e um bar que sempre rola música ao vivo. Nossa intenção era ir até o local para aproveitar a música ao vivo. Mas, ficou para uma outra vez.
Fomos conhecer a Nagley’s General Store, um ícone de Talkeetna há quase 100 anos. Foi originalmente construída para servir garimpeiros e caçadores de peles no início de 1900. O prédio foi construído com toras e outros materiais locais. Mas, um incêndio em 1997 destruiu a loja original. Ela vende lanches e sorvetes de cone.
Almoçamos no Denali Brewpub, esse é o pub da cervejaria que visitamos na entrada da cidade. Sem dúvida, o melhor restaurante de Talkeetna. É uma cervejaria super famosa, com cervejas incríveis e comidas melhores ainda para acompanhar. O restaurante no centrinho está sempre movimentado e o cardápio tem algumas opções americanas menos tradicionais, como pretzel bites, carne de porco desfiada e outros sanduíches e churrasco à la carte. Claro que a estrela é a cerveja artesanal produzida localmente. Nós comemos um Brisket incrível e tomamos muitas cervejas. Eles utilizam os melhores ingredientes para oferecer a você uma variedade completa de comidas e cervejas criativas e saborosas. Valeu muito a pena.
Também fomos no Talkeetna Historical Society Museum. Ele é localizado na antiga Talkeetna Schoolhouse. Duas atrações em um mesmo lugar! O Talkeetna Museum abriga coleções e artefatos que documentam a vida no Alasca e da cidade. Vimos histórias de nativos do Alasca, aviadores, mineradores e caçadores. Muitos deles descansam no Cemitério Talkeetna , que vale a pena visitar se você tiver tempo.
Em seguida, fomos entrando nas varias lojinhas da cidade, com uma grande variedade de presentes. E tomamos um sorvete no Shirley’s Homemade Ice Cream. O sorvete aqui é artesanal com ingredientes locais e alguns dos melhores sabores da região. Experimentamos o de cereja e o de fireweed, uma flor silvestre local, muito bons!
Também vimos uma galeria de arte bem legal com fotos incríveis, a Aurora Dora. Neste espaço, os visitantes podem admirar o trabalho fotográfico da artista Dora Redman, que é apaixonada pelas luzes do norte.
Nós amamos demais Talkeetna foi uma cidade que ficamos surpresos, e fizemos um post completo sobre essa cidadezinha, CLIQUE AQUI para ver.
Hora de seguir para Denali. O tempo, para variar, estava muito ruim. Mas, mesmo assim, fizemos algumas paradas nos mirantes da estrada.
Do Denali Viewpoint South, localizado na milha 134-135 da Parks Highway, você consegue ver picos nevados e colinas de pinheiros. Ele fica no Denali State Park, ao sul do Denali National Park. Há um grande estacionamento e uma parte mais alta de onde se tem vista para o rio Susitna, do Denali e dos picos de montanhas ao redor (se o dia estiver bonito). Há uma pequena trilha pavimentada na área se você tiver tempo para caminhar. O local tem placas informativas e indicativas sobre o Denali e banheiros.
O Denali Viewpoint North, na minha 162,7 na Parks Highway é outro mirante. Infelizmente, como podem ver pela foto, o tempo não colaborou e não conseguimos ter a visão que tanto queríamos nos mirantes.
Fomos paramos em alguns locais que achávamos bonitos para tirar umas fotos. Essa é a grande vantagem de viajar de carro: a liberdade de fazer a viagem com paradas e desvios ao nosso tempo.
Fizemos check in no Denali Park Hotel que fica localizado em Healy, uma pequena comunidade que tem alguns hotéis e muito charme local, Gostamos muito do hotel. A recepção é personalizada em forma dos vagões de trens do Alasca e fica no meio da estrada, lembrando aqueles motéis de beira de estrada de filmes. A localização é excelente, bem próxima ao Denali National Park.
