Bem-vindo à “Terra do Sol Nascente”, onde tradição e inovação se encontram para criar uma experiência única que ultrapassa as fronteiras do comum. O Japão, um arquipélago formado por mais de 6.800 ilhas, é um verdadeiro tesouro de paisagens deslumbrantes, que vão dos imponentes Alpes japoneses ao icônico Monte Fuji, símbolo nacional.
Embora o Japão seja tradicionalmente dividido em oito regiões (Hokkaido, Tohoku, Kanto, Chubu, Kansai, Chugoku, Shikoku e Kyushu), administrativamente o país é composto por 47 prefeituras, cada uma com seu próprio governador, legislativo e estrutura administrativa. Com uma população de mais de 124 milhões de habitantes, é uma das nações mais densamente povoadas do mundo, carregando uma história que remonta a cerca de 35.000 a.C., com os primeiros vestígios de ocupação humana.
A evolução do Japão é uma jornada fascinante de preservação de tradições aliada à abertura para a modernidade. Do período feudal, marcado pelos lendários samurais e pelo domínio dos xogunatos, às influências ocidentais trazidas pelos missionários portugueses no século XVI, cada capítulo moldou o país de forma única. A Restauração Meiji, em 1868, foi um divisor de águas, restaurando o poder imperial e impulsionando um acelerado processo de industrialização e expansão. Após os desafios devastadores da Segunda Guerra Mundial, o Japão se reergueu de maneira impressionante, tornando-se uma das maiores economias do mundo.
Hoje, o Japão é uma monarquia constitucional, com um imperador e um parlamento eleito. O país é reconhecido pela alta qualidade de vida, a maior expectativa de vida do mundo e uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil. Sua sociedade é um verdadeiro mosaico onde tradições milenares e tecnologia de ponta coexistem em perfeita harmonia.
Com mais de 60% do território coberto por florestas e localizado no “Círculo de Fogo do Pacífico”, o Japão é uma terra de beleza natural e intensa atividade geológica, com diversos vulcões ativos. Ao mesmo tempo, é um líder global em tecnologia e inovação, com empresas renomadas como Sony, Toyota, Panasonic e Nintendo.
A cultura japonesa reflete uma rica combinação de influências chinesas, indianas e ocidentais. Das artes tradicionais, como bonsai, origami e ikebana, à cultura pop mundialmente famosa dos mangás, animes e videogames, o Japão oferece uma experiência cultural rica e diversa.
A gastronomia japonesa é uma celebração para os sentidos. Pratos como sushi, sashimi e tempura são apreciados pela sua precisão, frescor e estética impecável. As religiões predominantes, o xintoísmo e o budismo, coexistem de forma harmoniosa, refletindo-se nos inúmeros templos e santuários espalhados pelo país.
Além disso, o Japão é conhecido por seu sistema de transporte extremamente eficiente, com destaque para os famosos trens-bala (shinkansen) que conectam as principais cidades com velocidade e conforto. As rodovias são bem conservadas, e viajar pelo Japão é uma experiência marcada pela organização e pela atenção a cada detalhe.
Embora muitos associem o Japão a sushi, samurais e tecnologia de ponta, o país vai muito além dos estereótipos. Aqui, o antigo e o moderno se unem para surpreender em cada esquina, desde museus impressionantes até lojinhas conceito cheias de charme.
Com uma variedade incrível de lugares e atividades para todos os gostos, desde cidades super modernas até locais históricos e naturais de tirar o fôlego, viajar pelo Japão é uma experiência incrível, que vale a pena ser vivida.

DOCUMENTAÇÃO
Em resumo, para sua viagem ao Japão, é necessário ter em mãos a documentação padrão para viagens internacionais, que inclui o Passaporte e o visto (se aplicável).
Desde 30 de setembro de 2023, cidadãos brasileiros com passaporte comum eletrônico estão isentos de visto para estadias de curta duração no Japão, por até 90 dias. No entanto, essa isenção não se aplica a estadias de longa permanência, atividades de trabalho, múltiplas entradas e outras situações específicas. Caso sua viagem se enquadre em alguma dessas categorias, será necessário seguir o procedimento padrão para obtenção do visto. Para mais informações, consulte o site da Embaixada do Japão no Brasil.
Além disso, verifique os requisitos de visto conforme sua rota e eventuais escalas. Por exemplo, voos com conexão nos Estados Unidos exigem visto americano E, a partir de 2026, brasileiros também precisarão da autorização de viagem ETIAS para entrar na Europa, mesmo que apenas em trânsito. Esteja sempre atento às exigências da companhia aérea e do local de escala.
Em nossa experiência, ao escolher a rota via Dubai pela Emirates, não precisamos de visto, sendo necessário apenas o passaporte.
Uma dica importante é se cadastrar no Visit Japan Web, dois dias antes da viagem. O serviço online oficial agiliza os procedimentos de imigração, alfândega e compras isentas de impostos. Após preencher seus dados de viagem, serão gerados dois QR Codes que deverão ser apresentados na imigração — não se esqueça de tirar um print.
Além da documentação específica para o Japão, recomendamos levar impressos os comprovantes de reservas de hotéis, o comprovante de vacinação (se disponível, mesmo não sendo mais obrigatório), e, acima de tudo, não subestimar a importância de um seguro de viagem. O seguro cobre eventuais imprevistos médicos e outros incidentes durante a estadia. Nós sempre utilizamos e indicamos dois sites para comparar valores e coberturas: Real Seguros e Comparar Seguros.
IDIOMA
O japonês é a língua oficial do Japão, e apresenta características bem particulares que chamam a atenção. Uma delas é a ordem das palavras em suas frases, que geralmente segue o padrão sujeito-objeto-verbo, algo bem definido pelo uso de partículas que indicam a função das palavras. Além disso, a língua não diferencia substantivos por número ou gênero e não utiliza artigos, o que é bem diferente do que a maioria de nós está acostumada.
Na conjugação dos verbos, as variações ocorrem de acordo com o tempo e a voz, mas não se alteram conforme a pessoa que fala. Curiosamente, até os adjetivos no japonês têm suas próprias formas conjugadas, destacando a capacidade expressiva dessa língua.
Quanto à escrita, o japonês combina diversos caracteres. Os kanji, de origem chinesa, e dois silabários, o hiragana e o katakana, compõem o sistema. Essa diversidade é útil especialmente porque o japonês é escrito sem espaços entre as palavras. A língua também incorpora o uso do alfabeto latino (romaji) e números indo-arábicos, mostrando sua flexibilidade gramatical e as influências culturais que moldam formas corteses de expressão.
Além da riqueza visual, a flexibilidade gramatical do japonês permite expressar ideias e emoções de várias maneiras. Profundamente influenciada pela cultura e pelas tradições japonesas, a língua reflete importantes nuances de cortesia e respeito nas interações do dia a dia.
Uma coisa que nos impressionou foi que pouquíssimas pessoas falam inglês no Japão. Nos hotéis e parques como a Universal e a Disney, encontramos mais funcionários que se comunicavam em inglês, mas fora desses ambientes, praticamente tudo era em japonês. Por isso, utilizar um tradutor é essencial. Nós usávamos o tempo todo, principalmente para entender cardápios e rótulos de produtos. Recomendamos fortemente baixar o pacote de japonês e português no Google Tradutor para uso offline — vai facilitar muito a comunicação!
Apesar da barreira do idioma, o que realmente faz a diferença é a disposição das pessoas em ajudar. Elas são muito solícitas e, muitas vezes, recorremos à mímica, o que funcionou bem. Portanto, mesmo com os desafios da língua, com um pouco de paciência e a ajuda do tradutor, é possível se virar muito bem por lá.

MOEDA
A moeda no Japão é o iene, e na época da nossa visita em outubro de 2023, a taxa de câmbio era de aproximadamente 1 real para 30 ienes ou 1 dólar para 146 ienes. Nós utilizamos o tempo todo aplicativos de conversão, recomendamos baixar antes de ir, tem vários como Currency, XE, além dos próprios conversores que hoje já vêm integrados nos celulares.
Durante a viagem, optamos por levar dólares, trocando-os por ienes, e também utilizamos nosso cartão internacional de débito da Avenue e Bradesco, e não tivemos problemas em nenhum momento.
É aconselhável ter dinheiro em espécie, pois muitos estabelecimentos não aceitam cartões de crédito, principalmente lojinhas de rua e alguns templos.
Diferentemente do Brasil, o aeroporto oferece uma das melhores taxas de câmbio para a troca de dólares. Lá nas cidades é mais comum encontrar máquinas automáticas, porém o câmbio nessas máquinas é bem ruim! Fora do aeroporto, foi difícil encontrar uma cotação melhor para a troca, a World Currency Shop Shibuya foi o melhor local que encontramos, enquanto a Travelex oferecia a pior taxa de todas.
Uma outra alternativa embora não tenhamos utilizado essa opção, é sacar dinheiro do seu cartão nas ATM localizadas em lojas de conveniência como 7-Eleven e FamilyMart. Porém, é importante ficar atento às taxas associadas a esse serviço, que variam de acordo com o banco emissor do cartão e o valor sacado.
Vale ressaltar que no Japão o uso frequente de moedas é comum, então recomendamos ter uma bolsinha para guardá-las.
Atualmente, o iene conta com 4 cédulas: ¥1.000, ¥2.000, ¥5.000, e ¥10.000. As cédulas de ¥2.000 são raras e não vimos nenhuma durante a viagem. O iene também possui 6 moedas: ¥1, ¥5, ¥10, ¥50, ¥100 e ¥500.

QUANDO IR
Visitar o Japão é uma experiência incrível em qualquer época do ano, graças às suas quatro estações bem definidas. A escolha do melhor momento para ir depende muito do que você espera ver e fazer.
Inverno (Dezembro a Fevereiro): ideal para os amantes da neve e dos esportes de inverno. Regiões como Hokkaido e as áreas montanhosas de Nagano e Niigata são populares pelas estações de esqui. As temperaturas podem ser bastante baixas, e o inverno costuma ser uma época menos movimentada para o turismo, proporcionando uma experiência mais tranquila e com menos filas nas atrações.
Primavera (Março a Maio): essa é a estação mais famosa para visitar o Japão, graças às icônicas cerejeiras em flor. Este fenômeno natural transforma parques e jardins em paisagens encantadoras, mas também bastante cheios. As temperaturas são agradáveis. No entanto, devido à popularidade da estação, as áreas turísticas ficam bastante lotadas e os preços podem ser mais altos devido à alta demanda.
Verão (Junho a Agosto): marcado pelo calor intenso e alta umidade, é também a temporada das chuvas (tsuyu), principalmente em junho e início de julho. Após esse período, o verão japonês é muito quente, com temperaturas frequentemente acima dos 30 °C. É a época dos grandes festivais de verão e da temporada oficial de escalada do Monte Fuji.
Outono (Setembro a Novembro): A transição do verão para o outono, em setembro, é um período de maior propensão a tufões; portanto, se possível, é melhor evitar esse mês. Outubro é considerado um dos melhores períodos para visitar o Japão, com temperaturas amenas variando entre 10 °C e 21 °C. Em novembro, o clima permanece agradável, porém mais fresco, com temperaturas entre 7 °C e 17 °C. As cores das folhas mudando criam paisagens espetaculares, perfeitas para caminhadas e passeios ao ar livre.
Nossa experiência: Visitamos o Japão em outubro e encontramos condições ideais para explorar o país. O clima era fresco e agradável, perfeito para passear ao ar livre sem necessidade de muitas camadas de roupa. Durante a maior parte do tempo, bastava uma roupa leve e, ocasionalmente, uma jaqueta para as manhãs e noites mais frescas. As folhas começavam a mudar de cor, adicionando uma beleza extra às paisagens.
Durante toda a estadia, enfrentamos apenas uma breve chuva forte, muito semelhante às pancadas de verão no Brasil — durou cerca de 20 minutos e logo passou. Portanto, se você está planejando quando ir ao Japão e busca uma época com clima agradável, belas paisagens e menos multidões do que na primavera, outubro é uma escolha excelente.

COMO CHEGAR
Se você está planejando uma viagem ao Japão saindo do Brasil, é importante saber que não existem voos diretos. Portanto, prepare-se para fazer pelo menos uma conexão em um aeroporto no exterior. O local da conexão e o tempo de deslocamento dependerão da companhia aérea e do trajeto escolhido.
Partindo de São Paulo (Guarulhos), há várias opções de companhias aéreas, como Emirates (via Dubai), American Airlines (via Nova York, Dallas, entre outros), ITA Airways (via Roma), British Airways (via Londres), Air Canada (via Toronto), United Airlines (via Nova York, Houston, Washington DC), Qatar Airways (via Doha), Air France (via Paris), Lufthansa (via Frankfurt), Swiss (via Zurique), Delta Airlines (via Atlanta), Turkish Airlines (via Istambul), entre outras.
Lembre-se de que, para conexões nos Estados Unidos, é necessário ter um visto americano válido. Já para conexões na Europa, a partir de 2026, será obrigatório o ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem).
Em geral, a viagem até o Japão é longa e cansativa, levando mais de 24 horas, e em alguns casos, até 48 horas, incluindo conexões. Nossa dica é considerar fazer um stopover de um ou dois dias no local da escala. Isso não apenas ajuda a se adaptar ao fuso horário, como também permite explorar um destino extra. Foi o que fizemos: ficamos dois dias em Dubai na ida e dois dias na volta, o que valeu muito a pena.
Ao comprar sua passagem, preste atenção ao tempo de conexão. Recomendamos intervalos de pelo menos 3 horas, e idealmente 5 horas, pois o processo de imigração pode ser demorado. Conhecemos pessoas que perderam o voo com apenas 2 horas de conexão.
Existem quatro principais aeroportos japoneses que recebem turistas brasileiros:
- Narita International Airport (NRT), localizado a aproximadamente uma hora de Tokyo.
- Haneda Airport (HND), a apenas 30 minutos do centro de Tokyo.
- Kansai International Airport (KIX), conectado a Osaka.
- Chubu Centrair International Airport (NGO), próximo a Nagoya.
Além desses, há outros aeroportos menores que você só irá conhecer se for para uma região específica do Japão, como o Sapporo’s New Chitose Airport em Hokkaido e o Naha Airport em Okinawa.

Dependendo do seu roteiro, pode valer a pena chegar por um aeroporto e sair por outro, economizando tempo. Foi o que fizemos: voamos de Dubai para Osaka (10 horas) na ida e retornamos via Tokyo-Narita para Dubai (11 horas) pela Emirates. Achamos que essa escolha foi excelente e economizou muito tempo.
Para sair dos aeroportos, você pode usar táxis e transfers (a opção mais cara), os ônibus executivos (limousine bus), que fazem o trajeto entre o aeroporto e pontos de interesse como hotéis e estações de trem, ou os próprios trens. Os trens são rápidos e frequentes, mas transportar malas pode ser complicado. Se estiver com muita bagagem, os ônibus podem ser mais práticos. Nós optamos pelo limousine bus ao chegar em Osaka, e foi uma boa escolha.
Por fim, colocamos o IC Card na nossa Apple Wallet antes de viajar, o que nos permitiu ir diretamente para o ônibus ao chegar, sem a preocupação de comprar tickets. Recomendamos muito fazer isso e explicamos mais sobre o processo ao longo do texto.


COMO SE LOCOMOVER
O Japão é amplamente reconhecido por seu transporte público extremamente eficiente e confiável, facilitando o deslocamento por todo o país graças a uma rede ferroviária bem estruturada. Trens, metrôs e ônibus são os meios de transporte mais usados, cada um com suas particularidades.
Para viagens entre cidades, a melhor opção é o famoso Shinkansen (trem-bala), que oferece velocidade e conforto. Já nas áreas urbanas, ônibus, trens e metrôs são ideais para o transporte diário. Quando se trata de trajetos mais longos, além do Shinkansen, é possível utilizar ônibus intermunicipais e voos domésticos. O Japão, sendo um arquipélago, também oferece diversas opções de transporte aquático, especialmente para viagens entre ilhas e travessias fluviais.
Em grandes cidades como Tokyo e Osaka, várias empresas ferroviárias operam, como a Japan Railways (JR), Tokyo Metro e Hankyu Railway, oferecendo uma ampla gama de serviços. Na prática, a maior parte das suas locomoções será feita de trem, metrô, ônibus ou a pé.
Para quem utiliza o transporte público japonês pela primeira vez, ele pode parecer complexo. A movimentação intensa de pessoas, as placas em japonês e as diversas plataformas podem confundir. No entanto, ao entender o funcionamento do sistema, você verá que ele é extremamente organizado e funcional.
Anúncios dentro dos trens, especialmente em áreas metropolitanas, são feitos tanto em japonês quanto em inglês, o que facilita bastante para os turistas. As principais estações também possuem sinalização em inglês e mapas detalhados dos arredores. Contudo, estas estações podem ser bem grandes, por isso, planeje um tempo extra para chegar até a plataforma e fique atento às saídas, que são numeradas com letras e números.
Um dos aspectos mais impressionantes do transporte público no Japão é a educação e o respeito entre os passageiros. As pessoas formam filas ordenadamente ao lado das portas dos trens, esperando que os que estão dentro desembarquem antes de entrar. Além disso, nas escadas rolantes, é comum deixar um lado livre para aqueles que estão com pressa, e em algumas estações maiores, o fluxo de pessoas é guiado por setas no chão para facilitar a movimentação.

Se você pretende visitar várias cidades durante sua estadia no Japão, vale a pena considerar a compra do JR Pass (Japan Rail Pass). Com o aumento dos preços em outubro de 2023, é importante avaliar se o passe é vantajoso para o seu itinerário específico, pois depende da quantidade de viagens que você planeja fazer.
O JR Pass é um passe exclusivo para turistas que permite viagens ilimitadas nos trens da Japan Railways (JR), incluindo alguns serviços de ônibus locais e balsas, como a de Miyajima. Contudo, os trens-bala mais rápidos, como o Nozomi e o Mizuho, não estão inclusos no passe. Você pode escolher passes com validade de 7, 14 ou 21 dias, a partir do primeiro uso, e optar entre assentos regulares ou de primeira classe (Green Class).
Nós compramos o JR Pass Green Class de 7 dias com a Gema Turismo e trocamos o voucher no escritório da JR no aeroporto de Osaka. Já tínhamos o roteiro planejado e levamos todos os horários e trens que pretendíamos usar impressos em japonês, o que facilitou o processo. Ao fazer a primeira reserva de assentos, um atendente da JR nos auxiliou e nos explicou como utilizar as máquinas de autoatendimento para as próximas reservas. Importante: Guarde o bilhete após passar pela catraca de entrada, pois ele será necessário na saída da estação. Em caso de perda, o cartão não pode ser substituído.
Lembre-se de que o Japan Rail Pass só pode ser adquirido por turistas e deve ser comprado antes de chegar ao Japão, seja pelo site oficial ou por meio de agências autorizadas, com entrega direta no Brasil. Não é sempre que ele é vantajoso. Para saber se o JR Pass vale a pena para o seu roteiro, você pode usar a calculadora disponível no site oficial, que compara o custo das viagens individuais com o preço do passe, ajudando você a escolher a melhor opção.

Aqui vai um resuminho dos tipos de transporte disponíveis mais comuns no Japão:
- Shinkansen (Trem-bala): Uma das formas mais práticas e eficientes de explorar o Japão, especialmente para quem tem pouco tempo. O Shinkansen conecta cidades em poucas horas e é o meio de transporte favorito entre os turistas estrangeiros. Desde sua estreia em 1964, revolucionou a mobilidade no país com sua velocidade, pontualidade e segurança. Além disso, oferece bastante conforto: assentos reclináveis, tomadas, Wi-Fi e vagões limpos e silenciosos. Existem diferentes tipos de trens — como Nozomi, Mizuho, Hikari, Hayabusa, Sakura e Kodama — que variam em velocidade e número de paradas. Os bilhetes podem ser comprados nas estações JR, em guichês ou máquinas automáticas. Uma opção econômica para quem vai viajar bastante é o JR Pass, que permite uso ilimitado de diversas linhas. Só fique atento: nem todos os trens (como o Nozomi e o Mizuho) estão incluídos no passe. Dica: Sempre verifique se o trem escolhido é o mais rápido ou se faz muitas paradas, e evite deixar para comprar os bilhetes na última hora. Reservar assento não é obrigatório, mas altamente recomendado em épocas de maior movimento.
- Ferroviários (Trens, Metrôs e Monotrilho): O Japão possui uma rede ferroviária urbana extremamente eficiente, composta por trens, metrôs e monotrilhos. São opções rápidas, pontuais e práticas para circular pelas grandes cidades. O uso do transporte público fica ainda mais fácil com os IC Cards (como Suica ou Pasmo), que funcionam como cartões pré-pagos e permitem acesso direto pelas catracas, sem precisar comprar bilhete a cada viagem.
- Ônibus: Os ônibus são uma alternativa útil aos trens, especialmente porque alcançam áreas menos acessíveis que não são atendidas por trilhos. Embora não sejam tão frequentes e possam ser mais lentos devido ao tráfego, oferecem uma maneira econômica de explorar a cidade e visitar locais mais afastados.
- Avião: Voar é muitas vezes a forma mais rápida de viajar entre as ilhas do Japão. Embora o voo seja geralmente mais rápido e às vezes mais barato que o Shinkansen, para curtas distâncias pode não compensar devido ao tempo gasto nos deslocamentos aeroportuários. Por isso acredito que os voos são mais recomendados para viagens entre ilhas que envolvam maiores distâncias, como Hokkaido.
- Ferries: Embora as ilhas principais do Japão estejam interligadas por pontes e túneis, muitas ilhas menores só podem ser acessadas por balsa. Os ferries são essenciais para chegar a esses destinos e proporcionam uma forma tranquila de transporte aquático.
- Uber: O Uber funciona bem no Japão e é um aplicativo popular disponível em grandes cidades do Japão, mas os valores costumam ser mais altos que os táxis tradicionais. Nos indicaram lá o DiDi, como alternativa ao Uber, mas todas vezes que tentamos usar nenhum motorista aceitou a corrida.
- Táxi: Os táxis no Japão são conhecidos pela excelência no serviço, mas os preços tendem a ser elevados. É possível pegar um táxi na rua, em pontos específicos ou chamá-los pelos aplicativos GO Taxi e Japan Taxi. O pagamento pode ser feito tanto em dinheiro quanto com cartão. Um detalhe curioso é que as portas dos táxis no Japão abrem e fecham automaticamente do lado esquerdo. Dica útil: escreva o nome do destino que você quer ir em japonês (via tradutor) e mostre ao motorista, pois muitos não falam inglês.
- Aluguel de carro: Brasileiros não podem alugar carro no Japão, já que o Brasil não é signatário da Convenção de Genebra de 1949. Apenas cidadãos de países participantes, ou com acordos bilaterais, podem alugar carros com a Permissão Internacional para Dirigir (PID). Vale lembrar que no Japão, dirige-se na mão inglesa (volante à direita, tráfego pela esquerda).
- LUUP – Bicicletas e Patinetes Elétricos: Para quem gosta de explorar a cidade a pé (ou quase), a LUUP é uma plataforma prática de aluguel de bikes e patinetes elétricos, disponível em cidades como Tokyo, Osaka e Kyoto. Basta baixar o app, localizar um ponto e desbloquear o veículo pelo celular. Dica: baixe o app e já deixe seu cadastro pronto!