Fomos Jantar no 49th State Brewery Co, essa cervejaria é a mesma que fomos em Anchorage. Mas, o restaurante aqui tem um plus: O “Magic Bus” usado no filme “Na Natureza Selvagem”. Não é o original (o da vida real), e sim o usado no filme. Ele fica nos jardins da cervejaria e é demais! Mas, a comida e cervejas também são incríveis! Esse é um lugar imperdível, ponto alto da viagem. Principalmente para nós que adoramos o filme.
Se você não conhece a história do “Magic Bus” e do filme “Na Natureza Selvagem”, aqui vai um resumo:
O Magic Bus, também conhecido como Fairbanks Bus 142, ficou famoso no livro “Na natureza selvagem” (1996) de Jon Krakauer e no filme dirigido por Sean Penn em 2007. A história é baseada na vida real do aventureiro Chris McCandless, que deixou tudo para trás e embarcou em uma jornada pelos Estados Unidos em busca de liberdade. Após dois anos na estrada, ele decidiu seguir para o Alasca, onde encontrou o ônibus em maio de 1992.
Infelizmente, com o início do verão e fortes chuvas, o nível do Rio Teklanika subiu, impedindo Chris de atravessar. Tragicamente, ele morreu de inanição em agosto. Abandonado nos confins do Parque Nacional Denali, perto de Healy, o ônibus se tornou um local de peregrinação após a história ser contada no livro e no filme.
Muitas pessoas de diferentes partes do mundo tentaram seguir os passos de Chris pela trilha chamada “Stampede Trail” para passar alguns dias junto ao ônibus. Infelizmente, alguns não estavam preparados para as adversidades do Alasca selvagem, resultando em ferimentos causados pelo frio, quase afogamentos e até mesmo duas mortes. Inclusive uma das últimas pessoas que pisou na trilha foi um brasileiro, o turista Gabriel Dias da Silva, que ficou encalhado e precisou ser resgatado.
Em 2020, após permanecer no local original por seis décadas, as autoridades locais decidiram remover o ônibus. Ele se tornou um atrativo turístico perigoso, resultando em várias operações de resgate custosas. Atualmente, o ônibus está sob a posse do Museu do Norte, uma instituição afiliada à Universidade do Alasca em Fairbanks. E no momento que estivemos por lá o ônibus não estava exposto ao público. Então, naquele momento o máximo que conseguimos ver foi o ônibus utilizado pelas filmagens, que modesta parte, foi um trabalho fenomenal.
Depois de comermos muito e tirarmos muitas fotos no ônibus, fomos para o hotel para um merecido descanso.
DIA 13: Denali National Park & Preserve
Roteiro programado
- Alaska Railroad Museum & Nenana Depot
- North Pole
- Fairbanks
- Passeio para tentar ver a aurora boreal (Homestead Aurora Adventure)
- Pernoite no Westmark Fairbanks Hotel & Conference Center
Roteiro feito
Hoje fomos fazer o passeio de ônibus pelo parque Denali. Conseguimos reagendar (ufa!!!) e fomos bem cedo.
Saímos do hotel e fomos direto para o Denali Visitor Center, de onde os passeios de ônibus pelo parque saem. Lá além de obter informações sobre o parque, é possível assistir a filmes informativos, explorar exposições e desfrutar de amplos espaços abertos. Não deixe de conferir a lojinha de presentes, que oferece lembranças exclusivas do Alasca.
Antes de falar mais sobre o passeio de ônibus, vale destacar que o Denali National Park & Preserve é uma área vasta que abriga a montanha mais alta da América do Norte, conhecida como Monte McKinley ou Denali. Com 6.200 metros de altura, essa montanha é o ponto central do parque. O parque oferece ótimas infraestruturas turísticas e é atravessado pela extensa Denali Park Road.
Uma das principais atrações do parque é a oportunidade de avistar os Big Five do Alasca, que são um grupo de cinco espécies de animais emblemáticos da vida selvagem no estado. Esses animais incluem o urso polar, urso pardo, alce, caribu e lobo. Dependendo da época do ano, é relativamente fácil avistá-los durante os passeios de ônibus pelo parque.