QUANTO TEMPO FICAR
Para quem está visitando o Japão pela primeira vez, recomendamos uma estadia de pelo menos 10 dias. O país é distante, os voos são caros, e as principais atrações turísticas podem estar afastadas umas das outras. Se você tiver um pouco mais de tempo, 15 dias seria o ideal para explorar com mais calma os destinos essenciais, como Tokyo, Kyoto, e seus arredores.
Se a sua intenção é se aprofundar mais na cultura japonesa e explorar não apenas os pontos turísticos tradicionais, mas também regiões mais distantes, como Hokkaido ou Okinawa, considere estender a viagem para um mês ou mais. Vale lembrar que o visto de turista permite uma estadia de até 90 dias — então, se for possível, por que não aproveitar ao máximo? Com mais tempo, você poderá visitar uma variedade maior de lugares e mergulhar de forma mais completa nos diferentes aspectos da cultura japonesa, tornando a experiência ainda mais enriquecedora.
Nós passamos 14 dias no Japão e sentimos que foi pouco. Embora o país não seja muito grande em extensão territorial, as distâncias entre os principais destinos podem ser consideráveis. Mesmo assim, cada momento foi incrível e nos deixou com ainda mais vontade de voltar. Independentemente de quanto tempo você tenha disponível, o mais importante é ir e conhecer esse país maravilhoso, que nos deixou completamente encantados!

QUAL REGIÃO DO JAPÃO VISITAR
Planejar nossa viagem pelo Japão definitivamente não foi fácil. Com tantos destinos incríveis e apenas duas semanas disponíveis, optamos por seguir um roteiro clássico, ideal para quem visita o país pela primeira vez. Usamos Osaka, Kyoto, Fujikawaguchiko e Tokyo como nossas cidades-base, fazendo passeios de um dia para Hiroshima, Miyajima e Yokohama.
Inicialmente, queríamos incluir Okinawa e Hokkaido, duas regiões que estávamos ansiosos para conhecer, mas logo percebemos que explorá-las exigiria muito mais tempo do que tínhamos disponível. Portanto, decidimos deixar esses destinos para uma futura viagem. Vale mencionar que nosso plano original, adiado em 2020 devido à pandemia, incluía um roteiro mais longo, abrangendo também Nikko, Yamagata, Matsumoto, a Rota Alpina de Tateyama Kurobe, Kobe, Kanazawa e Nara. Infelizmente, esses lugares ainda ficaram para uma próxima oportunidade.
A verdade é que uma única viagem ao Japão dificilmente será suficiente para absorver tudo o que este país incrível tem a oferecer, com suas variadas paisagens, rica cultura e inúmeras atrações.
Ao explorar a geografia do Japão, você encontrará diferentes formas de divisão territorial. De maneira simplificada, o país é composto por 47 prefeituras, distribuídas entre as quatro ilhas principais: Honshu, Hokkaido, Shikoku e Kyushu. Embora Okinawa seja uma ilha separada, ela é frequentemente agrupada com Kyushu em algumas classificações regionais. Cada uma dessas ilhas abriga diversas regiões menores, todas com características únicas que tornam a viagem ainda mais fascinante.

Para facilitar a compreensão geográfica e ajudar na escolha dos destinos, abaixo está um resumo detalhado das regiões e divisões de cada uma dessas ilhas, destacando o que há de melhor em cada uma delas.
Hokkaido (北海道)
Prefeitura: Hokkaido
Hokkaido, a segunda maior ilha do Japão, é uma terra de paisagens naturais espetaculares, estações de esqui renomadas e festivais de inverno vibrantes. Administrada como uma única prefeitura, a ilha oferece uma diversidade impressionante de atrações ao longo do ano.
Sapporo, a capital, é famosa pelo Sapporo Snow Festival, realizado em fevereiro, que atrai visitantes do mundo inteiro com suas impressionantes esculturas de gelo e neve. O Odori Park, o coração do festival, e o histórico Sapporo Beer Museum são paradas obrigatórias na cidade. Asahikawa, a segunda maior cidade da ilha, também realiza seu próprio festival de neve e abriga o Asahiyama Zoo, um dos mais inovadores do Japão, além de ser a porta de entrada para o Daisetsuzan National Park, um paraíso para trilhas e observação da vida selvagem.
Hakodate, ao sul, encanta com suas vistas panorâmicas do Mount Hakodate e seu charme histórico. Nas proximidades, o Onuma Quasi-National Park abriga o Onuma Lake, com trilhas cênicas e passeios de barco entre pequenas ilhas arborizadas. O movimentado Hakodate Asaichi Market é o lugar ideal para provar frutos do mar frescos.
Otaru, com seu canal pitoresco e arquitetura histórica preservada, oferece um ambiente nostálgico, especialmente encantador durante o inverno, quando o canal é iluminado pelas velas do Otaru Snow Light Path Festival.
Para os amantes dos esportes de inverno, as estações de esqui de Niseko, Furano e Rusutsu são destinos populares, famosos pela qualidade excepcional da neve. No verão, a região de Biei encanta com seus campos ondulantes de flores multicoloridas no Shikisai-no-oka, suas emblemáticas árvores solitárias e o mágico Shirogane Blue Pond, conhecido pelo azul intenso de suas águas.
Entre as grandes áreas de preservação, Hokkaido abriga o espetacular Shiretoko National Park, reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO por sua vida selvagem e natureza intocada. O Shikotsu-Toya National Park encanta com seus lagos vulcânicos, como o Lake Toya e o Lake Shikotsu, enquanto o Akan-Mashu National Park revela lagos cristalinos e fontes termais em meio a belas paisagens. No extremo norte, o Rishiri-Rebun-Sarobetsu National Park oferece trilhas costeiras deslumbrantes e campos de flores alpinas.
A cultura indígena Ainu, que moldou profundamente a identidade de Hokkaido, pode ser explorada em diversos locais, com destaque para o Upopoy National Ainu Museum and Park, dedicado à preservação e promoção dessa herança única. E, para completar a experiência, a culinária de Hokkaido é uma atração à parte, com seus frutos do mar frescos e produtos lácteos de alta qualidade que agradam aos paladares mais exigentes.

Tohoku (東北地方)
Prefeituras: Aomori, Iwate, Miyagi, Akita, Yamagata e Fukushima
Tohoku é uma região encantadora no norte do Japão, conhecida por suas paisagens naturais, lagos serenos, montanhas majestosas e fontes termais tradicionais. Composta por seis prefeituras, oferece um vislumbre autêntico da história e cultura japonesa, longe da agitação dos grandes centros urbanos.
Miyagi é lar de Sendai, a maior cidade da região, famosa pelo animado Tanabata Matsuri, festival tradicional das estrelas. A Matsushima Bay, pontilhada por ilhas cobertas de pinheiros, é considerada uma das paisagens mais icônicas do Japão, proporcionando cenários que inspiraram poetas e viajantes ao longo dos séculos.
Aomori destaca-se pelo vibrante Nebuta Matsuri, festival de verão com gigantescas lanternas iluminadas desfilando pelas ruas. Durante a primavera, o Hirosaki Park torna-se um dos destinos mais celebrados para a contemplação das cerejeiras em flor. A província abriga ainda maravilhas naturais como o Oirase Gorge e o Lake Towada, localizados dentro do Towada-Hachimantai National Park. Parte do território de Aomori integra o Shirakami Sanchi, Patrimônio Natural Mundial da UNESCO, conhecido por suas florestas de faias intocadas.
Akita é reconhecida por seus festivais tradicionais, como o Kanto Matsuri, com suas impressionantes colunas de lanternas, e o Yokote Kamakura Matsuri, conhecido pelas casas de neve em formato de iglu. A natureza da província é marcada pelo Lake Tazawa, o mais profundo do Japão, e pelo distrito histórico de Kakunodate, onde antigas residências de samurais preservam o charme da era Edo.
Fukushima combina beleza natural com forte espírito de reconstrução após o acidente nuclear de 2011. A província oferece cenários marcantes, como os lagos coloridos de Goshikinuma e as paisagens do Bandai-Asahi National Park, com trilhas que cruzam montanhas e áreas vulcânicas. A cidade histórica de Aizuwakamatsu, com seu imponente Tsurugajo (castelo restaurado do período feudal), e a vila preservada de Ouchi-juku transportam os visitantes ao Japão do período Edo.
Iwate preserva um rico patrimônio cultural e natural. Em Hiraizumi, o Chuson-ji, reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO, guarda tesouros arquitetônicos e artísticos. A província também abriga a Ryusendo Cave, uma das maiores cavernas de calcário do Japão, e a área de esqui de Appi Kogen, popular entre praticantes de esportes de inverno. A Sanriku Coast, marcada por falésias imponentes e enseadas serenas, é uma área de beleza impressionante e de grande importância histórica para a recuperação da região após o Grande Terremoto de 2011. Entre suas paisagens protegidas destaca-se a Jodogahama Beach, famosa por suas águas calmas e rochedos brancos esculpidos pelo mar.
Yamagata oferece uma harmoniosa combinação de tradição e natureza. Yamadera, templo erguido nas encostas de uma montanha, proporciona vistas impressionantes após a subida de mais de mil degraus. As fontes termais de Zao Onsen e Ginzan Onsen atraem visitantes em busca de relaxamento, enquanto o Mount Zao, com sua famosa Okama Crater, impressiona com suas cores vibrantes. No verão, o Hanagasa Matsuri, festival de danças com adereços florais, colore as ruas da cidade de Yamagata.
Além dessas atrações, Tohoku abriga áreas naturais de grande valor ambiental. O Oze National Park, conhecido por suas vastas áreas úmidas, campos floridos e trilhas cênicas, é um destino ideal para amantes da natureza e da caminhada.

Chubu (中部地方)
Prefeituras: Aichi, Fukui, Gifu, Ishikawa, Nagano, Niigata, Shizuoka, Toyama e Yamanashi
Chubu é uma região diversificada localizada no centro do Japão, famosa por suas paisagens naturais, tradições culturais e atrações modernas. Composta por nove prefeituras, Chubu conecta as áreas metropolitanas do leste e do oeste do país, oferecendo desde montanhas imponentes a praias serenas e vilarejos históricos.
Aichi abriga Nagoya, uma das maiores cidades do Japão e centro industrial, sendo sede da Toyota Motors. Os principais pontos turísticos incluem o Nagoya Castle, o Atsuta-jingu, o Tokugawa Art Museum e a Legoland Japan. Nos arredores, o Inuyama Castle, considerado o mais antigo castelo de madeira original do Japão, e o Ghibli Park, dedicado aos filmes do Studio Ghibli, são atrações imperdíveis.
Fukui é conhecida pelo Eiheiji, um dos centros mais importantes do zen-budismo, e pelo Fukui Dinosaur Museum, considerado o principal museu de paleontologia do Japão. O Yokokan Garden, de época samurai, e o Maruoka Castle, um dos castelos mais antigos do país, complementam as atrações culturais da província.
Gifu destaca-se pela charmosa cidade de Takayama, com suas ruas preservadas do período Edo, e pelo vilarejo histórico de Shirakawa-go, Patrimônio Mundial da UNESCO, famoso por suas casas gassho-zukuri de telhados íngremes. O Gifu Castle oferece vistas panorâmicas, enquanto Gujo Hachiman preserva tradições aquáticas centenárias. Gero Onsen, uma das três mais famosas fontes termais do Japão, proporciona uma experiência de relaxamento tradicional.
Ishikawa encanta com Kanazawa, lar do elegante Kenroku-en, considerado um dos três jardins mais belos do Japão, e do bem preservado bairro de chá Higashi Chaya. O Kanazawa Castle remonta ao período feudal, e a Noto Peninsula revela vilas pesqueiras, terraços de arroz e festivais tradicionais. Kaga Onsen, no sudoeste da província, é um refúgio para quem busca águas termais.
Nagano é um paraíso para atividades ao ar livre em todas as estações. Entre os destaques estão o histórico Templo Zenko-ji, o Matsumoto Castle e os famosos macacos da neve de Jigokudani Monkey Park e pelo Jōshin’etsukōgen National Park. As áreas de esqui de Nozawa Onsen e Hakuba são renomadas internacionalmente. No verão, trilhas pelos Alpes Japoneses, em locais como Kamikochi, parte do Chubu-Sangaku National Park atraem amantes da natureza.
Niigata combina natureza e cultura. Esta região montanhosa é conhecida por suas estações de esqui, como Myoko Kogen e Echigo Yuzawa. A Sado Island oferece uma rica herança cultural e histórica, incluindo festivais de taiko. A arte contemporânea floresce no Echigo-Tsumari Art Field, integrando paisagens naturais e instalações artísticas ao ar livre.
Shizuoka é dominada pela presença majestosa do Monte Fuji. Cidades como Fujinomiya oferecem vistas icônicas, enquanto pontos como o Lago Tanuki e as Shiraito Falls proporcionam cenários naturais impressionantes. A Izu Peninsula combina praias, falésias e fontes termais em destinos como Atami, Ito e Shimoda. Miho no Matsubara, com seus pinheiros ao longo da baía, oferece uma das vistas mais clássicas do Fuji. O Fuji Safari Park e o Gotemba Premium Outlets complementam a diversidade da região.
Toyama destaca-se pela Tateyama Kurobe Alpine Route, uma impressionante travessia alpina que faz parte do Chubu-Sangaku National Park. Durante a primavera, é possível ver o famoso “Muro de Neve”. A província também abriga o vilarejo de Gokayama, Patrimônio Mundial da UNESCO, conhecido por suas casas gassho-zukuri, semelhantes às de Shirakawa-go, mas menos turísticas.
Yamanashi é famosa pelos Cinco Lagos de Fuji, onde atividades ao ar livre se combinam com vistas espetaculares do Monte Fuji. A Trilha Yoshida é a rota de escalada mais popular até o cume da montanha. Outras atrações incluem a Chureito Pagoda, cenário clássico de cartões-postais, o parque de diversões Fuji-Q Highland, o Shosenkyo Gorge e a misteriosa Aokigahara Forest, conhecida por suas cavernas de gelo e formações vulcânicas.

Kanto (関東)
Prefeituras: Chiba, Gunma, Ibaraki, Kanagawa, Saitama, Tochigi e Tokyo
Kanto é a região mais populosa do Japão, concentrando o poder econômico, político e cultural do país. Composta por sete prefeituras, combina áreas de intensa urbanização, como Tokyo e Yokohama, com refúgios naturais, montanhas e templos históricos. A diversidade cultural e a facilidade de acesso tornam Kanto um destino essencial para quem deseja explorar o Japão contemporâneo e tradicional.
Tokyo, a vibrante capital japonesa, é uma metrópole multifacetada onde tradição e modernidade convivem lado a lado. Em Asakusa, o templo de Senso-ji preserva a atmosfera do Japão antigo, enquanto bairros como Shibuya e Shinjuku impressionam com seus arranha-céus, cruzamentos movimentados e vida noturna intensa. Em Harajuku, a Takeshita Street é o epicentro da cultura jovem e alternativa, enquanto a elegante Omotesando concentra boutiques de luxo e arquitetura contemporânea impressionante. Ginza oferece lojas de alto padrão e teatros históricos. O santuário Meiji Jingu, em meio a uma floresta urbana, é um dos mais importantes santuários xintoístas do país. Tokyo também surpreende com atrações como a Torre de Tokyo, a moderna Tokyo Skytree, a ilha futurista de Odaiba e o mercado de Tsukiji, ideal para amantes da gastronomia japonesa. Parques como o Ueno e o Shinjuku Gyoen oferecem refúgios verdes no coração da cidade.
Kanagawa combina tradição, natureza e urbanização. Yokohama é a segunda maior cidade do Japão, famosa por seu animado Chinatown, o Sankeien Garden e os museus do Ramen e do Cup Noodles. Kamakura, antiga capital samurai, abriga templos históricos como o Grande Buda (Daibutsu) e o santuário Tsurugaoka Hachimangu. Hakone, parte do Fuji-Hakone-Izu National Park, é um destino tradicional para quem busca vistas do Monte Fuji, fontes termais relaxantes, passeios pelo Lake Ashinoko e trilhas pela área vulcânica de Owakudani. A cidade de Odawara, com seu castelo reconstruído, e a ilha de Enoshima completam as atrações da província.
Chiba é conhecida pelo Aeroporto de Narita e pelo Tokyo Disney Resort, que abriga a Tokyo Disneyland e o Tokyo DisneySea, considerado um dos melhores parques temáticos do mundo. O Naritasan Shinshoji Temple, próximo ao aeroporto, é um importante centro budista. A Boso Peninsula oferece praias, trilhas costeiras e pequenas cidades, ideais para quem deseja explorar a natureza sem se afastar muito da área metropolitana.
Saitama combina história, natureza e cultura ferroviária. Kawagoe, apelidada de “Pequena Edo”, preserva ruas e edifícios históricos do período Edo. O Railway Museum, em Omiya, é um dos maiores museus dedicados à história dos trens no Japão. A região de Chichibu é conhecida por trilhas nas montanhas do Chichibu-Tama-Kai National Park, além do Hitsujiyama Park, famoso pela floração de shibazakura na primavera.
Tochigi é famosa por Nikko, onde o Toshogu Shrine, Patrimônio Mundial da UNESCO, homenageia Tokugawa Ieyasu com sua arquitetura elaborada em meio a florestas densas. Nikko faz parte do Nikko National Park, que abriga também belezas naturais como as Kegon Falls, o Lake Chuzenji e o Mount Nantai. As águas termais de Kinugawa Onsen complementam a experiência, proporcionando relaxamento em meio às montanhas.
Gunma é conhecida por suas fontes termais. Kusatsu Onsen é considerada uma das melhores do Japão, com águas naturalmente quentes e abundantes. Além disso, Gunma abriga as Fukiware Falls, conhecidas como as “Niágara do Oriente”, e o Tomioka Silk Mill, Patrimônio Mundial da UNESCO, símbolo da modernização industrial do país. Para os amantes da natureza, Gunma é o principal portal de entrada para o Oze National Park, famoso por suas vastas áreas úmidas, campos floridos e trilhas cênicas que se tornam espetaculares na primavera e no outono.
Ibaraki destaca-se por seus cenários naturais e monumentos impressionantes. O Hitachi Seaside Park encanta com seus campos de flores sazonais. O Ushiku Daibutsu, uma das maiores estátuas de bronze do mundo, domina a paisagem da região. As Fukuroda Falls, consideradas uma das três mais belas quedas-d’água do Japão, e o Oarai Isosaki Shrine, com seu torii à beira-mar, completam o charme natural da província.

Kansai (関西地方)
Prefeituras: Mie, Nara, Wakayama, Kyoto, Osaka, Hyōgo e Shiga
Kansai é uma das regiões mais culturalmente ricas do Japão, conhecida por suas cidades históricas, templos magníficos e centros urbanos vibrantes. Composta por sete prefeituras, esta região oferece uma combinação única de cultura tradicional, gastronomia renomada e paisagens deslumbrantes.
Kyoto, a antiga capital do Japão, é considerada o coração cultural do país. Entre seus muitos templos e santuários, destacam-se o Kinkaku-ji, com seu icônico Pavilhão Dourado, o Fushimi Inari Taisha, famoso pelos milhares de torii vermelhos, e o Kiyomizu-dera, conhecido pela varanda de madeira com vista para a cidade. Arashiyama encanta com sua floresta de bambu e cenários naturais. O Mercado Nishiki é ideal para explorar os sabores locais, enquanto os distritos de Higashiyama e Gion preservam o charme do antigo Japão, com casas de chá tradicionais e ruas históricas.
Osaka é um dinâmico centro urbano, conhecido pela vida noturna animada, pelos distritos de compras como Umeda e Shinsaibashi, e por sua vibrante cena gastronômica. Dotonbori, com seus letreiros de neon e energia contagiante, é o cartão-postal da cidade. O Castelo de Osaka é um marco histórico cercado por amplos jardins. A cidade é considerada a capital gastronômica do Japão, berço de pratos famosos como takoyaki e okonomiyaki. Osaka também abriga o Universal Studios Japan, um dos parques temáticos mais visitados do país. O Umeda Sky Building e o Abeno Harukas, um dos edifícios mais altos do Japão, oferecem vistas panorâmicas da cidade.
Nara, a primeira capital permanente do Japão, preserva um patrimônio cultural inestimável. No Parque Nara, cervos sagrados vagam livremente entre visitantes e templos. O Templo Todai-ji abriga o Grande Buda, uma das maiores estátuas de bronze do mundo. A cidade também é lar do Templo Horyu-ji, reconhecido por suas estruturas de madeira mais antigas ainda existentes.
Hyōgo abriga importantes atrações culturais e naturais. Em Kobe, famosa por sua carne premium, encontram-se opções gastronômicas e atrações portuárias. O Castelo de Himeji, considerado o castelo mais bem preservado do Japão e Patrimônio Mundial da UNESCO, é uma visita imperdível. A região é também conhecida por Arima Onsen, uma das mais antigas e prestigiadas fontes termais do Japão, e por Kinosaki Onsen, com suas tradicionais casas de banho públicas. Nas montanhas, o Templo Shoshazan Engyo-ji, acessível por teleférico, oferece uma atmosfera espiritual em meio à natureza.
Shiga é dominada pelo Lake Biwa, o maior lago de água doce do Japão, que proporciona atividades como cruzeiros, pesca e caminhadas ao redor de suas margens. O Enryaku-ji, no Mount Hiei, é um dos templos budistas mais importantes do país e também reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO. Shiga também guarda tesouros históricos como o Castelo de Hikone, bem preservado desde o período Edo, e cidades como Koka, conhecida como berço dos ninjas, e Omi Hachiman, que mantém sua arquitetura mercantil tradicional e canais históricos.
Wakayama é famosa pelo Mount Koya (Koyasan), um dos centros mais sagrados do budismo japonês e parte dos “Locais Sagrados e Rotas de Peregrinação nos Montes Kii”, reconhecidos como Patrimônio Mundial da UNESCO. O Kumano Kodo, rede de antigas trilhas de peregrinação também listada pela UNESCO, conecta áreas sagradas da região. Em Shirahama, praias de areia branca e águas termais convidam ao descanso. O Kumano Nachi Taisha, junto à cachoeira Nachi-no-Otaki, forma uma das imagens mais emblemáticas do Japão tradicional. Outras atrações incluem as formações rochosas de Hashigui-iwa e as ilhas de Tomogashima, que oferecem trilhas e vistas costeiras.
Mie é conhecida pelo Ise Jingu, o santuário mais sagrado do xintoísmo japonês e destino de peregrinação há séculos. A Shima Peninsula, com suas belas paisagens costeiras, é famosa pela produção de pérolas cultivadas. A Praia de Shichiri Mihama, com sua extensa faixa de areia, é ideal para caminhadas e contemplação do oceano. A cidade de Iga Ueno celebra a tradição dos ninjas, com museus e demonstrações que mantêm viva a história da região.

Chugoku (中国地方)
Prefeituras: Hiroshima, Okayama, Shimane, Tottori e Yamaguchi
Chūgoku é uma região localizada no oeste do Japão, conhecida por sua história profunda, belezas naturais e patrimônio cultural preservado. Composta por cinco prefeituras, a região oferece um charme autêntico e tranquilo, muitas vezes menos explorado pelos visitantes internacionais.
Hiroshima é internacionalmente conhecida pelo bombardeio atômico de 1945 e hoje é um símbolo de paz. O Parque Memorial da Paz e o Hiroshima Peace Memorial Museum são locais de reflexão e aprendizado. Nas proximidades, a ilha de Miyajima, reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO, é famosa pelo Itsukushima Shrine e seu icônico torii flutuante, que parece emergir das águas durante a maré cheia. A ilha é um passeio popular de um dia, com trilhas suaves e especialidades locais como Momiji Manju e ostras grelhadas. Outra atração importante é a Kintaikyo Bridge, em Iwakuni, com seu elegante design em arco de madeira.
Okayama destaca-se pelo Castelo de Okayama e pelo Korakuen Garden, considerado um dos três grandes jardins paisagísticos do Japão. A cidade é também um bom ponto de partida para explorar Kurashiki, onde o distrito histórico de Bikan preserva canais, casas de mercadores e uma atmosfera do período Edo. A Ilha de Inujima, parte do projeto de revitalização artística da região de Setouchi, combina arte moderna com cenários industriais revitalizados.
Shimane abriga o Santuário Izumo Taisha, um dos mais antigos e reverenciados do xintoísmo japonês. A cidade de Matsue destaca-se pelo bem preservado Castelo de Matsue e pelas suas conexões com a literatura japonesa. O Adachi Museum of Art, famoso pela integração de suas obras com jardins premiados, é outro destaque. A antiga mina de prata Iwami Ginzan, reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO, oferece uma imersão na história da mineração japonesa.
Tottori é famosa pelas Dunas de Tottori, uma paisagem de areia única no país. O Mount Daisen, o pico mais alto da região de Chugoku, é um destino popular para trilhas e esqui no inverno. O litoral de Uradome oferece falésias e formações rochosas esculpidas pelo mar, ideais para caminhadas e passeios de barco. As águas termais de Misasa Onsen e Kaike Onsen são procuradas para relaxamento. O Mount Mitoku abriga o Templo Sanbutsuji, conhecido pela sua localização dramática em um penhasco, acessível por uma trilha íngreme. Muitas dessas maravilhas naturais estão protegidas dentro do San’in Kaigan National Park.
Yamaguchi destaca-se pela cidade histórica de Hagi, conhecida por suas ruas preservadas e pela tradição da cerâmica Hagiyaki. A Ponte de Tsunoshima, com seu traçado sobre o mar azul-turquesa, é uma das imagens icônicas da região. O Motonosumi Inari Shrine impressiona pela sequência de torii vermelhos alinhados em direção ao mar. A Akiyoshido Cave, a maior caverna de calcário do Japão, é uma das grandes atrações naturais da região. O Templo Rurikoji, com sua elegante pagoda de cinco andares, e as águas termais de Yuda Onsen completam a diversidade cultural e natural de Yamaguchi.

Shikoku (四国)
Prefeituras: Ehime, Kagawa, Kochi e Tokushima
Shikoku é a menor das quatro principais ilhas do Japão, conhecida por sua natureza preservada, templos históricos e forte tradição cultural. Composta por quatro prefeituras, a ilha combina paisagens rurais, arquitetura tradicional e experiências religiosas únicas.
Ehime, localizada no noroeste de Shikoku, é famosa pela cidade de Matsuyama, lar do Matsuyama Castle, um dos poucos castelos originais do Japão, e do Dogo Onsen, considerada uma das fontes termais mais antigas do país e inspiração para obras como “A Viagem de Chihiro”. Matsuyama também marca o ponto final da rota de ciclismo Shimanami Kaido, que liga Shikoku à ilha principal de Honshu através de pontes suspensas sobre ilhas cênicas. A região ainda atrai visitantes com o Mount Ishizuchi, o pico mais alto da ilha, ideal para trilhas, e o Shikoku Karst, com suas paisagens abertas e formações calcárias.
Kagawa, a menor prefeitura do Japão em extensão, tem como destaque o Ritsurin Garden, em Takamatsu, considerado um dos jardins mais belos do país. A cidade é famosa pela produção de udon, sendo uma referência nacional para os amantes desse prato tradicional. Kagawa abriga ainda o Zentsu-ji Temple, um dos mais importantes templos do percurso dos 88 Templos de Shikoku, a tradicional peregrinação religiosa da ilha. Próximas dali, as ilhas de Naoshima, Teshima e Inujima se tornaram destinos de destaque mundial para a arte contemporânea, com museus e instalações ao ar livre integrados à paisagem.
Kochi preserva um ambiente mais rural e é conhecida por suas belezas naturais. A Praia de Katsurahama oferece vistas abertas para o pacífico e abriga a estátua de Sakamoto Ryoma, importante figura do período Bakumatsu. A cidade de Kochi também conserva o bem-preservado Kochi Castle. No centro da cidade, o Hirome Ichiba é um mercado animado para experimentar a culinária local. Nas áreas costeiras, o Muroto-Anan Quasi-National Park, que se estende até Tokushima, impressiona pelas falésias e trilhas costeiras, e é reconhecido como Geoparque Global da UNESCO.
Tokushima, no leste da ilha, é conhecida principalmente pelo Awa Odori, um dos mais famosos festivais de dança tradicional do Japão. Entre suas belezas naturais estão o Iya Valley, com suas pontes suspensas de videiras e paisagens montanhosas, e os desfiladeiros de Oboke e Koboke, que oferecem cenários propícios para rafting e passeios de barco. Próximo ao Estreito de Naruto, os Naruto Whirlpools, grandes redemoinhos formados pelas marés, são uma das atrações naturais mais impressionantes da região. Tokushima também integra o trajeto do Shikoku Henro, a peregrinação dos 88 Templos.

Kyushu (九州)
Prefeituras: Fukuoka, Kagoshima, Kumamoto, Miyazaki, Nagasaki, Oita e Saga.
Kyushu, a terceira maior ilha do Japão, é uma região rica em história, belezas naturais e cultura vibrante. Composta por sete prefeituras, reúne cidades dinâmicas, castelos históricos, fontes termais, florestas subtropicais e vulcões ativos.
Fukuoka, a maior cidade de Kyushu, é conhecida por sua cena urbana animada e tradições culturais. Destaca-se pelo Hakata Ramen, um prato local de caldo tonkotsu, e pelo Santuário Dazaifu Tenmangu, dedicado ao deus da educação. O Ohori Park é ideal para caminhadas, enquanto o Kawachi Fujien, em Kitakyushu, atrai visitantes com seus belíssimos túneis de glicínias durante a primavera. A Península de Itoshima, com praias e cafés, é uma boa opção para uma escapada tranquila. Em Yanagawa, os tradicionais passeios de barco pelos canais preservam o charme local.
Kagoshima é marcada pelo vulcão ativo Sakurajima, que oferece trilhas e vistas impactantes da cidade. Os banhos de areia quente de Ibusuki são uma experiência tradicional típica da região. A Ilha de Yakushima, Patrimônio Mundial da UNESCO, é famosa por suas florestas de cedros antigos. A Amami Oshima, chama atenção pelas praias preservadas e cultura própria. A área de Kirishima oferece trilhas em meio a paisagens vulcânicas e fontes termais.
Kumamoto abriga o Kumamoto Castle, um dos mais importantes castelos do Japão. O Mount Aso, com uma das maiores caldeiras ativas do mundo, oferece paisagens impressionantes. O Suizenji Jojuen Garden proporciona um passeio agradável em meio a réplicas em miniatura de paisagens japonesas. As ilhas de Amakusa são conhecidas pela natureza e pela herança dos cristãos ocultos do período Edo.
Miyazaki destaca-se pelas paisagens naturais associadas a lendas mitológicas. O Takachiho Gorge, com suas formações de basalto e cachoeiras, é um dos cenários mais emblemáticos da ilha. As praias de Hyuga são procuradas por surfistas, enquanto a Ilha de Aoshima chama atenção pelas formações rochosas chamadas conhecidas como Devil’s Washboard. O Udo Shrine, localizado em uma caverna à beira-mar, completa as atrações religiosas e naturais da província.
Nagasaki carrega um importante legado histórico. O Nagasaki Peace Park e o Atomic Bomb Museum preservam a memória do bombardeio atômico de 1945. Em Dejima e no Glover Garden, a influência ocidental é visível. Huis Ten Bosch, um parque temático inspirado em cidades holandesas, é uma atração peculiar da região. A ilha abandonada de Hashima (Gunkanjima), com seu visual impressionante, é acessível por passeios de barco. A Península de Shimabara, com o Monte Unzen e suas fontes termais, e a Ilha de Tsushima, próxima à Coreia, completam o cenário natural da província.
Oita é referência em águas termais. Beppu é famosa pelos Jigoku Meguri (“Infernos de Beppu”), onde fontes criam cenários peculiares. o vilarejo de Yufuin, com sua atmosfera rural, é procurada para relaxamento. A Península de Kunisaki guarda templos históricos e trilhas. O Aso Kujū National Park combina campos floridos e montanhas, enquanto o o vilarejo de Kitsuki preserva ruas tradicionais de residências samurais.
Saga é famosa pela cerâmica tradicional de Arita e Karatsu, considerada uma das mais refinadas do Japão. O Santuário Yutoku Inari, construído em uma encosta verdejante, impressiona pela arquitetura. Karatsu também é reconhecida pelo festival de outono Karatsu Kunchi, com carros alegóricos. As fontes termais de Takeo Onsen e Ureshino Onsen são tradicionais e procuradas por suas águas terapêuticas.
Saga é reconhecida pela cerâmica de Arita e Karatsu, entre as mais tradicionais do Japão. O Yutoku Inari Shrine, construído em uma encosta verdejante, impressiona pela arquitetura. Karatsu também realiza o Karatsu Kunchi, festival de outono com elaborados carros alegóricos. As fontes termais de Takeo Onsen e Ureshino Onsen são tradicionais opções para relaxamento.

Okinawa (沖縄)
Prefeitura: Okinawa
Okinawa é um arquipélago tropical no extremo sul do Japão, composto por cerca de 160 ilhas, das quais 49 são habitadas. Antigamente conhecido como Reino de Ryukyu, Okinawa preserva uma cultura própria, distinta do restante do Japão, com forte influência chinesa e do sudeste asiático. Essa herança está presente na língua, nas tradições e na arquitetura local.
A ilha principal de Okinawa concentra as principais áreas urbanas e históricas. Em Naha, a capital da prefeitura, estão atrações como a Kokusai Street, uma rua animada repleta de lojas, restaurantes e vida noturna, e o Shurijo Castle, Patrimônio Mundial da UNESCO que relembra o período do Reino de Ryukyu. A ilha principal também abriga o Okinawa Churaumi Aquarium, um dos maiores do mundo e o Okinawa World, que apresenta tradições locais e a impressionante caverna de Gyokusendo. No norte da ilha, a região de Yanbaru, protegida pelo Yanbaru National Park, oferece trilhas em meio à floresta subtropical e é lar de espécies endêmicas de fauna e flora.
Perto da ilha principal, as Ilhas Kerama, como Tokashiki e Zamami, encantam com praias de águas cristalinas ideais para snorkeling, mergulho e observação de baleias durante o inverno. A oeste, Kume Island é conhecida pela praia de Hatenohama, uma faixa de areia branca em meio ao oceano.
Mais ao sul, o arquipélago de Miyako destaca-se com algumas das praias mais belas do Japão. A ilha de Miyako, conectada a ilhas vizinhas como Irabu, Ikema e Kurima por pontes, é famosa pela Yonaha Maehama Beach e pela transparência de suas águas, sendo um destino privilegiado para quem busca relaxamento à beira-mar.
Ainda mais ao sul, nas Ilhas Yaeyama, Ishigaki é o centro regional e ponto de partida para explorar lugares como a Kabira Bay, de águas turquesa e cercada por colinas verdes. A partir de Ishigaki, é possível visitar Iriomote, uma ilha quase totalmente coberta por floresta tropical protegida no Iriomote-Ishigaki National Park, ideal para trilhas e observação da vida selvagem. Em Taketomi, pequenas vilas mantêm viva a arquitetura tradicional. No ponto mais ocidental do Japão, Yonaguni Island é conhecida pelas misteriosas ruínas submarinas de Yonaguni Monument, um local popular para mergulho.

Em um resumo, a escolha da região para visitar no Japão depende do tipo de experiência que você busca. Se a ideia é mergulhar no dinamismo das grandes cidades, as regiões de Kanto e Kansai são perfeitas. Tokyo, com sua vibração intensa, arranha-céus imponentes, centros de compras futuristas e vida noturna eletrizante, é um destino completo. Yokohama, a poucos minutos de Tokyo, combina atrações urbanas com uma bela vista da baía. Já Osaka, em Kansai, é o paraíso da comida de rua, tem uma vida noturna animada e abriga atrações icônicas, como o Universal Studios Japan.
Para quem deseja explorar a rica história e cultura do Japão, Kansai e Chugoku são as melhores opções. Kyoto, com seus templos, santuários e bairros tradicionais, transporta os visitantes para o passado. Nara encanta com o Grande Buda e os cervos sagrados que circulam livremente pelo parque da cidade. Hiroshima, na região de Chugoku, carrega um forte significado histórico, com o Memorial da Paz e a Ilha de Miyajima, onde fica o famoso torii flutuante.
Se a prioridade for natureza e atividades ao ar livre, as regiões de Hokkaido, Tohoku e Chubu oferecem paisagens de tirar o fôlego. Hokkaido é famosa por suas estações de esqui no inverno e campos de flores no verão. Tohoku encanta com montanhas, lagos e festivais culturais tradicionais. Já Chubu abriga os imponentes Alpes Japoneses e o icônico Monte Fuji, perfeitos para trilhas e vistas panorâmicas inesquecíveis.
Agora, se o objetivo for relaxar em praias paradisíacas, Okinawa é o destino ideal. Suas águas cristalinas, clima tropical e cultura única fazem da região um verdadeiro refúgio dentro do Japão.
ONDE SE HOSPEDAR
O Japão oferece uma impressionante variedade de opções de hospedagem que atendem a todos os perfis e orçamentos. Desde hotéis luxuosos a acomodações inovadoras e econômicas, o país proporciona opções para todos os tipos de viajantes. Vale destacar a infraestrutura hoteleira do Japão, que é robusta e diversa, contemplando tanto estilos ocidentais quanto japoneses, além de algumas formas não convencionais de hotéis.
Para aqueles que buscam uma imersão cultural, os ryokan são uma escolha perfeita. Estas pousadas tradicionais japonesas oferecem quartos com tatames e futons, e os hóspedes vestem yukata (quimono). Geralmente, os ryokan possuem onsens, que são fontes termais, proporcionando uma experiência relaxante e autêntica.
Se a ideia é experimentar algo realmente diferente, os hotéis cápsula são uma excelente opção. Esses hotéis são conhecidos por seus pequenos “quartos” do tamanho de uma cama. Embora compactas, as cápsulas são bem equipadas. É uma maneira prática e econômica de se hospedar, além de ser uma verdadeira atração turística por si só.
As minshukus, pousadas familiares, são similares aos bed and breakfasts ocidentais. Essas acomodações oferecem uma alternativa acolhedora e caseira. Outra opção é se hospedar em um templo budista para uma experiência espiritual, participando de meditações e cerimônias.
Os hostels são uma escolha popular entre os viajantes mais jovens e aqueles que procuram economizar. Muitos oferecem dormitórios e quartos privados, além de áreas comuns onde você pode conhecer outros viajantes.
Não podemos esquecer dos hotéis de grandes redes internacionais, amplamente encontrados nas principais cidades do Japão. Hotéis como Hilton, Marriott, Westin e InterContinental oferecem o conforto e os serviços de alto padrão que muitos viajantes esperam.
Ao planejar sua viagem, é fundamental reservar a hospedagem com antecedência, especialmente durante a alta temporada, como na primavera e no outono. Também é importante verificar se o hotel cobra taxas extras, pois muitas vezes esses custos não estão incluídos no preço inicial. Além disso, preste atenção aos horários de check-in e check-out, pois no Japão é comum pagar uma taxa se você quiser chegar ou sair fora dos horários estipulados.
A localização é um fator crucial ao escolher uma acomodação. Hospedar-se próximo a estações de trem e metrô facilita muito os deslocamentos, tornando a viagem mais prática e agradável. Nossa experiência no Japão confirma isso, pois sempre optamos por hotéis bem localizados, próximos a estações de transporte público, e se mostrou uma escolha muito certa.
Em Osaka, escolhemos o Hilton Osaka Hotel, localizado em Umeda, bem perto da estação. A localização central é ideal, com fácil acesso a trens e metrôs. O café da manhã é excelente e os quartos são grandes e espaçosos. Além disso, o hotel fica ao lado de lojas e shoppings, perfeito para quem gosta de compras. O hotel possui um bar e restaurante. Gostamos muito e indicamos este hotel pela limpeza, organização e conforto.
Em Kyoto, ficamos no Kyoto Century Hotel, ao lado da estação de trem de Kyoto. O hotel tem uma entrada clássica, com uma recepção e um bar muito bonitos. Os quartos são grandes e espaçosos, decorados com móveis clássicos. Embora o chuveiro de banheira não seja ideal, a conveniência da localização compensa. Fomos muito bem atendidos e achamos o hotel confortável e bonito.
Em Fujikawaguchiko, ficamos no Mizno Hotel com vista para o Monte Fuji. Lá tivemos a experiência tradicional de um ryokan com tatames e futons. A onsen privada com vista para o Monte Fuji foi um dos pontos altos da estadia. O café da manhã e a vista deslumbrante tornaram a experiência perfeita, nós adoramos e queríamos ter ficado mais.
Em Tokyo dividimos nossa hospedagem em dois hotéis. Primeiro, ficamos no The Royal Park Canvas Ginza Corridor em Ginza, localizado perto de várias estações, restaurantes e lojas. O hotel tem um estilo descolado e moderno, ideal para o público jovem, com várias comodidades como lounge compartilhado e terraço. Os quartos são confortáveis, com TV projetor e chuveiro com caixa de som Bluetooth, gostamos bastante.
Depois, ficamos no Shibuya Stream Excel Hotel Tokyu em Shibuya, extremamente bem localizado, no complexo Shibuya Stream ao lado da estação. Os quartos têm design contemporâneo e uma vista linda da cidade, além de espaços públicos bem equipados, uma ótima recomendação também.
Todos os hotéis em que nos hospedamos foram muito confortáveis e bem localizados. Mas, além deles, aqui está uma lista de outros hotéis para você considerar:
Tokyo
- The Gate Hotel Tokyo by Hulic
- The Tokyo Station Hotel
- Park Hyatt Tokyo
- Cerulean Tower Tokyu Hotel
- JR Kyushu Hotel Blossom Shinjuku
- Muji Hotel Ginza
- The Prince Park Tower Tokyo
- Mandarin Oriental, Tokyo
- Four Seasons Hotel Tokyo at Otemachi
- Imperial Hotel Tokyo
- The Blossom Hibiya
- Palace Hotel Tokyo
- Aman Tokyo
- The Tokyo EDITION, Ginza
CLIQUE AQUI para ler nosso post completo sobre onde se hospedar em Tokyo

Kyoto
- The Gate Hotel Kyoto Takasegawa by Hulic
- Hotel Okura Kyoto
- Cross Hotel Kyoto
- Hotel Granvia Kyoto
- The Royal Park Hotel Iconic Kyoto
- Six Senses Kyoto
- Park Hyatt Kyoto
- Four Seasons Hotel Kyoto
- The Hotel Seiryu Kyoto Kiyomizu
- The Ritz-Carlton Kyoto
- Mogana
- Banyan Tree Higashiyama Kyoto
- The Royal Park Canvas – Kyoto Nijo
- Rinn Gion Shirakawa

Osaka
- Cross Hotel Osaka
- Swissotel Nankai Osaka
- The Westin Osaka
- Moxy Osaka Shin Umeda
- Aloft Osaka Dojima
- Zentis Osaka
- The Ritz-Carlton Osaka
- InterContinental Hotel Osaka, an IHG Hotel
- Mercure Tokyu Stay Osaka Namba
- Citadines Namba Osaka
- Centara Grand Hotel Osaka
- Four Seasons Hotel Osaka
- Hotel Royal Classic Osaka