Além da rica fauna, o parque também apresenta geleiras deslumbrantes, densas florestas de abetos e vastas áreas de tundra. Os passeios de ônibus estão disponíveis ao longo do dia, permitindo que os visitantes explorem e apreciem toda a diversidade natural que o parque oferece.
O Denali National Park possui duas regiões: o “Frontcountry” (até a milha 15 na Park Road) e o “Backcountry” (da milha 15 a 92). Para explorar a parte inicial do parque, onde a estrada é asfaltada, você tem a opção de dirigir seu próprio veículo ou pegar um dos ônibus do parque. Nesse trecho, não há cobrança de ingresso.
A partir da milha 15, a estrada se torna de cascalho, porém em ótimas condições. Mas para preservar o ecossistema e os animais, é permitido prosseguir apenas com os ônibus do parque, sendo necessário adquirir um ingresso individual.
O parque oferece dois tipos de transporte com os ônibus: o The Denali Tour Experience, que são tours guiados, e o Shuttle Bus System, onde você embarca por conta própria no ônibus e pode descer onde quiser.
No entanto é importante mencionar que nem todos os passeios de ônibus estavam disponíveis quando visitamos o parque em agosto de 2022. Isso ocorreu devido aos deslizamentos de terra em Pretty Rocks, uma área de encosta do parque. Como resultado, a estrada foi fechada a partir da milha 43, com previsão de reabertura no verão de 2024.
Com isso, quando visitamos o parque só tinham dois passeios de ônibus disponíveis:
- Denali Natural History Tour: Essa é uma opção mais curta, ideal para aqueles que não desejam passar muito tempo sentados, mas ainda querem explorar além do trecho permitido para veículos particulares. O passeio tem duração de 3 a 5 horas e leva até Primrose Ridge, na milha 17 da Park Road.
- Tundra Wilderness Tour (TWT): Esse foi o passeio que nós fizemos. Normalmente, é uma jornada de 8 horas que vai até a milha 56. No entanto, devido ao fechamento da estrada, acabou sendo uma excursão de 5 horas e meia até a milha 43. Durante o passeio, fomos contemplados com uma diversidade maravilhosa de cenários incríveis. O guia compartilhou muitas histórias e curiosidades.
Nós adoramos o passeio! Fizemos várias paradas pelo caminho e tivemos a oportunidade de avistar muitos animais, como ursos, moose e carneiros dall sheep. É uma experiência imersiva em uma natureza completamente intocada. Definitivamente, um dos pontos altos da nossa viagem. O passeio incluía um lanche e água. Não se esqueça de levar sua câmera fotográfica e binóculos para aproveitar ainda mais a experiência.
Geralmente, as pessoas avistam de 2 a 4 Big Fives em um único dia. Durante nosso passeio no parque, tivemos a oportunidade de ver 4 deles. Apenas o lobo ficou faltando, que conseguimos ver no Alaska Wildlife Conservation Center, quando estivemos em Girdwood.
Após visitar o Denali, fizemos a trilha Horseshoe Lake Trail, durante o percurso, especialmente nos mirantes, fomos presenteados com vistas panorâmicas do Rio Nenana e das majestosas montanhas ao redor. A trilha é relativamente curta e leva em torno de 2 horas para ser concluída. Foi uma experiência maravilhosa, com uma variedade de paisagens deslumbrantes e a oportunidade de avistar diversos animais ao longo do caminho.
Depois demos uma volta pelo centrinho de Denali, também conhecido como Glitter Gulch. Vimos os mirantes e ficamos explorando as lojinhas e restaurantes. No final da noite, paramos no Prospectors Pizzeria Alehouse e comemos uma pizza com cervejas bem gostosas!
DIA 14: Denali para Fairbanks (Interior)
Roteiro programado
- Chena Hot Springs
- Aurora Ice Museum
- Alyeska Pipeline Visitor Center
- Pernoite Borealis Basecamp
Roteiro feito
Acordamos bem cedo e saímos de Denali em direção a Fairbanks. Fizemos uma pequena parada na cidadezinha de Nenana. Ela fica localizada a cerca de 88km ao sul de Fairbanks na George Parks Highway. Nenana é um antigo campo de construção de ferrovias com uma pequena população. A cidade também é famosa por ser o local onde o presidente Warren G. Harding martelou a última estaca de ouro na Ferrovia do Alasca em 1923, marcando sua conclusão.