Arredores do Monte Fuji
- Hoshinoya Fuji
- FuFu Kawaguchiko
- Fujikawaguchiko Onsen Konansou
- Fuji Onsen Hotel Kaneyamaen
- Shuhoukaku Kogetsu
- La Vista Fujikawaguchiko
- Fuji Lake Hotel
- Fuji View Hotel
- Highland Resort Hotel & Spa
CLIQUE AQUI para ler nosso post completo sobre onde se hospedar aos arredores do Monte Fuji

E pesquise aqui todos os hotéis no Japão:
O QUE EXPERIMENTAR/COMER NO JAPÃO
A culinária japonesa é mundialmente reconhecida por sua riqueza e diversidade, indo muito além do peixe cru. Se você ainda pensa que comida japonesa se resume a sushi e sashimi, prepare-se para se surpreender. Embora o peixe cru seja uma parte importante da dieta local, o Japão oferece uma variedade imensa de pratos deliciosos — incluindo carnes que estão entre as melhores do mundo, como o famoso wagyu e o Kobe beef. Aliás, as carnes que comemos por lá foram, sem dúvida, algumas das melhores da vida!
No Japão, os pratos são sempre preparados com ingredientes frescos e sazonais, e o atendimento costuma ser impecável, marcado pelo tradicional omotenashi, a famosa hospitalidade japonesa. Cada região do país tem suas próprias tradições culinárias, o que torna cada parada uma nova descoberta. Podemos dizer com confiança: é praticamente impossível comer mal por lá. Até mesmo os restaurantes de rua mais simples surpreendem, com pratos bem apresentados, saborosos e preparados com muito cuidado.
Pelas ruas, você encontra de tudo: barracas de comida, izakayas animados, docerias elegantes e também redes internacionais. Petiscos de todos os tipos chamam a atenção e, mesmo sem saber o nome, é comum se surpreender com o sabor e a apresentação. Vale provar sem medo — os sabores são marcantes e a qualidade é quase sempre excelente.
Uma característica marcante da gastronomia japonesa é a especialização. Os restaurantes costumam focar em um único tipo de prato, garantindo excelência e perfeição na execução. Um exemplo clássico são os kaitenzushi, os famosos restaurantes de sushi com esteira, como o popular UOBEI Genki.
Outro ponto interessante está no café da manhã japonês. Diferente do nosso hábito de pães, frios e café, por lá é comum começar o dia com arroz, peixe grelhado, sopas e saladas. Pode parecer inusitado, mas a refeição é leve, equilibrada e faz muito sentido com o estilo de vida local.
Falando em qualidade de ingredientes, os laticínios de Hokkaido merecem destaque. A região é reconhecida por produzir alguns dos melhores leites, queijos e iogurtes do Japão — produtos que você encontra facilmente em confeitarias e cafés, elevando o sabor das sobremesas locais.
Um detalhe curioso dos restaurantes é a exibição de fotos dos pratos no menu ou réplicas perfeitas na vitrine externa, facilitando a escolha. Além disso, em alguns estabelecimentos, é comum comprar os pratos por meio de bilhetes em máquinas automáticas.
Em Tokyo, você encontrará desde restaurantes sofisticados até pequenas portas escondidas que servem verdadeiras obras-primas. Não à toa, a cidade tem o maior número de restaurantes com estrelas Michelin do mundo, consolidando-se como um verdadeiro paraíso gastronômico.
Para quem curte uma boa vista, vale conhecer o New York Grill, localizado no 52º andar do Park Hyatt Tokyo (famoso pelo filme Lost in Translation), com janelas de vidro do chão ao teto que revelam uma das paisagens mais incríveis da cidade.
Na Takeshita Street, em Harajuku, prepare-se para um desfile de comidinhas de rua supercoloridas e criativas, famosas nas redes sociais. Alguns lugares imperdíveis: Long Longer Longest!!!, com petiscos gigantes; Angel ou Santa Monica, para deliciosos crepes; Le Shiner, com seu sanduíche arco-íris de queijo grelhado; e Totti Candy Factory, para o icônico algodão-doce multicolorido.
Entre as sobremesas, os tradicionais wagashi merecem destaque. Feitos com arroz, pasta de feijão doce e frutas, esses doces artesanais impressionam pelo sabor delicado e estética refinada, muitas vezes inspirada nas estações do ano. Os mais famosos são o mochi e o taiyaki, mas há inúmeras variações regionais. Para experimentar essas delícias, visite locais como Toraya, Tsuruya Yoshinobu e Daifuku Benzaiten.
Se você gosta de confeitaria refinada, a Pâtisserie Sadaharu AOKI Paris vai te encantar ao unir técnicas francesas com sabores japoneses de forma surpreendente.
Já os apaixonados por chocolate não podem deixar de conhecer as lojas Malebranche e Le Chocolat de H. Marcas como Royce’, Meiji e Mary’s Chocolate também merecem destaque, com opções criativas e de excelente qualidade.
As cafeterias japonesas são uma atração à parte. Além dos tradicionais kissaten — cafés clássicos com atmosfera nostálgica — como o Café de L’Ambre, Kissa You e Chatei Hatou, o país também oferece uma variedade de cafés temáticos que encantam pela originalidade. Entre os mais famosos estão o Pokémon Café, Peanuts Café, Miffy Sakura Kitchen, Snoopy Cha-ya, Kirby Café, Sanrio Café, PomPomPurin Café e Cinnamoroll Café.
Marcas de luxo também marcam presença com seus próprios espaços, como o L’Occitane Café, o Le Café Louis Vuitton e o Ralph’s Coffee. E para quem busca algo realmente diferente, vale conhecer os cafés com robôs, como o Pepper Parlor e o DAWN Avatar Robot Café — experiências futuristas e divertidas que surpreendem qualquer visitante.
Nos izakayas, bares informais e cheios de personalidade, é comum petiscar enquanto se aprecia uma boa cerveja japonesa ou um sake. Em Tokyo, os becos de Omoide Yokocho e Golden Gai são ótimos lugares para viver essa experiência. Já em Kyoto, o charmoso bairro de Pontocho concentra diversos izakayas aconchegantes.
A cena da coquetelaria japonesa também é sofisticada. Bares como o Bar Trench, Bar BenFiddich, The SG Club, The Bellwood e Unknown Ebisu mostram como a mixologia no Japão é criativa, precisa e extremamente bem executada.
Já para os amantes de whisky, o país é lar de destilarias premiadas e bares especializados. Vale conhecer o Zoetrope e o Tokyo Whisky Library, ambos com uma excelente seleção de rótulos japoneses, e o Yamazaki Whisky Museum, que oferece uma verdadeira imersão no universo do whisky. Para quem busca rótulos exclusivos para comprar, a loja Jule’s Whisky Collection é uma ótima pedida.
O Japão também é referência em cervejas, com rótulos locais criativos e de excelente qualidade. Cervejarias artesanais como a Hitachino Nest, Kyoto Brewing Co., Minoh Beer e Miyajima Brewery se destacam. Além disso, marcas clássicas como Asahi, Kirin e Sapporo estão por toda parte e merecem ser provadas.
E, claro, o tradicional sake tem um lugar especial na cultura japonesa. Seu sabor, diferente do que conhecemos no Brasil, harmoniza perfeitamente com a culinária local. Um dos nossos favoritos foi o Kuheiji Kurodashocho Fukuji — se encontrar, experimente! Para uma imersão completa, o restaurante MAEN Sake Pairing oferece menu franco-italiano harmonizado com diferentes tipos de sake, em um ambiente intimista.
Para fechar a noite com estilo, os bares de jazz de Tokyo são uma experiência inesquecível. Pit Inn e Jazz Spot Intro são clássicos que unem música de qualidade e ambiente acolhedor.
Se a ideia é viver uma experiência mais refinada, experimente o kaiseki ryori, uma refeição tradicional em vários pratos pequenos, que valoriza a estação e a estética da apresentação. Restaurantes como o Kikunoi Honten, Kichisen e o Kagurazaka Ishikawa são excelentes opções para vivenciar essa tradição. Outra sugestão é o MoonFlower Sagaya Ginza, que une gastronomia e arte digital de forma surpreendente.
Já o omakase, muito comum em restaurantes de sushi de alto nível, é a experiência onde o chef decide o que será servido com base nos ingredientes mais frescos do dia. O termo significa literalmente “deixo com você”, e a ideia é entregar ao chef total liberdade criativa para preparar uma refeição única. Restaurantes como Sushi Mizukami, Sushi Kiyo e Sushi Tokyo Ten são ótimos exemplos — em todos eles, cada peça é preparada na sua frente, com atenção aos mínimos detalhes.
Outro destaque é o teppanyaki, onde o chef cozinha em uma chapa quente, na sua frente, com técnica e precisão. Experimente em lugares como Hakushū Teppanyaki, Ginza Ukai-Tei, Mouriya Gion, Steak Misono, Omotesando Ukai Tei, Sazanka, Kamon e Honten Yamashina.
E não se surpreenda ao encontrar pizzas incríveis no Japão. Com forte influência napolitana e ingredientes de alta qualidade, algumas das melhores estão no PST, Seirinkan, Pizza Strada e Bonsai 1877 — prova de que o Japão domina qualquer tipo de culinária.
Um dos segredos bem guardados da gastronomia japonesa está nos subsolos das grandes lojas de departamento: os depachika (junção de “department store” e “chika”, subsolo). Esses food halls são verdadeiros paraísos gastronômicos, com uma infinidade de opções de comidas e doces. Para se perder por horas: Takashimaya, Mitsukoshi, Isetan, Ginza Six e Tobu Ikebukuro. Sempre que entrar em uma grande loja, não deixe de visitar o subsolo — a surpresa é garantida.
Ah! E você sabia que, em 2013, a UNESCO reconheceu o washoku — a culinária tradicional japonesa — como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade? Um reconhecimento mais do que merecido. Sem dúvida, a gastronomia japonesa nos surpreendeu em todos os sentidos e vai ficar para sempre na memória.



Abaixo, algumas delícias para experimentar no Japão:
- Sushi e Sashimi: Os mercados de peixe Tsukiji e Toyosu, em Tokyo, são referências para quem quer provar sushi fresco. Para uma experiência mais sofisticada, visite o Sushi Mizukami, Sushi Gion Matsudaya ou o Manten Sushi. Já o Uogashi Nihon-Ichi oferece um ótimo sushi Edomae em estilo tachigui (comer em pé), com excelente custo-benefício.
- Wagyu / Kobe Beef: Cortes premium de carne bovina japonesa reconhecidos mundialmente pela maciez, marmoreio e sabor inconfundível. Para uma experiência sofisticada, experimente no Ginza Ishizaki, Shima, Hafuu Shogoin ou no Steak Otsuka. Já o Wagyumafia The Cutlet Sandwich oferece uma versão mais descontraída e moderna com seus famosos sanduíches de wagyu.
- Onigiri: Bolinhos de arroz recheados com salmão, atum, umeboshi (ameixa azeda), entre outros sabores. Estão disponíveis em praticamente todas as lojas de conveniência, como 7-Eleven, Family Mart e Lawson.
- Bento Box: As tradicionais marmitas japonesas, conhecidas como bento, são refeições completas servidas em caixinhas compartimentadas. Podem incluir arroz, peixe, carne, legumes e até sobremesa. Encontradas em estações de trem e lojas de conveniência, são práticas, e é comum ver as pessoas comendo nos shinkansen!
- Kakigori: Raspadinha de gelo super leve com coberturas artesanais e sabores variados. Experimente nos famosos Yelo, Kuriya Otona Kurogi, Kanna Kakigori e Asakusa Naniwaya.
- Udon: Macarrão grosso com textura mastigável, geralmente servido em caldo quente. O Satoyama, na região de Fujikawaguchiko, foi o nosso favorito.
- Soba: Macarrão fino feito de trigo sarraceno, servido quente ou frio, ideal para dias mais quentes. Boas opções são o do Asakusa Hirayama e do Soba Tajima.
- Ramen: Macarrão japonês servido em caldos variados, é uma verdadeira paixão nacional, com variações regionais que vão te surpreender. Experimente no Ginza Kagari, Chinese Noodles Roku, Ramenya Toy Box, Mugi to Olive, Ippudo, Wajoryomen Sugari e Fuunji. Para uma imersão na cultura do ramen, visite o Shin-Yokohama Ramen Museum e a Tokyo Ramen Street, no subsolo da Tokyo Station.

- Okonomiyaki: Prato típico japonês preparado na chapa com massa, repolho e ingredientes variados, como carne e frutos do mar. Em Tokyo, experimente no Teppan Baby. Em Osaka, vá ao Okonomiyaki Kiji. Em Hiroshima, o destaque é o Okonomi-mura — prédio inteiro com andares dedicados ao prato, ideal para provar diferentes variações.
- Takoyaki: Bolinhos recheados com polvo, crocantes por fora e cremosos por dentro. São uma das comidas de rua mais icônicas de Osaka. Experimente nas tradicionais barracas de Dotonbori.
- Yakitori: Espetinhos de frango grelhados no carvão e temperados com molho agridoce. São extremamente populares nos izakayas. O Gonpachi Nishi-Azabu é um ótimo lugar para experimentar e ainda inspirou uma das cenas de Kill Bill.
- Tonkatsu / Gyukatsu: Costeletas de porco (tonkatsu) ou carne bovina (gyukatsu), empanadas e fritas, geralmente acompanhadas de molho e repolho fatiado. Experimente em restaurantes como Tonki, Gyukatsu Motomura, Maisen, Tonkatsu Aoki Ginza, Gyukatsu Kyoto Katsugyu, Tonkatsu Hinata e Ginza Katsukami.
- Gyoza: Bolinhos recheados de carne e legumes, geralmente grelhados. Experimente no Chao Chao Gyoza, Harajuku Gyoza-Ro, Sukemasa e Tanmen to Gyoza Kibaru.
- Tempura: Frutos do mar e vegetais levemente empanados e fritos. Prove em lugares como Tempura Kondo, TenTempura Uchitsu, Kitagawa e Tensuke.
- Kushikatsu: Espetinhos empanados e fritos, típicos de Osaka, com ingredientes como carne, legumes e frutos do mar. Experimente no Kushikatsu Daruma. Em Tokyo, o prato é conhecido como Kushiage — um ótimo lugar é o Kushiage Kenkushi Shop.
- Katsu Kare: Curry japonês servido com arroz e tonkatsu (costeleta de porco empanada), geralmente acompanhado de repolho. Prove no Kitchen Nankai Jimbocho, Go! Go! Curry ou Hinoya Curry.

- Gyudon: Tigela de arroz com fatias finas de carne e cebolas cozidas em molho levemente adocicado. Fácil de encontrar em redes como Yoshinoya e Matsuya.
- Yakiniku: Churrasco estilo japonês com carnes finas grelhadas diretamente na mesa. Boas opções incluem Yakiniku a Five, Kobe Yakiniku Kanteki, Cossott’e SP, Han’s Kitchen, Yakiniku Saburo, What’s Matsusaka Beef e Matsusakagyu Yakiniku.
- Shabu-shabu: Fatias finas de carne e vegetais cozidos na hora em caldo quente, semelhante a um fondue japonês. Experimente no Ningyocho Imahan ou Asakusa Imahan.
- Chanko Nabe: Ensopado robusto consumido por lutadores de sumô, com carnes, legumes e caldo nutritivo. As melhores versões estão no bairro de Ryogoku, o coração do sumô em Tokyo.
- Dango: Bolinhos de arroz servidos em espetinhos, cobertos com molho de soja doce. Experimente em barraquinhas de rua.
- Matcha: Chá verde em pó de sabor intenso, utilizado em cerimônias tradicionais e sobremesas. Prove em sorvetes, doces, bolos ou bebidas especiais — um clássico japonês.
- Melon Pan: Pão doce com crosta crocante que lembra um melão, apesar de não ter sabor de fruta. Para melhorar ainda, peça recheado com sorvete — é incrível. O melhor você encontra na Kagetsudo, em Tokyo.
- Ningyo-yaki: Bolinhos assados em moldes que formam figuras de bonecos e símbolos japoneses, geralmente recheados com anko (pasta de feijão doce). Encontre em barraquinhas de rua em áreas turísticas.

- Manju: Bolinhos macios normalmente recheados com pasta de feijão doce. Há variações sazonais e regionais, como o Momiji Manju, típico da ilha de Miyajima.
- Ichigo Daifuku: Mochi recheado com pasta de feijão e um morango inteiro no centro. Experimente no Ginza Akebono ou no Ginkado, em Tokyo.
- Taiyaki: Um doce icônico em formato de peixe, feito de uma massa semelhante à de waffles. Tradicionalmente recheado com pasta de feijão doce, mas também disponível com outros recheios. Experimente no Naniwaya ou no Taiyaki Hiiragi.
- Fluffy Pancakes: Panquecas japonesas altas e macias, leves como nuvem. Experimente no Flippers, A Happy Pancake, Café Mog Namba e Panel Cafe.
- Japanese Cheesecake: Leve e fofo, esse cheesecake japonês tem textura de suflê e sabor delicado. Menos doce que a versão tradicional, prove no Pablo e no Rikuro’s, em Osaka.
- Softcream / Soft Serve: Uma das sobremesas mais populares no Japão, o softcream se destaca pela textura incrivelmente suave, leve e cremosa, que literalmente derrete na boca. Ele não é exatamente um sorvete nem um gelato — é uma categoria própria, única, e os japoneses são completamente apaixonados por ele. Os sabores são os mais diversos e criativos que você pode imaginar: desde os clássicos como baunilha e matcha até opções surpreendentes como uva, gergelim preto, flor de cerejeira, carvão vegetal e até wasabi. Sempre servido em casquinhas deliciosas, muitas vezes feitas com biscoito artesanal. Durante nossa viagem, provamos vários — e foi difícil eleger um preferido. Mas o Cremia certamente se destacou: feito com 25% de creme fresco de Hokkaido e 12,5% de alto teor de gordura do leite, ele tem uma cremosidade absurda, sabor marcante e vem em uma casquinha incrível. Uma experiência obrigatória para quem ama sobremesas! Nossa dica? Onde você vir um softcream diferente, pare e experimente. Mesmo que o sabor pareça inusitado, vá com confiança — no Japão, até o improvável é gostoso! E como a gente gostou de todos, fica difícil escolher só um favorito, rs.

O QUE FAZER NO JAPÃO
Quando pensamos no Japão, muitos se perguntam o que fazer além de visitar templos, santuários e explorar a rica gastronomia local. Embora essas sejam experiências fundamentais, o Japão vai muito além e surpreende com uma diversidade de atividades que combinam tradição e inovação de maneira única.
Esse é um país onde o antigo e o moderno convivem em harmonia: cidades vibrantes, cheias de luzes e tecnologia, encontram-se com paisagens naturais de tirar o fôlego, desde majestosas montanhas até ilhas paradisíacas. Seja qual for o estilo de viagem – imersão cultural, aventura ao ar livre, ou uma combinação dos dois – o Japão oferece algo especial para todos.
Aqui estão algumas das melhores coisas que você pode fazer no Japão:
- Andar de trem bala e trens panorâmicos: O Shinkansen não é apenas um transporte rápido – é uma experiência. Com ele, você atravessa o país em grande estilo, apreciando paisagens montanhosas, campos verdejantes e cidades tranquilas, enquanto viaja a velocidades impressionantes. Além dele, o Japão conta com trens turísticos e temáticos que tornam a viagem ainda mais especial, como o Hello Kitty Shinkansen, o Sagano Romantic Train e o luxuoso Seven Stars em Kyushu.
- Explorar as cidades históricas: Mergulhe na cultura tradicional japonesa em cidades como Kyoto, Nara, Kanazawa, Takayama e Matsumoto. Nesses lugares, você encontrará templos, castelos, distritos preservados e ruas que remetem ao Japão feudal, proporcionando uma verdadeira imersão no passado.
- Conhecer vilarejos tradicionais nas montanhas: Alguns dos lugares mais encantadores do Japão estão escondidos entre montanhas. Visite Shirakawa-go e Gokayama, com suas casas de telhado de palha em estilo gassho-zukuri. Caminhe pelas ruas de Magome e Tsumago, na antiga rota Nakasendo, que liga Kyoto a Tokyo, onde tudo foi preservado como no período Edo. Uma viagem no tempo em meio à natureza.
- Se perder pelas ruas de Tokyo: Tokyo é um verdadeiro caleidoscópio de cultura e modernidade. Zonas como Shibuya, Harajuku, Akihabara e Asakusa oferecem uma mistura incrível de centros de compras, cultura pop, arranha-céus e templos históricos. A cidade se reinventa em cada esquina.
- Contemplar o Monte Fuji: O Monte Fuji é o símbolo mais reconhecido do Japão. Para os mais aventureiros, subir a montanha durante o verão é um desafio recompensador. Já para quem prefere contemplar de longe, cidades como Hakone e Fujikawaguchiko oferecem vistas espetaculares, além de experiências relaxantes, como onsens e passeios de barco pelos lagos.
- Celebrar a florada das cerejeiras (Sakura): A primavera no Japão é mágica, com o florescimento das cerejeiras pintando o país de tons rosados. Lugares como o Shinjuku Gyoen, Ueno Park, o Castelo de Himeji e os jardins do Palácio Imperial são destinos populares para apreciar a beleza das sakuras em plena floração.
- Admirar as vistas dos observatórios: Para ver o Japão do alto, suba em observatórios como o Tokyo Skytree, Tokyo Tower, Shibuya Sky, Kyoto Tower, Abeno Harukas, Umeda Sky Building ou a Yokohama Marine Tower. As vistas são inesquecíveis, especialmente ao entardecer.
- Explorar templos e santuários: O Japão é o lar de inúmeros santuários e templos que oferecem uma profunda conexão com a espiritualidade do país. O Santuário Fushimi Inari Taisha é conhecido por seus milhares de portões vermelhos. O Templo Kinkaku-ji é um dos mais fotografados do país. O Santuário Meiji é um oásis no meio de Tokyo, e o Santuário Itsukushima, com seu torii flutuante, é um verdadeiro cartão-postal.
- Participar de uma cerimônia do chá: A cerimônia do chá é uma imersão cultural única. A beleza do ritual vai muito além de beber chá – é uma celebração de harmonia e respeito. Em Kyoto, a Maikoya oferece uma experiência autêntica, onde você pode vestir um kimono tradicional e aprender os rituais do preparo do matcha.
- Viver experiências artesanais tradicionais: Além da cerimônia do chá, participe de workshops culturais que permitem mergulhar no lado artístico do Japão. Atividades como pintura de bonecas kokeshi, confecção de origami, tingimento com índigo (aizome) ou a caligrafia japonesa (shodō) revelam a beleza dos detalhes e da tradição.
- Descobrir a cultura samurai: Entre em contato com o legado dos guerreiros samurais em locais como o Distrito Samurai de Kanazawa ou o Museu do Samurai. Em algumas experiências, é possível até vestir armaduras ou manusear uma katana (espada japonesa).
- Visitar castelos e palácios históricos: O Japão possui castelos impressionantes que contam parte da sua história. O Castelo de Himeji e o Castelo de Matsumoto são verdadeiras obras-primas arquitetônicas. O Castelo de Osaka também se destaca, e o Palácio Imperial de Tokyo ainda hoje abriga a família imperial.
- Visitar museus e centros culturais: O Japão tem museus criativos e surpreendentes. Visite o Museu Ghibli, o Edo-Tokyo Museum, o Museu Nacional de Tokyo, o Museu do Cup Noodles em Yokohama e o Museu da Bomba Atômica em Hiroshima. Destaque especial para os museus TeamLab Planets e TeamLab Borderless, que proporcionam uma experiência única de arte digital imersiva. Muitos desses museus são interativos e encantam até quem não é fã de museus.
- Participar de um festival local: Os festivais no Japão são cheios de vida e tradição. Entre os mais populares estão o Sapporo Snow Festival, o Asahikawa Winter Festival, o Aomori Nebuta Matsuri e o Gion Matsuri. Esses eventos oferecem uma janela única para a cultura e o espírito coletivo japonês.
- Assistir a uma luta de sumô: ver um torneio de sumô é uma das experiências culturais mais autênticas do Japão. Seis grandes torneios acontecem ao longo do ano em Tokyo, Osaka, Nagoya e Fukuoka, porem os ingressos esgotam muito rápido, então se programe. Para uma imersão ainda maior, visite um beya (estábulo) para assistir aos treinos dos lutadores.
- Experimentar as incríveis comidas do Japão: A gastronomia japonesa é uma atração por si só. Prove sushi, ramen, okonomiyaki, takoyaki e sobremesas tradicionais como mochi e dorayaki. Se quiser ir além, participe de uma aula de culinária e aprenda a preparar pratos típicos com mestres locais.
- Visitar os mercados de peixe: Os mercados de peixe são uma experiência imperdível no Japão. Explore o Tsukiji Market, o moderno Toyosu Market (famoso pelo leilão de atum) ou o Kuromon Ichiba Market em Osaka, onde é possível saborear frutos do mar fresquíssimos.
- Hospedar-se em um ryokan e relaxar em um onsen: Para uma experiência verdadeiramente autêntica, passe uma noite em um ryokan (hospedagem tradicional japonesa). Aproveite o ambiente tranquilo, as refeições Kaiseki e relaxe em um onsen (banho termal), muitos deles ao ar livre, cercados por montanhas e natureza.
- Explorar parques nacionais e a natureza japonesa: O Japão é abençoado com uma natureza impressionante. Parques como o Fuji-Hakone-Izu National Park, o Chubu-Sangaku National Park, o Nikko National Park, o Daitsetsuzan National Park e o Shiretoko National Park são perfeitos para trilhas, vistas panorâmicas, fontes termais e aventuras ao ar livre.
- Conhecer os jardins japoneses: Os jardins tradicionais japoneses são verdadeiros refúgios de paz. Kenrokuen em Kanazawa, Korakuen em Okayama, Ritsurin Koen em Takamatsu e Shinjuku Gyoen em Tokyo são exemplos de beleza natural cuidadosamente planejada, ideais para caminhar com calma e contemplar a harmonia da paisagem.
- Esquiar nas estações de inverno: Durante o inverno, o Japão se transforma em um paraíso para quem ama esportes na neve. Estações como Niseko, Hakuba, Furano e Myoko Kogen oferecem infraestrutura moderna, neve perfeita e paisagens de tirar o fôlego.
- Visitar parques temáticos: Para quem gosta de diversão, o Japão tem alguns dos melhores parques temáticos do mundo. Destaques incluem o Tokyo Disneyland, Tokyo DisneySea, Universal Studios Japan, Sanrio Puroland, Ghibli Park, The Making of Harry Potter, Nagashima Spa Land, Huis Ten Bosch e Fuji-Q Highland.
- Explorar as praias: Apesar de ser mais famoso por suas cidades e montanhas, o Japão também possui praias espetaculares e oferece ótimas oportunidades para snorkeling e mergulho. As ilhas de Okinawa oferecem algumas das melhores, como a Manza Beach, Yonaha Beach, Kabira Bay e a Emerald Beach. Outra opção é a Península de Izu, próxima a Tokyo, com praias como Shirahama Beach.
- Soltar a voz no karaokê: O karaokê é parte da vida noturna japonesa. Alugue uma sala particular em um dos bares de karaokê espalhados e divirta-se cantando suas músicas favoritas.
- Visitar animal cafés e maid cafés: Para algo diferente, visite um animal café, onde você pode interagir com gatos, corujas ou ouriços em um ambiente tranquilo. Outra opção são os maid cafés, onde garçonetes vestidas de personagens servem os clientes com um toque lúdico e teatral.
- Jogar em máquinas de jogos e pachinko: Os game centers fazem parte da cultura urbana do Japão. São prédios inteiros com máquinas de garras, jogos retrô, simuladores de corrida e realidade virtual. Não deixe de experimentar o pachinko, uma espécie de pinball japonês muito popular.


DESTAQUES DO JAPÃO
TOKYO
Tokyo é intensidade pura. A cidade nunca para, nunca dorme e nunca deixa de surpreender. Em meio a arranha-céus futuristas, templos históricos e ruas vibrantes, Tokyo pulsa em um ritmo próprio, onde o passado e o futuro se encontram a cada esquina. Fundada em 1603 como Edo e transformada na capital do Japão em 1868, a cidade evoluiu sem perder suas raízes, criando um contraste fascinante que hipnotiza qualquer visitante.
A imersão começa em Shibuya, o coração acelerado de Tokyo. O cruzamento mais famoso do mundo é um espetáculo por si só – um mar de gente atravessa as ruas sob letreiros neon gigantes, criando um caos coreografado que só Tokyo consegue organizar. Para ver tudo de cima, o Shibuya Sky oferece uma vista de tirar o fôlego, com a cidade se estendendo até onde os olhos alcançam. Mas basta caminhar alguns minutos para encontrar becos escondidos com izakayas aconchegantes, onde o verdadeiro espírito da cidade se revela.
Em Harajuku, Tokyo mostra sua face mais criativa. A icônica Takeshita Street é um festival de moda excêntrica, cafés temáticos e lojas que desafiam qualquer conceito de normalidade. Já em Omotesando, a cidade ganha um ar mais sofisticado, com boutiques de luxo e arquitetura moderna que lembram as grandes capitais da moda. Para uma experiência menos turística, Shimokitazawa é o refúgio perfeito – um bairro boêmio, repleto de lojinhas, cafés independentes e um clima descolado que foge do óbvio.
O equilíbrio entre agitação e tranquilidade se encontra em Shinjuku. A estação mais movimentada do mundo dita o ritmo frenético do bairro, mas a poucos passos dali, o Jardim Nacional Shinjuku Gyoen oferece um respiro de paz. No outono, as folhas avermelhadas criam um cenário digno de filme; na primavera, as cerejeiras transformam o parque em um mar cor-de-rosa.
E quando o assunto é comida, Tokyo joga em outro nível. A cidade é um verdadeiro parque de diversões gastronômico, indo do luxo absoluto dos restaurantes de Ginza ao ambiente caótico e autêntico dos pequenos bares de sushi no antigo mercado de Tsukiji. Um dos maiores achados são os bares e restaurantes escondidos debaixo dos viadutos da cidade – ruas estreitas e cheias de lanternas onde a vida noturna tem um charme diferente, como se Tokyo tivesse mundos secretos esperando para serem descobertos.
Mas Tokyo também guarda sua história. O Santuário Meiji Jingu, cercado por uma floresta densa, é um portal para a espiritualidade xintoísta, enquanto em Asakusa, o Templo Senso-ji transporta os visitantes para a era Edo. Caminhar pela Nakamise-dori, a rua comercial que leva ao templo, é como viajar no tempo, com lojinhas vendendo doces tradicionais e souvenirs típicos do Japão antigo.
Se a tecnologia e a cultura pop são a alma de Tokyo, então Akihabara é o paraíso geek definitivo. Lojas de eletrônicos, mangás, animes e fliperamas gigantes dominam o bairro, criando um universo à parte para quem ama a cultura otaku. E para ver Tokyo do alto, nada supera o icônico Tokyo Skytree, a torre mais alta do Japão, que oferece uma vista 360° da metrópole. Para um toque mais clássico, a Torre de Tokyo, inspirada na Torre Eiffel, ilumina o skyline desde 1958, especialmente à noite, quando Tokyo brilha em um espetáculo que nunca decepciona. Tokyo não é só um destino – é uma experiência que engole, fascina e deixa qualquer visitante querendo mais.


NIKKO
Nikko é um destino onde história e natureza caminham juntas. A poucas horas de Tokyo, essa cidade montanhosa é conhecida por seus santuários impressionantes, paisagens deslumbrantes e um clima tranquilo que contrasta com o ritmo acelerado da capital. Seja no outono, com suas folhas avermelhadas, ou no inverno, quando a neve cobre os telhados dos templos, Nikko sempre oferece um cenário especial.
A visita começa na Shinkyo Bridge, a icônica ponte vermelha que atravessa o rio Daiya e marca a entrada para a área sagrada da cidade. Antigamente reservada à família imperial, hoje é um dos pontos mais fotografados de Nikko. Seguindo adiante, o Toshogu Shrine impressiona pela riqueza de detalhes. Dedicado a Tokugawa Ieyasu, fundador do shogunato Tokugawa, esse santuário, reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO, se destaca por suas esculturas elaboradas, cores vibrantes e a famosa representação das “Três Macacos Sábios”, que ilustram o provérbio “não veja o mal, não ouça o mal, não fale o mal”. Outro ponto de interesse é a pagoda de cinco andares, que adiciona ainda mais imponência ao local.
Outro templo importante de Nikko é o Rinnoji Temple, o principal templo budista da cidade. Fundado no século VIII, ele abriga estátuas douradas de divindades budistas e está cercado por jardins que mudam de cor conforme as estações do ano.
Além dos templos, Nikko é famosa por suas paisagens naturais. O Lake Chuzenji é um dos destaques, com sua água serena e trilhas ao redor. Perto dali, a Kegon Waterfall impressiona com seus 97 metros de queda d’água, especialmente bonita no outono. Para quem gosta de caminhadas, a Kirifuri Falls é outra boa opção, com uma trilha que leva a um mirante panorâmico.
Depois de explorar a região, nada melhor do que relaxar nas águas termais do Yumoto Onsen, um vilarejo nas montanhas conhecido por seus banhos naturais ricos em enxofre.
A gastronomia de Nikko também merece atenção. A especialidade local é o Yuba Tofu, uma iguaria feita da camada fina que se forma no leite de soja fervido. Fácil de encontrar nos restaurantes da cidade, é um prato leve e saboroso. Para os amantes de doces, a Nikko Pudding Tei Main Store é conhecida por seus pudins artesanais, uma sobremesa simples, mas muito apreciada pelos visitantes.
Nikko é um destino que combina cultura, espiritualidade e natureza de forma harmoniosa. Seja para um bate-volta de Tokyo ou para uma estadia mais longa, a cidade oferece uma experiência rica e autêntica do Japão.

KYOTO
Kyoto é onde o Japão tradicional se mantém vivo. Antiga capital do país, a cidade preserva suas raízes em templos históricos, ruas de pedra e casas de chá onde a cultura das gueixas ainda resiste ao tempo. Enquanto Tokyo avança para o futuro, Kyoto continua fiel ao seu passado, oferecendo uma experiência autêntica para quem quer mergulhar na essência japonesa.
A visita começa no Fushimi Inari-Taisha, um dos santuários mais icônicos do Japão. Seus milhares de portões torii vermelhos criam um caminho que sobe a montanha, formando um cenário impressionante, especialmente ao amanhecer, quando o movimento ainda é tranquilo. De lá, o Kiyomizu-dera é a próxima parada. Esse templo, construído no alto de uma colina, tem uma plataforma de madeira que proporciona uma vista linda da cidade – seja na primavera, com as cerejeiras em flor, ou no outono, quando as folhas avermelhadas dominam a paisagem. Descendo pelas ruas de Ninenzaka e Sannenzaka, as construções de madeira abrigam lojas tradicionais, cafés e uma das vistas mais clássicas de Kyoto, com a Yasaka Pagoda se destacando no horizonte.
No bairro de Gion, Kyoto mostra seu lado mais tradicional. As ruas estreitas, as lanternas suaves e as casas de chá criam um ambiente único, e com um pouco de sorte, é possível ver uma gueixa ou maiko caminhando discretamente para um compromisso. Ao cair da noite, o distrito de Pontocho ganha vida com pequenos restaurantes e izakayas à beira do Rio Kamo, oferecendo o cenário perfeito para um jantar típico. Para um passeio gastronômico mais dinâmico, o Nishiki Market é imperdível. Entre bancas que vendem espetinhos de frutos do mar, doces artesanais e produtos locais, o mercado resume bem o sabor de Kyoto.
Os templos de Kyoto são um capítulo à parte. O Kinkaku-ji, o famoso Pavilhão Dourado, impressiona com sua estrutura coberta de ouro refletindo no lago ao redor. O Ryoan-ji, por outro lado, traz uma atmosfera mais introspectiva, com seu jardim de pedras minimalista que convida à contemplação. Para quem busca um local menos movimentado, o Daigo-ji é um achado, especialmente na época das cerejeiras, quando seu jardim fica ainda mais bonito.
No bairro de Arashiyama, o ritmo desacelera. O Bamboo Grove, com seus bambus altíssimos, cria um ambiente único, onde a luz se filtra entre as folhas e transforma a paisagem. Perto dali, o Templo Tenryu-ji mantém seu charme com jardins bem cuidados, enquanto o Iwatayama Monkey Park, no alto de uma colina, oferece uma vista panorâmica de Kyoto e a chance de ver macacos vivendo livremente. Para encerrar a visita, a Kyoto Tower proporciona uma visão completa da cidade, mostrando o equilíbrio entre história e modernidade que faz de Kyoto um destino tão especial.


HIROSHIMA
Hiroshima é uma cidade que carrega cicatrizes do passado, mas que se reinventou sem perder sua essência. Mais do que um destino histórico, Hiroshima é um símbolo de resiliência, um lugar onde a memória e a paz caminham lado a lado com a modernidade e a beleza natural. Caminhar por suas ruas é sentir a força de uma cidade que soube transformar a tragédia em um legado de esperança.
A visita começa pelo Hiroshima Peace Memorial Park, um espaço de reflexão que homenageia as vítimas do bombardeio atômico de 1945. No centro do parque, o Atomic Bomb Dome, uma das poucas estruturas que sobreviveram à explosão, se mantém de pé como um lembrete poderoso da história. Ao lado, o Hiroshima Peace Memorial Museum oferece uma experiência profunda e impactante, com exposições que narram os eventos do ataque e reforçam a mensagem de paz mundial.
Depois desse mergulho na história, Hiroshima convida a desacelerar. O Shukkei-en Garden é um refúgio de tranquilidade no meio da cidade, com lagos serenos, pequenas pontes e árvores que se transformam a cada estação. Já o Hiroshima Castle reconta o passado samurai da região. Embora a construção original tenha sido destruída em 1945, o castelo foi reconstruído e hoje abriga um museu que explora a história feudal de Hiroshima. Do alto da torre, a vista panorâmica revela o contraste entre o passado e o presente da cidade.
Hiroshima também guarda segredos menos conhecidos, como o Mitaki-Dera Temple, um templo budista escondido em meio às montanhas, cercado por vegetação densa e cachoeiras. Mas a cidade também tem seu lado vibrante, e a Hondori Street é o lugar certo para sentir essa energia. Essa rua de pedestres, cheia de lojas, cafés e restaurantes, é perfeita para explorar o comércio local e experimentar o famoso okonomiyaki, uma versão especial dessa panqueca japonesa recheada, preparada em camadas e cheia de sabor.
E Hiroshima não se resume à cidade – seus arredores guardam algumas das paisagens mais impressionantes do Japão. A Sandankyo Gorge é um paraíso para quem gosta de trilhas e cachoeiras, com um cenário espetacular em qualquer época do ano. Já a Okunoshima Island é um passeio inusitado e divertido, onde centenas de coelhos vivem livremente pela ilha, criando um ambiente único. Mas se há um lugar que ninguém pode deixar de visitar, é Miyajima. A ilha, lar do icônico torii flutuante do Santuário de Itsukushima, é um dos cartões postais mais famosos do Japão.
Hiroshima é um destino que emociona, inspira e surpreende. Uma cidade que honra seu passado, mas que também olha para o futuro – e que deixa sua marca em todos que a visitam.

OSAKA
Osaka é pura energia. Conhecida como a “cozinha do Japão”, a cidade pulsa em um ritmo próprio, com ruas iluminadas por letreiros gigantes, mercados vibrantes e uma gastronomia que conquista qualquer visitante. Moderna e descolada, mas com raízes históricas profundas, Osaka sabe como misturar tradição e inovação como poucas cidades no Japão.
A imersão começa no Castelo de Osaka, um dos símbolos mais marcantes da cidade. Cercado por um parque amplo, especialmente bonito na época das cerejeiras, o castelo guarda histórias da era feudal e oferece uma vista panorâmica do alto da torre. Mas Osaka não demora a mostrar seu lado mais agitado – basta seguir para Dotonbori, onde letreiros de neon piscam sem parar, refletindo no canal e criando uma cena icônica da cidade. O famoso letreiro do Glico Man, que estampa fotos de turistas há décadas, fica ali, bem no coração da região. E claro, a experiência não estaria completa sem provar o famoso takoyaki, os irresistíveis bolinhos de polvo, ou o okonomiyaki, uma espécie de panqueca japonesa cheia de sabor.
Seguindo o ritmo acelerado, Shinsaibashi é o paraíso das compras. A longa galeria comercial mistura lojas de grifes famosas, marcas populares e boutiques independentes, garantindo achados para todos os gostos. Mas se a ideia for trocar vitrines por nostalgia, o bairro de Shinsekai é o destino certo. Inspirado na visão futurista do início do século XX, o local mantém sua atmosfera retrô, com restaurantes tradicionais e letreiros vintage. No centro do bairro, a Torre Tsutenkaku se destaca – subir até o topo garante uma vista incrível da cidade. E já que está por ali, é hora de provar o kushikatsu, espetinhos fritos crocantes que são a marca registrada da região.
Para quem busca um lado mais sereno da cidade, o Templo Shitenno-ji é uma pausa bem-vinda. Fundado em 593, é o templo budista mais antigo do Japão e tem uma arquitetura que transmite tranquilidade em meio ao ritmo acelerado de Osaka. Mas se a ideia for algo totalmente diferente, o Aquário Kaiyukan impressiona até os visitantes mais experientes. Com um tanque gigantesco que abriga tubarões-baleia, ele recria os ecossistemas do Pacífico e oferece uma experiência fascinante.
E para quem ama parques temáticos, Osaka tem um dos melhores: o Universal Studios Japan. Com áreas dedicadas a clássicos do cinema, o parque se tornou ainda mais popular com a adição do Super Nintendo World, onde os visitantes podem literalmente entrar no mundo do Mario. Um dia por lá passa voando entre montanhas-russas, simuladores e espetáculos imersivos.
Além de tudo isso, Osaka é um excelente ponto de partida para explorar cidades próximas. Kobe, famosa pelo prestigiado bife Kobe, é uma ótima opção para quem quer um dia tranquilo, com boa comida e uma paisagem à beira-mar encantadora. Já Himeji abriga um dos castelos mais impressionantes do Japão, o Castelo de Himeji, Patrimônio Mundial da UNESCO e um dos poucos que sobreviveram intactos ao longo dos séculos.
Osaka é uma cidade que não se leva tão a sério – e talvez seja isso que a torne tão incrível. Seja pela comida, pela vibração das ruas ou pelo jeito descontraído dos moradores, essa é uma cidade que te convida a viver o Japão de um jeito diferente, mais espontâneo, mais autêntico.


NARA
Nara é um mergulho na história do Japão. Como a primeira capital permanente do país, estabelecida em 710, a cidade preserva templos monumentais, santuários antigos e uma conexão profunda com a espiritualidade budista e xintoísta. Pequena e tranquila, Nara oferece uma experiência autêntica, onde tradição e natureza se encontram em perfeita harmonia.
O grande símbolo da cidade é o Templo Todai-ji, lar do impressionante Grande Buda (Daibutsu). Com 15 metros de altura, essa é uma das maiores estátuas de bronze de Buda no mundo e transmite uma presença imponente. O templo em si, construído em 752, também impressiona: além de ser um dos locais mais importantes do budismo japonês, já foi a maior estrutura de madeira do mundo. Caminhar por seu interior e observar a grandiosidade da construção é uma experiência única.
Ao redor do templo, o Parque de Nara dá um tom especial à cidade. Com mais de 1.000 cervos sagrados vagando livremente, o parque se tornou um dos lugares mais icônicos do Japão. Na tradição xintoísta, esses cervos são considerados mensageiros dos deuses, e a interação com eles faz parte da experiência – especialmente ao oferecer os famosos shika senbei, biscoitos próprios para alimentá-los.
Seguindo pelo parque, o Santuário Kasuga Taisha encanta com sua atmosfera mística. Fundado em 768, ele é conhecido por suas 3.000 lanternas de pedra e bronze, que iluminam os caminhos em festivais especiais, criando um ambiente mágico. As trilhas que cercam o santuário levam a uma floresta serena, tornando a visita ainda mais especial.
Outro ponto essencial em Nara é o Templo Kofuku-ji, que já foi um dos templos mais influentes do Japão. Originalmente pertencente ao clã Fujiwara, ele abriga uma das pagodes de cinco andares mais altas do país, com 50 metros de altura. Sua arquitetura clássica e a importância histórica fazem dele um local imperdível para quem deseja entender a herança cultural de Nara.
Caminhar pelas ruas da cidade é voltar no tempo. Com templos grandiosos, natureza exuberante e a tranquilidade de um lugar onde a história continua viva, Nara é um dos destinos mais fascinantes para quem busca a essência do Japão tradicional.