A estação de trem de Nenana foi construída em 1923 para receber o Presidente Harding. Em 1988 ela foi restaurada e entrou no Registro Nacional de Lugares Históricos. No local existe um pequeno museu montado em um antigo depósito chamado Alaska Railroad Museum & Nenana Depot. Achamos Nenana bem bonitinha e valeu a pena a parada.
Finalmente, chegamos a Fairbanks, uma das cidades mais antigas do Alasca, repleta de fatos interessantes e com uma localização privilegiada para explorar o norte do estado. Com uma rica história ligada à corrida do ouro, Fairbanks encanta os visitantes com suas marcas históricas bem preservadas. Situada entre duas cadeias de montanhas e banhada pelo rio Chena, a cidade oferece um cenário muito bonito e a possibilidade de avistar a aurora boreal em determinados meses do ano.
Conhecida como “A Cidade do Coração Dourado”, Fairbanks recebeu esse apelido devido à descoberta de ouro na região, que impulsionou seu crescimento. Outro período de expansão significativo ocorreu na década de 1970, quando a construção do Trans-Alaska Pipeline teve início. Hoje, esse gasoduto se tornou uma atração turística imperdível na cidade.
Decidimos visitar a University of Alaska Fairbanks e ficamos impressionados com o tamanho e a fascinante atmosfera do lugar. Valeu muito a pena a visita! Exploramos o campus e desfrutamos de belas paisagens ao longo do caminho.
Queríamos conhecer o Georgeson Botanical Garden, um centro de pesquisa dentro da universidade, onde diversas plantas nativas e introduzidas florescem sob o sol da meia-noite durante o verão. Infelizmente, o local estava fechado durante a nossa visita. No entanto, não deixamos de aproveitar a oportunidade de visitar o Museum of the North. Lá encontramos artefatos interessantes e uma exibição abrangente sobre o ouro em suas diversas formas. Apesar de ser um museu pequeno, ele conta histórias desde os primeiros assentamentos humanos no Alasca, o edifício do museu é bem bonito.
Após isso, fomos no Morris Thompson Cultural Center, um centro de visitantes que oferece exposições sobre o interior do Alasca e fornece informações sobre a cidade. Ao lado do centro, encontramos o Antler Arch, um arco feito de chifres de alce e caribu. É um local bastante interessante para tirar fotos.
Depois, fomos procurar algum lugar para almoçar e foi bem complicado! Por ser segunda-feira, quase tudo estava fechado. Nunca tínhamos visto uma coisa assim! Mas, finalmente, encontramos um café chamado Alaska Coffee Roasting, que nos salvou!
Tínhamos uma lista de lugares que queríamos visitar e experimentar, como tomar sorvete na Hot Licks Ice Cream e provar as cervejas da HooDoo Brewing Company e da Black Spruce Brewing Company, por exemplo. Mas, infelizmente, todos estavam fechados. Ou seja, é melhor evitar passear pela cidade em uma segunda-feira. Aliás, só estávamos lá na segunda por causa do problema no Ártico.
Depois do almoço, fomos para o Pioneer Park, um parque urbano que homenageia a história do Alasca, e uma das principais atrações do parque é o seu ambiente que remonta a 100 anos atrás, apresentando construções originais movidas do centro de Fairbanks. Há um vilarejo que representa a corrida do ouro, museus e ruas temáticas. O parque também oferece diversões para toda a família, como um carrossel e um trem que circula pelo perímetro.
Ao visitar o parque, é possível obter informações históricas sobre a cidade e ter um vislumbre de como era a vida antigamente, muito legal! Por lá você também encontra lojas, restaurantes e várias exposições históricas. Nós adoramos esse lugar e foi o ponto alto da nossa visita a Fairbanks.