YOKOHAMA
Yokohama é a cidade onde o Japão se encontra com o mundo. A apenas 30 minutos de Tokyo, essa cidade portuária moderna tem um charme único, misturando arranha-céus futuristas, cultura internacional e uma vibe descontraída à beira-mar. Mais aberta e espaçosa que a capital, Yokohama oferece um respiro da correria de Tokyo, sem perder o ritmo vibrante das grandes cidades japonesas.
O melhor jeito de começar a exploração é por Minato Mirai 21, o bairro símbolo da modernidade de Yokohama. Com sua linha do horizonte marcada por arranha-céus imponentes, este distrito à beira-mar combina tecnologia e lazer de forma impecável. No coração de tudo está a Landmark Tower, uma das torres mais altas do Japão, que tem um mirante com uma vista espetacular – em dias claros, dá até para ver o Monte Fuji. Por ali também fica o Cosmo World, um parque de diversões que chama atenção pela roda-gigante gigantesca.
Mas Yokohama vai além da arquitetura moderna – a cidade tem um forte legado internacional. Seu Chinatown é o maior do Japão e um festival de cores, sabores e aromas. Ruas movimentadas, lanternas vermelhas e fachadas vibrantes formam o cenário perfeito para provar pratos chineses autênticos. A diversidade gastronômica da cidade não para por aí: o Shin-Yokohama Ramen Museum é um paraíso para os amantes de ramen, reunindo diferentes versões desse prato icônico de várias partes do Japão em um ambiente que recria o Japão dos anos 50. Para quem quer algo ainda mais interativo, o Museu do Cup Noodles permite que os visitantes criem seu próprio macarrão instantâneo personalizado – um programa divertido e inesperado.
Para quem busca um lado mais tranquilo da cidade, o Sankei-en Garden é um verdadeiro refúgio. Com paisagens serenas, lagos, pagodes e antigas construções japonesas preservadas, esse jardim tradicional é perfeito para uma pausa longe do movimento da cidade. Mas se a ideia for algo mais urbano e estiloso, a Red Brick Warehouse é o lugar certo. Esse antigo armazém portuário transformado em um espaço cultural e comercial reúne lojas, restaurantes e eventos que dão à área um clima moderno, sem perder a conexão com a história de Yokohama. Próximo dali, o Marine and Walk oferece uma experiência de compras ao ar livre, com restaurantes que têm vista direta para a baía – ideal para um final de tarde relaxante.
E Yokohama também é uma base estratégica para explorar regiões próximas. Kamakura, com seus templos históricos e o famoso Grande Buda, fica a uma curta viagem de trem e proporciona um mergulho na cultura japonesa mais tradicional. Já Enoshima, uma ilha charmosa com praias e vistas panorâmicas, é um ótimo passeio para quem quer curtir um clima mais praiano.
Com sua mistura equilibrada de modernidade, cultura e história, Yokohama tem um jeito próprio de encantar. Uma cidade que não fica na sombra de Tokyo – pelo contrário, tem brilho próprio.


KANAZAWA
Kanazawa é uma cidade onde a tradição se mantém viva. Muitas vezes chamada de pequena Kyoto, ela preserva sua herança histórica com distritos de samurais, casas de chá e um dos jardins mais belos do Japão. Localizada na costa oeste de Honshu, a cidade combina cultura, arte e uma gastronomia de alto nível, tornando-se um destino fascinante para quem busca uma experiência autêntica.
O grande símbolo de Kanazawa é o Kenrokuen, um dos três jardins paisagísticos mais impressionantes do Japão. Projetado para refletir a harmonia perfeita entre espaço, privacidade, cursos d’água e vistas panorâmicas, ele encanta em todas as estações: na primavera, com as cerejeiras em flor; no outono, quando as folhas ganham tons vibrantes; e no inverno, quando a neve cobre as árvores e os tradicionais suportes yukitsuri protegem os galhos.
Próximo ao jardim, o Castelo de Kanazawa lembra a grandiosidade do passado da cidade. Antiga residência do poderoso clã Maeda, grande parte da estrutura original foi perdida ao longo dos séculos, mas suas muralhas e torres foram restauradas com precisão. Hoje, é um excelente local para entender a história feudal da região e apreciar seus belos jardins.
Para uma viagem ao Japão do período Edo, o Higashi Chaya District é o lugar certo. Esse antigo distrito de casas de chá ainda mantém sua atmosfera tradicional, com ruas estreitas e construções de madeira que abrigam museus, cafés e casas de chá onde é possível experimentar o matcha da maneira mais autêntica. Mas Kanazawa também se destaca pelo seu refinado artesanato – a cidade é responsável por 99% da produção de folha de ouro do Japão. Muitas oficinas permitem que visitantes acompanhem o processo de fabricação, vale experimentar o famoso sorvete com folha de ouro, uma especialidade local.
Outro pedaço fascinante do passado de Kanazawa é o distrito de Nagamachi, onde viviam os samurais da cidade. As ruas de pedra, muros de barro e casas preservadas transportam os visitantes para outra época. A Nomura Samurai House, uma antiga residência aberta ao público, oferece um vislumbre do estilo de vida e da arquitetura refinada da classe guerreira.
Para quem busca um contraste moderno, o 21st Century Museum of Contemporary Art traz exposições interativas e uma arquitetura inovadora que atrai visitantes do mundo todo. O museu é famoso por suas instalações imersivas, como a “Swimming Pool”, que cria a ilusão de um espaço submerso.
E como não falar da gastronomia de Kanazawa? A cidade é conhecida pelos frutos do mar fresquíssimos, com mercados como o Omicho Market, onde é possível provar sashimis de alta qualidade. Para uma experiência mais sofisticada kaiseki ryori, a tradicional refeição japonesa servida em múltiplos pratos, reflete a riqueza dos ingredientes locais e o requinte da culinária da região.
Kanazawa é um destino que equilibra história e modernidade sem perder sua essência. Seja nos becos dos distritos antigos ou nas galerias de arte contemporânea, a cidade oferece uma experiência autêntica e rica, que vale cada momento da visita.

MIYAJIMA
Miyajima é uma daquelas ilhas que parecem saídas de uma pintura. Pequena, mas repleta de história e beleza natural, ela carrega uma atmosfera quase mística, onde templos antigos, florestas densas e vistas espetaculares do mar se misturam de forma perfeita. Oficialmente chamada de Itsukushima, a ilha é um dos destinos mais icônicos do Japão, conhecida mundialmente pelo seu torii flutuante, um dos cenários mais fotografados do país.
A chegada já é um espetáculo à parte. Assim que o ferry se aproxima da ilha, o torii surge no horizonte, parecendo flutuar sobre as águas. Esse santuário xintoísta, com mais de 1.400 anos de história e reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO, é um dos lugares mais sagrados do Japão. Durante a maré alta, o portão vermelho parece suspenso no mar; na maré baixa, é possível caminhar até sua base e vê-lo de perto. Explorar o santuário, com seus corredores de madeira sobre a água, é uma experiência que transmite a sensação de estar em um lugar atemporal.
Mas Miyajima vai muito além do famoso torii. Subindo as escadarias próximas ao santuário, o Templo Daisho-in é uma joia escondida. Um dos templos budistas mais antigos da ilha, ele impressiona com suas lanternas de pedra, pequenas estátuas espalhadas pelo complexo e um caminho repleto de rodas de sutra, que, ao serem giradas, dizem trazer bênçãos espirituais. O ambiente é silencioso e contemplativo, perfeito para quem busca um momento de paz em meio à natureza.
Para os mais aventureiros, o Mount Misen oferece um dos visuais mais impressionantes da ilha. A subida pode ser feita por trilhas que cortam a floresta ou pelo Mount Misen Ropeway, um teleférico que leva até um mirante panorâmico. No topo, a vista é simplesmente espetacular – em dias claros, o horizonte se estende por todo o mar Interior de seto, revelando uma paisagem que parece infinita. Por ali, trilhas levam a outros mirantes e ao Observatório de shishi-iwa, um dos melhores pontos para apreciar o pôr do sol. Se a visita acontecer no outono, o Momijidani Park se transforma em um mar de folhas vermelhas e alaranjadas, criando um cenário digno de um cartão-postal.
E Miyajima tem habitantes ilustres: os cervos da ilha. Considerados mensageiros dos deuses na tradição xintoísta, eles circulam livremente por ruas, templos e praias, acostumados à presença dos visitantes.
Para fechar o passeio com chave de ouro, a Omotesando Street é o lugar certo para provar as delícias da ilha. As ostras frescas são uma das grandes especialidades locais, assim como o Momiji Manju, um bolinho doce em forma de folha de bordo, recheado com pasta de feijão ou outros sabores. Para os amantes de cerveja, a Miyajima Brewery serve rótulos artesanais perfeitos para brindar ao fim de um dia inesquecível.
Miyajima é um daqueles lugares que deixam uma marca na memória. Seja pela espiritualidade do santuário, pelo silêncio das montanhas ou pela simplicidade de caminhar entre cervos enquanto observa o pôr do sol sobre o mar, a ilha tem uma magia difícil de explicar – mas impossível de esquecer.


TAKAYAMA
Takayama é uma viagem ao Japão feudal. Escondida nas montanhas da província de Gifu, essa cidade preserva sua herança cultural e sua arquitetura tradicional de maneira impressionante. Com ruas históricas, festivais grandiosos e uma gastronomia que conquista qualquer visitante, Takayama oferece uma experiência autêntica e tranquila, longe do ritmo acelerado das grandes cidades.
O Centro Histórico de Takayama, especialmente a região de Sanmachi Suji, é o coração da cidade. Suas ruas estreitas, alinhadas com casas de madeira bem preservadas e lojinhas de artesanato, fazem qualquer um se sentir no período Edo. Muitas dessas construções hoje funcionam como museus, restaurantes e lojinhas onde é possível provar o saquê local, produzido há séculos na região.
A cidade também é palco do Takayama Matsuri, considerado um dos festivais mais belos do Japão. Realizado duas vezes ao ano, na primavera e no outono, ele é famoso por seus yatai, carroças ricamente decoradas que desfilam pelas ruas acompanhadas de danças e cerimônias tradicionais. A atenção aos detalhes na ornamentação dessas carroças impressiona e torna o festival uma experiência única.
Outro ponto imperdível é o Hida no Sato, um museu a céu aberto que reúne casas tradicionais da região de Hida. Com seus telhados de palha inclinados e um ambiente rústico, o vilarejo recria a atmosfera da vida rural japonesa, com oficinas de artesanato e construções históricas que contam séculos de história.
Uma das grandes vantagens de visitar Takayama é a possibilidade de fazer um bate-volta até Shirakawa-go, vilarejo histórico com casas gassho-zukuri e cenário de conto de fadas, especialmente no inverno. Patrimônio Mundial pela UNESCO, fica a uma curta distância e complementa a imersão no Japão tradicional.
E para quem busca contato com a natureza, Takayama é a porta de entrada para os Alpes Japoneses. A região de Kamikochi oferece trilhas espetaculares entre montanhas, rios cristalinos e florestas densas – um verdadeiro paraíso para caminhadas. No inverno, a cidade e seus arredores também se tornam populares por suas estações de esqui, que atraem visitantes em busca de paisagens nevadas e esportes de inverno.
E claro, nenhum passeio por Takayama estaria completo sem provar o Hida Beef. Essa carne marmorizada, considerada uma das melhores do Japão, é um verdadeiro destaque gastronômico da região.
Takayama é o tipo de destino que faz o tempo desacelerar. Seja explorando suas ruas históricas, admirando as paisagens das montanhas ou experimentando sua culinária única, a cidade encanta pela autenticidade e pelo cuidado em preservar suas tradições.

MONTE FUJI
O Monte Fuji é mais do que um cartão-postal — é uma experiência. Com seus 3.776 metros de altura, esse vulcão sagrado domina a paisagem e atrai visitantes de todos os cantos, seja para admirar sua imponência ou para encarar o desafio da escalada. Entre julho e setembro, aventureiros sobem suas encostas na esperança de ver o Goraiko, o nascer do sol no topo, um momento de pura conexão com a natureza. Mas mesmo para quem prefere ficar com os pés no chão, a região ao redor do Fuji oferece cenários inesquecíveis.
A Região dos Cinco Lagos de Fuji é o ponto de partida perfeito. O Lago Kawaguchi reflete a montanha em dias claros, criando um dos visuais mais icônicos do Japão. No Oishi Park, além da vista espetacular, não deixe de provar um sorvete de lavanda e blue rose. Para um ângulo ainda mais privilegiado, o Mt. Fuji Panoramic Ropeway leva até um mirante no Monte Tenjo, onde a vista se estende por quilômetros.
Seguindo viagem, a Pagoda Chureito, em Fujiyoshida, é um dos cenários mais fotografados do país. Subir suas escadarias pode ser cansativo, mas a recompensa vale a pena: a pagoda vermelha enquadrada pelo Monte Fuji ao fundo é simplesmente deslumbrante, especialmente na primavera, com as cerejeiras em flor, ou no outono, quando a paisagem se tinge de tons dourados e avermelhados.
Para relaxar, não há nada melhor do que um banho quente com vista para o Fuji. A região é cheia de onsens (termas japonesas) que oferecem essa experiência única. E por falar em paisagens impressionantes, a Shiraito Falls é outra parada obrigatória. As finas quedas d’água descem como fios de seda entre as rochas cobertas de musgo, criando um ambiente quase místico.
Mas nem só de tranquilidade vive o Fuji. O Fuji-Q Highland garante adrenalina com algumas das montanhas-russas mais radicais do mundo, tudo isso com o Monte Fuji como pano de fundo. Já para quem curte um toque de mistério, a Floresta de Aokigahara é um lugar fascinante. Silenciosa e densa, essa floresta cresce sobre solo vulcânico e esconde cavernas impressionantes, como a Caverna de Gelo Narusawa e a Caverna do Vento Fugaku, ambas formadas por antigas erupções e cheias de formações naturais intrigantes.
No lado mais histórico da viagem, o Saiko Iyashino Sato Nenba é um mergulho no Japão do passado. Esse vilarejo reconstruído preserva casas tradicionais de telhado de palha, oficinas de artesãos e um clima de época. Aqui, além de passear pelas lojinhas, aproveite para provar o udon do Satoyama, um prato simples, mas cheio de sabor.
Mais ao sul, Hakone proporciona novas formas de admirar o Monte Fuji. O Hakone Ropeway sobrevoa o vale vulcânico de Owakudani, onde o cheiro de enxofre e as fumarolas ativas lembram que o Japão está sempre em transformação. Descendo até o Lago Ashinoko, barcos turísticos deslizam suavemente pelas águas, criando mais uma cena digna de um quadro. Para fechar o passeio, o Hakone Art Museum surpreende com sua coleção impressionante e seus jardins que mudam de cor conforme as estações.
E para quem quer fazer compras, o Gotemba Premium Outlets é um dos maiores outlets do Japão, e conta uma vista incrível do Fuji ao fundo.
O Monte Fuji não é só um lugar para tirar fotos — é um destino para sentir. Seja relaxando em um onsen, explorando templos, caminhando por vilarejos ou curtindo a vista de diferentes ângulos, cada cidade ao redor do Fuji revela um pedaço da alma do Japão.


NOSSO ROTEIRO NO JAPÃO

PARTE 1 – OSAKA (4 NOITES)
Nossa chegada ao Japão foi por Osaka, e não poderíamos ter escolhido uma cidade melhor para começar a viagem. Osaka tem uma energia caótica no melhor sentido da palavra. É iluminada, barulhenta e cheia de gente animada. Não à toa, é considerada a capital gastronômica do Japão.
Entre um okonomiyaki e um takoyaki, exploramos o Dotonbori, com seus letreiros neon e restaurantes espalhados por todos os lados. Em Shinsekai, sentimos a nostalgia de um Japão retrô, enquanto em Shinsaibashi e América Mura, mergulhamos no lado moderno e estiloso da cidade.
Osaka também tem seu lado histórico. Visitamos o Castelo de Osaka, imponente no meio de um parque enorme, e o Shitenno-ji, o templo budista mais antigo do Japão. Do topo do Harukas 300, tivemos uma vista panorâmica incrível da cidade.
Claro que não poderíamos deixar de dedicar um dia inteiro para o Universal Studios Japan. O parque é um sonho, com atrações espetaculares, incluindo o Super Nintendo World, onde entramos literalmente no universo do Mario. Foi um dos dias mais divertidos da viagem!
Nosso roteiro em Osaka também incluiu um bate-volta para Hiroshima e Miyajima, um dos momentos mais emocionantes da viagem. O Parque Memorial da Paz e o Museu da Paz nos deixaram sem palavras, enquanto Miyajima nos recebeu com seu cenário de cartão-postal. O Santuário de Itsukushima, com seu torii flutuante, é ainda mais bonito pessoalmente. Além disso, explorar o Templo Daishoin e caminhar pelas ruelas cheias de lojas foi um dos pontos altos do dia.

PARTE 2 – KYOTO (2 NOITES)
De Osaka, partimos para Kyoto, onde o clima da viagem mudou completamente. Se Osaka é modernidade e agitação, Kyoto é tradição e história. Passear por suas ruas é como voltar no tempo.
Nosso roteiro incluiu alguns dos templos e santuários mais icônicos do Japão. Caminhamos pelos infinitos torii vermelhos do Fushimi Inari-Taisha, contemplamos a vista do alto do Kiyomizu-dera, nos encantamos com a beleza dourada do Kinkaku-ji e exploramos a tranquilidade do Kennin-ji e do Kodai-ji.
Mas Kyoto não é só templo. Nos perdemos pelas ruelas charmosas de Ninenzaka e Sannenzaka, onde as casinhas de madeira criam um cenário perfeito. Em Arashiyama, caminhamos pelo Bamboo Grove e visitamos o Templo Tenryu-ji e o Parque Kameyama-koen.
Uma das experiências mais incríveis foi a cerimônia do chá em Gion, onde também vestimos quimonos e aprendemos mais sobre essa tradição japonesa. Também exploramos Pontocho, um beco estreito repleto de restaurantes aconchegantes à beira do rio Kamo. O clima ali é incrível, especialmente à noite, com lanternas iluminando as fachadas das casas de chá.
Outro destaque é a Torre de Kyoto, o ponto mais alto da cidade. De lá, tivemos uma vista panorâmica de 360° que misturava templos históricos e a modernidade da cidade.
Não podemos nos esquecer do Nishiki Market, onde provamos sabores diferentes e ainda passamos no Kyoto Samurai and Ninja Museum, onde tivemos a chance de cortar bambus com uma katana em uma aula de Tameshigiri – nos sentimos verdadeiros samurais!haha

PARTE 3 – MONTE FUJI (1 NOITE)
De Kyoto, seguimos para Fujikawaguchiko, aos pés do Monte Fuji. O plano era ver o Fuji em todo o seu esplendor, mas, como acontece com muitos viajantes, ele resolveu se esconder atrás das nuvens. Ainda assim, o dia foi incrível.
Nosso guia, Yoshio nos levou para lugares incríveis. As Cascatas de Shiraito, com suas águas cristalinas, foram um espetáculo à parte. Passamos pelo Lake Motosuko, aquele das notas de 1.000 ienes, e exploramos a densa Floresta de Aokigahara, conhecida por suas lendas e pelo silêncio absoluto. Dentro dela, visitamos a Caverna do Vento Fugaku e a Caverna de Gelo Narusawa, experiências subterrâneas que nos impressionaram com suas formações vulcânicas.
No Saiko Iyashino Sato Nenba, um vilarejo reconstruído com casas tradicionais, aproveitamos para experimentar um udon quentinho no Restaurante Satoyama. Já no Oishi Park, apreciamos a paisagem florida e experimentamos um delicioso sorvete de lavanda com blue rose.
Nosso último destino foi a Pagoda Chureito, em Fujiyoshida. Subir suas escadarias foi um esforço que valeu cada passo. Lá de cima, tivemos uma das vistas mais icônicas do Japão: a pagoda vermelha emoldurada pelo Monte Fuji – uma cena que parece saída de um cartão-postal.
À noite, tivemos uma experiência única em um ryokan tradicional. O destaque foi a banheira privativa ao ar livre na cobertura, com uma vista incrível para o Monte Fuji.

PARTE 4 – TOKYO (6 NOITES)
Depois da calmaria do Monte Fuji, chegamos a Tokyo, a cidade onde tradição e modernidade coexistem de um jeito único. Nada te prepara para o impacto de Tokyo. É luzes por todos os lados, arranha-céus futuristas, bairros cheios de personalidade e uma energia que não para. Cada dia foi uma imersão em um lado diferente da cidade, e a cada esquina, algo novo e inesperado. Passamos seis dias explorando seus contrastes, entre arranha-céus futuristas, templos históricos, ruas lotadas e mercados cheios de sabores incríveis.
A modernidade está em toda parte, e alguns lugares representam bem esse lado de Tokyo. O Shibuya Sky oferece uma vista panorâmica surreal da cidade, e em Odaiba, a arquitetura futurista mostra um Japão diferente. O TeamLab Planets foi uma das experiências mais imersivas da viagem, onde andamos descalços por instalações de arte digital que parecem desafiar a realidade.
Mas Tokyo também é tradição. No bairro de Asakusa, o Templo Senso-ji impressiona com sua grandiosidade e seu enorme portão vermelho. O Santuário Meiji Jingu, cercado por uma floresta densa, é um verdadeiro refúgio no meio da cidade. Já no Palácio Imperial, o contraste entre o passado e os arranha-céus ao fundo mostra bem como Tokyo se reinventa sem perder sua história.
Cada bairro tem sua própria identidade. Em Harajuku, a mistura de estilos é fascinante: de um lado, a sofisticação de Omotesando e suas lojas de luxo, do outro, o caos colorido da Takeshita Street, cheia de lojas excêntricas e doces fofos. Ginza impressiona pelo glamour e suas vitrines impecáveis, enquanto Akihabara é um paraíso geek, lotado de lojas de games, eletrônicos e animes. Shinjuku ganhou nossa atenção tanto de dia, com seus enormes prédios e letreiros de neon, quanto à noite, quando as ruas de Golden Gai e Omoide Yokocho se enchem de vida nos minúsculos bares escondidos entre becos estreitos.
E como falar de Tokyo sem mencionar sua gastronomia? O Tsukiji Fish Market foi parada obrigatória para provar um dos peixes mais frescos da viagem, e cada bairro tinha suas próprias delícias — desde lamen fumegante até doces tradicionais servidos em mercados de rua.
Além de tudo isso, ainda teve espaço para um toque de magia na viagem. Passamos um dia na Tokyo DisneySea, um parque diferente de tudo o que já vimos, com uma ambientação impecável.
Aproveitamos um dia para conhecer Yokohama, cidade portuária cheia de charme. O Shin-Yokohama Ramen Museum foi um verdadeiro paraíso para os amantes de lamen, com diferentes estilos de todo o Japão. No Cup Noodle Museum, montamos nosso próprio cup noodle personalizado, uma experiência divertida.
O calçadão de Minato Mirai 21 foi um dos lugares mais gostosos para caminhar e sentir a atmosfera relaxada da cidade. Entre um passeio pelo Yokohama Cosmo World, uma parada no Marine and Walk Mall e um café no Red Brick Warehouse, aproveitamos cada detalhe desse pedacinho do Japão. Para fechar o dia, subimos ao observatório da Yokohama Landmark Tower, onde a vista da cidade iluminada se revelou um espetáculo à parte.