Claro que não poderíamos deixar de conhecer a famosa cidadezinha North Pole. Uma cidade localizada a 20 km de Fairbanks, conhecida por ser a cidade oficial de natal do mundo.
Mas, a ligação da cidade com o espírito do Natal começou só na década de 1950, graças a um jovem conhecido no Alasca por se vestir de Papai Noel e animar as crianças das aldeias do estado. Ele abriu uma loja na cidade chamada Santa Claus House, que hoje é enorme e vende enfeites de Natal, brinquedos e presentes. Em frente à loja, há uma grande estátua do Papai Noel, dando as boas-vindas aos visitantes.
Apesar do nome, ela não está localizada no Polo Norte, mas recebeu essa denominação por causa da tradição natalina. Em 1944, uma empresa que vendia propriedades na região tentou atrair um fabricante de brinquedos sugerindo que ele poderia anunciar seus produtos como se fossem feitos no Polo Norte (“Made from North Pole”). Embora a fábrica de brinquedos não tenha se instalado, o nome acabou pegando e transformando o destino da cidade.
Durante o ano todo, a cidade é decorada com muitas luzes e enfeites de Natal, inclusive no verão. Muitas ruas possuem nomes relacionados ao Natal, como “Santa Claus Lane”, “Kris Kringle Drive” e “Mistletoe Lane”. As placas de trânsito também são decoradas com enfeites natalinos.
Milhares de cartas são enviadas anualmente por crianças de todo o mundo ao Papai Noel em North Pole. A primeira carta, conhecida como a carta original do Papai Noel, foi enviada em 1952 por uma menina, perguntando se o Papai Noel era real. O carteiro da cidade ficou tão impressionado com a carta que decidiu responder como se fosse o próprio Papai Noel. E assim começou a tradição. Se uma criança de qualquer lugar do mundo enviar uma carta endereçada ao Papai Noel do Polo Norte, ela certamente será enviada a essa cidade onde o Natal dura o ano inteiro.
A Santa Claus House é a grande atração da cidade. É o paraíso das lembrancinhas de Natal para todas as idades. Eles têm de tudo: enfeites natalinos, roupas temáticas, itens de colecionador e brinquedos. Há também uma doceria que serve um delicioso fudge. E sabe o mais legal? Você também pode enviar uma carta do Papai Noel para qualquer pessoa no mundo, com um carimbo postal autêntico do Polo Norte! O Rodrigo até enviou para seus primos, e foi uma experiência super legal (apesar de ter demorado MUITO para chegar,rs). A moça responsável pelas cartinhas do Papai Noel foi super atenciosa conosco e nos deu várias dicas e sugestões de passeios na região. Foi muito bacana.
A cidade é bem fofa, mas é bem pequena e se resume praticamente à rua principal. Se quiser se hospedar na cidade, há o Hotel North Pole. Nós queríamos muito experimentar os crepes da North Pole Creperia, que foi super bem recomendada, mas, infelizmente estava fechada quando fomos visitar.
Após conhecer o Polo Norte, seguimos em direção ao nosso próximo hotel, o Borealis Basecamp.
No caminho, fizemos uma parada no Alyeska Pipeline Visitor Center para uma rápida visita. Uma espécie de mirante com uma excelente vista do Trans-Alaska Pipeline System (TAPS).
Construído em 1977, o TAPS é um oleoduto com aproximadamente 1.287 km de extensão. Ele se estende desde Prudhoe Bay, no Ártico, até Valdez, no centro-sul do Alasca. Esse sistema de dutos é de extrema importância para a indústria petrolífera e possui um papel significativo na economia do país. No Alyeska Pipeline Visitor Center, tem exposições informativas que explicam o funcionamento e o seu sistema. Achamos bem legal.
Finalmente chegamos ao nosso tão sonhado destino: o incrível Borealis Basecamp! Localizado a apenas 30 minutos ao norte de Fairbanks e a 3 km da estrada principal, o hotel é composto por uma série de domos geodésicos com cúpulas transparentes, projetados especialmente para proporcionar uma experiência inesquecível de visualização da aurora boreal. Cada domo possui uma janela panorâmica em formato côncavo, inspirada nas janelas de helicóptero, que são super claras, sem reflexos.