COMPRAS
Fazer compras no Japão é muito mais do que simplesmente adquirir produtos; é embarcar em uma verdadeira experiência cultural. Desde lojas de departamento sofisticadas até pequenas lojinhas escondidas de rua, cada cantinho oferece algo especial. As lojas são extremamente organizadas e bem decoradas, e você vai se pegar desejando comprar tudo!
Apesar da fama de ser um país caro, é possível encontrar bons preços e muitos produtos acessíveis. E não se esqueça do Tax Free, que permite a recuperação de parte dos impostos em diversas lojas. Basta apresentar o passaporte no momento da compra — simples e vantajoso!
O Japão é conhecido mundialmente por sua tecnologia de ponta e produtos eletrônicos de altíssima qualidade. Lojas como Bic Camera e Yodobashi Camera são verdadeiros paraísos para quem busca celulares, câmeras, secadores, fones de ouvido e uma infinidade de eletrônicos. Apenas atenção à voltagem: os eletrônicos no Japão operam em 100V, o que pode causar incompatibilidades no Brasil. Isso aconteceu comigo — comprei um secador Dyson e, ao chegar aqui, ele não funcionou. Tive que trocar o motor. Por isso, é recomendável sempre conferir a voltagem antes da compra.
Para os amantes de design e experiências imersivas, vale muito conhecer o Galaxy Harajuku, um edifício de sete andares que oferece ativações tecnológicas e exposições sensoriais assinadas pelo coletivo artístico teamLab.
Para os apaixonados por moda, o Japão é uma referência global. Por lá, você encontra desde o streetwear ousado até a alta costura elegante. Marcas como Uniqlo, A Bathing Ape, GU, Wego, Shimamura, Comme des Garçons, Beams, United Arrows, Yohji Yamamoto e Issey Miyake oferecem uma gama completa de estilos — do básico ao criativo, do acessível ao conceitual. E se você é fã de tênis, a ABC Mart e a Atmos são paradas obrigatórias para encontrar modelos exclusivos.
Além das lojas de moda, não deixe de visitar as icônicas lojas de departamento japonesas, como Isetan, Mitsukoshi, Matsuya, Takashimaya, Hankyu, Daimaru e Ginza Six. Todas oferecem desde marcas internacionais de luxo até produtos japoneses exclusivos, em espaços lindíssimos. E se estiver em Kyoto, vale muito dar uma passada na Kyoto BAL, um centro de lifestyle moderno com curadoria impecável.
Aliás, se o seu negócio são grifes, além das lojas de departamento, não deixe de explorar Ginza, um bairro sofisticado e repleto de boutiques de marcas internacionais, com lindas fachadas. E logo ali, Omotesando é considerada a Champs-Elysées de Tokyo, uma avenida larga, arborizada e com vitrines de design impressionante. Não deixe de visitar o Tokyu Plaza Omotesando, com sua icônica escada rolante que atravessa um túnel de espelhos — é uma das fotos mais instagramáveis de Tokyo. Outro lugar muito legal na região é a Cat Street, cheia de lojinhas charmosas e descoladas.
Outra dica imperdível para quem ama moda é explorar os brechós de luxo japoneses. Tokyo é cheia de lojas especializadas em peças de segunda mão impecáveis, muitas vezes de grifes famosas e em excelente estado. Vale se perder pelas ruas de bairros como Harajuku e Shibuya, onde brechós como AMORE Tokyo, Vintage Qoo e Casanova Vintage oferecem uma curadoria de peças impecável.
Se você ama cultura pop e universo geek, o Japão é simplesmente o paraíso. Os fãs de anime e mangá enlouquecem em lugares como Akihabara e Ikebukuro em Tokyo, e Nipponbashi em Osaka — regiões inteiras dedicadas ao mundo otaku, onde você encontra figures, camisetas, colecionáveis, artigos de cosplay e tudo o que imaginar.
Na mesma linha, as lojas temáticas são atrações por si só. Visite espaços como a Sanrio, Disney Store, Pokémon Center, Nintendo, Ghibli e muitos outros, todos com produtos exclusivos e decorações imersivas que tornam a experiência ainda mais divertida. Para quem é apaixonado por música, a loja da Fender também é muito legal. Um espaço interativo e moderno, onde você pode testar instrumentos gratuitamente e mergulhar no universo da marca. Ah, e se você tem pets, vale a pena dar uma passada na Pet Paradise — há coisas lindas para o seu animal de estimação!
Quando o assunto é beleza, o Japão não decepciona. Os cosméticos japoneses são reconhecidos no mundo inteiro por sua qualidade e inovação. Marcas como Shiseido, SK-II, Hada Labo, Senka, Obagi, Bioré, Shu Uemura, Hadabisei, Sekkisei, Tatcha e DHC estão entre as mais queridinhas. Máscaras faciais, protetores solares e maquiagens são algumas das melhores compras que você pode fazer. Prepare-se para passar horas em lojas como Cosme, Matsumoto Kiyoshi e Ainz & Tulpe, que têm uma variedade enorme de produtos incríveis. Outra dica para quem ama cosméticos é visitar a Yoroshi Cosmetics, uma lojinha localizada na Nakamise-dori, em Asakusa. Entre os destaques estão os protetores labiais personalizados com a data exata de aniversário, uma ideia super original para presentear ou colecionar.
Se você prefere algo com mais valor cultural, o Japão também oferece uma seleção impressionante de artesanato tradicional — como quimonos, cerâmicas, leques e objetos decorativos únicos. As ruas de Higashiyama em Kyoto e Nakamise em Tokyo são ideais para esse tipo de compra, com lojinhas típicas e cheias de história.
Para quem está em busca de achadinhos, as lojas de 100 ienes, como Daiso, Seria, 3 Coins e Can Do, são absolutamente imperdíveis. Essas lojas oferecem uma infinidade de produtos criativos e funcionais por preços muito baixos. Dá vontade de levar tudo! Para quem está no Brasil e quer ter uma ideia do que esperar dessas lojas no Japão, a Daiso também tem filiais em algumas cidades brasileiras.
As famosas kombinis (lojinhas de conveniência), como 7-Eleven, Family Mart e Lawson, , também são ótimos lugares para comprar lanches rápidos ou itens de última hora, e muitas delas funcionam 24 horas.
Se você curte utensílios de cozinha e ama tudo relacionado ao universo culinário, não pode deixar de ir à Kappabashi-dori, em Tokyo, conhecida como “Kitchen Town”. É uma rua repleta de lojas especializadas onde você encontra desde facas profissionais japonesas até louças e objetos de decoração de restaurante.
Para quem busca artigos para casa e decoração, duas marcas que merecem destaque são a Francfranc e a Nitori, ambas com estilo acessível e variedade enorme de produtos para todos os gostos.
Outra parada obrigatória é a Muji, marca japonesa minimalista e funcional, que oferece desde roupas e acessórios até móveis, papelaria e cosméticos — tudo com aquele design limpo e inteligente que a gente ama. Já a G. Itoya, em Ginza, é um verdadeiro paraíso da papelaria criativa e sofisticada, perfeita para quem ama cadernos, canetas e itens organizacionais.
E por fim, não dá pra ir ao Japão sem conhecer a Tokyu Hands e a Loft, duas lojas super completas com tudo o que você imaginar: papelaria, organização, beleza, ferramentas, presentes criativos e muito mais.
E, claro, não podemos nos esquecer da famosa Don Quijote, um verdadeiro ícone do varejo japonês. É aquele tipo de loja onde você encontra de tudo um pouco: comidas, cosméticos, eletrônicos, fantasias, lembrancinhas, snacks esquisitos e gadgets curiosos — tudo a preços bem atraentes e com aquele jeitão bagunçado que já virou marca registrada.


LEMBRANÇAS PARA TRAZER DO JAPÃO
Se você está visitando o Japão e quer levar um pedaço da cultura japonesa com você, há diversas opções de souvenires que representam tradições seculares e a modernidade do país. Aqui estão algumas sugestões de lembranças que são significativas e verdadeiramente japonesas:
- Daruma: Um talismã tradicional japonês que simboliza perseverança e sorte. Ao comprar um Daruma, pinta-se um olho ao fazer um desejo e o segundo ao realizá-lo. Quando o objetivo é alcançado, o ritual é finalizado com a queima do Daruma.
- Maneki-neko: A famosa estátua do gatinho acenando é um símbolo de boa sorte e prosperidade. É um excelente presente para quem deseja atrair boas energias.
- Omamori: Amuletos vendidos em templos e santuários, feitos de tecido e contendo orações específicas para proteção, saúde, amor ou sucesso.
- Matcha: O chá verde em pó japonês é conhecido por seus benefícios à saúde e sabor único. Além de bebidas, o matcha está presente em sobremesas, chocolates e até cosméticos, sendo uma ótima lembrança para os apreciadores da culinária japonesa.
- Sake: O tradicional vinho de arroz japonês é uma excelente lembrança. O Japão oferece diversas variedades regionais de sake, sendo possível encontrar o estilo que mais agrada ao paladar.
- Senbei: Biscoitos de arroz crocantes, ideais para compartilhar com amigos e familiares.
- Wagashi: Doces japoneses delicados, feitos com ingredientes como feijão azuki e mochi.
- Kokeshi Dolls: Bonecas de madeira pintadas à mão, originárias do norte do Japão.
- Tenugui: Lenços de algodão com padrões tradicionais japoneses, usados para diversas finalidades, como toalha, acessório ou item decorativo.
- Hanko: Selos personalizados usados para assinar documentos no Japão. Você pode mandar fazer um Hanko com seu nome em katakana, tornando-o um souvenir único.
- Kimonos: Vestimentas tradicionais japonesas, disponíveis em diversas estampas e materiais.
- Hashi: Pauzinhos japoneses decorados, frequentemente feitos de madeira ou bambu. Algumas lojas oferecem personalização com nomes, tornando-os presentes especiais.
- Leques: Leques dobráveis japoneses, pintados à mão com padrões belos e detalhados.
- Kit Kat japonês: Embora não seja originalmente japonês, o Kit Kat tornou-se um sucesso no Japão. Com mais de 20 sabores exclusivos, como matcha, batata-doce e sake.
- Cerâmica japonesa: Muito valorizada por sua qualidade e tradição. As cerâmicas de Saga e Arita são especialmente famosas por sua beleza e refinamento.

NA CULTURA POPULAR
O Japão é um país que encanta o mundo com sua rica cultura e história milenar. Esse fascínio se reflete nas inúmeras produções cinematográficas e televisivas que escolhem o arquipélago como cenário ou fonte de inspiração. Ao longo dos anos, o Japão tem sido palco de narrativas que misturam tradição e modernidade, explorando temas que vão desde o cotidiano pacífico do interior até os mistérios sobrenaturais das grandes cidades.
A singularidade do Japão, com sua cultura profundamente enraizada em costumes tradicionais, sua tecnologia avançada e seus cenários naturais deslumbrantes, é uma combinação que atrai diretores e roteiristas de diversas partes do mundo. Essas produções não apenas capturam a essência do país, mas também introduzem aspectos únicos da cultura japonesa para um público global.
Além disso, o Japão é o berço de várias criações que impactaram a cultura pop mundial. Séries como Naruto, com suas influências ninjas e mitologia japonesa, Pokémon, que trouxe regiões inspiradas na geografia do Japão, e Hello Kitty, um ícone da cultura kawaii japonesa, se tornaram fenômenos globais. One Piece e Dragon Ball, embora ambientados em mundos fictícios, também são criações japonesas que deixaram sua marca na indústria global de entretenimento, consolidando o Japão como um dos maiores exportadores de cultura pop.
Tanto no cinema quanto na TV, o Japão tem sido retratado em diferentes momentos históricos e situações contemporâneas. As paisagens bucólicas e os templos antigos são frequentes em dramas históricos e filmes de samurais, enquanto as cidades vibrantes e futuristas servem de pano de fundo para narrativas de ficção científica e animação.
Veja abaixo o nome de algumas produções que são criações japonesas, ou que têm o Japão como cenário ou inspiração, para já ir conhecendo e entrando no clima desse lugar maravilhoso.