Os domos são aconchegantes, possuem aquecimento e banheiro privativo. E a localização? Simplesmente perfeita! Estrategicamente situados em uma área isolada, no topo de uma colina, que proporcionam vistas incríveis do vale, onde é possível avistar as deslumbrantes luzes do norte durante o final do verão e o inverno.
Eles oferecem um pacote de hospedagem mínima de duas noites, que inclui atividades como passeios de trenó puxado por cães, passeios de UTV, caminhadas e snowmobile no inverno.
E acredite, mesmo quando a aurora boreal não está se exibindo, estar no hotel é uma experiência simplesmente incrível. O céu noturno dessa região do Alasca é deslumbrante e repleto de estrelas, proporcionando um espetáculo celestial inesquecível.
A equipe do hotel é extremamente prestativa e atenciosa. Eles nos mantêm informados sempre que a aurora boreal surge, no entanto, infelizmente, não tivemos a sorte de presenciá-la durante nossa estadia. Porém a experiência de estar em um lugar tão legal como esse valeu cada segundo.
DIA 15: Borealis Basecamp
Nosso dia no Borealis Basecamp foi realmente incrível! Começamos o dia com um delicioso café da manhã no hotel.
Em seguida, partimos para as atividades inclusas no pacote de hospedagem. A primeira delas foi um passeio de uma hora de UTV, um veículo que mistura quadriciclo e carro e comporta duas pessoas, no inverno o passeio é de snowmobile. Exploramos o sertão do Alasca, tendo a oportunidade de apreciar as deslumbrantes paisagens ao longo do caminho. Nosso guia, Sam, nos levou até o Trans-Alaska Pipeline e passamos por alguns mirantes, foi muito legal.
Depois, tivemos a oportunidade de participar do Alaskan Sled Dog Experience, um passeio que nos permitiu vivenciar o mushing, um esporte tradicionalmente praticado no Alasca desde tempos pré-históricos, que consiste em um trenó puxado por uma matilha de cães, que transporta pessoas e cargas. Durante o verão, quando não há neve, é comum realizar o passeio em um carrinho com rodas.
Visitamos um canil, conhecemos os cães (que eram muito fofos e amigáveis) e aprendemos sobre como funciona o esporte, o treinamento e a criação dos cães. Em seguida, fizemos o passeio. Foi uma experiência divertida e informativa, que não teríamos considerado fazer se não estivesse incluso no pacote do hotel.
Em seguida, fomos para o Chena Hot Springs conhecer o Aurora Ice Museum. É um museu do gelo que possui o maior ambiente de gelo durante todo o ano (inclusive no verão) do mundo.
Ele foi criado a partir de mais de 1.000 toneladas de gelo e neve e concluído em janeiro de 2005. O ambiente é mantido em uma temperatura interna -7° C. O museu parece um iglu e exibe arte esculpida em gelo. São várias salas com esculturas de vários tamanhos e formas, algumas coloridas, outras brilhantes. Muitas dessas peças são esculturas preservadas congeladas do Campeonato Mundial de Arte no Gelo anual. Enquanto outras peças são esculpidas no local.
Alguns ambientes são reproduzidos como uma residência. E existe um bar onde você pode experimentar um Appletini por quinze dólares. A bebida é servida em um gelo em forma de copo. No bar tudo é feito de gelo: móveis, bancos e balcão.
Como o lugar é muito frio, para você se manter aquecido durante a visita, eles emprestam roupas quentes. São peças antigas e mau conservadas que não protegem muito. Então, se pretende visitar o museu do gelo, leve agasalho para não passar frio como nós, pois estava MUITO frio.
Conhecer o lugar foi muito legal. Mas, o tal appletini é terrível. Uma das piores bebidas que já tomamos na vida. O bom é que ao final do passeio você pode quebrar o copo de gelo, porque provar aquela bebida ruim não foi fácil, haha. A entrada custa $15.
Após o museu, fomos conhecer as fontes termais da Chena Hot Springs Resort. Uma das poucas fontes termais e de fácil acesso no Alasca. Embora existam algumas fontes naturais conhecidas principalmente pelos habitantes locais. Em Chena Hot Springs você pode mergulhar em uma das duas piscinas de águas termais. A piscina externa é um paraíso nos meses frios de inverno. Muito interessante nessa época é observar a condensação da água quente produzir cristais de gelo em seus cabelos e cílios.
Historicamente, as fontes termais de Chena foram feitas para os mineiros descansarem após o trabalho. E hoje ainda são usadas para relaxar e rejuvenescer. Hoje elas são apenas parte do complexo do resort. A estrutura cresceu e disponibilizas outras atrações, como o museu do gelo que visitamos e trilhas ao redor do resort.
Muitos também vêm ao local observar a aurora boreal, já que fica longe da cidade. O resort tem uma grande piscina coberta, hidromassagem e um belo lago ao ar livre de água mineral aquecida. Ele inclui acampamento, cabanas e quartos para hospedagem, restaurante, passeios e o museu. Os prédios têm origem na época da corrida do ouro e já era um destino procurado em 1912 por pessoas que vinham para Fairbanks.
Também é fácil visitá-lo em day use, como fizemos. Quando fomos, a água estava pelando. Achamos que a combinação do calor e o vapor não foi muito agradável no verão. Achamos a atração interessante, mas não imperdível. A entrada custava $20 por pessoa.
Depois disso, voltamos e fomos jantar no restaurante do hotel, o Latitude 65. O restaurante fica em um yurt (uma tenda coberta circular) muito legal com vista para os iglus do hotel e a natureza ao redor. Muito bonito!
Os pratos são bem criativos feitos com ingredientes de fazendas locais. Comemos a melhor sopa de tomate das nossas vidas como entrada, um hamburguer e frango. Tudo delicioso.
Para finalizar o dia, tomamos um vinho admirando a paisagem e o pôr do sol no nosso domo. E quer saber o melhor? Foi nesse lugar incrível que o Ro me pediu em casamento! Foi um momento lindo e ficamos extremamente felizes.
Esperávamos conseguir ver a aurora boreal nessa noite. Mas, infelizmente, de novo não aconteceu.
DIA 16: Voo sobrevoando o Denali e retorno para Anchorage (Interior/Centro Sul)
Roteiro programado
- Rumo a Anchorage
- Eklutna Historical Park
- Matanuska Brewing
- Jantar no The Crow’s Nest
- Pernoite Hotel Captain Cook
Roteiro feito
Acordamos bem cedo, tomamos café da manhã no hotel antes de fazer o check out no Borealis, para irmos rumo a Anchorage, infelizmente nosso último dia nesse paraíso.
No caminho, fizemos uma parada na Fly Denali em Healy, na esperança de fazer o passeio Denali Glacier Landing Tour.
E para nossa felicidade, deu certo! O passeio é um voo panorâmico pelo Denali National Park, com uma aterrissagem na Ruth Glacier. Durou cerca de duas horas e foi simplesmente incrível! A vista lá de cima era deslumbrante: montanhas majestosas, geleiras e a grandiosidade do próprio Denali. Antes do pouso, conseguimos vislumbrar os desfiladeiros das geleiras, além dos imponentes penhascos de Moose’s Tooth e Mt. Dickey.
Após a aterrissagem na geleira Ruth (que fica apenas a 18 km da base do Denali, o pico mais alto da América do Norte), permanecemos lá por aproximadamente 20 minutos. Tivemos a sorte de avistar o Sheldon Chalet (quem sabe um dia teremos a oportunidade de nos hospedar lá, seria um sonho!).
Foi um passeio maravilhoso, algo que desejávamos muito fazer. E por sorte, no último instante, conseguimos realizar esse sonho! Foi simplesmente incrível!