DICAS E CURIOSIDADES
IC Card: No Japão, os trens locais, metrôs e ônibus utilizam IC Card (Circuito Integrado), um método prático de pagamento por aproximação. O IC Card é um cartão pré-pago que pode ser usado não só em transportes, mas também em lojas de conveniência e máquinas de venda automática. Com esse cartão, você entra e sai das estações sem a necessidade de comprar um bilhete a cada viagem. Usar o cartão é simples: encoste-o nas catracas ao entrar e sair das estações, e o sistema debitará automaticamente o valor correto da tarifa.
Cada região do Japão tem sua própria versão do cartão IC. Por exemplo, na região de Kansai (Osaka), o cartão utilizado é chamado de Icoca; em Kanto (Tokyo), os cartões Suica ou Pasmo são os mais comuns. Contudo, todos funcionam de maneira idêntica em todo o país.
Você pode adquirir esses cartões nas máquinas de autoatendimento das estações e nos aeroportos ou para aqueles que possuem iPhones, uma opção ainda mais conveniente é adicionar o cartão IC à sua carteira digital (Apple Wallet). Isso elimina a necessidade de um cartão físico, permitindo recarregar o saldo diretamente pelo Apple Pay. Utilizamos essa opção durante nossa viagem e foi extremamente prático. Clique aqui para ver o passo a passo.
Apps essenciais no Japão: Quando estiver no Japão, alguns aplicativos serão seus melhores amigos. Os que mais usamos foram:
- Google Maps: Indispensável! Ele é extremamente útil para planejar itinerários, fornecendo todas as informações sobre transporte público. Basta inserir o ponto de partida e o destino, e ele te dará instruções detalhadas, incluindo preço, duração do percurso, número da plataforma e a saída de metrô mais próxima. Como as estações no Japão são enormes, essa função é essencial para evitar se perder.Outra dica valiosa é baixar mapas offline do Japão para uso sem internet e marcar os pontos que você quer visitar.No entanto, percebemos uma limitação do Google Maps ao pesquisar horários do Shinkansen: ele destaca frequentemente os trens Nozomi e Mizuho, que não são cobertos pelo JR Pass, e não exibe todas as opções disponíveis. Para consultas mais completas, recomendamos o site Japan Travel by Navitime, que oferece horários e itinerários de todas as companhias de trem no Japão – foi essencial para planejarmos nossos percursos.
- Google Tradutor: Esse aplicativo é um verdadeiro salvador! Com ele, você pode traduzir textos por foto, facilitando a leitura de menus de restaurante, placas e avisos. Basta tirar uma foto e ele traduz automaticamente. Além disso, permite a tradução de conversas em tempo real, tornando a comunicação muito mais fácil. Sem dúvida, será seu melhor amigo na viagem!
- App Conversor de moeda: Para acompanhar os valores em ienes e evitar surpresas, usamos o Currency, mas hoje muitos celulares já possuem uma calculadora com conversão integrada para outras moedas.
Internet: A primeira coisa que você precisa fazer para garantir uma viagem sem estresse é ter internet. Você vai precisar dela para ver mapas, rotas, pesquisar informações, traduzir rótulos de embalagens e cardápios de restaurantes, fazer conversão de moeda, entre outras coisas. Internet é a primeira coisa que você tem que pensar.
Nós tínhamos um pacote internacional da Vivo que oferecia 1GB por dia, mas isso era pouco. Por isso, alugamos um Pocket WiFi, um aparelhinho de WiFi portátil que realmente funciona muito bem. O aparelho veio com 100GB e, no início, a velocidade era bem rápida e funcionava com vários dispositivos ao mesmo tempo. Porém, a franquia se esgota muito rápido, mesmo desligando várias funções que consomem internet, a internet voa.
Se você for alugar, recomendo só ligar quando realmente precisar, para evitar ficar sem internet. Uma noite esquecemos de desligar e consumimos cerca de 15GB de uma vez. No final, faltando uns 4 dias para terminar a viagem, a franquia acabou. Tentamos comprar mais, mas não era possível; teríamos que alugar um novo Pocket WiFi e não tínhamos tempo. Aí nos viramos com o da Vivo e com os Wifis dos lugares, porque muitos lugares têm, apesar de acharmos que a internet dos ônibus e trens não era tão boa quanto ouvimos falar.
Para contratar o serviço é muito fácil. Você pode escolher pegar no aeroporto ou pedir para entregar no seu hotel, que foi o que fizemos. Nós contratamos o serviço pela Gema Turismo aqui no Brasil. Quando chegamos ao primeiro hotel em Osaka, o aparelho já estava lá (junto com carregador, power bank e envelope para devolução). Na hora da devolução, é só colocar tudo no envelope e depositar em uma caixa de correio, que você encontra em toda esquina, inclusive nos aeroportos.
Tax Free: Em dias de compras, ande sempre com o seu passaporte, pois a maioria das lojas oferece isenção de impostos para turistas, com o desconto aplicado na hora da compra. Para ter a isenção dos 10% de imposto sobre a compra, é necessário gastar pelo menos ¥5.000 e no máximo ¥500.000 por dia, por loja, e não se esqueça de informar ao caixa que você deseja o tax-free. Em algumas lojas, o valor do imposto é deduzido diretamente no caixa. Em outras, o valor total é cobrado e o reembolso deve ser retirado em um balcão específico dentro da própria loja. Os produtos comprados com isenção de imposto não devem ser consumidos no Japão, e algumas lojas embalam os itens em sacolas lacradas. Durante nossa viagem, utilizamos alguns produtos antes de sair do país e, no aeroporto, ninguém conferiu os recibos com as compras. Pelo que ouvimos, os japoneses valorizam muito o princípio da confiança. No entanto, para evitar qualquer problema, é recomendável levar produtos de alto valor na mala de mão, caso seja necessário apresentá-los, como acontece na Europa. Toda precaução é válida.
Takkyubin: Viajar pelo Japão é extremamente fácil, especialmente graças ao serviço Takkyubin, que permite despachar suas malas de uma cidade para outra com total comodidade e segurança. Se você pretende viajar de trem e passar por várias cidades, essa é uma excelente opção para enviar suas bagagens diretamente ao destino final, evitando o incômodo de carregar malas pesadas pelo caminho. Quem já viajou para países onde o trem é o principal meio de transporte, mas não há esse tipo de serviço, sabe como pode ser trabalhoso subir e descer escadas, embarcar e desembarcar carregando malas grandes. Já passamos por muitos perrengues assim na Europa, mas no Japão, o Takkyubin foi uma verdadeira salvação! O serviço facilitou tanto nossa viagem que ficamos impressionados com sua eficiência. Sempre que chegávamos ao próximo hotel, nossas malas já estavam lá, em perfeito estado, dentro do quarto. Enquanto isso, viajávamos o dia inteiro apenas com uma mochila, sem nenhuma preocupação. Utilizar o serviço é simples e prático. Basta informar na recepção do hotel que deseja enviar sua bagagem, e eles preencherão um formulário para você. As malas devem ser despachadas um dia antes da sua chegada ao próximo destino, pois a entrega normalmente ocorre no dia seguinte. O hotel entra em contato com seu próximo local de hospedagem para confirmar a reserva e a entrega. Em seguida, suas malas são medidas para calcular o valor do serviço, que varia conforme o tamanho e peso da bagagem. Em média, despachar uma mala de 23 kg custa a partir de ¥2.500. Essa facilidade faz toda a diferença para quem deseja explorar o Japão sem o incômodo de carregar malas pesadas.
Reserve tempo para conhecer as estações de metrô principais. No Japão, as estações de metrô não são apenas para transporte – muitas delas funcionam como verdadeiros centros comerciais subterrâneos, cheios de lojas, restaurantes e cafés. Algumas parecem shoppings completos! Se tiver tempo, vale explorar essas estações, que também oferecem uma visão da cultura pop japonesa, com propagandas de animes e mascotes animados.
Ingressos para atrações: compre com antecedência!: Muitas atrações turísticas no Japão não possuem sites ou a opção de compra antecipada. No entanto, para parques maiores como Universal Studios Osaka e Tokyo Disney, é possível adquirir os ingressos online, tanto pelo site oficial dos parques quanto por revendedores autorizados. É altamente recomendável comprá-los com antecedência para evitar imprevistos.
- Uma dica importante: ao tentar comprar ingressos no site oficial da Universal Studios Japan, pode ser que seu cartão de crédito do Brasil não funcione. Tivemos essa experiência e não conseguimos finalizar a compra com nenhum dos nossos cartões. A solução foi adquirir os ingressos pelo KLOOK, um site que vende entradas oficiais para diversas atrações no Japão. A compra foi super tranquila e sem problemas.
- Tokyo DisneySea e Disneyland – Para aproveitar ao máximo sua visita à Disney, utilize o FastPass gratuito, disponível tanto nas máquinas em frente às atrações quanto pelo aplicativo Tokyo Disney Resort. Você pode pegar um FastPass a cada duas horas, então vale a pena planejar bem o seu dia. O aplicativo também permite acompanhar os tempos de espera, horários de shows e paradas, facilitando a organização da sua visita.
- Universal Studios Japan – Se quiser visitar o Super Nintendo World, há duas formas de garantir a entrada. A primeira, e mais recomendada, é comprando um Express Pass, que além de garantir o acesso ao Nintendo World, também reduz o tempo de espera em outras atrações populares do parque. As filas nessa área são imensas, então essa é a melhor opção para quem não quer perder tempo. A segunda alternativa é tentar conseguir um Timed Entry Ticket pelo aplicativo da Universal Studios Japan assim que chegar no parque. Esse ingresso gratuito depende de sorteio e libera a entrada em horários específicos, mas não há garantia de que você conseguirá.
- Para atrações como o Team Labs e o Shibuya Sky, em Tokyo, é importante fazer reservas com dias de antecedência. Essas atrações populares costumam esgotar rapidamente.
Uma metrópole dentro de várias cidades: Uma das coisas que mais nos surpreendeu foi descobrir que Tokyo não é uma cidade única, e sim uma metrópole gigantesca formada por 23 municípios. Cada um funciona como uma cidade independente, com suas próprias características, o que faz com que Tokyo tenha uma diversidade absurda em arquitetura, gastronomia, cultura, parques e museus. No entanto, as distâncias podem ser longas, então planejar o itinerário diário com cuidado é essencial. Uma dica valiosa é agrupar as atividades e escolher restaurantes dentro do mesmo bairro para evitar perder tempo se deslocando de um lado para outro.
Segurança: A sensação de segurança nas ruas do Japão é impressionante. É comum ver crianças indo sozinhas para a escola e pessoas caminhando à noite sem qualquer preocupação. Mesmo em becos e áreas menos movimentadas das grandes cidades, a tranquilidade prevalece. Durante nossa viagem, andamos tarde da noite por várias partes das cidades, passando por becos escuros, sem nunca nos sentirmos ameaçados. Parece que sempre há pessoas por perto, e você não vê olhares suspeitos ou atitudes estranhas. Isso faz do Japão um dos lugares mais seguros em que já estivemos.
Educação e cortesia no dia a dia: O respeito pelo coletivo faz parte da cultura japonesa. Desde pequenos, os japoneses aprendem a seguir regras que garantem o bom funcionamento da sociedade. Esse senso de disciplina está presente em tudo: filas organizadas, silêncio nos transportes públicos, cumprimento rigoroso de horários e um respeito mútuo que torna qualquer interação mais harmoniosa. Pequenas diferenças culturais que fazem toda a diferença:
- Muitos restaurantes no Japão funciona com pagamento direto no caixa. Depois de comer, leve sua conta até o balcão e pague antes de sair.
- Ao pagar em lojas e restaurantes, você verá uma pequena bandeja ao lado do caixa. O costume é colocar o dinheiro na bandeja em vez de entregar diretamente à pessoa. O troco também será devolvido da mesma forma.
- Não tente dar gorjeta no Japão. O serviço já está incluído no preço, e insistir pode até ser visto como falta de educação.
- Diferente de outras culturas, os japoneses evitam toque físico ao interagir com desconhecidos. Nada de encostar nas pessoas para chamar a atenção ou segurar no braço para pedir informações.
- No Japão, o aperto de mão não é comum. O cumprimento tradicional é a reverência, e a inclinação do corpo varia de acordo com o nível de respeito. Quanto mais profunda, mais formal e respeitosa.
- Falar alto em locais públicos, como restaurantes e transportes, é considerado falta de educação no Japão. Nos trens e metrôs, as pessoas costumam conversar em voz baixa e evitar telefonemas para não incomodar os outros passageiros. Mesmo em lugares lotados, o ambiente tende a ser tranquilo, algo impensável em muitos outros países.
- No Japão, não é comum ver pessoas comendo enquanto andam. Há exceções, como em festivais, parques de diversão e nos trens Shinkansen, mas, no geral, os japoneses preferem parar para comer antes de seguir caminho. Muitos comem na porta dos estabelecimentos onde compraram a comida, mas raramente você verá alguém andando e comendo ao mesmo tempo.
- As ruas do Japão são extremamente limpas, em parte porque há poucas lixeiras públicas. Por questões de segurança, lixeiras foram removidas de muitos locais, então cada pessoa é responsável por levar seu lixo para casa ou para o hotel. Para facilitar, carregar uma mochila pode ser mais prático do que uma bolsa pequena, pois permite guardar embalagens e garrafas até encontrar um local adequado para descarte.
Você vai andar muito!: Se tem uma coisa que aprendemos na prática foi que andar faz parte da experiência. As cidades japonesas são extremamente caminháveis, e os pontos turísticos muitas vezes exigem boas caminhadas. Escolher calçados confortáveis faz toda a diferença. Melhor estar bem para explorar tudo do que se preocupar em ficar “bonito para a foto”.
Respeito: Se estiver em Kyoto, principalmente no bairro de Gion, respeite as gueixas e suas aprendizes, as maiko. Evite fotografá-las sem permissão e jamais tente impedi-las de seguir caminho. Infelizmente, a invasão da privacidade dessas artistas por turistas desrespeitosos tem sido um problema tão grande que algumas ruas colocaram placas proibindo fotos.
Guias locais fazem toda a diferença: Ter um guia pode fazer toda a diferença na experiência de viagem pelo Japão. Além de ajudar na comunicação, um bom guia proporciona informações valiosas sobre a história dos locais e leva a lugares menos turísticos. Durante nossa viagem, tivemos experiências incríveis com guias que recomendamos muito! Em Tokyo, a Letícia Higuchi foi fundamental para entendermos melhor a cidade e sua cultura. Já no Monte Fuji, o Yoshio, da Turismo Triunfo, nos proporcionou um passeio inesquecível pela região. Indicamos demais os dois! Outros guias que não tivemos a chance de conhecer, mas que foram muito bem recomendados: Piti Koshimura, Roberto Maxwell, Kalu, Jane Hoshino, Kimie Guia Kyoto e Luiz Seu Guia Em Tokyo.
Ideal fazer as reservas dos restaurantes com antecedência: especialmente se estiver de olho em algum lugar concorrido. No Japão, muitos restaurantes renomados exigem reservas feitas com semanas — ou até meses — de antecedência. Planejar com tempo pode garantir experiências gastronômicas incríveis e evitar frustrações durante a viagem.
Celulares Japoneses: No Japão, todos os celulares vendidos são programados para emitir um som ao tirar fotos, e essa configuração não pode ser desativada, nem mesmo no modo silencioso. Essa medida foi adotada para evitar fotos indevidas e garantir a privacidade das pessoas, principalmente em locais públicos. Essa atenção à segurança reflete o forte compromisso da sociedade japonesa com o respeito ao espaço pessoal e a proteção dos cidadãos, especialmente das mulheres.
Banheiros Japoneses: No Japão, a experiência dos banheiros pode ser surpreendentemente tecnológica. Existem dois tipos principais de banheiros: o estilo japonês, que é essencialmente um buraco no chão, e o estilo ocidental, semelhante aos que estamos acostumados, com privada alta. Nas grandes cidades, é comum encontrar ambos os tipos de banheiros, então se preferir o estilo ocidental, geralmente é só procurar uma cabine diferente. Independentemente do tipo, um aspecto que todos os banheiros compartilham no Japão é a limpeza excepcional. São notavelmente bem cuidados e mantidos. A cereja do bolo são os banheiros com privadas tecnológicas. Esses vasos não são apenas um lugar para sentar; eles vêm equipados com um painel de controle que permite ajustar a temperatura, a intensidade do jato de água e, em alguns casos, até tocam músicas. Essas características fazem dos banheiros japoneses uma curiosa atração turística por si só.
Templos e Santuários no Japão: O Japão abriga templos budistas e santuários xintoístas, espaços espirituais essenciais na cultura japonesa. Embora possam parecer semelhantes, eles possuem propósitos distintos e rituais específicos. Antes de visitar, vale a pena conhecer suas diferenças, pois muitos têm histórias fascinantes e detalhes arquitetônicos impressionantes.
- Santuários Xintoístas: Os santuários são dedicados aos kami, divindades veneradas no xintoísmo que representam forças da natureza e os antepassados. Seus nomes geralmente incluem os sufixos “Jinja”, “Jingu” ou “Taisha”, indicando sua função religiosa. A entrada é marcada por um torii, um portão que simboliza a transição do mundo profano para o sagrado. Os santuários costumam ter cores vibrantes, principalmente vermelho e laranja, simbolizando proteção contra espíritos malignos. No entanto, alguns adotam tons naturais, como madeira não pintada, transmitindo uma sensação de harmonia com a natureza.
- Templos Budistas: Os templos são locais de meditação e culto a Buda, frequentemente nomeados com os sufixos “-ji” ou “-dera”. Suas estruturas incluem sanmon (portões de entrada), pagodes e salões de oração. Diferente dos santuários, os templos budistas tendem a apresentar cores mais sóbrias e naturais, predominando tons amadeirados e dourados, transmitindo serenidade e espiritualidade. Muitos templos possuem grandes queimadores de incenso, onde visitantes podem purificar-se antes da oração.
Omikuji: Nos templos e santuários do Japão, é comum encontrar as famosas tiras de papel com previsões sobre o futuro. O ritual tradicional envolve sacudir uma caixa cheia de palitos numerados até que um caia. O número sorteado indica a gaveta de onde você deve pegar sua previsão, que pode ser boa ou ruim. Se a sorte estiver ao seu lado, guarde a omikuji com você para atrair boas energias. Mas, se a previsão não for tão favorável, a tradição manda amarrá-la em uma estrutura dentro do templo, simbolizando que você está deixando a má sorte para trás. Fizemos várias tentativas para ver o que o destino nos reservava – é sempre bom ter uma moeda no bolso para participar dessa tradição!
Cultura Kawaii: “Kawaii” significa adorável, fofinho, bonito – e no Japão, essa estética vai muito além de uma simples preferência, ela está presente em todos os aspectos da vida. Desde personagens icônicos como Hello Kitty até mascotes que aparecem em estações de metrô, lojas e até prédios do governo, o kawaii cria uma atmosfera de alegria e acolhimento. A cultura Kawaii surgiu após a Segunda Guerra Mundial e, desde então, se tornou um dos elementos mais fortes da identidade japonesa. Você percebe essa influência no jeito das pessoas, no design dos produtos e até em embalagens do dia a dia.
Game Centers: Os game centers são um verdadeiro paraíso para quem ama jogos. Espalhados por todo o país, esses lugares têm de tudo: simuladores de corrida, jogos de tiro, dança, máquinas purikura (cabines fotográficas) e gashapon (dispensadores de brinquedos encapsulados). Entre os jogos mais populares estão os simuladores de corrida, shooters em primeira pessoa e as famosas UFO catchers, onde os jogadores tentam pegar prêmios com uma garra mecânica. Algo que nos surpreendeu foi a quantidade de adultos frequentando esses locais, diferente do Brasil, onde arcades costumam ser voltados para crianças. Isso se deve, em parte, à grande oferta de prêmios colecionáveis e action figures, itens muito valorizados por fãs de animes e cultura geek. Alguns game centers famosos no Japão incluem Taito Station, SEGA e Round1.
Pachinko: é um dos jogos de azar mais populares do Japão, uma mistura de caça-níqueis com pinball. Os jogadores compram bolas de metal e tentam encaixá-las em buracos específicos para ganhar prêmios. Por causa das leis japonesas que proíbem apostas em dinheiro, os prêmios podem ser trocados por fichas, que por sua vez podem ser trocadas por dinheiro em locais adjacentes. Os salões de Pachinko são barulhentos, coloridos e cheios de gente, sendo uma parte importante da cultura de entretenimento japonesa. Mesmo que você não jogue, vale a pena entrar em um para ver a experiência!
Bueiros: No Japão, até os bueiros são um espetáculo à parte! Cada cidade tem seus próprios designs, muitos deles coloridos e cheios de significado, representando pontos turísticos, lendas locais ou até personagens de anime. Essa atenção aos detalhes mostra o carinho que os japoneses têm pelo espaço urbano, transformando algo tão comum em pequenas obras de arte espalhadas pelas ruas.
Ryokan: Os ryokans são pousadas tradicionais japonesas que proporcionam uma experiência imersiva na cultura do país. Em vez de camas convencionais, os hóspedes dormem sobre tatamis e futons, e muitos ryokans incluem onsens (banhos termais). O serviço é marcado pelo omotenashi, a hospitalidade japonesa, que valoriza o cuidado e a atenção aos detalhes. Existem algumas regras a serem seguidas: ao entrar, deve-se remover os sapatos e usar chinelos fornecidos pelo local. Também é comum vestir um yukata (robe de algodão leve) para circular pelo ryokan. Nos hospedamos em um e adoramos a experiência.
Onsens: Os onsens são muito mais do que simples banhos termais no Japão – eles fazem parte de uma tradição centenária de relaxamento e bem-estar. A água, naturalmente aquecida por atividade vulcânica, tem temperaturas entre 38°C e 42°C, e seus minerais trazem benefícios como melhora da circulação e alívio do estresse. Os onsens podem ser públicos ou privados, divididos por gênero ou mistos. Durante nossa viagem, tivemos a oportunidade de experimentar um onsen privativo no terraço do hotel com vista para o Monte Fuji, o que tornou a experiência ainda mais especial. Existem algumas regras de etiqueta para aproveitar um onsen: antes de entrar, é obrigatório tomar um banho completo, e o banho é sempre sem roupa. Outra curiosidade é que pessoas com tatuagens podem ser barradas, já que tatuagens são historicamente associadas à Yakuza (máfia japonesa). Alguns lugares permitem cobrir com adesivos ou fitas, mas é sempre bom verificar as regras de cada lugar antes de fazer a reserva.
Vending Machines: as maquinas de venda automática são um dos ícones do Japão. Estão em todos os lugares, de grandes cidades a áreas remotas, e oferecem de tudo: bebidas, sanduíches, sopas, guarda-chuvas, gravatas, ovos cozidos e até flores em vasos. Logo ao sair do aeroporto, o Ro já ficou fascinado e comprou uma bebida na primeira vending machine que viu. Durante a viagem, encontramos sempre algo novo e inusitado nessas máquinas – a diversidade de produtos é impressionante!
Animal Cafés: são uma tendência no Japão, combinando o amor por café com a possibilidade de interagir com animais. Existem cafés para todos os gostos: gatos, cachorros, corujas, ouriços e até cobras! Dizem que esses cafés são populares porque muitos apartamentos no Japão não permitem animais de estimação por serem pequenos, e esses espaços acabam sendo uma solução para os apaixonados por bichos. Não chegamos a visitar um, mas ficamos sabendo que a ideia já começou a se espalhar pelo Brasil.
Maid Cafés: Os maid cafés são um fenômeno cultural que mistura cafeteria, cosplay e entretenimento interativo. Encontrados principalmente em Akihabara, as garçonetes se vestem de empregadas domésticas e oferecem não apenas comida, mas também performances musicais e interações lúdicas com os clientes. Nossa experiência no Maidreamin foi um mergulho em um universo completamente diferente. A maioria dos clientes eram homens mais velhos, que pareciam frequentar o local pela companhia das atendentes, que adotam um comportamento extremamente infantilizado como parte do “espetáculo”. Apesar da simpatia e da atmosfera animada, há regras claras para evitar contato físico e garantir uma interação profissional. Para nós, foi uma experiência curiosa, mas ao mesmo tempo um pouco estranha.
Karaoke Kan: é uma rede de karaokês muito popular no Japão, famosa por suas salas privativas equipadas com tecnologia de ponta. Em vez de cantar em público, como no Brasil, os clientes alugam uma sala para canta

DICAS PARA PLANEJAR SUA VIAGEM AO JAPÃO
Viajar para o Japão é uma experiência única, repleta de cultura, tecnologia e paisagens incríveis. No entanto, organizar o roteiro pode parecer desafiador à primeira vista. Para facilitar seu planejamento, reunimos um passo a passo com tudo o que você precisa fazer para planejar sua viagem.
1. Defina a duração e a melhor época para viajar
Antes de mais nada, estabeleça quantos dias pretende passar no Japão. Para uma primeira viagem, o ideal é um roteiro de 10 a 15 dias, incluindo cidades icônicas como Tokyo, Kyoto e Osaka. Além disso, leve em conta a época do ano. A primavera, com a floração das cerejeiras (sakura), e o outono, com suas paisagens avermelhadas, são períodos muito concorridos e exigem reservas antecipadas. O verão pode ser bastante quente e úmido, enquanto o inverno oferece a chance de ver neve. Não se esqueça de verificar a necessidade de visto e outros requisitos de entrada antes da viagem.
2. Escolha as cidades e atrações principais
Com a duração da viagem definida, pesquise os destinos e atrações que deseja visitar. O Japão oferece uma grande variedade de experiências, desde templos históricos até bairros futuristas. Uma dica útil é criar uma lista das cidades e pontos turísticos de interesse e usar o Google Maps para calcular distâncias e otimizar os deslocamentos.
3. Monte o seu roteiro
Depois de escolher os destinos, distribua as atrações de forma estratégica para otimizar tempo e deslocamento. Agrupar passeios próximos facilita a logística e reduz o cansaço.
Exemplo de itinerário clássico para uma primeira viagem:
- Tokyo – 4 a 5 dias
- Kyoto – 3 a 4 dias
- Osaka – 2 a 3 dias
- Bate-voltas possíveis: Nara, Monte Fuji, Hiroshima, Kobe, Nikko…
4. Compre as passagens aéreas com antecedência
A compra das passagens é um dos passos mais importantes. Planeje bem a chegada e a saída do país para otimizar seu roteiro e evitar deslocamentos desnecessários. No nosso caso, por exemplo, chegamos por Osaka e voltamos por Tokyo, o que foi mais prático e econômico.
Dicas para encontrar boas tarifas:
- Pesquise em sites como Google Flights e Skyscanner;
- Ative alertas de preços;
- Avalie o uso de milhas e programas de pontos;
- Considere escalas estratégicas para economizar.
5. Reserve a Hospedagem
Escolher uma boa hospedagem faz toda a diferença. Prefira hotéis próximos a estações de trem e metrô, sempre conferindo as distâncias no Google Maps.
Bairros recomendados:
- Tokyo: Ginza, Shinjuku e Shibuya;
- Kyoto: Próximo à estação de Kyoto/Shimogyo, na região central e Gion/Higashiyama;
- Osaka: Namba e Umeda.
Se quiser uma experiência mais tradicional, hospede-se em um ryokan, onde você pode vivenciar a hospitalidade japonesa e experimentar banhos termais em onsens.
Dicas:
- Sites como Booking, Hoteis.com e os próprios sites dos hóteis oferecem boas opções para pesquisa;
- Reservar com antecedência é essencial, principalmente em alta temporada;
- Vale priorizar hóteis com cancelamento gratuito para maior flexibilidade em caso de mudança de planos.
6. Transporte no Japão
No Japão, o transporte público funciona perfeitamente, então você pode optar por bilhetes individuais ou pelo JR Pass, um ticket que oferece viagens ilimitadas nos trens da JR, incluindo os trens-bala. Avalie se o JR Pass vale a pena de acordo com o seu roteiro. Para deslocamentos urbanos, os IC cards facilitam o pagamento no metrô e ônibus. Táxis são caros, então vale a pena priorizar o transporte público.
7. Ingressos e reservas
Pesquise as atrações com antecedência e, se possível, compre ingressos online para evitar filas. Muitas atrações exigem reserva antecipada, como: TeamLabs, Disney e Universal Studios e restaurantes famosos. Ainda assim há muitas opções de passeios gratuitos, pesquise bem para aproveitar ao máximo.
8. Dicas Extras
- Internet: Um chip de dados ou pocket Wi-Fi é essencial para navegação e tradução.
- Aplicativos úteis: Google Maps, Google Tradutor, app de conversão de dinheiro.
- Dinheiro: O Japão ainda usa bastante dinheiro em espécie, então não se esqueça de trocar dinheiro chegando no aeroporto, ou fazer saques em caixas eletrônicos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Antes de conhecer o Japão, imaginávamos um país de contrastes, onde tradição e modernidade coexistem, onde templos centenários dividem espaço com arranha-céus futuristas, e onde a cultura é tão rica quanto a tecnologia é avançada. Mas nada nos preparou para a grandiosidade da experiência real.
Se existe um destino que podemos chamar de “completo”, esse lugar é o Japão. É impressionante como cada cidade tem uma identidade única, um ritmo próprio e algo especial a oferecer. Tokyo pulsa com sua energia ininterrupta e bairros cheios de personalidade. Kyoto nos transporta para outra época, com suas ruelas de pedra e templos carregados de história. Osaka nos conquistou pelo carisma e pela comida incrível. Já Hiroshima nos emocionou com sua resiliência e sua mensagem de paz, enquanto o Monte Fuji nos lembrou como a natureza pode ser majestosa.
Além da diversidade de paisagens e experiências, o que mais nos marcou foi o respeito ao coletivo, a organização impecável e a sensação de segurança absoluta. Caminhar pelas ruas do Japão, seja em grandes cidades ou em vilarejos remotos, é uma experiência única. Não importa se você está em uma estação de metrô lotada ou em um templo silencioso no meio das montanhas – há sempre um senso de ordem e harmonia. O transporte público funciona de forma exemplar, as pessoas são educadas e prestativas, e mesmo sem falar japonês, conseguimos nos virar bem com a ajuda de aplicativos e da boa vontade dos japoneses.
Outro ponto impressionante foi a tranquilidade e organização, mesmo em locais lotados. Você nunca sente o caos que muitas vezes vemos em outras grandes cidades do mundo. Mas, ao mesmo tempo, é essencial respeitar a cultura local e se adaptar às normas.
A gastronomia foi um espetáculo à parte. Cada refeição foi uma descoberta – desde os sushis e lamens preparados com perfeição até os pratos típicos de cada região. Mesmo as opções de comida rápida nas kombinis eram surpreendentemente boas! Sem falar na experiência de explorar mercados locais, provar doces inusitados e descobrir novos sabores a cada dia.
Se tivéssemos que dar uma única dica para quem deseja conhecer o Japão, seria: vá com a mente aberta. Leia sobre a cultura, aprenda algumas regras básicas de convivência, mas, acima de tudo, se permita viver cada momento sem pressa. O Japão não é um destino para ser apenas visto – é um lugar para ser sentido, vivido e explorado nos detalhes.
E, se você ainda tem dúvidas se essa viagem vale a pena, podemos garantir: vale cada segundo. O Japão é um daqueles destinos que te transformam, que ampliam sua visão de mundo e que deixam memórias que vão durar para sempre. Se puder, vá – e aproveite cada instante dessa experiência inesquecível.