Em seguida, seguimos em direção a Anchorage. Infelizmente, devido ao passeio de voo, não pudemos realizar as paradas planejadas anteriormente. No entanto, fizemos uma parada em um Walmart na estrada para comprar uma mala. E paramos novamente no Miller’s Market em Houston, para comer o melhor sorvete de casquinha do Alasca.
Quando finalmente chegamos em Anchorage, já era noite. Fizemos o check-in no hotel The Captain Cook, que era o lugar em que gostaríamos de ter ficado durante toda a nossa estadia na cidade. Infelizmente, estava totalmente reservado. Tivemos a sorte de conseguir pelo menos uma noite no final da viagem para conhecê-lo.
Nossa programação era originalmente Jantar no Crow’s Nest que fica no topo do Captain Cook Hotel. O restaurante oferece vistas de 360 graus de toda a região. Porém, como chegamos tarde, perdemos a reserva que havíamos feito.
Então, jantamos no Fletcher’s que fica no térreo do hotel, que é uma opção de jantar mais casual, e sua pizza de salsicha de rena é simplesmente incrível. Além disso, eles têm várias cervejas artesanais locais na torneira.
DIA 17: Anchorage para Seattle
Acordamos e tomamos Café da manhã em um dos restaurantes do The Captain Cook. Em seguida, devolvemos o carro alugado e pegamos o voo para Seattle as 14:00.
Opções alternativas de itinerário no Alasca
Esse foi o nosso itinerário de 16 dias no Alasca. Claro, que você pode adaptá-lo de acordo com o seu gosto e tempo disponível. Mas, queremos te dar sugestões de roteiros com diferentes durações com base na pesquisa e experiência que tivemos:
Roteiro de 7 a 10 dias no Alasca
- Opção 1: Copie nosso itinerário, mas remova o Ártico.
- Opção 2: Faça a parte do centro sul, pule o interior e voe para Juneau.
Itinerário de mais de 15 dias no Alasca
- Faça nosso itinerário tirando o Ártico e acrescentando Valdez, o Parque Nacional Wrangell-St-Elias e Juneau.
1 mês ou mais pelo Alasca
- Se você tem muito tempo no Alasca, pode estender nosso itinerário passando mais tempo em cada lugar. Fique mais dias em torno de Denali, explore Talkeetna com calma, curta as trilhas ao redor de Cooper Landing e Moose Pass, e não deixe de explorar o Parque Nacional Wrangell-St-Elias! Pegue um voo para Juneau ou faça um cruzeiro pelo sudeste do Alasca parando em Ketchikan e outras cidades charmosas.
Sem dúvida, o que indicaríamos é fazer o nosso itinerário sem o Ártico com um cruzeiro na costa sudeste, para explorar as lindas cidadezinhas. Caso queira conhecer o ártico, vá explorar os parques Gates of the Arctic National Park e o Kobuk Valley National Park. Nós definitivamente deixaríamos de fora Barrow.
Um roteiro escolhido fala muito sobre nós
Enfim, esse foi nosso roteiro pelo Alasca, uma viagem muito sonhada. Na verdade, uma viagem que começou muito antes do embarque. Ela começou em cada lugar pesquisado, cada hotel reservado, cada passeio pensado. Começou nos filmes e séries que vimos sobre o Alasca e suas maravilhas.
Esperamos que o relato sobre o nosso roteiro tenha feito você “viajar”. Desejamos ter inspirado você para uma aventura na Última Fronteira. Esse nosso roteiro fala muito sobre nós: amamos lugares diferentes, natureza e descobrir coisas novas.
Sem dúvida, o que desejávamos visitar não foi esgotado. Principalmente, gostaríamos de ter conhecido a costa sudeste do Alasca entre outras coisas mais. Mas, são só mais motivos para voltar a esse lugar incrível. Amamos muito conhecer o Alasca: natureza, aventura, história, vida selvagem e superação do povo que ali mora.
Apesar de todos os perrengues e imprevistos, fez parte da aventura. E no final, ficamos com o sentimento de ter feito uma viagem inesquecível.
Se quiser saber mais sobre o Alasca, não deixe de dar uma olhada nos nossos outros posts: